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MODALIDADE DE RELAÇÕES OBRIGACIONAIS OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA A relação de dar coisa certa consiste em o devedor, sujeito passivo, entregar ao credor, sujeito ativo, determinado bem, podendo ser esse móvel ou imóvel, desde que se trate de algo lícito. O bem em questão deverá se tratar de um objeto determinado, ou seja, deve possuir especificações de gênero, quantidade e qualidade. A relação pode ser firmada por meio de um contrato ou por simples acordo verbal, no entanto, independente de qual seja o meio pelo qual foi firmada a relação o bem deverá ser entregue pelo devedor ao credor no tempo previsto, além de atender aos requisitos preestabelecidos, caso contrário a parte lesada poderá acionar seus direitos pelo ressarcimento de perdas ou danos. No caso da entrega do bem conforme acordado garante – se a satisfatividade do credor e torna – se adimplida a relação. OBRIGAÇÃO DE DAR COISA INCERTA Já na relação de dar coisa incerta o objeto é determinável, omitindo – se o elemento qualidade, cabendo a escolha da coisa ao devedor, caso não se disponha o contrário em título. Essa escolha recebe o nome de concentração, não podendo o devedor dar coisa pior e nem sendo obrigado a dar coisa melhor. A coisa só passa a ser certa no momento em que o credor toma ciência do que foi escolhido. Vale salientar o fato de que não poderá o devedor alegar perda do bem antes da concentração, como excludente de sua responsabilidade, visto que se o credor não estava ciente do que seria entregue não poderá dar por perdido algo que até então para esse não existia. OBRIGAÇÃO DE FAZER Diferente da obrigação de dar, na obrigação de fazer o vínculo jurídico não regula a entrega do bem, sim a confecção do mesmo, consistindo a prestação em um ato do devedor, o qual deve consistir em uma conduta lícita e possível. A prestação poderá ser fungível ou infungível, no primeiro caso o ato ou serviço poderá ser realizado por qualquer um que esteja capacitado para tal responsabilidade, já no segundo caso o ato ou serviço deverá ser desempenhado por um indivíduo específico, tratando – se assim de algo personalíssimo, não sendo obrigado o credor a aceitar a prestação caso essa não tenha sido realizada pelo indivíduo citado em contrato, o não cumprimento desta especificação, por recusa do devedor, acarretará o pagamento de perdas e danos. Nesse mesmo caso, se o devedor não tiver culpa resolvida estará a relação sem nenhuma prestação. É direito do credor a execução do que foi acordado, independente de quem irá realizar a ação, no caso de recusa do devedor ou demora na execução, o sujeito ativo (credor) tem a liberdade dar a relação como resolvida ou executar o fato por si mesmo ou por terceiro, a custa do devedor, sem prejuízo da indenização cabível. OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER É uma obrigação negativa onde o devedor deverá deixar de fazer algo, podendo ser a consequência de uma infração preexistente ou somente um modo de assegurar determinado direito do credor. Caso o devedor encontre – se obrigado a descumprir a regra a ele imposta, tendo de abster – se do ato sem que a culpa seja sua, estará extinta a relação negativa. Já em caso de descumprimento, o devedor deverá, por suas custa, desfazer o ato praticado, somente em caso de urgência caberá ao credor desfazer a ação, mas a esse fica assegurado o ressarcimento devido.
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