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Platao e Aristoteles

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FILOSOFIA DO DIREITO
Platão e Aristóteles: Ética e Justiça
Platão: Idealismo, Virtude e Transcendência Ética.
 A principal parte do conjunto de premissas socráticas vem desembocar diretamente no pensamento platônico. De fato Platão o discípulo mais notável de Sócrates e o fundador da Academia, por meio de seus diálogos Fedro e Republica (Livros IV e X), que especificamente abordam a questão, desenvolve acuidade os mesmos pressupostos elementares do pensamento socrático. Toda a preocupação filosófica Platônica decorre não de uma vivencia direta e efetiva em meio as coisas humanas. Todo o sistema filosófico platônico é decorrente dos pressupostos transcendentes, quais a alma, a preexistência da alma, a reminiscência das ideias, a subsistência da alma.
 Cada parte da alma humana exerce uma função, e estas funções delimitadas, sincronizadas e direcionadas para seus fins são a causa da ordem e da coordenação das atividades humanas estão dotadas de aptidão para a virtude (areté), uma vez que a virtude é uma excelência, ou seja, um aperfeiçoamento de uma capacidade ou faculdade humana suscetível de ser desenvolvida e aprimorada. O virtuosismo platônico tem a ver, portanto, com o domínio das tendências irascíveis concupiscíveis humanas, tudo com vistas a supremacia da alma racional. Então, virtude significa controle, ordem, equilíbrio e proporcionalidade.
 A cosmovisão platônica, que segue rigorosamente passos pitagóricos, permite a abertura da questão da justiça a caminhos mais largos que aqueles tradicionalmente trilhados no sentido de se determinar seu conceito. O que a proposta platônica contem é uma redução dos efeitos racionais da investigação e uma maximização dos aspectos metafísicos do tema. Nesse sentido, toda alma toda a alma que perpassa a sombra da morte encontrará seu julgamento, que será feito de acordo com os impecáveis mandamentos da justiça. A doutrina da paga no Além dos males causados a outrem, deuses e homens possui caráter essencialmente órfico-pitagórico, e é o cerne da justiça cósmica platônica.
 A visão platônica concernente ao mundo perpassa no mundo das ideias, a cópia imperfeita, ou seja, esta presenciada deve ser elucidada não na simples ação virtuosa, é preciso inferir de tal modo com que suas lições façam a alma orientar-se de acordo com os padrões de conduta ditados com base na noção do bem. De qualquer forma, a educação da alma tem por finalidade o bem absoluto. Assim, justiça, ética e política movimentam-se no sistema platônico sob a ótica da ideia primordial do bem.
Aristóteles: Justiça como virtude
 O desenvolvimento do tema justiça na teoria de Aristóteles (384-322 a.C), discípulo de Platão, fundador do Liceu e preceptor de Alexandre Magno, tem sede no campo ético, ou seja, no campo de um saber que vem definido em sua teoria como saber prático. A síntese operada pelo pensador permitiu, por meio de seus textos, que se consagrassem inúmeros elementos doutrinários reunidos ao longo século, pelos quais se espalharam conhecimentos gregos anteriores a ele e dentro de uma visão de todo o problema (justiça da cidade, justiça doméstica, justiça senhorial...) que surgiu a concepção aristotélica acerca do tema. 
 Os principais conceitos sobre o tema da justiça, sua discursão, sua exposição e sua crítica na teoria de Aristóteles encontram-se analisados e apresentados no livro intitulado Ethica Nicomachea (livro V), texto dedicado à ética (ação pratica, vícios, virtudes, deliberação, decisão, agir voluntario, educação ...) 
 Falar de justiça, porém, é comprometer-se com outras questões afins, quais sejam, as questões sociais, políticas, retoricas... por isso Aristóteles também se lança na análise pontual do problema da justiça. No entanto, não é apenas a natureza ética do livro (Ethica Nicomachea) que faz com que a justiça ganhe imbricações éticas na teoria de Aristóteles. Fato é que o mestre do Liceu tratou a justiça entendendo-a como uma virtude assemelhada com outras (coragem, temperança, benevolência...). A justiça, assim definida como virtude, torna-se foco das atenções de um ramo do conhecimento humano que se dedica ao estudo do próprio comportamento humano: à ciência pratica, intitulada ética, cumpre investigar e definir o que é justo e o que é injusto.
 Somente a educação ética, ou seja, a criação do hábito do comportamento ético, o que faz com a pratica à conduta diuturna do que é deliberado pela razão. A justiça em meios as demais virtudes que se opõe a dois extremos (um por carência: temeroso; outro por excesso: destemido) caracteriza-se por uma peculiaridade, trata-se de uma virtude que não se opõe a dois vícios diferentes, mas um único vício, que é a injustiça (injusto por carência ou injusto por excesso).
 Aristóteles está sobretudo preocupado em demonstrar por suas investigações, que a noção de felicidade é uma noção humana, e, portanto humanamente realizável. O caminho? A pratica ética. A ciência pratica, que cuida da conduta humana, tem esta tarefa de elucidar e tornar realizável a harmonia do comportamento humano social e individual. O meio de aquisição da virtude é ponto de fundamental importância nesse sentido. De fato, não sendo a virtude nem uma faculdade, nem uma paixão inerente ao homem, encontra-se neste apenas a capacidade de discernir entre o justo e o injusto, e de optar pela realização de ações conformes a um ou a outro. Se faz mister entender que a injustiça é nesse sentido o desigual, corresponde ao recebimento de uma quantia menor de benefícios ou uma quantia maior deles. Ocorrendo o erro na distribuição, burla-se o foco de Justo particular distributivo, sendo injusto aquele que distribui. É no atribuir a cada um o que é seu, que reside o próprio ato da Justiça Distributiva. Ainda assim é importante na visão Aristotélica entender como complemento da Justiça distributiva, a Justiça Natural. Que consiste por si próprio em todas as partes de mesma potência e que não depende para sua existência de qualquer decisão, de qualquer ato de positividade, de qualquer opinião ou conceito. O que é por natureza é tal qual é, apesar de variar, mudar, relativizar-se independentemente de outro fator senão a própria natureza.

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