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Resenha Livro Como os gigantes caem? Jim Collins

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Como os gigantes caem? – Jim Collins
	Os líderes e gestores deveriam ter maior consciência dos estágios de declínio das grandes empresas. Na maioria das organizações os executivos não se preocupam em analisar o motivo do insucesso, e sim se preocupam em saber como a empresa chega a sua excelência e sucesso. O foco é sempre faturar cada vez mais, lançar novos produtos e ganhar a concorrência, porém essa ansiedade de competição pela maior fatia de mercado faz com que os gestores e líderes fiquem desatentos para o ambiente externo, e com essa desatenção também ocorrem muitas falhas no ambiente interno, principalmente na gestão.
	A falta de visão resulta em problemas que implicam em resultados negativos para a organização, pois as causas desses problemas não são percebidas ou são ignoradas pelos gestores, durante a trajetória de crescimento da empresa. 
Jim Collins fez uma pesquisa com grandes empresas em períodos históricos de desempenho, justamente para entender como ocorre à perda da excelência ao logo do tempo, o estudo foi desenvolvido a partir de análises em cinco estágios, mas também foi feita uma comparação com outras empresas do mesmo setor que vivenciaram o declínio, para que se obtivesse maior credibilidade na pesquisa e o estudo não ficasse limitado apenas no fracasso ou sucesso das empresas. As empresas em declínio foram analisadas através de uma série de dimensões: índices financeiros, visão e estratégia, organização, cultura, liderança, tecnologia, mercados, ambiente e cenário competitivo. 
	Abaixo de forma resumida segue um mapa do declínio das empresas em cinco estágios, segundo o autor o objetivo dessa pesquisa é orientar os lideres e executivos a diagnosticar os pontos fracos e ameaças na organização, a fim de atuar no adoecimento e evitar a sua morte. Jim enfatiza “Afinal ter consciência da vulnerabilidade, nos torna mais fortes.” 
	“A marca das empresas realmente excelentes, não é ausência de dificuldades. É a habilidade de retornar dos infortúnios, mesmo das piores catástrofes, mais forte do que antes. 
	Grandes nações, empresas, instituições, indivíduos podem declinar e se recuperar. Desde que você não acabe totalmente nocauteado para fora do ringue, ainda há esperança. 
Nunca entregue os pontos. Seja firme em matar idéias de negócios que fracassaram até mesmo grandes operações em que trabalhou por longo tempo, mas nunca desista de construir uma empresa excelente. Sucesso nada mais é do que fracassar, e se levantar mais uma vez, infinitamente.”
	Organizações líderes em suas áreas podem despencar da excelência para a irrelevância. Todas as instituições são vulneráveis, não importa o tamanho. Não há uma lei na natureza garantindo que os mais poderosos inevitavelmente continuarão no topo. Todos podem cair, e a maioria cai. 
	Os estágios do declínio podem ser detectados cedo, e pode ser revertido (como aconteceu com IBM, HP, Merck, Nuvor). 
	Os estágios 1 e 2 correspondem às raízes do declínio. Os estágio 3, 4 e 5 correspondem à resposta equivocada dos administradores. 
	Até o estágio 4, o declínio não é nitidamente visível. No estágio 3, a empresa pode aparentar estar ótima, com os pés bem na beirada do precipício. 
	O declínio das organizações é na maioria auto-infligido, e revertido com controle próprio. Enquanto não cair no estágio 5, a recuperação é possível. 
Estágios do Declínio 
1) Excesso de Confiança Originado pelo Sucesso 
	Sucesso passado não é garantia de um futuro brilhante. Acreditar que é bem-sucedido porque se acha tão esperto/tão inovador/tão incrível pode causar grandes prejuízos. Muito do sucesso atribuído à administradores, posteriormente mostrava-se mais fruto de sorte do que de habilidade. 
	Administradores que inovaram continuamente o modelo de negócio de suas empresas superam aqueles que ficam apenas tornando velhos modelos de negócio mais eficientes e eficazes. Continue inovando e melhorando. Não atribua o sucesso a você, lembre-se que a sorte uma hora vai embora. É melhor se preparar. 
Ex. Motorola. Continuou apostando no sucesso do StarTac frente à celulares mais avançados. 
2) Busca Indisciplinada pelo Crescimento 
	Empresas bem-sucedidas são propensas a começar muitas coisas e a correr para direções estranhas, porque o CEO se sente inseguro comparando-se com seu predecessor ou competidor. Quando a organização cresce mais rápido do que sua habilidade de preencher os lugares com as pessoas certas, está cavando a própria cova. 
Incursões descontinuadas em áreas que não se tem paixão, tomar ações inconsistentes com seus princípios, investir pesado em segmentos que não se pode ser um dos melhores, viciar em tamanho, ir além dos recursos financeiros, neglicenciar seu negócio principal, usar a organização para elevar seu sucesso pessoal (riqueza, fama poder)... são exemplos de crescimento indisciplinado. 
Ex. Varejista Ames para competir com a Wal-Mart decidiu que dobraria de tamanho em apenas 12 meses. Para isso fez uma aquisição gigantesca e desastrosa
3) Negação do Risco 
	Negligenciam os resultados não-tão-bons e atribuem a diversos fatores, sugerindo que as dificuldades são temporárias, cíclicas ou não perigosas. Atribuem as causas dos problemas ao mercado, concorrência, azar... Ao invés de procurar entender o que está acontecendo. 
Ex. Quando o negócio de mainframes da IBM começou a declinar, um dos diretores fez um relatório apontando os perigos, mas não foi levado a sério. 
4) Corrida pela Salvação 
	O declínio já é visível e a pergunta é, como a liderança irá responder? Geralmente, procuram uma solução mágica para sair da crise: líderes visionários, estratégias ousadas não testadas, transformações radicais, esperança em um produto arrasador, uma aquisição decisiva, entre outras. Os resultados iniciais podem ser positivos, mas não duram muito. 
	Líderes em empresas neste estágio devem se voltar para a calma, clareza e abordagem focada. Seja rigoroso com o que não fazer. 
Ex. Carly Fiorina, carismática, tomou decisões arriscadas como CEO da HP e comprou a concorrente Compaq. A fusão não deu resultado e foi demitida
5) Irrelevância ou Morte 
	O vigor financeiro já acabou, as melhores pessoas já partiram para outra. Só resta ser adquirida, fechar as portas ou continuar na insignificância.. 
Ex. Scott Paper comprada pela Kimberly-Clark 
Xerox. HP. Nucor. IBM. Merck. Texas Instruments. Disney. Boeing. 
	O que essas empresas tem em comum? Tiveram uma queda tremenda e se recuperaram. Em cada caso, os líderes não desistiram da idéia de sair da sobrevivência e alcançar o triunfo, apesar das dificuldades.

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