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evolução da cartografia no ensino da geografia

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Geografia: Ensino & Pesquisa, Santa Maria, v. 1 4, n. 1 , p. 85- 93, 2010
ISSN0103­1538
EVOLUÇÃO DA CARTOGRAFIA NO ENSINO DAGEOGRAFIA: UM OLHAR
SOBRE OS CAMINHOS PERCORRIDOS¹
CARTOGRAPHY DEVELOPMENT IN GEOGRAPHY TEACHING: A
GLANCE ON THE TRAVELED ROADS
¹ Artigo apresentado no 5º Seminário de Mestrado em Geografia- UFSM. Santa Maria, novembro de 2009
² Mestranda do Programa de Pós Graduação em Geografia- UFSM.
³ Orientador, Prof. Dr do Programa de Pós Graduação em Geografia- UFSM.
RESUMO
A Cartografia, através da representação dos elementos espaciais, contribui para que os alunos aprendam a analisar o
cotidiano geograficamente e a construir uma consciência espacial dos fatos e fenômenos, das relações sociais,
culturais e políticas, a partir do senso comum, de conhecimentos socialmente produzidos ou grupos envolvidos no
processo de ensino e aprendizagem. Porém, torna-se necessário que o professor de Geografia, em seu âmbito escolar,
inicie o estudo da alfabetização cartográfica através do espaço vivido dos alunos. Nesse sentido, esse artigo tem
como objetivo a elucidação teórica da evolução da Cartografia na perspectiva da Geografia Escolar.
Palavras Chaves: Geografia, Cartografia, Alfabetização Cartográfica.
ABSTRACT
Cartography, through the representation of spatial elements has contributed for students to learn how to analyze the
quotidian geographically and to build up a spatial awareness of the fact and phenomena, social, cultural, and political
relationships. It happens within the common sense and social produced knowledge or groups involved in the
teaching learning process. However, it is necessary that the geography teacher, in the school environment, starts the
study of cartographic through the space lived by the students, as well as the elements internalized through
subjectivity. Thus, the following paper aimed to theoretically elucidate the evolution of cartography in the
perspective of the Humanist/Scholar Geography.
Keywords: Geography, Cartography, Cartography Literacy.
SILVA, Vanessa Oliveira da ²
CASSOL, Roberto ³
86 Geografia: Ensino & Pesquisa ISSN 0103­1538
INTRODUÇÃO
A ciência geográfica, em seu âmbito escolar, tem
como objetivo trabalhar com os alunos a ‘leitura do
mundo’ através da relação sociedade-natureza, sendo ele
um produto histórico transformado ao longo do tempo.
Fazer a leitura do mundo demanda uma série de
fatores e isso só se torna possível quando proporcionamos
momentos e condições onde o educando entenda essa
relação através do seu espaço vivido.
Deve-se então trabalhar com diferentes linguagens
como forma de elaborar observações, registros, descrições
e representações de aspectos da natureza, da paisagem e da
cultura, o que proporcionará para o aluno um maior
desenvolvimento da capacidade de análise, da consciência
de seu papel no lugar e no mundo, tornando-o apto para
exercitar a cidadania.
O aluno pode contar com o auxílio dos mapas para
que esse processo ocorra. Nesse sentido, a Cartografia
permite fazer da localização e da espacialidade, referências
para a leitura da paisagem e de seus movimentos.
A Cartografia e sua linguagem devem ser estudadas
desde o início da escolaridade, necessitando de uma
alfabetização cartográfica, não apenas para o aluno
aprender amanusear a ferramenta básica da Cartografia, os
mapas, mas também desenvolver capacidades relativas à
representação do espaço e a sua decodificação. Esse
processo ocorre através do reconhecimento do seu entorno,
iniciando com o espaço vivido até chegar a um nível de
abstração.
A Cartografia é responsável por um conhecimento que
vem desenvolvendo-se desde os mais remotos tempos;
nela é possível sintetizar as informações, conhecimentos
e maneiras de trabalhar com a linguagem cartográfica.
Na escola, esse procedimento ocorre por meio de
situações através das quais os alunos percebam que a
linguagem cartográfica é um sistema de símbolos que
envolvem a proporcionalidade, uso de signos ordenados
e técnicas de projeções. (FRANCISCHETTI, 2001 ,
p.10)
Com base nesses pressupostos, o objetivo deste artigo
é o de realizar um resgate teórico, cuja temática aborda a
relação entre o saber acadêmico baseado na evolução da
ciência geográfica e da Cartografia, para com o espaço
escolar.
Num primeiro momento será realizado um resgate da
historicidade da ciência geográfica retomando momentos e
condições que propiciaram o seu desenvolvimento, bem
como seu principal meio de representação, a Cartografia.
Em seguida, serão apresentadas as linhas seguidas
pela Cartografia moderna associada aos movimentos de
renovação da Geografia e por fim, serão abordadas as
questões teóricas e metodológicas que embasaram o
desenvolvimento de estudos da alfabetização cartográfica.
EVOLUÇÃO DA CARTOGRAFIA E
GEOGRAFIA: CAMINHOS PERCORRIDOS
Desde os tempos antigos o homem busca localizar-se
no espaço terrestre, fixar territórios, estabelecer limites,
descobrir caminhos, entre outras atividades. A sua forma
de reprodução e transmissão do conhecimento era feita
através de desenhos ou da comunicação oral.
Muitos registros comprovam que os mais diferentes
povos e culturas nos legaram mapas e, a partir da análise
dos mesmos, percebem-se as diferentes técnicas e
materiais utilizados, a influência da religiosidade e,
principalmente, a sua ligação com o poder e diferentes
ideologias. Segundo Joly (1990), os mapas transmitem
certa visão do planeta, inserem-se num determinado
sistema de conhecimento e representam certa visão de
mundo.
Duarte (2002), afirma que os mapas eram muito
rudimentares e confeccionados com as técnicas e materiais
disponíveis. Mas era o começo de uma caminhada do que
hoje conhecemos como Cartografia.
Na concepção de Oliveira (1988 apud CASSOL,
1998), o desenvolvimento da Cartografia decorreu
principalmente das grandes navegações oceânicas e em
particular pela contribuição fornecida pela Escola de
Sagres (formação de pilotos e cartógrafos,
aperfeiçoamento das caravelas, do astrolábio e das cartas
de navegação).
Entretanto, o impulso definitivo ao desenvolvimento
da Cartografia iniciou-se a partir de 1569, com a criação
da projeção cilíndrica de Mercator, onde foi possível
planificar, através de medidas matemáticas, o globo
terrestre. A partir desse momento, os mapas não eram
somente meras figuras representativas, mas sim,
materializavam as novas descobertas, a evolução do
conhecimento, a ciência e a técnica.
Dos avanços decorrentes dos mapeamentos, a
Cartografia passa a ter uma ligação direta com a ciência
geográfica, isso se justifica,
Uma vez que a Geografia é uma ciência que se
preocupa com a organização do espaço, para ela o mapa
é utilizado tanto para a investigação quanto para a
87 Geografia: Ensino & Pesquisa ISSN 0103­1538
constatação de seus dados. ACartografia e a Geografia e
outras disciplinas como a geologia, biologia caminham
paralelamente para que as informações colhidas sejam
representadas de forma sistemática e, assim, se possa ter
a compreensão “espacial” do fenômeno (ALMEIDA;
PASSINI, 2002, p. 16).
Segundo Castrogiovanni (2007), a Geografia ao longo
de sua trajetória, foi se desvencilhando da filosofia, arte, da
literatura, da emoção, da imaginação e se aproximando da
objetividade do método de pensar científico. Suas bases
epistemológicas foram pontuais e descontínuas. Ao longo
da história, poucos geógrafos sentiram a necessidade de
realizar uma densa reflexão sobre as bases teórico-
metodológicas da Geografia, mas esse movimento toma
sentido a partir da segundametade do século passado.
É importante ressaltar que a Geografia inicia seus
princípios conceituais e as idéias na antiguidade, com ascontribuições dos filósofos gregos, pautados nas
observações, relatos e descrições de forma empírica e para
com os conhecimentos matemáticos, importantes para a
cartografia.
O processo de sistematização ocorreu tardiamente,
somente no século XVIII, pois pensar a Geografia como
um conhecimento autônomo, particular, demandava certo
número de condições históricas, que somente nesta época
estarão suficientemente estruturadas.
O conhecimento da extensão real do planeta, da
geometria paramedir o espaço terrestre e o aprimoramento
das técnicas da Cartografia, caracterizava-se em ser os
instrumentos por excelência do Geógrafo, foram fatos
determinantes para a sua estruturação como ciência.
Na perspectiva de Moraes (1986), era necessário haver
possibilidade de representação dos fenômenos observados
e da localização dos territórios. Assim, a representação
gráfica de modo padronizado e preciso, tornava-se um
requisito da reflexão geográfica, além de ser fundamental
para a navegação orientar-se, para poder calcular rotas e a
localização correta dos portos.
A Geografia, assim como as demais ciências, foi
influenciada pelas transformações sociais, pois neste
período histórico buscava-se um maior rigor científico e
metodológico. Sendo a Geografia uma ciência de forma
sistematizada, tem-se o surgimento da denominada Escola
Tradicional que adotou uma postura reducionista
4
-
mecanicista
5
.
A sistematização da Geografia, sua colocação como
ciência autônoma, foi em desdobramento das
transformações profundas operadas na vida social, pela
emergência do modo de produção capitalista. E mais, a
Geografia foi, na verdade, um instrumento da etapa final
deste processo de consolidação do capitalismo em
determinados países da Europa. (MORAES, 1999,
p.41 )
A Escola Tradicional caracteriza-se pelo período em
que a ciência geográfica se consolida e se define baseada
nas concepções de uma ciência em contato com a natureza
e a humanidade. Estas concepções definem o caráter dual
dessa ciência (física x humana), com método geral e
regional.
Dentre os principais autores teóricos que contribuíram
para o seu desenvolvimento destacam-se os “fundadores”
Ritter, Humboldt, Brun, e os modernos La Blache, Ratzel,
Brunhes.
Desde 1870, quando a Geografia tornou-se uma
disciplina institucionalizada nas universidades européias, o
ensino damesma esteve ligado, num primeiro momento, a
necessidade pedagógica de construir a noção de pátria, ou
o sentimento de nacionalidade.
Os principais estudos da Geografia escolar estavam
voltados para as questões físicas, as diferenciações das
áreas e estudos regionais, pautadas sempre na análise
descritiva. O uso dos mapas nas escolas e instituições
superiores foi empregado para fins meramente ilustrativos
e de localização.
Por um longo período, os mapas elaborados com um
maior rigor técnico de representação visavam apenas a
definição dos contornos das novas terras descobertas, a
representação topográfica, a orientação e a localização.
Nesse período vários mapas editados em Atlas foram
produzidos.
O desenvolvimento da ciência geográfica propiciou
para que novas formas de representação começassem a
surgir, dentre elas os mapeamentos temáticos que visavam
planificar dados qualitativos e quantitativos de um
território estudado, como por exemplo, mapas geológicos,
climáticos, de vegetação, entre outros. Esse fato contribuiu
pra que a Geografia e a Cartografia se tornassem
autônomas e aparentemente se separassem.
CARTOGRAFIAMODERNA
A Geografia e a Cartografia fundamentam-se no
reconhecimento dos ‘movimentos’ e da reorganização do
espaço como reflexo das relações de produção do pós-
guerra.
A sociedade moderna passa a ser caracterizada por
novas formas produtivas que exigem um conteúdo
importante de ciência e técnica, assim como de
4
Significa reduzir o fenômeno em suas partes constitutivas, analisando-as independentemente uma das outras. Castrogiovanni (2007, p.36)
5
Relação Sociedade/ Natureza. Busca entender os fenômenos a partir das relações de causa e efeito (CASTROGIOVANNI, loc. Sit.).
88 Geografia: Ensino & Pesquisa ISSN 0103­1538
informações amplamente veiculadas pelos novos meios de
comunicação.
Na verdade, basta que tenha mudado a tecnologia para
que a estrutura social também mude e, com ambas, a
própria teoria. Uma mudança de paradigma corresponde
a uma mudança completa na visão do mundo, que o
novo paradigma deve representar. Em verdade, não é a
nossa visão do mundo que mudou; o que mudou foi o
próprio mundo. A história humana é marcada por saltos
quantitativos e qualitativos, que significam uma nova
combinação de técnicas, uma nova combinação de
forças produtivas e, em conseqüência, um novo quadro
para as relações sociais (SANTOS, 1978, p. 159).
Os desenvolvimentos da evolução da sociedade e da
ciência geraram diferenças epistemológicas na Geografia
onde é retomado o positivismo, pautado na necessidade de
se fazer uma ciência moderna, propiciando a criação de
uma nova escola denominada Geografia Quantitativa ou
Nova Geografia, e em contraponto, prioriza-se o avanço
do marxismo e da preocupação com os problemas sociais
emergentes.
Após a Segunda Guerra Mundial, na década de 50 e
60, iniciam-se publicações de autores criando uma nova
corrente no pensamento geográfico, denominada
Geografia Quantitativa.
Conforme Camargo; Reis Junior (2007, p. 93)
analisam, a partir desse momento declarações passaram a
ser comuns, solicitando a quantificação e a matematização
em áreas de interesse da Geografia, atacando, por
conseguinte, os sistemas explicativos de até então.
Os trabalhos de campo foram dando lugar a um outro
tipo de manipulação de informações, extraídas agora por
meio de técnicas mais sofisticadas e em laboratório.
Das técnicas utilizadas por essa escola, destaca-se a
quantificação dos dados, criação de modelos, os Sistema
de Informações Geográficas (SIG), e em específico as que
contribuem para o armazenamento de dados, facilitando as
pesquisas geográficas.
Também há neste momento, em nível internacional, a
estruturação da Cartografia como campo específico do
conhecimento requerendo para si o domínio de todas as
etapas do processo cartográfico, desde a confecção até o
estudo dos usos do mapa (GIRARDI, 2000, p.42).
Duarte (2002) afirma que durante o 20° Congresso
Internacional de Geografia, realizado em Londres em
1964, a Associação Cartográfica Internacional definiu a
Cartografia como o conjunto de estudos e das operações
científicas, artísticas e técnicas que intervêm a partir dos
resultados de observação direta ou da exploração de uma
documentação, em vista da elaboração e do
estabelecimento de mapas, planos e outros meios de
expressão, bem como sua utilização.
Esse evento pode ser citado como o marco inicial para
o estabelecimento da Cartografia como uma área
independente e, a partir de então, vários estudos são
realizados tanto para a produção técnica, quanto para as
formas de comunicação cartográfica.
Com o desenvolvimento da informática, a ciência
cartográfica passa a se dedicar à automação do desenho,
ou seja, significa dizer que a Cartografia analógica das
técnicas manuais passa a apoiar-se softwares e hardwares
cada vez mais sofisticados integrando as bases de
informação alfa-numérica com a informação gráfica de
determinado espaço, através dos Sistemas de Informação
Geogrfáficas (SIGs) e o Sensoriamento Remoto,
correspondendo à Cartografia digital.
Loch (2006) coaduna-se com essas reflexões quando
ressalta que a Cartografia digital popularizou-se através da
disponibilização automática de métodos de mapeamentos
e, mais recentemente,a possibilidade de interatividade do
cartógrafo/usuário com os dados para a visualização
instantânea na forma de mapas.
Após a retomada histórica, deve-se salientar que o
desenvolvimento tecnológico causou um grande impacto
e tornou-se de extrema importância como ferramentas
para os estudos da ciência geográfica e principalmente
para o desenvolvimento da Cartografia.
No caso das atividades de mapeamento, observa-se que
os processos convencionais foram profundamente
alterados pelas novas técnicas de trabalho. Realizavam-
se, portanto, levantamentos in loco e elaboravam-se
representações gráficas sob a forma de desenhos,
estabelecendo um fluxo paisagem ? representação
mental ? representação gráfica. Atualmente, este
conjunto de procedimentos passa pela aquisição digital
de dados (imagens orbitais, medições, etc.), pelo
processamento em computador e pela impressão gráfica
final, estabelecendo um fluxo paisagem ? modelo
digital/representação mental ? modelo
digital/representação gráfica. (SOUZA, 2003, p. 67)
Novas linhas teóricas de estudos surgem: a
Cartografia Digital, Comunicação da Informação
Cartográfica, Modelização Cartográfica, Semiologia
Gráfica e Cartografia da Cognição, commaior sofisticação
tecnológica, porém com menor vinculação a um método
geográfico, conforme observa-se na Figura 1.
Em seu âmbito escolar, o ensino da Geografia
priorizou as análises positivistas, como o estudo da Terra,
seus aspectos físicos, culturais, econômicos e políticos. O
mapa passa a ser trabalhado como figura ilustrativa nos
livros didáticos, para fins de memorização e localização
dos lugares através dos conteúdos ensinados.
89 Geografia: Ensino & Pesquisa ISSN 0103­1538
A partir da segunda metade do século XX surgem
diferentes movimentos. Entre tais movimentos há aquele
que foi denominado de Geografia Critica. “Ela adere ao
materialismo histórico como paradigma e incorpora a
dialética como método de análise espacial”
(CASTROGIOVANNI, 2007, p. 39).
Umas das principais contribuições teóricas é a nova
visão sobre o espaço geográfico, sendo ele um espaço
relativo com a conotação de totalidade com o sujeito sendo
parte integrante da (re) construção e (re) organização do
espaço geográfico.
No ano de 1978 a Geografia crítica tem como marco
inicial no Brasil, o Encontro Nacional de Geógrafos
Brasileiros, realizados em Fortaleza, onde ocorreram
discussões inovadoras para o estudo com mudanças de
métodos e teorias.
Apesar das contribuições de Milton Santos quando
enfatiza da importância da tecnologia para a Geografia
(meio técnico-científico-informacional), nesse período
criticou-se o uso exacerbado das técnicas, o que ocasionou
a negligência do uso dos mapas como técnica de análise
espacial, considerando-o como mero recurso para o
registro desse espaço estático e absoluto.
Porém, neste mesmo período destacaram-se autores
como Bertin, Joly, Martinelli, que contribuíram
significativamente para uma mudança paradigmática na
Cartografia a qual passou a ser definida não somente como
ciência e técnica, mas como uma arte.
(...) a fim de representar um território real em um plano,
a Cartografia utiliza-se da arte e da ciência. A arte
facilita a inserção e a visualização das informações,
enquanto que a ciência é a responsável pela coleta, pela
análise e pela justificativa da inserção dessas
informações, assim como pelos cálculos técnicos
necessários para que a representação tenha o mínimo
possível de distorções do real. (PISSINATI;
ARCHELA, 2007, p. 175)
A partir de então, observou-se um maior
desenvolvimento da Cartografia temática abordada como
um instrumento de expressão dos resultados adquiridos
pela Geografia. Sua preocupação é a elaboração e uso de
mapeamentos temáticos abrangendo a coleta, análise a
interpretação e representação das informações sobre uma
carta base.
A Cartografia Temática possui importância
fundamental, pois permite representar as formas e
processos que moldam o espaço geográfico.
Na utilização dos mapas estimula-se uma operação
mental; há uma interação entre o mapa, como mero
produto do concreto e os processos mentais do usuário.
Esse processo não se limita somente à percepção
imediata dos estímulos, envolve também a memória, a
reflexão, a motivação e a atenção. (MARTINELLI,
1991 , p.38)
Joly (1990, p.74), considera que o objetivo dos mapas
temáticos é o de fornecer, com o auxilio dos símbolos
qualitativos e/ou quantitativos dispostos sobre uma base de
referencia, geralmente extraída dos mapas topográficos ou
dos mapas e conjunto, uma representação convencional
dos fenômenos localizáveis de qualquer natureza e de suas
correlações.
Em meio acadêmico, as teorias e os conceitos da
Geografia crítica tiveram uma grande aceitação e
disseminação, porém, merecem destaque as palavras de
Kaercher (2002) quando afirma que a concepção de
Geografia crítica não chegou às escolas, ou chegou muito
pouco, muitas vezes só trocando ‘rótulos e slogans’, mas
continuando a produzir verdades cristalizadas e, o que é
pior, mantendo a Geografia como algo chato e distante do
cotidiano dos alunos. O mapa, como recurso didático
continua sendo pouco usado em sala de aula, e quando
ocorre, restringe-se somente ao uso do livro didático.
Figura 1 : Linhas teóricas.
Fonte: Girardi (2000).
Org.: Silva, V. O. da, 2009.
90 Geografia: Ensino & Pesquisa ISSN 0103­1538
GEOGRAFIA HUMANISTA E A
ALFABETIZAÇÃO CARTOGRÁFICA
Apesar do desenvolvimento da Cartografia, enquanto
ciência e técnica, ao longo das escolas da Geografia, uma
metodologia de ensino para trabalhar com o mapa como
recurso didático só irá se desenvolver na Geografia
Humanista.
Porém, torna-se necessário contextualizar essa
tendência geográfica. Iniciaremos com os relatos e
experiências apresentadas durante o I Colóquio Brasileiro
de História do Pensamento Geográfico, por Lívia de
Oliveira (2008, p.3) quando afirma que
A valorização das ciências exatas, o exagero, e abuso da
quantificação, e as cegas e conflitantes ideologias nos
desembarcaram em ‘um admirável mundo novo’, que
não temos soluções até o momento e estamos perplexos
com esta realidade que é muito mais real, do que virtual.
A nossa crise é moral, perdemos os valores e, todavia,
não equacionamos ainda, como enfrentar essa
vicissitude que nos apresenta neste século.
Essa reflexão justifica o retorno ao humanismo que
teve início também após a Segunda Guerra, e está se
fundamentando na ciência geográfica, apesar de suas
diversas correntes de pensamento.
Nessa tendência, o espaço é considerado como um
resultado concreto de um processo histórico, possuindo
uma dimensão real e física, ou uma construção simbólica
que associa sentidos e idéias, passando a ser visto sob
diferentes ângulos: dos valores, da alienação, da ‘distância
existencial’, do comportamento e do mundo vivido.
(GOMES, 1996)
O enfoque humanista não se contenta em estudar o
homem que raciocina, mas também este que
experimenta sentimentos, que reage, que cria. Toda
divisão rígida entre o mundo objetivo, exterior e o
mundo subjetivo, interior é rejeitada já que o mundo
encontra sua coerência nos conceitos organizadores e
que ele constitui uma extensão de nossa consciência;
estando o sujeito implicado no processo de
conhecimento, não pode haver separação entre fatos e
valores. Descrever e compreender, insistindo sobre a
empatia com os homens, tais são os objetivos principais
da Geografia humanista (MESQUITA, 1994, p.95)
A Geografia humanista está pautada em questões
epistemológicas, psicológicas, entológicas e
fenomenológicas, entendendo que o sujeito apresenta em
suas estruturas subjetividades quese constrói ao longo do
tempo, que se apresentam antes mesmo da interpretação
dos signos e que retêm, em sua essência um ritmo próprio,
ligado principalmente a origem do conhecimento de cada
um.
Nessa corrente, o método de estudo parte da reflexão,
da observação e da experiência, pautados na
fenomenologia, uma abordagem filosófica, influenciando
o pensamento de alguns geógrafos que incorporam em
seus estudos a dimensão psicológica.
Fenomenologia é a descrição de todos os fenômenos ou
essências que aparecem à consciência e que são
constituídas pela própria consciência, isto é, são as
significações de todas as realidades, sejam estas,
naturais, materiais, ideais ou culturais
(SUERTEGARAY, 2005, p. 30).
Esses estudos tiveram início nos Estados Unidos, a
partir dos anos 1960, quando os geógrafos Yi-Fu Tuan,
Anne Buttimer, Davi Lowenthal, David Ley, Edward
Relph, entre outros, passaram a publicar e refletir de uma
nova maneira sobre as relações humanas com o meio
ambiente.
No Brasil, iniciaram no final dos anos 70 e início da
década de 80, com os estudos pioneiros de percepção do
meio ambiente e da Cartografia Escolar, sendo precursora
Lívia de Oliveira, que elaborou tese sobre o estudo
metodológico e cognitivo do mapa tendo como
embasamento teórico os estudos de Jean Piaget sobre o
desenvolvimento psicogenético na infância. A partir desse
estudo, crescem no Brasil pesquisas sobre o
desenvolvimento da representação gráfica e cartográfica
na criança.
Essas reflexões abrangem a área educacional, pois
como preconiza Castrogiovanni (2006), o ensino de
Geografia conjuga o conhecimento temático, no caso a
alfabetização cartográfica, com a prática pedagógica. Esta
por sua vez está ancorada em pressupostos
epidemiológicos convergentes, e uma das questões
centrais é como se constrói o conhecimento, conforme
observamos na Figura 2.
A Cartografia escolar e a alfabetização cartográfica
partem de uma proposta de transição didática da
Cartografia básica e temática para usuários das diferentes
modalidades de ensino, em que se aborde o mapa do
ponto de vistametodológico e cognitivo.
Almeida; Passini (2002) consideram que se devem
propor situações onde os alunos vivenciem as funções do
cartógrafo e do geógrafo, caminho este necessário para o
aluno transitar entre a fase mais elementar para o processo
mais avançado, tornando-se um leitor de mapas eficiente.
91 Geografia: Ensino & Pesquisa ISSN 0103­1538
Uma metodologia do mapa não pode se prender
unicamente ao processo perceptivo; também é preciso
compreender e explicar o processo representativo, ou
seja, é necessário que o mapa, que é uma representação
espacial, seja abordado de um ângulo que se permita
explicar a percepção e a representação da realidade
geográfica como parte de um conjunto maior, que é o
próprio pensamento do sujeito. O processo de mapear
não pode ser desenvolver isoladamente, mas deve, sim,
ser solidário com todo desenvolvimento mental do
indivíduo. (OLIVEIRA, 2008, p.17)
De acordo com a concepção de Souza; Katuta (2001),
para ler mapas é necessário que se desenvolva a habilidade
de codificação através de uma série de conceitos,
informações, dados, categorias de análise e, o mais
importante, uma lógica de entendimento do mundo ou
estrutura de pensamento, para que se possa entender
determinadas realidades contraditórias.
Assim é papel fundamental da escola e do professor
de Geografia preparar o aluno para compreender a
organização espacial da sociedade, o que exige o
conhecimento das técnicas e instrumentos necessários à
representação gráfica.
Entendendo que o conhecimento e o comportamento
são resultados de processos de construções subjetivas, a
alfabetização deve ser subjetiva, ou seja, ela só se torna
efetiva no momento em que forem garantidos contextos
que possibilitem a busca pela compreensão das
subjetividades que a leitura do mundo e a representação
dele requerem do aluno (FIGURA3).
Figura 2: Cartografia escolar
Fonte: Almeida (2007)
Org.: Silva, V. O. da, 2009.
Figura 3: Da Geografia à representação do espaço geográfico
Fonte: Almeida (2007)
Org.: Silva, V. O. da, 2009.
92 Geografia: Ensino & Pesquisa ISSN 0103­1538
Aalfabetização cartográfica deve ser entendida através
da noção do espaço que o aluno constrói, ou seja, para que
o aluno possa dar significados aos significantes deve viver
o papel de codificador antes de ser decodificador,
considerando os aspectos da função simbólica, o
conhecimento da utilização do símbolo e vivenciar ou
abstrair o espaço a ser representado.
Na representação cartográfica, trabalha-se com a
articulação entre conteúdo e forma, utilizando-se da
linguagem cartográfica para que se construam
conhecimentos, conceitos e valores.
Os conceitos cartográficos baseiam-se na percepção
visual, nos sistemas onde os sinais acumulam
significados, tornando mais acessíveis os dados nela
contidos, possibilitando atingir uma de suas finalidades
básicas, com meio de comunicação. (FRANCISCHETT,
2001 , p. 7)
Porém, deve-se ter claro que o uso desse meio de
comunicação deve ser subordinado a um tema de estudo
ou a um determinado fenômeno. (Souza; Katuta, 2000)
Ler mapas, portanto, significa dominar o sistema
semiótico, a linguagem cartográfica. E preparar o aluno
para essa leitura deve passar por preocupações
metodológicas tão sérias quanto a de ensinar a ler e a
escrever, contar e fazer cálculos matemáticos.
(ALMEIDA; PASSINI, 1989, p.15)
Neste sentido, o processo de alfabetização cartográfica
deve iniciar a partir da realidade e percepção própria do
aluno, estando o professor atento para as capacidades de
cada idade e sua experiências pessoais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Desde que surgiu como ciência, e ao longo dos anos,
durante a escola tradicional e no período denominado
renovação da Geografia, em que há a divisão entre as duas
escolas, a Nova Geografia e Geografia Crítica, e até
mesmo na Geografia Humanista, há intensa utilização da
Cartografia, mas de forma bastante diferenciada.
Atualmente a Cartografia pode ser entendida como
uma linguagem visual submetida às leis fisiológicas da
percepção da imagem, pois exprime através do emprego
de signos a comunicação com outrem.
Os elementos representados cartograficamente,
constituem-se numa forma dialógica, onde o mapeador
transmite no mapa, através de um modelo conceitual, as
relações espaciais ocorridas no mundo real.
Neste sentido, trabalhar com a Cartografia e a
alfabetização cartográfica demanda o conhecimento das
questões epistemológicas, da visão da realidade, que parte
tanto do mapeador, quanto do usuário do mapa. Esta deve
ser a questão central do professor, além da busca
permanente por aliar a teoria e a prática.
Para que o aluno consiga obter uma boa alfabetização
cartográfica, três aspectos devem ser considerados:
a) símbolos cartográficos: devem ser transmitidos para
o aluno através do alfabeto cartográfico, ou seja, os signos
e cores representados por meio do ponto, da linha e da
área.
b) o conhecimento da utilização do símbolo: o aluno
deve transpor/representar elementos por ele observados
através da percepção da realidade. Por exemplo, minha
casa (ponto), a escola (ponto), o caminho percorrido de
casa até a escola (linha), o bairro (área), a montanha
(ponto), a estrada (linha) e a lagoa (área). Nesse processo,
cabe ao professor contextualizar as noções básicas da
alfabetização cartográfica, como visão oblíqua, visão
vertical, imagem tridimensional e a imagem
bidimensional, a construção da noção de legenda, a
proporção de escala, a lateralidade, referências e a
orientação espacial.
c) vivenciar e abstrair oespaço a ser representado: o
professor deve trabalhar de acordo com o nível de
desenvolvimento cognitivo do aluno, baseado em seus
conhecimentos previamente adquiridos, e sua visão de
mundo. Essa etapa perpassa pela questão teórica e
metodológica adotada pelo professor.
A partir de situações em que compartilhem e
explicitem seus conhecimentos, o professor pode criar
outras, nas quais os alunos esquematizem e ampliem suas
idéias de distância, direção e orientação. Para isso, nada
melhor que aproveitar as experiências práticas dos alunos
que dominam e vivenciam essas situações em seu
cotidiano.
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