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Características de Escolas Eficazes no Brasil

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Aula 10: A Pesquisa sobre características de escolas eficazes no Brasil: breve revisão dos principais achados e alguns problemas em aberto – Eficácia escolar e práticas de gestão
Nesta aula, discutiremos questões relativas às características das escolas eficazes no Brasil e que concepções temos de gestão em busca da eficácia escolar. Refletiremos a questão, partindo de exemplos práticos de escolas consideradas eficazes.
Questões da Eficácia Escolar
Dando início ao último texto desta disciplina, precisaremos definir o que é eficácia, uma vez que trataremos de escolas eficazes:
A eficácia diz respeito à coisa certa a ser feita. A eficácia está relacionada ao processo de escolha, de tomada de decisão. Enquanto a eficiência está ligada em como as coisas devem ser feitas, a eficácia refere-se ao resultado deste processo. Segundo Paulo Sandroni, mestre em economia e professor da Escola de Economia da Fundação Getúlio Vargas e da Faculdade de Economia e Administração da PUC-SP, “Fazer a coisa certa de forma certa é a melhor definição de trabalho eficiente e eficaz”. Uma pessoa eficaz é aquela que não só faz algo da maneira certa, mas se preocupa com os resultados, independente do esforço e tempo que isso pode levar. Leia também: Diferença entre eficiência, eficácia e efetividade.
Percebemos que a eficácia está ligada aos resultados, ou seja, antevê-los e saber o que fazer com eles e por meio deles. Isso exige planejamento.
Recorreremos a mais um conceito, por meio de um de nossos quadros explicativos. Nesta etapa, temos a necessidade de saber sobre planejamento estratégico:
O planejamento estratégico é um meio de estabelecer e manter um sentido de direcionamento quando o futuro torna-se cada vez mais difícil de prever. É um processo contínuo por meio do qual a organização é mantida em seu curso, fazendo ajustes à medida que os contextos interno e externo mudam. O planejamento, é claro, não termina quando o plano escrito é produzido – isso é um registro do processo conforme sua visão em determinado ponto no tempo -, a parte difícil é implementar o plano. No planejamento estratégico, a ênfase está no planejamento evolucionário ou contínuo, em que o próprio plano é alterado para se adaptar às circunstâncias cambiantes. (WEINDLING, p.224, 2006)
O quadro nos esclareceu que a eficácia da escola depende de planejamento e este está ligado às necessidades prementes de cada unidade escolar, cabendo à gestão trabalhar para e com os resultados.
Nos últimos anos tem havido uma preocupação muito grande com os resultados obtidos pelas Instituições Educacionais, por meio das avaliações oficiais tais como Provinha Brasil, Prova Brasil, ENEM e ENADE.
A busca por melhores desempenhos necessita de eficiência e eficácia por parte dos gestores educacionais; não só dos que fazem parte da gestão nas escolas, mais de todos os níveis de gestão escolar.
No intento de melhor compreender desta questão, temos como contribuição a seguinte citação:
(...) A preocupação com o péssimo desempenho das escolas públicas tem sido pauta de governos e pesquisadores, não só do Brasil, mas de todo o mundo, desde que se identificou a contradição entre massificação do acesso à escola básica e queda da qualidade da educação escolar. As saídas para essa situação vêm sendo debatidas na perspectiva da didática, da psicologia, da economia e da administração. Ainda que partindo de critérios de seleção e de metodologias de investigação diferentes, todas essas pesquisas têm como objetivo inventariar as características dessas instituições e mesmo sugerir, sem pretensão de generalizações, eventuais opções de políticas capazes de induzir mudanças no "chão da escola".
(...) Para tanto, estimulava-se a divulgação e a análise de experiências "exitosas" de práticas escolares em apoio às ações voltadas ao aumento da produtividade dos sistemas escolares - produtividade entendida aqui como a capacidade institucional que as escolas teriam de potencializar o atendimento às características e necessidades dos setores que passaram a frequentá-la graças às medidas de democratização do acesso. Complementarmente, defendia-se a criação de mecanismos de prestação de contas, responsabilização ou accountability, caso o desempenho da escola ficasse abaixo do necessário, esperado ou definido. Cad. Pesqui. vol.38 no.135 São Paulo Set./Dec. 2008 - Theresa Adrião; Teise Garcia.
A nossa intenção é que você perceba que a eficácia nas escolas não pertencem às unidades das grandes capitais, pois depende das tomadas de decisões da gestão.
Veremos a seguir: as escolas eficazes independem de localização geográfica, mas sim de sua gestão, leia agora a notícia: Três escolas públicas de Teresina estão entre as melhores do Brasil.
Como percebemos por meio desta aula, muitos empecilhos existem nas escolas, impedindo a efetivação da educação de qualidade, ou seja, a conquista da cidadania, quando exercemos os nossos direitos à educação de qualidade é um desses direitos, que não pode ser negado a nenhum cidadão que busca isso na escola.
Diante dos exemplos de escolas eficazes no Brasil longínquo, acreditamos que os obstáculos são muitos, porém transponíveis, tendo a gestão escolar a missão junto à comunidade escolar, superar os obstáculos que surgirem no caminho da busca da escola eficaz.

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