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Notícias de uma Guerra Particular: Documentário sobre o tráfico de drogas no Rio de Janeiro

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NOTICIAS de uma Guerra Particular, A. Direção: João Moreira Salles e a produtora Kátia Lund.Rio de Janeiro – SP, 1999. 57 min. Son, Color, Formato: 16 mm.
 João Moreira Salles, além de cineasta, também atua no jornalismo. Recebeu uma nomeação ao Grande Prêmio Cinema Brasil de melhor diretor, por Entreatos (2004) Em 2006 criou a revista literária "Piauí", segundo ele, "para contar boas histórias com humor". Fez a sua pesquisa para o documentário com moradores da favela Santa Marta, no Rio de Janeiro. 
 Notícias de uma Guerra Particular trata-se de um documentário feito sobre a vida dos moradores das favelas do Rio de Janeiro, mostrando o lado e o dia a dia do traficantes, policiais e cidadãos de bem, ali habitantes do mesmo espaço. A característica gritante do documentário é o relato do dia a dia e o crescente envolvimento de jovens e até mesmo crianças com o crime,tráfico de drogas e mortes. Em que policiais sentem-se com o “dever cumprido” quando matam o traficante e vice e versa. Outra característica é à proporção que já se encontra o tráfico de drogas, e a não perspectiva de vida dos jovens que abandonam a vida escolar por uma em que o resultado é de curto prazo e dinheiro fácil. Mesmo quando esse dinheiro lhe custe a sua liberdade e até mesmo a sua vida. O objetivo de Moreira foi alertar e mostrar a triste e real situação das favelas e casas para menores infratores. Tratando-se de um documentário é incrível a originalidade da realidade, pois não é uma ficção; é a realidade vivida por muitos jovens e policiais. Estando apoiada em argumentos fatos realísticos. Sendo dirigida a todos da população brasileira, pois mostra como é o cotidiano do traficante, do policial e das pessoas que ali moram,sendo possível obter uma análise de todos os lados e ângulos fornecidos pelo produtor do documentário.
Apesar de relatar a realidade do cotidiano na favela o documentário em alguns momentos parece justificar o fato de crianças e jovens roubarem e até mesmo matarem, os vitimizando no contexto por morar em comunidades, periferias e serem “excluídos” por não possuir poder cultural ou requinte em roupas, lugares e jeito de se impor socialmente. Paradoxalmente, tem-se o seu lado positivo em informar de maneira demonstrativa a verdadeira realidade, mostrando que a polícia é corrupta e contribui para o crescimento dos ingressos desse jovens infratores; em que a polícia contribui para fazer vistas grossas com o crime ou até mesmo grande parte das vezes, como foi mostrado no documentário é ela quem vende as armas para os traficantes onde seria ela a responsável pela sua extinção e proteção da comunidade.
O autor foi feliz em usar os verdadeiros “atores” para da os depoimentos tanto os traficantes e menores quanto os policiais, podendo assim explorar a linguagem e fazer-nos perceber que eles também têm essa peculiaridade tem seu linguajar único em que os menores em um trecho chamam os policiais de “Veiu” e de “Samantha”. Tornando assim o fácil entendimento mesmo quando se tem um vocabulário próprio nos fazendo entender como eles se comunicam.
No entanto escolher quais os trechos mais chamativos torna-se uma tarefa difícil. Julgando assim o documentário todo interessante. Porém se fosse para citar o momento mais importante, ou melhor, dizendo,chocantes são os depoimentos dos jovens confessando porque se encontram preso e mais assustador é que eles não mostram arrependimento e sim orgulho afirmando ainda que saindo dali vai voltar pro crime. Outro trecho marcante é o em que a criança mostra as armas falando seu nome e calibres com orgulho. È claro que em um contexto histórico em que o documentário é feito o difícil é vem uma perspectiva com o mundo escolar ou um sonho em meio a tiros e matanças. Ou até mesmo crescer em uma cidade com um custo de vida com apenas um salário mínimo enquanto o crime te proporciona tudo em semanas além de status no morro.
Entendo que se trata de um documentário de cuidadoso rigor, que explora e conclui sobre os problemas que se propõe a estudar, sem desvios ou distorções. Utiliza várias técnicas de coletas de dados, obtendo assim maior riqueza de informações. É um feito original e valioso porque aborda um dos problemas sociais da sociedade brasileira: o tráfico de drogas entre menores e a corrupção da policial.Este documentário apresenta especial interesse para estudantes e pesquisadores de Sociologia, Antropologia,Direito e até para um leigo pois, este tem a ciência desse problema pois é um problema antigo e emergente,estando todos os dias presentes em noticiários de TV,rádios e temáticos até para filmes onde a vida inspira a arte.Pode ser utilizado tanto para alunos de graduação quanto para adolescentes cursando o ensino médio, pois apresenta linguagem simples, sendo também útil como modelo, do ponto de vista metodológico.Leonardo da Silva é graduando do curso de Letras da UFSC.
 Milene Assis de Melo é graduanda do curso de Direito da Fadisp.

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