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Leininger TDUCC

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FACULDADE UNIÃO ARARUAMA DE ENSINO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
	
MADELEINE LEININGER E A TEORIA TRANSCULTURAL
 Araruama
 2015
 NATHÁLIA MARTINS LEÃO
 ELIZETE LIBERATO
 KATIA DANIELLE PEREIRA
MADELEINE LEININGER E A TEORIA TRANSCULTURAL
Projeto apresentado à disciplina de Teorias de Enfermagem do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade União Araruama de Ensino como requisito parcial de avaliação.
Professor(a) da Disciplina: MSc Zoleide Thomazelli
 Araruama
 2015
 
 SUMÁRIO
1. Introdução......................................................................4
2. Madeleine Leininger......................................................5
3. A Teoria de Leininger....................................................7
 3.1 O Modelo Sunrise – Sol Nascente...........................11
4. Os Quatro Conceitos Principais da Teoria...............13
5. Conclusão....................................................................14
Referencias bibliográficas.............................................15
Anexo A............................................................................16
Anexo B............................................................................17
1.INTRODUÇÃO
Quando se pensa no ato de cuidar, logo associamos as teorias e processo de Enfermagem. Porém quando falamos do cuidar direcionado e específico daquele paciente juntamente com sua diversidade e universalidade cultural buscamos a referência em Madeleine Leininger e sua teoria do cuidado transcultural, onde enfatiza que existe diversidade cultural no cuidado humano, como características que são identificáveis que podem explicar e justificar a necessidade do cuidado transcultural de enfermagem, de forma que este se ajuste as crenças, valores e modos da cultura para que o cuidado benéfico e significativo possa ser oferecido.
Tendo então como objetivo esta pesquisa estudar e refletir sobre tal Teoria, pois na visão de Leininger, a Enfermagem é uma disciplina de cuidados transculturais humanísticos e uma profissão que o propósito maior é cuidar do ser humano. Para ela o paradigma qualitativo proporciona novas formas de saber e diferentes meios de descobrir as dimensões do cuidado humano transcultural que, por sua vez, se constitui numa contribuição especial da Enfermagem à sociedade, com significados científicos, históricos e humanísticos em uma abrangência biofísica, política, social e cultural.
De acordo com George (2000,p 286) Madeleine Leininger se graduou em Enfermagem em 1948 na St. Anthony’s School of Nursing, Conseguiu seu grau de Bacharel em Ciencias, no Benedictine, em 1950, obteve seu grau de Mestre em Enfermagem no ano de 1953 na Catholic University, e em 1965 obteve o grau de Doutora em Antropologia , na University of Whashington, sendo membro da American Academy of Nursing e possui o titulo de PhD pelo Benedictine College. A Doutora Leininger é a fundadora do subcampo transcultural de Enfermagem .
2.Madeleine Leininger
Segundo George (2000, p 286), Leininger nasceu em Sutton, Nebraska, EUA e frequentou as escolas Sutton High School e Scholastica College. Ela é norte- americana. Iniciou sua carreira em Enfermagem na St. Anthony School of Nursing em Denver, Colorado (CO) em 1948 quando se graduou, seguiu graduando-se como Bacharel em Ciencias, no Benedictine College em Atchison, Kansas (KS) 1950. E em 1953, Leininger obteve o título de Mestre em enfermagem psiquiátrica na Catholic University of America  em Washington, (DC)  .
De acordo com Oriá et. al (2005) a realização do curso de mestrado foi importante para que Madeleine seguisse com suas pesquisas e as publicasse na área de enfermagem psiquiátrica. Enquanto trabalhava em uma unidade psiquiátrica nos anos 50, em Cincinnati, Leininger percebeu diferenças repetidas no comportamento das crianças que estavam sob seus cuidados, e que dependia do contexto cultural em que cada uma estava inserida, e observou que as culturas determinam praticas de saúde específicas e padrões de cuidado prevalentes comuns e que o pensamento e o comportamento em situações de saúde e doença variam entre as culturas e que possuem pontos em comum nas mas variadas culturas. A partir de então Leininger passou a refletir sobre a inter-relação entre enfermagem e antropologia, e procurou adquirir conhecimentos específicos de antropologia para contribuir na sua assistência. E esse interesse fez com que Madeleine Leininger buscasse o programa de doutorado em Antropologia Psicológica, Social e Cultural da University of Washington (Seattle) em 1959 e procurasse fundamentar seus estudos nos aspectos conceituais relacionados à cultura, enfermagem e etnociência.
Durante seu curso de doutorado, Leininger desenvolveu o primeiro método de pesquisa o qual denominou de Etnoenfermagem, método este, genuíno da enfermagem. Leininger define etnoenfermagem, que tem por finalidade desvendar a diversidade e universalidade cultural e obter novos conhecimentos como estudo das crenças, valores e práticas dos atendimentos percebidos e conhecidos por determinada cultura, por suas experiências diretas, crenças e valores. Reconhecendo o cuidado como essencial ao conhecimento e à prática da enfermagem Com o método previamente definido Leininger passou a realizar estudos etnográficos/etnoenfermagem durante dois anos em Eastern Highlands (Nova Guiné) em uma população indígena (Gadsup). Desta maneira, Leininger não só observou questões específicas daquela cultura mas também percebeu uma marcante diferença cultural entre os povos do ocidente e oriente especialmente no que se refere aos cuidados à saúde e práticas saudáveis. Essa experiência na Nova Guiné foi de suma importância para a fundamentação e validação de sua teoria.
Leininger constituiu-se na primeira enfermeira com o título de doutor em antropologia ao concluir o curso em 1965. Ciente da importância de partilhar os conhecimentos adquiridos com sua formação e contribuir para a formação de enfermeiros transculturais Leininger ofereceu em 1966 o primeiro curso de Enfermagem Cultural na University of Colorado. Por conta da expansão multicultural da população americana os enfermeiros sentiram a necessidade de receber adequada formação para cuidar de forma transcultural. A partir desse contexto a enfermagem transcultural foi inserida por Madeleine como disciplina da graduação em 1970. A inclusão dessa disciplina nos programas de mestrado e doutorado teve início nos anos 80 em diversas universidades americanas, tais como na Minnesota State University, College of Health & Nursing Sciences da Delaware University, Southern Mississippi e University of Nebraska Medical Center. Dentre os países que oferecem cursos dessa natureza podemos citar Alemanha, Austrália e Equador. A Doutora Leininger permaneceu ligada à sua área de estudo e, na totalidade, escreveu/editou mais de 27 livros, cerca de 200 artigos, inúmeros filmes e relatórios de investigação centrados na Enfermagem Transcultural.
Segundo George (2000, p 287) Leininger, construiu sua teoria de enfermagem transcultural embasada que os povos de cada cultura não apenas são capazes de conhecer e definir suas maneiras, através do que eles experimentam e percebem seu cuidado de enfermagem, mas também são capazes de relacionar essas experiências e percepções as suas crenças e praticas de saúde, assim o cuidado de enfermagem é derivado do contexto cultura, onde deve ser propiciado e se desenvolver a partir dele. E faleceu em 10 de Agosto de 2012. 
3. A Teoria de Madeleine Leininger
 Conforme aponta Siema et all (2011) a Teoria da Diversidade e Universalidadedo Cuidado Cultural (TDCC) construída por Madeleine Leininger salienta que a visão de mundo dos indivíduos e as estruturas sociais e culturais influenciam seu estado de saúde, bem-estar ou doença.
Segundo George (2000 p 286, 287) Leininger, vem demonstrar do quanto é importante considerar o impacto da cultura sobre a saúde e a cura. Sendo ela uma especialista transcultural e líder, diz que enfermagem e cuidado são palavras que na prática tem o mesmo sentido.
Sua finalidade é instruir o profissional quanto o conhecimento e cuidado que deve ter em relação as pessoas e valorizar sua herança cultural e seu modo de vida partindo do ponto que cultura, atendimento cultural, diversidades e universalidades são pertinentes ao cuidado transcultural. Outro ponto importante também é a visão êmica, isto é, visão interna, dos valores, crenças, práticas de cuidado; a visão ética, que significa as expressões de linguagem universais das crenças e práticas com relação a determinados fenômenos pertencentes a vários grupos ou culturas; o senso comum, aquele cuidado leigo ou popular, onde as receitas e cuidados dos antigos são aplicados e que congruentemente está o sistema de cuidado profissional e de enfermagem culturalmente.
Leininger busca proporcionar um cuidado de enfermagem culturalmente congruente, onde o cuidado se encaixa nos padrões de vida, valores e conjunto de significados da pessoa, o encontro da cultura dos profissionais de saúde com a dos pacientes, sendo uma relação semipermeável pelas diversidades culturais que ao longo do tempo existe uma fragilidade em ambas as partes, pois o poder de se fazer cumprir as prescrições de cuidados é concedida aos profissionais, isso se configura um etnocentrismo chamado de equipecentrismo. Com tudo, Leininger tem sua teoria baseada em o enfermeiro entender a visão de doença dos indivíduos, reconhecer e compreender a singularidade e diversidade cultural, influência de forma positiva no cuidado.
Segundo George( 2000, p 287) em 1985, ela publicou a primeira apresentação de seu trabalho, como teoria foi em 1988 e 1991 apresentou maiores explicações sobre suas ideias. Quando realizou sua apresentação em 1991, acondicionou definições orientadoras para os conceitos de cultura, cuidado cultural, diversidade do cuidado cultural, universalidade do cuidado cultural, enfermagem, visão de mundo, dimensões da estrutura cultural e social, contexto ambiental, étno-história, sistemas de cuidados genéricos (popular e leigo), sistemas de cuidados profissionais, assistência de enfermagem culturalmente congruente, saúde, cuidado/cuidar, preservação do cuidado cultural, acomodação cultural do cuidado e repadronização do cuidado cultural. Algumas destas definições eram de trabalhos anteriores e algumas eram originais do trabalho de 1991. 
Leininger também salientou que tais definições são guias provisórios que podem ser alterados conforme a cultura é estudada. Além das definições, ela apresentou pressupostos que apoiam a sua previsão de que culturas diferentes, apesar de haver pontos comuns no cuidado de todas as culturas do mundo. Ela refere-se aos pontos comuns como universalidade e às diferenças como diversidade.
 	A cultura é definida como os valores, crenças, normas e modos de vida de um determinado grupo aprendidos, compartilhados e transmitidos e que orientam seu pensamento, suas decisões e suas ações de maneira padronizada.
A diversidade do cuidado cultural aponta as variações e/ou as diferenças nos significados, padrões, valores, modos de vida ou símbolos de cuidado dentro ou entre coletivos que são relacionados às expressões assistenciais apoiando ou capacitando o cuidado humano.
 E contrastando, a universalidade do cuidado cultural aponta os significados, padrões, valores, modos de vida ou símbolos comuns, similares ou dominantemente uniformes de cuidados, que se manifestam em muitas culturas e refletem as formas assistenciais, que apoiam, facilitam ou capacitam na maneira de auxiliar as pessoas.
Segundo George (2000, p 288) o cuidado humano é universal através das culturas, o cuidar pode ser demonstrado através de diversas maneiras como expressões, ações, padrões, estilos de vida e significados. Sendo o cuidado cultural definido como os valores, as crenças e os modos de vida aprendidos, subjetivos e objetivamente transmitidos, que auxiliam, sustentam, facilitam ou capacitam outro indivíduo ou grupo a manter seu bem-estar, saúde, melhorar sua condição humana e seu modo de vida ou lidar com a doença, a deficiência ou a morte.
O cuidado cultural é o meio holístico mais amplo para conhecer, explicar, interpretar e prever o fenômeno do atendimento de enfermagem buscando orientar as práticas de cuidados de enfermagem. E a visão de mundo, é a forma na qual as pessoas vêm o mundo ou o universo e formam um “quadro ou instância de valor” sobre o mundo e as suas vidas.
As dimensões cultural e social, são aqueles padrões e aspectos dinâmicos dos fatores organizacionais que se inter-relacionam de uma determinada cultura, que são eles: valores religiosos, de companheirismo (social), políticos, econômicos, educacionais, tecnológicos e culturais, e os fatores etno-históricos que funcionam influenciando o comportamento humano nos diferentes contextos ambientais.
O contexto ambiental, é descrito como tudo aquilo que envolve um evento, situação ou experiência particular que dá significado as expressões humanas, interpretações e interações sociais em ambientes físicos, ecológicos, sócio políticos e ou culturais determinados.
Segundo Potter e Perry (2013, p112), a etno-história se refere a experiências históricas significativas de um determinado grupo, cultura e instituição. São principalmente centralizadas em pessoas e que descrevem, explicam e interpretam os modos da vida humana em determinados contextos culturais e durante períodos curtos ou longos de tempo.
Aponta George (2000, p288) que os sistemas de cuidados genéricos (popular e leigo) são os conhecimentos, habilidades tradicionalmente populares, que são aprendidos culturalmente e assim transmitidos que buscam proporcionar atos assistenciais, que capacitam, apoiam e facilitam para outro ou por outro indivíduo, grupo ou instituição com necessidades evidentes ou antecipadas de melhorar um modo de vida humano, uma condição de saúde, bem-estar ou para lidar com situações de deficiência e morte, sendo esses conhecimentos êmicos.
Salienta ainda George (2000, p288), que os sistemas de cuidados de profissionais são cuidados profissionais formalmente ensinados, aprendidos e transmitidos assim como o conhecimento de saúde doença, bem-estar e as habilidades práticas as que prevalecem em instituições profissionais, geralmente com pessoal multidisciplinar para atender aos consumidores. Sendo este um conhecimento ético.
E assistência de enfermagem culturalmente congruente, como dita anteriormente é onde o cuidado se encaixa nos padrões de vida, valores e conjunto de significados da pessoa, o encontro da cultura dos profissionais de saúde com a dos pacientes.
Sendo a saúde um estado de bem-estar culturalmente definido, valorizado e praticado que reflete a capacidade dos indivíduos ou grupos para desempenhar suas atividades diárias em modos de vida culturalmente expressos, benéficos e padronizados.
E o cuidado seja o enfoque distinto, dominante, unificador e central da enfermagem e que apesar de a cura não poder ocorrer efetivamente sem o cuidado, o cuidado pode ocorrer sem a cura. Porem o cuidar como verbo, é definido como as ações e atividades dirigida para a assistência, o apoio ou a capacitação de outro indivíduo ou grupo com necessidades evidentes ou antecipadas para melhorar uma condição humana ou forma de vida ou para encarar a morte são essenciais para a sobrevivência dos homens assim como para o seu crescimento, saúde, bem-estar, cura e capacidade de lidar com as deficiências e a morte. O cuidado humano é universal. Assim, os homens são universalmente seres cuidadores que sobrevivem em uma diversidade de culturas pela suacapacidade de proporcionar a universalidade do cuidado de várias maneiras e de acordo com as diferentes culturas, necessidades e situações. E que apesar de a cura não poder ocorrer efetivamente sem o cuidado, o cuidado pode ocorrer sem a cura.
De acordo com Geoge (2000,p 289) Leininger a preservação cultural como uma manutenção , que inclui ações profissionais que visam o apoio e capacitação que ajudem aos clientes de determinada cultura a preservar ou manter um estado de saúde ou mesmo restabelece-lo de uma doença e ou enfrentar a morte.
E que a acomodação cultural do cuidado são ações que ajudam o cliente de determinada cultura a adaptar-se a um estado satisfatório ou benéfico de saúde ou negociar , ou então enfrentar a morte.
 Descrevendo também a repadronização cultural do cuidado como as ações e decisões dos profissionais quanto o auxilio, apoio ou capacitação que buscam ajudar ao cliente a modificar sua maneira de vida, visando novos padrões ou diferentes que sejam estes culturalmente significativos e satisfatórios que deem padrões de vida benéficos e saudáveis.
Salienta George (2000, p 289) que Leininger descreve que os fatores se relacionam , de maneira que este aprendizado, compartilhamento, transmissão e padronização ocorrem dentro de um grupo de pessoas que funciona em um cenário ou ambiente identificável e que a enfermagem é uma profissão de cuidado transcultural, pois os profissionais oferecem cuidados para pessoas de diversas culturas, mesmo que não avaliem e nem trabalhem numa visão transcultural.
George (2000, p 289) salienta que Leininger diz que este modelo não é a teoria propriamente dita, mas sim uma forma de discrição dos componentes da mesma, somente para auxiliar o estudo de como os componentes da teoria influenciam o estado de saúde e o atendimento proporcionado aos indivíduos, famílias, grupos, comunidades e instituições de uma cultura. 
3.1 O Modelo Sunrise – Sol Nascente
Segundo Betiolli et al (2013) o modelo Sunrise – Sol Nascente, consiste em um guia cognitivo que auxilia na compreensão sobre como os componentes da teoria da diversidade e universalidade do cuidado cultural podem influenciar a saúde da unidade do cuidado, sendo constituída de quatro níveis ,e o grau de abstração varia do mais abstrato ( nível 1) ao menos abstrato ( nível 4).
Sendo o nível 1 o mais abstrato; é a visão do mundo, nível das dimensões das estruturas cultural e social como elementos que interferem no processo da saúde e bem-estar.
O nível 2, oferece conhecimentos sobre os indivíduos , famílias, grupos e instituições em vários sistemas de saúde.
Nível 3 focaliza o sistema popular, o sistema profissional e a enfermagem. Informação do nível 3 possibilita a identificação de semelhanças e diferenças , ou diversidade cultural de cuidado e universalidade de cuidado.
O nível 4, é denominado de nível das decisões e ações de cuidado de enfermagem, sendo desenvolvido neste nível o cuidado coerente e envolvem:
Preservação/manutenção cultural do cuidado: que ocorre quando as ações ou decisões profissionais de assistência, suporte, facilitação ou capacitação auxiliam as pessoas de uma determinada cultura a manterem, no seu modo de vida, valores relevantes acerca do cuidado, de forma a manter sua saúde, recuperar-se da doença, enfrentar os limites decorrentes da doença ou possibilidades de morte.
Acomodação/negociação cultural do cuidado: ocorre quando as ações e decisões profissionais de assistência, suporte, facilitação ou capacitação estimulam as pessoas de um determinado grupo cultural para uma adaptação, ou negociação, de seu modo de vida, com profissionais que prestam cuidados, visando integrar possíveis resultados satisfatórios e benéficos à saúde.
Repadronização/restauração cultural do cuidado: refere-se àquelas ações e decisões profissionais de assistência, suporte, facilitação ou capacitação, que ajudam os seres humanos a reorganizarem, substituírem ou modificarem seus modos de vida com padrões de cuidados diferentes. Procurando respeitar seus valores culturais e suas crenças e integrando a possibilidade de um modo de vida mais sadio e benéfico que aquele que ocorria anteriormente ao estabelecimento das modificações.
 Para George( 2000, p 289) o objetivo deste modelo é auxiliar o estudo da maneira como os componentes da teoria se relacionam e influenciam no estado de saúde do individuo, famílias, grupos e instituições, e também como o cuidado oferecido a eles numa cultura. Apresentando argumentos convincentes, Leininger diz que o modelo serve para orientar a pesquisa de constatação que faz uso de métodos qualitativos etnográficos.
4. Os Quatro Conceitos Principais da Teoria
Conforme George (2000, p 291) Leininger define quatro conceitos principais: Saúde, os conceitos principais de ser homem, mesmo que não especificamente, sociedade/ ambiente e enfermagem.
Ela diz que saúde é um estado de bem-estar, culturalmente definido, que reflete a capacidade dos indivíduos ou grupos possuem para realizar suas atividades cotidianas de forma satisfatória. Ela se referiu aos sistemas de saúde profissionais e genéricos as praticas de saúde, a promoção e a manutenção da saúde, sendo este um conceito importante na enfermagem transcultural.
E mais uma vez Leininger fala sobre a visão de mundo, estrutura social e contexto ambiental, que tomou o lugar de sociedade/ambiente. Sendo que sociedade/ambiente, são entendidas como representadas na cultura e formam um tema que tem grande importância na teoria de Leininger. Tendo como definição contexto ambiental, a totalidade de um acontecimento, situação e ou experiência. Já a definição de cultura, ela foca num determinado grupo e os padrões das ações, pensamentos e decisões que ocorrem como o resultado dos valores, crenças, normas e práticas de vida, aprendidas, compartilhadas e transmitidas.
 Segundo George (2000, p 291, 292) Leininger, afirma que a enfermagem é o fenômeno que necessita ser explicado. Sendo uma profissão que envolve cuidado cultural coerente, já que é oferecido cuidado a povos de várias culturas diferentes. E apresenta três tipos de ações de enfermagem que têm uma base cultura. Sendo elas a preservação/manutenção cultural do cuidado, acomodação/negociação cultural do cuidado e a repadronização/ restauração cultural do cuidado, esses três modos de agir conduzem a execução do cuidado em enfermagem que melhor se adapte a cultura do cliente, diminuindo o estresse cultural e o possível potencial para conflito entre o cliente o profissional de enfermagem.
5.Conclusão
É possível observar que Leininger acredita que a prática de cuidado é a essência e a dimensão intelectual e unificadora na profissão de Enfermagem, pois é uma prática de profundas raízes culturais e que necessita de um conhecimento de base cultural além de suficiente capacitação para sua eficaz aplicação e não se pode produzir cura sem cuidados, mas pode haver cuidados sem que se produza cura. Cada cultura tem maneiras próprias de definir, compreender, refletir e explicara saúde e a doença, sendo assim o cuidado, um fenômeno culturalmente construído. O cuidado de enfermagem será adaptado à cultura do cliente não havendo incongruências entre o cliente e o cuidador. 
O Cuidado humano é universal, sendo vivenciado nas diversas culturas. Madeleine em sua Teoria sobre a Diversidade e Universalidade do Cuidado Cultural, enfatiza que o mesmo é necessário para o desenvolvimento da prática assistencial de enfermagem. O sendo um comparativo e análise de culturas em relação às práticas de cuidado de enfermagem, buscando um atendimento significativo e eficaz às pessoas de acordo com seus valores culturais e seu contexto saúde-doença.
O modelo Sunrise e o processo de enfermagem representam a solução de problemas, pois o foco do processo de enfermagem é o cliente que é o alvo do cuidado de enfermagem.
E a teoria da Diversidade e Universalidade Cultural do Atendimento é de suma importância dentro de uma sociedade que esta se constituindopor conta da diversidade cultural ali presente. Mesmo que a teoria não ofereça orientações especificas para a realização do cuidado de enfermagem, ela oferece um acumulo de conhecimentos e uma estrutura para realizar a tomada de decisões de cuidado e que seria necessário o bastante, benéfico para o cliente .
6.Referencias
BETIOLLI, S E. et al. Decisões e ações de cuidados em Enfermagem alicerçados em Madeleine Leininger. Cogitare Enferm. 2013 Out-Dez.
BERTOLLI, S E. et al. A produção científica da enfermagem e a utilização da Teoria de Madeleine Leininger: revisão integrativa 1985 – 2011. Escola Ana Nery. 2011 Out-Dez.
GEORGE,JB. Teorias de Enfermagem : os fundamentos à pratica profissional. 4ª edição. Porto Alegre.Artmed. 2005.
ORIA MOB, XIMENES LB, ALVES MDS. Madeleine Leininger and the Theory of the Cultural Care Diversity and Universality: an Historical Overview. Online Braz J Nurs [.2005 August . Disponível em :www.uff.br/nepae/objn402oriaetal.htm   
POTTER P A; PERRY A G. Fundamentos de Enfermagem. 8ª edição. Rio de Janeiro. Elsevier. 2013.
Imagem Retirada do site Madeleine Leininger: Cultural Diversity in Nursing Practice. Disponível em : http://n207groupf.blogspot.com.br/.htm 
Imagem Retirada do site Sage Journals Disponível em: http://qhr.sagepub.com/content/23/1/142.extract.htm 
ANEXO A
Retirada do site Madeleine Leininger: Cultural Diversity in Nursing Practice
ANEXO B
 
 Imagem retirada do site Sage Journal
 Madeleine Leininger

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