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Jaiany Mendes Prótese A destruição dos dentes por cárie, trauma ou distúrbios de desenvolvimento, ocasionam perdas ou destruição dos dentes. Havendo desequilíbrios funcionais e estéticos e transtornos no sistema estomatognatico O sistema estomatognatico é composto por estruturas da face, cabeça e pescoço. É uma unidade anátomo-funcional do organismo, ou seja é um conjunto de lábios, dentes, bochechas, músculos, tecidos, articulações, glândulas, ossos, atm, suprimento nervoso e vascular, todos interligados e relacionados agindo harmoniosamente na realização de variadas tarefas e funções, sendo elas sensitivas e motoras: Mastigação Deglutição Respiração Estética Equilíbrio psicossocial Registro de sensações Comunicação de sentimentos através de mímica Síndrome de Kelly ou Síndrome da Combinação: É uma condição patológica do sistema estomatognático que acomete pacientes que usam prótese total (PT) superior e prótese parcial removível (PPR) de extremidade livre inferior (classe I e II de Kennedy). De acordo com Kelly, ela é caracterizada por alguns sinais principais: Perda de suporte ósseo sob a base da Prótese Parcial removível inferior Reposicionamento espacial da mandíbula anterior, ocorrendo Extrusão dos dentes naturais anteriores inferiores, juntamente com Alterações periodontais Reabsorção óssea na região anterior da maxila (Porção da maxila menos resistente) Hiperplasia inflamatória na região do palato duro fundo de vestíbulo (há pouca renovação salivar) Aumento das tuberosidades maxilares (Pressão exercida pelo selamento posterior, tecido conjuntivo fibroso Consequências do edentulismo parcial e total: Reabsorção ósseaAbfração: (lesão não cariosa; ocorre uma perda da superfície dentária nas áreas cervicais dos dentes causada por forças tensionais e compressivas do dente por excesso de carga oclusal, por exemplo, forças da mastigação e hábito parafuncional Sobrecarga dos dentes do lado oposto Mudança na posição dos dentes vizinhos ao espaço protético Prejuízos estéticos, fonéticas e funcionais Abfração Lesão dos tecidos moles Perda de inserção radicular Cáries Inter proximais Mobilidade Flacidez da fibromucosa A reposição dos elementos dentários perdidos ou das áreas dentais perdidas é feita por meio de procedimentos restauradores: Restaurações diretas: quando é uma pequena reconstrução anatômica, a aplicação de resina composta como um materiais de uso direto está indicado. Necessita de conhecimento e habilidade do operador durante o procedimento clínico. Restaurações indiretas: quando há grandes destruições coronárias, e perdas múltiplas de dentes, necessita de uma abordagem reabilitadora diferenciada, com materiais de propriedades especificas capazes de resistir as forças mastigatórias e devolver função e estética dental. Estes materiais são os metais, as resinas laboratoriais e cerâmicas de uso odontológico, e necessita de operador treinado, técnico de laboratório especializado e equipamentos específicos. “As reconstruções conhecidas como restaurações indiretas ou próteses odontológicas são estudadas na odontologia com a finalidade de compreender como a devolução da forma, função e estética ocorre por meio delas, sendo capazes de proporcionar a reabilitação da saúde bucal do paciente e sua reinserção social com longevidade” Volpato Próteses removíveis: é um aparelho que repõe dentes faltantes, função e estética por meio de uma peça protética que pode ser removida e recolocada pelo paciente PPR (Prótese parcial removível): Ponte móvel, aparelho parcial móvel, aparelho parcial removível, aparelho de grampo, aparelho de Roach Prótese total: é um dispositivo que repõe os dentes e o volume alveolar perdidos em uma arcada totalmente edêntula Prótese fixa: é a restauração parcial ou total da coroa clínica de dentes perdidos ou comprometidos, confeccionada com materiais biocompatíveis, capazes de restabelecer a forma, função e estética, com consequente saúde e conforto do paciente. Recebe esse nome por se apresentar fixa aos dentes pilares, não podendo ser removida pelo paciente Objetivos das próteses: Restabelecer a função mastigatória; Restabelecer a função fonética; Restabelecer deglutição; Restabelecer estética, harmonia facial e conforto Prótese total – exame clinico Planejamento Reabilitação PT Retenção e estabilidade – críticos Planejamento - sequência lógica Etapas do planejamento protético: Exame físico: Observar a pele, pois na maioria das próteses se trata de idosos. Observar modificações faciais e ósseas como: lábios invertidos, aprofundamento do sulco naso- geniano, perca de suporte labial, nariz sem suporte Plano de tratamento • História médica e odontológica • Exame clínico • Exame radiográfico • Análise dos modelos de estudo Prótese total • Limitações anatômicas • Limitações financeiras Anamnese: estado geral do paciente Exame clinico extra oral: exame físico Linha do sorriso (deve ser paralela à superfície do lábio superior) Altura incisiva (Determinação da porção visível dos dentes enquanto os lábios estão em repouso) Quanto mais jovem o paciente for, mais vera os dentes, e quanto mais idoso, como os lábios tende a cair, então mostra menos os dentes DVO (dimensão vertical de oclusão) Palpação da atm, e musculatura associadaHiperplasia causada por câmara de sucçãoHiperplasia Exame clinico intra oral: Inspeção de tecidos moles, músculos e rebordos remanescentes Processos patológicos: hiperplasia; lesões ulceradas e hiperplasia causada por câmara de sucção (próteses antigas) Quelite angular (pacientes idosos, com perda de dimensão vertical, e lábios invertidos, acumulam saliva no dobramento labial e estomatite protética Exames complementares: Radiográficos, tomografia, laboratoriais Avaliação do espaço protético: alterações das relações maxilomandibulares, como por ex: o seio maxilar desce e necessita realizar cirurgia pré-protetica Conclusão: Anamnese – planejamento – tratamento Princípios físicos relacionados as próteses totais Retenção: é a capacidade da prótese resistir ao deslocamento VERTICAL durante a fisiologia. É obtida por meio: -Adesão: substâncias de corpos distintos unem-se por forças intermoleculares, quando entram em contato. Nas próteses totais ocorre adesão entre a saliva e a mucosa, e entre a saliva e base da prótese. - Coesão: Força de atração entre partículas próximas, dentro de um mesmo corpo. Mantém a integridade dos corpos, como a prótese, a mucosa e a saliva, até que uma força maior rompa a coesão, como a retirada da prótese -Tensão superficial: A distribuição irregular das forças entre as moléculas da superfície dos líquidos faz com que essas se comportem como uma película elástica. Em prótese total, a tensão superficial atua nas bordas da prótese formando um menisco salivar que impede a entrada de ar quando a prótese sofre força de deslocamento Um exemplo é unir duas placas de vidro com uma gotinha de agua no meio delas, o liquido ira uni-las formando uma película elástica, do mesmo jeito ocorre com a prótese e a saliva. Se realizar força no sentido vertical ela não desgruda. - Pressão atmosférica: em uma prótese total com vedamento periférico correto, ocorre diferença entre a pressão do filme salivar e a pressão atmosférica externa, que por ser maior do que a interna, ajuda a pressionar a prótese, mantendo-a em posição Se realizar força no sentido vertical ela não desgruda, e prótese bem adaptada ela se gruda no rebordo Se a prótese estiver muito fina, não vai parar em boca. Estabilidade: é a capacidade da prótese resistir ao deslocamento HORIZONTAL durante a fisiologia. É obtida por meio: - Cobertura correta da área basal: quanto maior a cobertura da área basal maior a resistência ao deslocamento. Entretanto se a cobertura for excessiva e as bordas da prótese ultrapassarem os limites estabelecidos pelos tecidos, causará deslocamento, ou seja o próprio tecido vai expulsa-la - Condiçãodos rebordos: Abaixo do osso há fibras mucosas, e essas fibras provoca flacidez no rebordo, sendo ruim pois a prótese não segura, sendo melhor obter-se um rebordo menor e firme, do que um maior e flácido -Relações maxilomandibulares: Discrepâncias de posição entre rebordos superior e inferior exigirão próteses com dentes posicionados excentricamente em relação aos rebordos, aumentando a possibilidade de deslocamentos. Significa que tem a necessidade de colocar a prótese um pouco mais a frente, pois o rebordo está absorvido. - Oclusão: Próteses com oclusão desajustada perdem estabilidade Moldagem inicial área Chapeável Sinônimos: Moldagem preliminar, moldagem de estudo ou anatômica 1ª moldagem a ser realizada no paciente Copiar os acidentes anatômicos em estado de repouso (estática) Objetivos: O objetivo do estudo da área chapeável é conhecer a extensão máxima da boca desdentada, que poderá ser recoberta pela prótese total Cópia da conformação geral da boca e afastamento da mucosa móvel ao máximo possível, copiando a sua atividade sobre tenção. Matriz para confecção da moldeira individual Construção de um modelo onde poderemos complementar o exame clínico: Área retentiva Cirurgia pré-protética Inserções musculares Inserção dos freios Reabsorção óssea: Maxilar: de fora para dentro (horizontal) Mandibular: de cima par abaixo (vertical) Delimitação de área basal ou chapeável para MAXILA Freio mediano Freios laterais Inserção do bucinador Sulco hamular ou pterigopalatino Limite entre palato duro e mole Contorno da musculatura periférica Abóboda palatina revestida por tecido fibromucoso firmemente aderido a abóboda. Os ossos maxilares e ossos palatinos formam a base do palato duro Tuber, Fóveas e Zonas Periféricas As fóveas palatinas (pequenas depressões), localizadas no palato mole representam a abertura dos ductos das glândulas mucosas. É guia para localização de margem posterior da prótese total A prótese cobre o forame incisivo e está localizada em uma linha imediatamente atrás e entre os incisivos centrais, porem em pacientes desdentados ela tende a localizar-se sobre a crista de rebordo. Fazendo compressão do nervo nasopalatino. NESSAS AREAS DEVE-SE ALIVIAR! Maxila: Freio labial superior: prega na região da linha media, separando, de maneira incompleta, o vestíbulo superior ou inferior em duas metades simétricas no sentido sagital, ao nível da linha mediana. Bridas: são dobras nas membranas mucosas constituídas por fibras musculares que e estende do lábio a parede alveolar, e que estão localizadas por vestibular na cavidade oral. As bridas são estruturas semelhantes que se situam lateralmente aos frênulos e se localizam nas proximidades de incisivos, caninos e pré-molares. Fundo de vestíbulo labial: também conhecido como fundo de sulco ou fundo de saco. A principal estrutura anatomica envolvida nessa região é o musculo bucinador e os músculos orbiculares da boca Delimitação de área basal ou chapeável para MANDÍBULA Freio mediano Freios laterais Linha oblíqua externa Papila retro molar Linha milohíodea Freio lingual Contorno musculatura periférica Mandíbula A área total de suporte da mandíbula é significativamente menor que a da maxila, sendo o arco inferior menos resistente as forças oclusais Freio lingual: corresponde a uma prega de forma semilunar que se estende da ponta da língua, passando pelo soalho bucal, perdendo-se na face lingual mandibular, na região de linha media Aliviar nas áreas de freio lingual e bridas! Extensão: A prótese total inferior deve se estender até o nível da papila retro molar (região posterior) e até o nível da linha obliqua externa (vestibular), linha obliqua interna (lingual) Sinonimos: Papila retomolar: trigono retro molar,espaço retromolar ou papila piriforme Linha milohioidea: linha obliqua externa Anatomia dos desdentados Maxilar: Mandibular: Área Chapeável (Basal) MAXILA E MANDIBULA Zona principal de suporte: é a região destinada a suportar a carga mastigatória, ocupando toda a crista do rebordo alveolar de uma extremidade à outra Maxila: de uma a outra tuberosidade, englobando o palato Mandibula: de uma a outra papila retro molar Zona secundaria de suporte: é também uma zona que ajuda a absorver a carga mastigatória com menor intensidade de resistência que a principal, mas desempenha ainda outra função importante, que é a de imobilizar a prótese total no sentido horizontal, tendo assim resistência horizontal Maxila: vertente -vestibular palatina do rebordo superior Mandíbula: vertente - vestibular e lingual do rebordo inferior Zona de selamento periférico: Faixa de 2 a 3 mm que contorna a área chapeável, é a borda da dentadura. Impressão de características de fundo de sulco permitindo melhor assentamento. Função principal é manter o vedamento periférico que impede a entrada de ar, e atua na retenção, impedindo que se quebrem as forças Região marginal da área basal tanto na maxila como na mandíbula Zona de selamento posterior: é a zona que veda a porção posterior da área chapeável. Função: vedar Maxilar: atrás da tuberosidade e entre a linha do palato duro e palato mole até outro lado Mandibular: atrás da papila piriforme de cada lado Zona de alívio: São regiões da área chapeável que devem ser aliviadas na moldagem e confecção da prótese total, para que o paciente não se machuque quando do uso da prótese, evitando-se assim, problemas posteriores Maxila: arborescência ou rugosidade palatina; rebordo em lâmina de faca; áreas retentivas do rebordo; tórus palatino Mandíbula: porção posterior da Linha Obliqua Interna; rebordo em lâmina de faca; áreas retentivas do rebordo; tórus mandibular Maxila: Zona principal de suporte Zona secundaria de suporte Zonas de alivio Selado periferico Região de travamento posterior Mandibula: Zona principal de suporte Zona secundaria de suporte Zonas de alivio Selado periferico Moldagem preliminar Ato de reproduzir em negativo a conformação geral da boca, afastando tecidos moles visando permitir uma correta delimitação da área basal Materiais de Moldagem REQUISITOS Tempo de trabalho adequado Grau de plasticidade adequado Alteração dimensional mínima Resistencia a fratura Inócuo aos tecidos bucais Ser fluido o bastante para adaptar aos tecidos bucais e ao mesmo tempo ter viscosidade suficiente para ficar contido na moldeira que o leva a boca Na boca, transformar-se em borrachóide em tempo não muito longo de presa Atingida a presa, não deve distorcer ou rasgar quando removido Opções de Materiais: Alginato (hidrocoloide irreversível) Vantagens Fácil manipulação Boa fidelidade de cópia Pouca deformação aos tecidos Moldeiras: meio de retenção Proporção: Uma medida de água para uma porção de pó Moldagem anatômica com alginato: Lubrificação dos lábios com vaselina solida: Facilita e torna mais confortável a inserção e retirada da moldeira Levar a moldeira em boca sem o alginato para individualizar a anatomia O paciente deve se manter sentado com a cabeça inclinada para reta Individualização: Suporte ao alginato no fundo de vestíbulo diminuindo a formação de bolhas e mantendo o alginato em posição até a presa Godiva Vantagens: Moldar edentulos inferiores severamente reabsorvidos Ótimo afastamento dos tecidos moles, da musculatura inserida no rebordo Adaptável a varias moldeiras, permite correção Baixo custo (é relativo, pois necessita de um plastificador) Possibilita correções a todo instante Desvantagens: Tende a comprimir e deformar mais os tecidos que outros materiais É um material muito denso e pesado, que pode provocar o afastamento demasiado dos tecidos circundantes, podendo causar sobre-extensão Difícil manuseio (precisa do plastificador de godiva) É muito rígido Silicone de condensação Usado em: Situações críticas, grandes alterações ósseas, individualização da moldeira de estoque com silicone pesado. Vantagens: Tempo de trabalho,polimerização e odor agradável (não mancha) Resistencia ao rasgamento adequados Melhores propriedades elásticas na remoção Desvantagens: Custo elevado Moldeiras de estoque: Seleção: Mais rasas e mais baixas. Porque: Deve ter uma folga de 2 a 3 mm em todas as direções Bom assentamento sobre os rebordos e boa relação com os tecidos moles Porque não usar uma moldeira comum para dentado: Empurra toda a musculatura periférica, criação de falso molde, com sobre extensão na confecção da moldeira individual b) Tipos: Lisas Perfuradas Na maxila: A largura da porção posterior, deve estar centralizando as tuberosidades da maxila nas partes mais profundas da moldeira Na mandíbula: Deve-se centralizar as cristas do rebordo inferior nas porções mais distais da moldeira Moldes Modelo negativo no qual se introduz matéria pastosa ou líquida que, ao secar, toma-lhe a forma Deve-se observar no gesso: Mínima deformação de tecidos Extensão correta da área basal Ausência de bolhas e irregularidades Reprodução minuciosa dos detalhes anatômicos Cópia de inserções de freios e bridas Ausência de deslocamentos do material MOLDAGEM PRELIMINAR COM GODIVA Godiva em placas Plastificador de godiva Após plastificação: Homogeneização Adaptação à moldeira Mergulho em água (55 a 60 graus) e moldagem GESSOS ODONTOLÓGICOS: Gipsita e seus produtos: Gipsita é a forma di-hidratada do sulfato de cálcio (sulfato de cálcio dihidratado, CaSO4 2H2O), mineral encontrado na natureza como uma massa compacta. A mistura de gesso com água inicia uma reação exotérmica e de cristalização A velocidade de presa é controlada pela relação entre a solubilidade do hemi-hidrato e o di-hidrato. Os aceleradores da presa (por exemplo, cloreto de sódio até 5%) aumentam esta reação e os retardadores (por exemplo, bórax) a diminuem Utilização: Modelos, preenchimento de muflas, fixação de modelos em articulador Requisitos dos gessos odontológicos para modelo: Compatibilidade com material de moldagem Expansão adequada à necessidade Reprodução de detalhes Estabilidade dimensional Resistência mecânica (fratura e riscamento) Cor contrastante TIPOS DE GESSO: Tipo I: Paris. Gesso não usado. Tipo II:Gesso comum ou paris: usado para modelo de estudo, possui baixa resistencia e pouca fidelidade aos detalhes, pois possuem particulas irregulares e porosas Tipo III: Gesso Pedra: usado em modelos ortodonticos,antagonistas, modelos de estudo em protese removiveis, tem maior fidelidade dimensional, pois possuem particulas de formato mais uniforme e menos porosas, com sais extras para reduzir expansão de presa Tipo IV: Gesso especial ou pedra melhorado: usado para modelo de trabalho, possui resistencia a impactos e desgaste, pois suas particulas são ainda mais compactas, lisas e regulares do que o gesso tipo III. Há cloreto de calcio Tipo V: Gesso especial de alta resistencia e expansão: usado para modelo de trabalho, em laboratórios, para confecção de modelos maiores que o do dente original, produz peças proteticas de ligas metalicas de alta fusão por ex. É mais resistente que o gesso tipo IV, possue alta expansão e não tem adição de sais extras. Há cloreto de calcio Variaveis de manipulação e seus efeitos Relação água/pó: Resistência Água É recomendável obedecer a relação água/pó indicada pelo fabricante O uso de vibração permite também aumentar o escoamento, sem prejuízo da resistência Energia de espatulação/tempo de espatulação: a reação de presa do hemi-hidrato ocorre desde o primeiro contato do pó com a água. Conforme ocorre este contato, surgem núcleos de cristalização Quanto maior a energia de espatulação, vai acelerar o tempo de presa e maior será a resistência CONFECÇÃO DE MOLDEIRA INDIVIDUAL E MOLDAGEM FUNCIONAL EM PRÓTESE TOTAL É a moldagem na qual o profissional ou o paciente executam movimentos musculares, onde há o tracionamento tecidual. É uma moldagem dinâmica que reproduz os movimentos da musculatura permitindo que a prótese seja com confeccionada dentro dos limites do paciente. Moldagem anatômica:d) Confecção moldeira individual Moldeira de estoque Estática Modelo inicial 2. Moldagem funcional: Moldeira individual Dinâmica Modelo final Confecção da prótese Requisitos dos materiais de moldagem Compatibilidade biológica Fidelidade Conforto ao paciente Compatibilidade com o material em que será obtido o modelo Técnicas de moldagem funcional Compressiva: A moldagem compressiva busca registrar os tecidos da área de suporte da dentadura (área chapeável) sob a ação de força fisiológica de mordida realizada pelo paciente, o qual oclui em roletes de cera colocados na moldeira. Os problemas com esta técnica são que quando estas forças cessam os tecidos tendem a readquirir a forma que possuem em sua condição de repouso e a adaptação da base da dentadura aos tecidos da área de suporte torna-se pobre Boca aberta ou fechada Retenção máxima, não aliviando em nenhuma área Retenção inicial Ação das forças mastigatórias provoca uma reabsorção e perda de retenção Não compressiva: A moldagem não compressiva busca registrar os tecidos da área de suporte da dentadura em seu estado de repouso, sem submete-los a cargas funcionais. Os problemas com esta técnica é que quando a dentadura é submetida a esforços mastigatórios, a pressão transmitida para a área de suporte é distribuída igualmente entre estruturas que não devem ser comprimidas (por ex: papila incisiva, regiões de espículas ósseas, etc.) e estruturas mais apropriadas para a função de suportar a dentadura (por ex.: porção plana do palato duro) podendo isto causar dor e reabsorções ósseas. Boca aberta Sem pressão ou mínima pressão Copia os tecidos em repouso Elimina a moldagem da borda Perda de retenção secundária, porque não pressionou nas áreas indicadas Pressão seletiva: A moldagem com pressão seletiva busca combinar os princípios da moldagem compressiva e da moldagem não compressiva. Basicamente, a mucosa aderida de suporte da dentadura é registrada de uma maneira não compressiva e, a mucosa móvel não aderida da área vestibular, correspondente ao selado periférico, é registrada sob leve pressão. Boca aberta Pressão varia com o tecido, irá pressionar nas áreas que aguentam, e aliviar nas zonas mais frágeis, ou seja fazendo a pressão seletiva, controlada pelo alivio em cera no modelo. Ex: Alivio no modelo da papila incisiva, quando for moldar, já estará com as áreas selecionadas. Moldagem de borda Maior proteção dos tecidos de suporte, os mais frágeis serão aliviados Materiais mais utilizados em moldagem funcional em prótese total: Elásticos: Anelasticos: Pasta Zincoeugenólica Godiva de baixa fusão em bastão Silicone de condensação Silicone de adição Polissulfeto Poliéter Materiais elásticos Silicone de condensação Apresentação: massa densa, fluida e pasta catalisadora Vantagens: Desvantagens: Instabilidade dimensional (volatilização) Baixa resistência à ruptura Tempo de trabalho e presa; Sabor e odor; Custo moderado; Boa impressão e leitura das margens. Modo de usar: Dosar o catalizador para a massa densa com a colher dosadora, amassa a massa densa e pressiona acolher na massa, pra deixar uma marca na massa, e vai homogenizar igual massa de modelar, com moviemtnos rapidos. Na pasta fluida, ela deve ser dosada junto ao catalizador com duas tiras, sendo a pasta fluida de quantidade maior que o catalizador, mas de tamanhos iguais Silicone de adição Apresentação: Massa base, massa catalizadora, pasta base, pasta catalisadora, sistema automático cartucho auto misturável e dispensador. Vantagens: Não distorce na remoção do molde; Pode-se retardar o vazamento e obter mais modelos com o mesmo molde; Sabor e odor agradáveis; Elasticidade ideal Estabilidade dimensional; Baixo tempo de presa; Fácilmanipulação; Precisão de detalhes; Desvantagens: Alto custo Interação com enxofre Modo de uso: Polissulfetos Apresentação: Apresentação duas pastas (polissulfeto de borracha e ativador químico que contém peróxido de chumbo Vantagens:Desvantagens: Vazamento imediato Odor desagradável Boa estabilidade e precisão; Fuidez satisfatória; Tempo de trabalho longo Baixo custo Polieter Apresentação: diferentes viscosidades Vantagens:Desvantagens: Curto tempo de trabalho Alto custo Menor deformação Possibilita vários vazamentos Materiais anelasticos: Pasta zincoeugênolica Apresentação: pastaDesvantagens: Falta de flexibilidade Limitação de áreas retentivas Tempo de trabalho curto Desconforto Vantagens: Estabilidade dimensional Escoamento uniforme Boa fluidez Godiva em bastão Apresentação: bastão Desvantagens: Não indicação para rebordos retentivos Distorção com aumento de temperatura Vantagens: Resina termoplástica Reversíveis Registro das inserções musculares Para moldagem do selado periferico usa: Godiva de baixa fusão ou silicone Para moldagem da areá chapeavel usa: Pasta zoe, ou silicone fluido, ou polieter MOLDEIRA INDIVIDUAL “O resultado satisfatório do molde funcional e a qualidade estão relacionados com a moldeira individual” Materiais para confecção de moldeira individual: Resina acrílica autopolimerizável Resina acrílica termopolimerizável Resina composta fotopolimerizável Placas de polietileno RESINA ACRÍLICA - Autopolimerizavel Versatilidade e diversas indicações para trabalhos na odontologia: Confecção da base de próteses parciais e totais Próteses provisórias imediatas Placas de mordida Coroas provisórias, dentes artificiais Moldeiras individuais, reparo de próteses totais, acrilização de aparelhos ortodônticos, dentre outros. COMPOSIÇÃO DA RESINA Polímero: Polimetil metacrilato Partículas pequenas e esferoidais Plastificantes Monômero: Metil metacrilato Líquido volátil de odor característico Tóxico quando inalado Iniciador: peróxido de benzoíla REAÇÃO DE PRESA – Polimerização Reação química em que as unidades (monômeros) unem-se para formar moléculas de alto peso molecular Primeira etapa: Fase arenosa ou granular: Mistura de monômero e polímero; Superfície brilhante e de cor translúcida Aspecto de massa de areia molhada; Líquido aflora quando pressionado Exemplo: Se apertar, o monômero vai sumir, porque ainda está começando a reação de plastificação, e ainda o líquido não está unido com o pó, e então ele aflora. É importante deixar o pote de vidro fechado, pois ele é volatil e pode aflorar. Segunda etapa: Fase fibrilar ou pegajosa: Líquido dissolve as longas cadeias de polímero Substância viscosa e aderente Inúmeros fios finos e pegajosos Terceira etapa: Fase plastica: Torna-se manipulável e sem aderência Superfície lisa Fase de trabalho Quarta etapa: Fase borrachoide: Aumento da concentração das cadeias de polímero Evaporação do monômero Recuperação elástica Superfície rugosa Exotermia Quinta etapa: Fase densa ou rigida: Fase final Resina rígida, polimerizada Massa seca e resistente à manipulação O tempo de trabalho depende muito da temperatura, velocidade de manipulação, geralmente 4 á 5 minutos. Proporção De forma resumida, a manipulação da resina acrílica consiste em molhar o pó com o líquido, para obter uma massa trabalhável que pode ser modelada. A manipulação da resina acrílica consiste em molhar o pó com o líquido, para obter uma massa trabalhável que pode ser modelada. A proporção normalmente recomendada entre pó e líquido é de 3:1 em volume (três partes de pó para uma parte de líquido). ATENÇÃO: O Monômero é inflamável A evaporação do monômero é irritante às mucosas Manter frascos sempre fechados Trabalhar em locais arejados Requisitos da moldeira individual: Estabilidade Rigidez Não permitir deformações Bordos lisos e arredondados Espessura de 1 a 2 mm em toda extensão Distância entre a borda da moldeira e o fundo do sulco, para que seja possivel copiar o selado periferico Desgastes nas regiões de freios e inserções musculares Retenções em toda moldeira, ou usar adesivos especificos para o material que será usado Objetivos da moldeira indivual Determinar os limites da área chapeável; Confeccionados a partir de modelos anatômicos, nos quais são realizados alívios nas áreas retentivas e zonas de alívio Maxila: região de papila incisiva, rafe palatina, rebordos reabsorvidos Mandíbula: Regiões afiladas do rebordo residual e forame mentoniano Confecção de moldeira individual Preencher os moldes de gesso tipo II ou III , depois desenhar, cortar e secar Adiciona a cera 7 derretida sobre as áreas que devem ser aliviadas (retenções mecânicas, tecidos flácidos, regiões de vasos e nervos, tórus, rebosrods reabsorvidos..) Isola o modelo por cima da cera Modo de preparo: Em seguida deve umidecer a placa de vidro com vaselina em um aparato de 2mm Manipular a resina acrílica na proporção de 3:1 (21 gramas de polímero para 7 ml de líquido) Fazer pressão da resina entre as placas de vidro e fazer a remoção de excessos com lecron Depois misturar a resina num pote de vidro com tampa aguardar até atingir a fase plástica Acabamento com broca maxcut de tungstênio Fazer ajuste clínico da moldeira: adaptação geral; Inserções musculares; e movimentos de tracionamento tecidual A moldeira deve ter bordas arredondadas e cabo angulado com expressura media de 1 á 2cm. Se o cabo não tiver ângulo, o labio não fecha, e o registro da musculatura labial não será copiada Na confecção de uma prótese total após a moldagem funcional, devemos realizar os testes de retenção e estabilidade , são eles: Teste de estabilidade: compressão alterada na região de pré- molares Teste de retenção horizontal: tração do cabo da moldeira para anterior Teste de retenção vertical: tração do cabo da moldeira para baixo Teste de retenção lateral: tração da moldeira na região dos pré molares/vestibular Encaixotamento: As bordas dos moldes das moldagens de trabalho serão as bordas da futura prótese, portanto é extremamente importante o encaixotamento dos modelos Usa cera 7 em cima para preservar a borda Confecção de base de prova Sinonimo: Chapa de prova, base experimental, prótotipo A base de prova é a base provisória da prótese total, durante as fases para captar e registar os movimentos mandibulares com a finalidade de transportá-los ao articulador As bases de prova são confeccionadas sobre o modelo de trabalho visando servir de base tanto para acomodação dos rodetes de cera e provas estéticas Requisitos da base de prova Rígidas Estáveis Retentivas Excelente adaptação ao rebordo Objetivos: Construção dos arcos de oclusão Registro da distância vertical de oclusão e relação central Posicionamento dos modelos em articulador Montagem dos dentes artificiais Teste estéticos e fonéticos Alivio das áreas retentivas e isolamento do modelo - Confecção Alívio de áreas retentivas e isolamento do modelo (com resina ou gesso) Manipular a resina – por nas placas de vidros vaselinadas (ANTEPARO 1mm) e acabamento (Igual a moldeira individual) Desta vez fica na segunda linha desenhada no modelo, até fundo de saco. Arredondar e aliviar freios e bridas. Plano de cera e ajuste do plano Objetivos: Suporte para montagem dos dentes Reestabelecer uma posição mandibular Provas estéticas e funcionais. Como realizar? Sanfonamento da cera com 1cm de largura; Altura do rodete de cera superior aproximadamente 20mm (da borda da base de prova a até a borda incisal). E inferior 16 mm. Confecção de plano de cera superior Sanfona de cera 7 plastificada com 1cm de largura A cada dobra plastificar Posicionar o rodete sobre a base de prova centralizando-o segundo a crista do rebordo, mantendo-o levemente inclinado paravestibular, pois há uma reabsorção de dentro para fora desta região Aquecer o conjunto com uma espátula para fixar à base de prova Individuação do plano de cera superior Obedecem a parâmetros estéticos Objetivo principal: recuperar a sustentação dos tecidos do terço inferior da face, perdida com as extrações dos dentes naturais. 1- Suporte labial Compensação da perda óssea alveolar ântero-superior; Contorno adequado do plano de cera para dar suporte à musculatura e facilitar a montagem dos dentes. A linha glabela – ENA – mento deve ser convexa. 2- Altura incisal Determinação da porção visível dos dentes em posição de repouso. Mulher mostra mais. Na confecção de uma prótese total a altura incisal nunca deve ficar acima do nível do lábio superior em repouso para que o suporte labial seja mantido. (Se não o lábio “entra”, fica invertido) Linha do sorriso Os dentes naturais formam uma curva suavemente ascendente que acompanha a borda superior do lábio inferior (curva de spee). Se o plano oclusal é posicionado posteriormente mais baixo, ou superior mais alto ficará antiestético e anti-funcional. A orientação correta do plano oclusal, paralela ao plano de camper e à linha bipupilar, em geral produz automaticamente uma linha do sorriso em harmonia com o lábio inferior do paciente. Linhas devem estar paralelas ou levemente para cima. Independente do uso da régua de FOX o plano deve acompanhar o lábio. Régua de fox= conseguir o plano oclusal correto Limitação= assimetria facial. 4. Linha alta do sorriso a. Linha do sorriso forçado; guia para altura dos dentes. Pedir para o paciente sorrir o máximo possível. 5- Linha dos caninos Determina largura dos dentes anterios. Marcar asa do nariz (mesial) ou comissura labial, com lábios relaxados, para distal 6- Corredor bucal Espaço existente entre a superfície vestibular dos dentes posteriores e a mucosa interna da bochecha, em formato de triangulo; É influenciado pela sombra da mesma; Este espaço deve ser criado no plano de orientação e visualizado quando o paciente sorrir. 7- Linha média Ponto médio da distância entre as comissuras labiais em sorriso forçado. Ponto de apoio visual, que coincide com o contato proximal entre as faces mesiais dos incisivos centrais superiores; O crescimento igual dos processos maxilares direito e esquerdo resulta numa face simétrica, linha média reta e alinhamento simétrico dos dentes ântero-superiores. Porém, o crescimento desigual destes ossos produzem assimetria da face, linha média defletida, posicionamento irregular dos dentes; Conseguir um arranjo harmônico; Em 70% dos indivíduos a linha média coincide com uma linha imaginária que divide o filtro do lábio. Individualização do plano de cera inferior a. Os ajustes do plano de cera inferior estão essencialmente relacionados ao restabelecimento da posição da mandíbula em relação à maxila; O objetivo não é estabelecer EXATAMENTE a posição mandibular original, devido as alterações ósseas que ocorreram Dimensão vertical É a altura do terço inferior da face ou a relação espacial da mandíbula em relação a maxila no plano vertical. DV = Dimensão vertical de oclusão (DVO) + espaço funcional livre (EFL). As próteses serão construídas em DVO, que será reproduzido nos articuladores. DVO – dimensão vertical de oclusão Relação vertical da mandíbula com a maxila, quando os dentes estão em contato. DVO = DVR – EFL. Sua média é de 47mm. DVR – dimensão vertical de repouso Espaço entre os dentes na posição de tônus muscular (EFL) + Dimensão vertical de oclusão. DVR = EFL + DVO. Sua média é de 50mm. É inalterada durante a vida. DVO DVR EFL – espaço funcional livre Espaço para falar, deglutir. A média da EFL é 3mm, porem pode medir de 1 a 7mm. Métodos de determinação da DVO Existe uma falta de consenso quanto a determinação da dimensão vertical de oclusão. Método métrico: foi proposto por Willis em 1930, é sem dúvida o mais aplicado na prática clínica e o mais utilizado pelos profissionais devido a sua visibilidade. Willis observou que a distância do canto externo do olho até à comissura labial seria igual a distância entre a base do nariz ao mento. Método fisiológico: A posição fisiológica de repouso da mandíbula fornece uma boa referência para a determinação da dimensão vertical. O método consiste em registrar a altura do terço inferior da face com a mandíbula em repouso, utilizando um compasso de Willis ou compasso comum e diminuir de 3 a 4mm (EFL) para se chegar a DVO por acréscimo ou subtração de cera. Paciente em posição confortável e desencostado da cadeira. Pode-se solicitar que o paciente faça alguns movimentos de deglutição. Observa se a mandíbula repete a posição. Lábios umedecidos e entre abertos. Método estético: Baseia-se na reconstituição facial para determinação da DVO. Obtenção de harmonia do terço inferior da face com as demais partes do rosto. Depende da sensibilidade e experiência profissional. Se baseia pela glabela, espinha nasal anterior e mento, formar uma linha levemente convexa. Se estiver côncava nota-se perda de dimensão vertical. Método fonético: foi introduzido por Silverman, 1953. Objetivo de aferir a funcionalidade da DVO previamente estabelecida. É um método complementar. Pronúncia de palavras com sons sibilantes, como Mississipi, sessenta e seis. Observar a posição mandibular (Espaço funcional de pronúncia). Utilizado já quando os dentes artificiais já foram montados sobre as bases de prova. Perda da DVO Quando temos a perda de dimensão vertical de oclusão, temos o aumento do espaço livre funcional – EFL, temos um contato excessivo dos lábios, lábios invertidos, perda de suporte nasal, aprofundamento do sulco nasogeniano, queilite angular, diminuição do terço inferior da face e perda de suporte labial. Pacientes que fazem uso da prótese podem ter perda de DVO por conta da reabsorção óssea e dos desgastes dentários, devido ao material, o acrílico. Existem materiais como a porcelana que esse desgaste não ocorre, porém, o impacto será direcionado totalmente ao osso, fazendo com que a reabsorção óssea seja maior. Por isso se dá preferência ao acrílico, onde ocorre o desgaste dos dentes. A reabsorção óssea também ocorre, porém de forma mais leve. Consultas de manutenção semestral são marcadas, porque com a reabsorção óssea, o tecido mole fica em excesso naquele local, fazendo com que a prótese fique mal adaptada, e tenha movimentos de báscula. Isso aumenta ainda mais a reabsorção óssea. Aumento da DVO Restabel=ecimento progressivo. Período de tolerância 3 a 4 semanas. Em prótese total: acréscimos de resina acrílica na superfície oclusal dos dentes artificiais da prótese antiga, placa de mordida e próteses provisórias são possíveis planos de tratamento. Características: face alongada, espaço funcional livre diminuído, aumento do terço inferior da face, dor muscular, cefaleia, dificuldades fonéticas, mastigatórias, dores ATM e músculos e dificuldade de selamento labial. Relações maxilomandibulares: qualquer relação espacial da maxila com a mandíbula. Qualquer uma das relações infinitas da mandíbula com as maxilas. Máxima intercuspidação habitual – MIH Relação Cêntrica – RC Oclusão em relação Cêntrica (ORC): oclusão certa Máxima intercuspidação habitual – MIH É a posição maxilomandibular na qual existe o maior número de contatos entre os dentes antagonistas. Independe da posição dos côndilos. Quando a mandíbula é induzida várias vezes a uma posição que não seja fisiológica (devido à um contato oclusal traumático), cria-se arco reflexo adquirido, inconsciente, modificando o padrão atual da mastigação. Maior número de contatos dentários e, na maioria absoluta, ela não coincide com a relação cêntrica. Usados na produção de prótese fixa unitária e estabilidade oclusal. Ou seja, a MIH é aquela posição que o paciente adquiriucom o passar do tempo para se ter o contato de todos os dentes, vai mudar de acordo com a posição dos dentes. Então temos a MIH quando a mandíbula se acomoda para ter um contato oclusal de todos os elementos dentários. Relação cêntrica – RC É um conceito controverso. É a posição de maior conforto do paciente. Teve uma evolução do conceito com o passar dos anos, 1929 – 1970, 1970 – 1980, 1980 – 2010. 1929 -1970: posição mais posterior do côndilo na cavidade glenóide. Máxima posição posterior, e superior na cavidade glenóide. Guia: Mento. 1970–1980: Posição mais anterior do côndilo na cavidade glenóide. Posição suavemente orientada. 1980–2010: posição na qual o côndilo está mais superior e anterior em relação a vertente posterior da eminência articular do osso temporal, com o disco adequadamente interposto, independe de contatos dentários. Nessa posição a preocupação é obter apenas uma relação entre o côndilo e o osso temporal, com o disco interposto entre eles. RC – Características É a única relação que pode ser reproduzida durante o tratamento na ausência de padrão oclusal. É aceita por todos os pacientes assintomáticos. É facilmente reproduzível. Pacientes reabilitados na RC, relatam esta ser uma posição confortável. Indicação de oclusão com base na RC Ausência de contenção posterior Discrepância de RC e MIH acentuada Pacientes sintomáticos Alteração DVO. Reabilitação oral extensa Patologias oclusais Dores orofaciais. Métodos de obtenção – não tentar forçar essa posição Métodos de manipulação: Levar a mandíbula para a posição mais retruída com o auxílio de uma ou duas mãos do operador. Base de prova inferior posicionada sobre o rebordo (uma mão mantém a estabilidade da base de prova) Fisiológico: deglutição – durante a deglutição, a mandíbula é elevada e levemente retruída determinando simultaneamente a RC. Retrusão da língua – ato de abrir a boca, elevar a língua em sentido póstero-superior até a porção posterior do palato duro e, a seguir, fechar a boca sem tirar a língua da posição alcançada. Mecânicos: Usa-se o dispositivo Jig de Lucia. Ponto de apoio na região anterior da mandíbula, impedindo os contatos posteriores elevando-a para uma posição mais retruída Gráficos Após os ajustes, os planos de referência sobre as bases de prova devem ser relacionados em um articulador para reproduzir a relação estática e dinâmica da mandíbula com a maxila. Unir os planos de orientação para estabilização. Ou seja, a relação cêntrica é a posição quando o côndilo está mais anteriormente e superiormente na fossa mandibular. É uma posição fisiológica. Ela não depende do contanto dos dentes. É um ponto de partida para exames de diagnósticos e tratamentos restauradores e de problemas oclusais. Relação em Oclusão Cêntrica (ORC) Quando temos a RC igual a MIH, temos a ORC. É a oclusão mais correta, posição ideal dos côndilos, maior eficiência mastigatória, melhor direcionamento das cargas oclusais e funcionamento ideal músculos. Ou seja, muitas vezes quando fecho a boca, meu côndilo está em posição de relação cêntrica, porém não tenho uma oclusal dentária de todos os dentes. Quando forço a mordida, tenho essa oclusão completa e assim encontro a minha máxima intercuspidação habitual. Por isso, muitas vezes minha RC não coincide com minha MIH. Articuladores Os articuladores são aparelhos mecânicos que representam as articulações temporomandibulares, maxila e mandíbula, reproduzem a relação estática e dinâmica entre os dentes superiores e inferiores, reproduzem os principais movimentos e posições da mandibular. Finalidades: Permite uma visualização geral dos dentes Reproduzir os movimentos mandibulares Diagnóstico Estudo, planejamento e realização do trabalho protético Enceramento de diagnóstico Montagem dos dentes Ajuste oclusal Fixar posições de referência. Classificação: Não ajustável Semi ajustável Totalmente ajustável Não ajustável São instrumentos simplificados. Não reproduzem o real arco de fechamento de cada paciente. Não reproduz as excursões excêntricas da mandíbula. Seu movimento fica restrito à abertura e fechamento. A MIH é a única posição reproduzível. Indicações: Próteses unitárias em arcadas sem desarmonias oclusais. Confecção de restaurações temporárias. Vantagens: Baixo custo. Simplificação das manobras de montagem. Desvantagens: Não reproduz os movimentos mandibulares. Os ajustes clínicos são maiores, comprometendo a qualidade final do trabalho. Semi ajustável – ASA Características: É um instrumento que reproduz de forma satisfatória alguns movimentos mandibulares, que podem ser personalizados para cada paciente, embora sem precisão absoluta. Permite 3 tipos de ajustes (ângulo de Bennett, distância intercondilar e inclinação da guia condilar). Personalização da guia incisal. Uso do arco facial. Objetivos: Auxiliar as fases laboratoriais dos trabalhos protéticos substituindo partes anatômicas por mecânicas equivalentes, tentando reproduzir os movimentos fisiológicos. Estudo da oclusão e planejamento. Elaborar prótese e/ou aparelhos interoclusais. Vantagens: Com eles temos uma visão geral dos dentes sem interferência dos tecidos moles. Diminuição dos ajustes feitos pelo cirurgião dentista na fase clínica. Comunicação com o paciente permitindo apresentar e justificar as opções terapêuticas consideradas. Possibilidade de reproduzir os movimentos excêntricos da mandíbula sem interferências neuromusculares. Desvantagens: Custo elevado Tempo relativamente extenso para a montagem. Partes constituintes do ASA Ramos: ramo superior: temos o guia condilar, o pino incisal, o parafuso de fixação, a placa de montagem e a distância intercondilar; ramo inferior, temos a mesa incisal e placa de montagem. Corpo Guias Lado de trabalho – guia condilar: lado para o qual a mandíbula se desloca. É o movimento de deslocamento lateral realizado pelo corpo da mandíbula durante o movimento de lateralidade, que é observado pelo movimento do côndilo de trabalho. Lado de balanceio – ângulo de Bennett: É o movimento de balanceio (ou não trabalho) é o movimento do lado oposto ao de trabalho, diz respeito a angulação formada quando o côndilo desliza para frente, para baixo e para mesial. Guia condilar: Em movimentos de protrusão e lateralidade, o côndilo da mandíbula desliza ao longo da fossa mandibular. Quanto maior a angulação, mais inclinado é o movimento. A guia condilar é considerada fator fixo, pois em pacientes saudáveis ela é inalterada. 30 graus. Ângulo de Bennett: Angulação formada pelo côndilo de balanceio, lado contrário ao movimento de trabalho durante lateralidade. 15 graus. Distancia intercondilar: P (96mm), M (110mm) e G (124mm). No articulador semi ajustável A7fix o ângulo incisal e de Bennett são fixos, não dá para mudar. E a distância intercondilar também é fixa em 110mm, ou seja, M. Arco facial: Instrumento utilizado para registrar a posição espacial da arcada superior do paciente em relação ao crânio e transferir esse registro a um articulador. Seus componentes: Um quadro articulado que se adapta ao rosto do paciente Um dispositivo articulado para a fixação do garfo Um garfo: Um garfo destinado a sustentar o material, garantindo a estabilidade sobre a arcada e o posicionamento correto do modelo. O garfo muda de acordo com a classificação do paciente, desdentados totais, parciais e dentados totais. Pontos referencias de eixo articular na forma de pontos auriculares Suporte nasal Articulador totalmente ajustável – ATA É um aparelho que reproduz com mais precisão a relação das arcadas dentárias, os determinantes da morfologia oclusal e a cinemática mandibular. Trabalhos protéticos mais precisos Inclinação da guia condilar Ajuste do ângulo de Fischer Controle mais aprimorado da oclusão Menor perda de tempo no ajuste de peças na boca Regulagem do ângulo de Bennett Distância intercondilar regulável milimetricamente Procedimentos Necessáriosao uso do ATA Localização do eixo de rotação (localizador do eixo de rotação) Registro pantográfico: Instrumento que revela em várias mesas de registro, a trajetória exata dos movimentos mandibulares. Armazena todas as informações necessárias para ajustar o articulador aos movimentos mandibulares precisos do paciente. Age como arco facial para transferir o modelo superior para o articulador em uma posição exata em relação aos côndilos. Vantagem: capacidade de duplicar os movimentos mandibulares individuais. Desvantagem: alto custo, pouca aplicabilidade clínica (usa-se mais para pesquisas) e tempo elevado. Montagem em ASA Após os ajustes dos planos de referência sobre as bases de prova devem ser relacionados em um articulador para produzir a relação estática e dinâmica da mandíbula.
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