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Processo Penal Professor Paulo de Tarso 06/02/14 Teoria das Provas Conceito É o conjunto de atos praticados pelas partes (Acusação e Defesa), pelo juiz e por terceiros, com a finalidade de levar o magistrado a convicção acerca da existência ou inexistência e um fato, falsidade ou veracidade de uma afirmação (cabendo a Acusação o dever de provar). Sentido do Termo Prova Ato de provar: meio de obter e apresentar as provas no processo Meios de provar: São os instrumentos para provar, tendo a possibilidade de meio de prova documental, testemunhal ou material/pericial. Resultados da ação de provar: O resultado das provas é a Sentença, pois elas fazem a convicção do Juiz, Objeto da prova São as coisas que devem ser provadas, sendo elas a materialidade e a conduta (relação da atividade com o crime). Fatos que independem de prova Fatos Notórios: Fatos públicos e de conhecimento geral. Presunções Legais: Inimputabilidade, por exemplo. Fatos impossíveis: “ouvir o morto” – psicografia Fatos irrelevantes: Depende do caso, a roupa da vítima ou que ela comeu, por exemplo. Requisitos Admissível: Existem provas que não são admitidas, são as provas proibidas ilícitas ou ilegítimas. Pertinente: relação da prova com os fatos e o andamento do processo. Concludente: as provas precisam ter uma conclusão, sendo possível o indeferimento da sua solicitação caso se saiba ser impossível ser concluída. Possível Realização: as provas precisam ter uma possibilidade de produção, sendo possível o indeferimento da sua solicitação caso seja impossível realizá-la. Provas Proibidas Provas ilícitas: São provas obtidas sem autorização judicial. Provas Ilegítimas: São as provas lícitas introduzidas no processo de forma ilegal. As provas derivadas: São as provas lícitas obtidas através de uma prova ilícita. Anteriormente consideravam-se ilícitas pela “teoria do fruto envenenado”, mas atualmente, com a bagunça da nossa legislação, é possível que o legislador interprete o caso a seu critério. Provas esquentadas: Provas produzidas ilicitamente e que são disfarçadas. Exemplo: Disque denúncia. Ônus da Prova Pela Acusação: Cabe ao Estado provar a autoria do fato no qual o Réu é acusado. Pela Defesa: Cabe ao Réu provar que ele não é culpado da acusação do Estado. 10/02/2014 13/02/2014 Classificação Quanto ao objeto Direta: Está direcionada ao fato que é o objeto do processo (homicídio -> laudo necroterial) Indireta: Está direcionada à conclusão do objeto do processo (álibi, testemunhas) Quanto ao seu valor Plena: São aqueles enraizadas na certeza do fato (homicídio -> laudo necroterial) Indiciária: São aquelas que não levam a certeza do fato e que podem ser obtidas através de vários indícios (havendo provas indiciárias suficientes, ela pode se sobrepor a prova material. Ex: Caso do goleiro Bruno). Art. 329, CPP Quanto à forma Testemunhal: Prova oral por pessoa que presta o compromisso da verdade Documental: Prova por meio de papéis, fotos, gravações, áudio... Material: Prova de qualidade técnica e precisão, denominada perícia Meio de Prova: São todos aqueles permitidos em lei. (artigo 621, CPP) Sistema de Apreciação. Prova legal ou verdade formal: De acordo com esse sistema é a lei que estabelece como que se prova alguma coisa, admitindo comente o que nela estiver previsto. (Exemplo: A prova de casamento, nascimento, etc.). Art. 155, § único CPP. Certeza moral ou íntima convicção: Sistema que se baseia na livre e intima convicção do jurado (júri popular). Livre convicção ou verdade real: Esta é a regra do CPP, prevista no artigo 155. Interrogação Introdução: O interrogatório é destinado ao Réu (a testemunha presta depoimento), sendo atualmente o último a se manifestar no processo, a fim de que possa saber e se defender das acusações que há contra ele. Atualmente também é previsto o direito do Réu de ter um advogado para depor, bem como realizar uma entrevista com ele antes. Local do Interrogatório Fórum: A regra é que o Réu seja interrogado no Fórum, sendo ouvido pelo juiz do processo, Estabelecimento prisional: Dependendo do caso, o juiz pode entender melhor ouvir o Réu no estabelecimento prisional, como meio de garantir a segurança. Videoconferência Jurisprudência: a OAB, e boa parte do entendimento jurisdicional, diz que é inconstitucional, que fere o direito do Réu de estar sob a presença do juiz. Artigo 185, CPP: Garantia da videoconferência em casos específicos e desde que haja fundamentos. Provimento da Corregedoria da Justiça Federal (CJF) 13/2013 Formalidades do interrogatório Ato público: Deve ser de conhecimento de todos, com exceção do outro Réu, quando houver. Personalíssimo: Somente o Réu que não pode ser interrogado Judicialidade: Quem dirige as perguntas ao Réu é o juiz, com exceção do tribunal do júri, onde tanto a Defesa quanto a promotoria se dirigem pessoalmente ao Réu. Em regra, o advogado faz a pergunta ao juiz e ele a direciona ao Réu. Oralidade: O interrogatório do Réu deve ser feito com uma pergunta e resposta oral, ressalvadas as limitações e necessidades do Réu. Procedimento Qualificação: Quem ele é? (Dados pessoais do acusado). O réu não pode dar informações falsas, caso o contrário, é crime. Ciência da Acusação: O réu deve saber novamente do que ele está sendo acusado. Alguns juízes pedem para ser lida a denúncia. Advertência: Quanto ao direito de permanecer em silêncio. O juiz poderá levar o silêncio em consideração. Perguntas ao réu: Foi o réu que cometeu esse fato? (Art. 186 e parágrafos). Apenas o juiz. Finalidade Caráter do acusado: O juiz analisa o caráter do acusado. Versão do acusado: Momento em que o acusado fala na audiência. Reação do acusado: Perceber através dos gestos (nervosismo, por exemplo), se o réu está mentindo. Casos Especiais Surdos e mudos, estrangeiro e menor de 21 anos de idade. Estrangeiro: É nomeado um intérprete, o estrangeiro não é obrigado a dominar a língua. É nomeado pelo juiz. Menor de 21 anos: Equivale ao maior de 21 anos. Não existe mais o curador para este fim. Confissão Conceito: É o reconhecimento do acusado da imputação que está sendo acusado, podendo ser total ou parcial (agir em legítima defesa). Modalidades Simples: Reconhecimento do que está sendo imputado Complexa: Acrescenta algo a mais, ou exclui algo que não tenha a ele imputado. Informações a mais. Qualificada: Apresenta alguma tese de excludente (Em legítima defesa, em curso psicótico). Judicial: Acontece na presença do juiz durante o processo. Extrajudicial: Ocorre em tudo quanto é lugar (na viatura, na rua, no corredor, fora da audiência). Expressa: Quando ele declara Tácita (Art. 198 CPP): O silêncio. Não temos mais no processo. Retratável: É necessário ter coerência. Pode gerar má credibilidade perante o juiz. Divisível: Posso aproveitar a parte que interessa. Quem decide é o julgador, o juiz. Requisitos Verossimilhança; certeza, clareza, persistência, coincidência, pessoal, livre e espontâneo, saúde mental. Valor probatório: Não existe prova que valha mais que a outra. O fato de o réu ter confessado, não significa que ele não seja condenado. Ofendido (A vítima) Introdução: A palavra do ofendido é muito relevante. O ofendido não é testemunha, é declarante. Ouvido por intermédio de termo de declarações: Não assina termo de responsabilidade. Não é compromissado: Não comete falso testemunho (mentir, calar-se ou omitir), não é testemunha. Condição Coercitiva Direitos: Informar sobre o ingresso e a saída do acusado na prisão. (Art. 200 ao 250, ler). Data: 20/02/2014 Testemunha Conceito: Não pode ser confundida com vítima, a vítima é ofendida. Valor probatório: A testemunha é a prostituta das provas, pois quem paga mais fala menos. Características Oralidade: (Art. 221 e 223) Objetividade: O juiz quando questiona a testemunha, requer resposta objetiva, o que ela viu, e não o que acha. Retrospectividade: Sempre o que aconteceu. Não o que vaiacontecer. Características Qualquer pessoa: Testemunha compromissada -> Obrigada a falar a verdade. Testemunha não compromissada -> Se mentir não irá responder pelo crime de falso testemunho, não que possa mentir. Pessoa estranha ao processo e equidistantes das partes: Se a testemunha tem algum interesse no processo, algum tipo de amizade com a vítima; essa pessoa poderá ser dispensada da obrigação de testemunhar. Capacidade jurídica e mental: Afinal de contas você não pode colocar um retardado mental para testemunhar, se for a única opção, não terá compromisso nenhum para com a verdade. Convocada pelo juiz: testemunha do processo penal tem que ser convocada pelo juiz. Classificação Numerárias: As partes tem uma quantidade de testemunhas que podem arrolar, sendo que são 8 no ordinário, 5 no sumário e 3 no sumaríssimo. Há um limite legal na numerária e as testemunhas pertencentes a ela são aquelas indicadas ou determinadas pelo juiz, podendo ser chamadas como testemunhas do juízo. Extranumerárias: testemunha referida. Tanto a numerária quanto a extranumerária tem que se prestar compromisso (Art. 203). Informantes: Menores de 14 anos, doentes mentais e os dispensados são considerados informantes, pois não prestarão compromissos. Referidas Próprias: testemunha própria é a que viu. Impróprias: testemunha imprópria é a que ouviu. Direta: uma prova direta é aquela que pode dar um álibi para o autor. Indireta: Deveres: Comparecer ao local, dia e hora determinados (Art 220 – 222). Quando for intimado para comparecer em juízo marca-se dia, hora e lugar e se não comparecer sem justificativa será atribuído uma multa e também poderá responder por crime. Toda regra tem sua exceção, nesse caso as exceções se encontram no art. 220, 221, 222. Identificar-se no início do depoimento: a testemunha deve se identificar ao chegar para a audiência. Prestar o compromisso: não se pode dar falso testemunho (calar, mentir ou omitir). Comunicação sobre mudança do endereço: A testemunha terá que se manter na comarca e caso ela mude de endereço deve-se comunicar ao juiz. Testemunhas: A testemunha pode se recusar a responder algo caso aquilo venha a incriminar. Dispensadas (Art. 206): Toda pessoa é obrigada a depor, porém essas pessoas não estão obrigadas a depor, porém mesmo não devendo depor ela deve comparecer na audiência. Proibidas (Art. 207): Prova não lícita. Ex: Profissional que deve manter sigilo e abre mão da sua responsabilidade. O profissional poderá responder por processo ético profissional. Data: 24/02/14 Acariação Conceito: Quando houver parte do depoimento controvertido, é feita uma acareação, onde normalmente existe uma retratação no depoimento. Se a informação é mantida, cabe a acareação do juiz. Existe tanto na forma policial quanto judicial. Elemento normalmente contraditório. Normalmente seu efeito não muda. (Quem mente uma vez, normalmente vai mentir de novo) Desnecessidade Afastar depoimento contraditório: Versões diferentes. Prova não essencial ao julgamento: Depoimento diferente mas que não irá interferir no julgamento. Procedimento: Julgamento do juiz. Reconhecimento de Pessoas e Coisas Espécies Informal: Realizada na audiência Formal (Art 226 – 228): A pessoa que vai reconhecer descreve a coisa ou a pessoa (características físicas), identificando se a pessoa estava ou não presente naquele local. Procedimento Descrição da coisa ou da pessoa: Ex: arma, objetos / rosto, aparência física em geral. Submeter a coisa à pessoa com outra semelhante: Pessoas parecidas para que não haja o induzimento. Identificação: Reconhecimento. Auto de circunstanciado: Lavrado, assinado pela autoridade, escrivão (...) Documentos Conceito: Papéis, coisa escrita, gravações digitais (...), para que possam ter valor probatório devem ter autenticidade e veracidade. Exemplos: Licitação. Valor probante Autenticidade: Autenticado pelo advogado. Veracidade: Necessário ser verdadeiro. Momento da juntada: Até o julgamento é possível. Se colocada no processo fora do prazo, não é válida. Documento estrangeiro: Tradução juramentar e consularização do documento são os requisitos mínimos para que o documento seja válido. Busca e apreensão (Art. 240 – 250) Conceito: A busca se faz de algo relevante e importante que tenha relação com o que está sendo objeto da investigação. A busca pode ser de pessoas ou de imóveis (domicílio e empresa). Finalidade: Apreender alguma coisa. Pode ser Pessoal: Existe uma suspeita de que a pessoa tenha praticado algum crime, portando algo irregular, pode ser feita de dia ou de noite (preferencialmente policiais do mesmo sexo). Não é necessário mandado. Domiciliar: Para qualquer estabelecimento onde exista algo que possa ser localizado. No Brasil só pode ser admitida por ordem judicial (ordem escrita do juiz), durante o dia (com ou sem o consentimento do proprietário), sempre determinado o objetivo (não podendo o fim ser desviado). Interceptação Telefônica Legislação (Art 5; XII CF e Lei 9296/96): Trata sobre a questão da interceptação telefônica. Pode haver desde que autorizado por Lei. Requisitos Indícios Razoáveis de autoria e participação: Não é prova, mas suspeita de que a pessoa tenha participado de um delito. Não houver outro meio para produzir a mesma prova: O sigilo é a regra, a interceptação é a exceção. Fato punido com reclusão: Não crime permitido que a pena seja de reclusão simples ou prisão. Não cabe no inquérito civil público (Ex: Briga de marido e mulher onde uma das partes grampeia sem autorização). Comunicações Telefônicas: Telefonia (Não apenas telefones fixos, mas móveis também). Em sistema de informática ou telemática: A telecomunicação com a informática. Classificação Interceptação telefônica: Grampo. Nenhuma das partes sabe que está sendo gravado. Escuta telefônica: Um dos interlocutores sabe que está sendo gravado. Interceptação ambiental: Ocorre quando o ambiente que está sendo o objeto da interceptação é desconhecido. Escuta ambiental: Uma pessoa pede para que a outra grave aquilo que está sendo falado. Gravação clandestina: O interlocutor grava sem que a outra parte conheça. 10/03/2014 Procedimento e Processo (Art. 394) Conceito de Processo: O processo é mais amplo, é o conjunto de atos (citação, interrogatório..), os atos praticados na sequência é o processo. Conjunto de atos processuais que se sucedem de forma sequencial. Conceito de Procedimento: É o desenvolver do processo. Tipos de Procedimento Privativo Não Privativo Comum Ordinário: Eu olho a pena máxima (Se a pena for igual ou superior a 4 anos) Sumário: A pena não ultrapassa a 3 anos. Sumaríssimo: Os crimes cuja pena máxima for menor ou igual a 2 anos. Especial Júri (CPP) Funcional (CPP) Honra (CPP) Tóxico Imprensa Eleitoral Falimentar Lavagem de capitais Propriedade Imaterial Abuso de autoridade Procedimento Ordinário (Art. 395/405) O juiz competente decidirá se rejeita ou se recebe a denúncia ou a queixa (analisa a petição inicial e decide se dará seguimento, no momento em que a denúncia é recebida). Se o juiz rejeita (Art. 395) O processo será suspenso por um lapso temporal. Se cumpridas as condições após o lapso, o juiz irá homologar a denúncia. Se o promotor não propuser a suspensão, o juiz não poderá suspender de ofício, devendo no caso enviar o processo para o Procurador Geral. Contra a decisão do procurador não cabe mais recurso. Artigo 89: O Ministério Público ao oferecer a denúncia poderá solicitar a suspensão, desde que: Não tenha sido condenado por outros crimes; e Leve-se em consideração a conduta social do indivíduo Aceita pelas partes, o juiz decretará a suspensão do processo com algumas condições (previstas no referido artigo). A suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser acusado durante a suspensão a uma contravenção, ou delito posterior ao precesso. Citação: No Brasil a citação é feita de forma pessoal, mas podendo contudo ser feita de outros modos caso esta não seja possível, podendoser: Por carta precatória Por carta rogatória O preso será comunicado na prisão, com ciência do Diretor O militar é citado por requisição (citação enviada ao chefe da repartição) Caso o preso não seja localizado, o processo fica suspenso, bem como a prescrição da Ação, até que o acusado seja localizado. Hoje também possuímos a citação por hora certa, onde o oficial marca o dia e o local para o acusado comparecer ou mandar um advogado, sendo que o seu não comparecimento causa revelia. Exceção de incompetência: Prescrito o prazo para o acusado apresentar a exceção de incompetência, o juízo proposto passará ser competente, ressalvadas as condições de exceções referentes à pessoa e objeto. Hipóteses taxativas de exclusão da culpabilidade: Legítima Defesa Embriaguez Cumprimento de ordem de hierarquia superior; Que haja demonstração que o fato narrado foi equívoco em face do fato apresentado Se o juiz reconhecer a prescrição em prol do Réu. * Atos estabelecidos no código mas que na prática não ocorrem: 1. Prazo de 60 dias para o juiz marcara audiência 2. Audiência uma de Instrução e Julgamento. Diferença do Rito Sumário para o Rito Ordinário: Numero de testemunhas (8 para 5), prazo para marcar a audiência (60 para 20) e a não existência de diligências e memoriais de julgamento (sendo que este último, ocorre sim na prática). Data: 13/03/14 Sumaríssimo (Lei 9099/95) Termo circunstanciado: é um registro a ocorrência que diferencia do B.O que inclui outros dados que vão ser encaminhados ao juizado especial. No termo circunstanciado a presença do acusado e da vítima tem que estar na delegacia Remessa ao JECRIM Delegação de data de audiência Intimação das Partes: pode ser feita por correspondência. Tentativa de composição Aceita / não aceita ´ APPC/APP `APPI´ APPC´ APP` ´Homologia Representação` MP – O promotor de justiça vai propor ou não a transação penal (proposta de uma pena alternativa para o sujeito). Art. 76 CP Proposital / Transação Oferece Não oferece Aceita/Não aceita Denúncia / Queixa Citação do acusado – A citação só é de réu, mas quando acontece isso já tem processo, porém nesse caso não tem, então o termo correto deveria ser intimação, mas a lei fala citação. Tentativa de conciliação e/ou transação Defesa oral Juiz – O juiz analisa se vai rejeitar ou receber a denúncia. Se ele recebe é instaurado o processo. Rejeita Recebe Vítima Testemunha acusação (3 testemunhas) Testemunha defesa (3 testemunhas) Sentença – debate – réu Sentença Conceito: a sentença é o que põe fim ao processo julgando mérito, é o ato judicial que encerra uma lide. Ela põe fim à discussão e também analisa o mérito absolvendo ou condenando. Espécies de decisões judiciais Despachos: o juiz dá seguimento ao processo. Ele não analisa nada, somente dá ritmo ao curso processual. Decisões interlocutórias: surge no curso do processo e ela enfrenta alguma matéria que tem que ser resolvida, que não é se o sujeito é culpado ou inocente. É tudo aquilo que o juiz analisa no curso do processo que não edita culpa ou inocência são as decisões interlocutórias. Simples: as decisões que dirimem uma controvérsia sem colocar fim ao processo ou a um estágio do processo. O juiz analisa essa questão, mas isso não encerra o processo. Mista: ela põe fim ao processo ou a uma fase do processo. Terminativa: Quando o juiz rejeita a denúncia ou a queixa se torna uma decisão interlocutória mista terminativa. Não terminativa: uma fase do processo é encerrada, mas não o processo. Isso acontece em uma única hipótese que é a decisão chamada de pronúncia, onde o juiz entende que o réu tem que ser levado a júri popular. Definitivas: é aquela que põe fim ao processo, mas não aprecia o mérito. Ex. quando se reconhece uma causa extintiva da punibilidade. Reconhecida a prescrição, o réu não é nem culpado e nem inocente, mas não se pode abrir esse processo, pois já está extinto. Conteúdo da sentença: toda decisão tem três partes, sendo: Relatório: é o histórico do que aconteceu então o juiz em breves colocações ele faz uma narrativa do que aconteceu. b) Fundamentação: o juiz analisa o conjunto probatório. Essas provas demonstram que o acusado praticou o crime, mas não prova que ele é o autor, então será feita uma análise para chegar a uma conclusão. c) Dispositivo/conclusão: é o resultado. Se o réu for condenado o processo pode ser julgado procedente ou imparcialmente procedente e sendo improcedente será absolvido. Condenação: é necessário a pena. Através do sistema trifásico, onde será colocado na fundamentação, no dispositivo se coloca o resumo. O juiz também deve colocar o regime do cumprimento de pena (fechado, aberto, semiaberto). E também se o réu pode ou não recorrer em liberdade. Efeitos Os efeitos da sentença: Faz coisa julgada (o juiz não pode mais alterar a sentença, salvo por questões chamada erros materiais); A matéria uma vez publicada a sentença ela não pode mais ser alterada, ou seja, quando for entregue ao cartorário; No momento que o juiz profere a sentença cria-se impedimento para apreciar a mesma matéria em outra instancia; Efeito autofágico. Data: 17/03/14 Espécies de Sentenças Sentença condenatória 5.1.1. Condições Gerais: Tem como finalidade a reparação de um dano causado a outrem. 5.1.2. Efeitos: Gera efeitos da reincidência, da vida civil. Sentença absolutória: O juiz verificando as provas produzidas verifica a decisão. Própria: É a regra, o sujeito não tem mais qualquer tipo de obrigação. Imprópria: O sujeito ainda tem obrigação. Aplicável ao inimputável. Ex: Medida de segurança. O réu é absolvido, mas sob medida de segurança. Hipóteses (Art. 386) Prova Inexistente (Fato) Não há prova (Fato) Fato não é crime Prova não é autor Não há prova do autor Excludentes e isenção de prova Indícios insuficientes. Efeitos: Uma vez absolvido o réu, ele é posto em liberdade, ainda que haja recurso para a acusação. Nesse caso não existe exceção. Medidas assecuratórias. Aquilo que o réu teve penhorado, hipotecado, é restabelecido. O valor é restituído se pago em dinheiro devidamente corrigido. Emendatio Mutatio Libeli: É a mudança do artigo da Legislação ou Código Penal. O fato é o mesmo, o que muda é a tipificação. Emendatio Libeli (Art. 383): Correção da acusação. Não precisa mudar a denúncia. Mutatio Libeli (Art. 384): Mudança na acusação, fato novo surge durante o processo que muda a acusação. Resulta-se em nova acusação. A partir daí ele se defende por um fato novo. Publicação e Intimação: A publicação é entregue para o cartorário, e a sentença está sendo publicada, tendo como efeito a não alteração, ou seja, não pode ser alterado (mérito). Só é possível alteração com recurso. A intimação é feita pessoalmente, a exceção é para o querelante. Teoria Geral do Processo Conceito de Recurso: É uma forma de fiscalizar o juiz, e de reaver uma decisão que pode ter sido tomada de forma injusta. Graus de Jurisdição: Ad quem / A quo Fundamento Falibilidade humana: O juiz pode errar. Correção de falhas. Necessidade psicológica: A pessoa não fica contente, quer que haja uma nova decisão. Correção de injustiças e imperfeições: Existe a possibilidade de nessa situação, o recurso reparar injustiças e imperfeições. Fiscalizar o juízo a quo: Quantidade de vezes que é aplicado recursos. O juiz é observado quanto às suas decisões. Evitar o arbítrio Classificação: Ordenamento jurídico que está estabelecido Quanto à fonte Constitucionais: Previstos na Constituição Federal Legais: Nas Leis (também extravagantes) Regimentais: Agravo regimental, reclamação (são exemplos nos tribunais). Quanto à iniciativa Voluntários: Em regra são voluntários, tanto a defesa quanto a acusação não são obrigados a recorrer. Necessários: Recurso de ofício, reexame obrigatório. Temos hipóteses em que o juiz é obrigado a submeter a sua decisão à instância superior. (Ex.: Art. 574, absolvição sumária e concessão de habeas corpus). Quanto aos motivos Ordinários:É o que não precisa ter elementos específicos para a sua interposição (Ex.: Apelação) Extraordinário: Exige algum requisito específico. Ex.: Recurso especial e recurso extraordinário. Pressupostos Objetivos Cabimento: Todo recurso tem que estar previsto em lei, ou no regimento, ou na Constituição. Tempestividades: Art.581, Inc. I. Cada recurso tem seu prazo Observância das formalidades: Tem recurso que deve ser por instrumento.. Questões que devem ser cumpridas para ser reconhecido. Ausência de fatos impeditivos: Uma vez renunciado ao direito de recorrer, não será retratado. Ausência de fatos extintivos: Já houve o recurso, mas impede de ser analisado. É a desistência, não querer que o recurso seja analisado. O MP não pode desistir do recurso que ele tenha interposto. Os demais podem desistir. Outra hipótese é a deserção (pagamento de tributo). Subjetivos Interesse: Sucumbência. Não adianta ter legitimidade e não ter o interesse. Legitimidade: Todo mundo em processo tem legitimidade. No processo penal o réu pode recorrer mesmo sem advogado. 20/03/14 Juízo de admissibilidade Princípios Uni recorribilidade: contra a decisão cabe apenas um recurso. Ex. Art. 593 § 4º - Uma sentença em que o juiz condena o réu e não concedeu o sursis, então eu quero contestar a decisão do juiz, mas também quero questionar o conteúdo da sentença (se é culpado ou inocente) então utilizo a apelação e contra essa decisão eu entro com os dois recursos ou somente um deles? Pelo princípio da uni recorribilidade só posso usar um, sendo nesse caso a apelação. Fungibilidade: esse princípio é exatamente conhecer o recurso errado como certo. O Estado admite reconhecer o recurso errado como certo. Art. 579 CPC Reformatio in pejus: Se só a defesa recorre ou se só o pedido da acusação é sobre determinado ponto não pode o tribunal piorar a acusação. O não reformatio in pejus é o tribunal piorar quando só a defesa recorreu, mas se a promotoria recorrer também pode sim ser admitido. Efeitos Devolutivos: devolver a prestação jurisdicional para o órgão que vai julgar. Ele pode ser pleno (admite qualquer alteração) ou parcial. Suspensivo: suspende a eficácia da decisão. Ele não é para todo recurso. No processo penal há a possibilidade do juiz conceder o efeito suspensivo, quem concede é a Lei através das hipóteses nela imposta. Regressivo: também conhecido como juízo da retratação, que é a possibilidade do juiz mudar a sua decisão. O juiz pode apreciar o recurso e voltar atrás. Extensivo: estender os efeitos de uma sentença favorável ao corréu que não tenha recorrido. Art. 580 CPP Recurso em sentido estrito (RESE) Conceito: é um recurso específico. Ele se assemelha muito com o agravo de instrumento. O RESE é um recurso contra decisão interlocutória (analisa o mérito). O RESE só é possível se tiver previsto. É o rol taxativo. Previsão legal – (Art. 581 CPP e também na Lei 5250/67) Pressupostos Cabimento Não receber a denuncia ou queixa: Se a queixa e a denuncia for rejeitada cabe RESE, com exceção do JECRIM que caberá apelação (art. 92 – lei 9.009/05) isso também ocorre no art. 44 da lei 5.250 – lei da imprensa. Incompetência do juízo: quando se promove ação penal à ação tem que ser proposta no juízo competente (art. 69 CP), mas se o juízo se declara incompetente contra essa decisão cabe recurso em sentido estrito. Julgar procedente as exceções exceto suspeição: Suspeição: Se ele está declarando suspeito não tem lógica alguma entrar com recurso contra essa decisão. Pronúncia: Levar o réu a júri popular. Contra a decisão de pronúncia cabe RESE. E a impronuncia é arquivamento (isso é caso de apelação). Conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança: Nesse caso a fiança é aquela concedida pelo juiz de direito. E contra essas decisões permite o RESE. Indeferir a prisão preventiva ou revoga-la: O promotor pede a prisão preventiva e é negada, pode o recorrente entrar com RESE. E se o juiz indefere a prisão preventiva não cabe RESE. Conceder liberdade provisória relaxar a APFD: Liberdade provisória pode ser com ou sem fiança e nesse caso é sem fiança. Relaxar a APFD pode ser utilizado o HC. Quebrar a fiança ou perdido seu valor: Art. 416 CPP E IX – Decretar ou indeferir causa extinta da punibilidade: Quando o juiz decreta ou indeferi cabe RESE. Conceder ou negar o HC: O juiz que concede ou nega o HC ele mesmo tem que submeter o recurso de ofício, além de caber o RESE. Conceder ou negar o sursis: Sursis (suspenção da execução da pena). Art. 197 prevê que todas as decisões proferidas pelo juiz da execução cabe agravo. Então se a revogação é uma decisão do juiz da execução conclui-se que está revogado tacitamente a revogação do subsídio. Anular o processo: Um processo viciado, com falha, com erro, se a parte pedir ou o próprio juiz verificar ele tem que anular e essa anulação permite entrar com RESE. Incluir ou excluir jurado: Entra com RESE pedindo para que o seu nome seja incluído ou o contrário. Denegar ou julgar deserta a apelação: Nesse caso consigo entrar com RESE. Suspensão do processo por questão prejudicial: Ex. Bigamia. Julgar incidente de falsidade: Contra a decisão do juiz também cabe recurso. Data: 24/03/14 Revogação Hipóteses Apelação: Impronúncia e absolvição sumária Agravo em execução: Revogação do sursus (XII), Livramento (XII), unificação das penas (XVII) e medida de segurança (XIX a XXIII) Inaplicabilidade: Conversão da multa em detenção (XXIV) Tempestividade Prazo: 5 dias (Art. 586, caput) 15 dias (art. 584 c/c 598). ias (art. 586, § único c/c art. 586 XIV). Observância das formalidades legais. Formas de interposição Petição: é a peça que demonstra a manifestação em decorrer. Termos nos autos: a parte manifesta no próprio processo a intenção de recorrer sem a necessidade de elaborar petição. Subida do RESE (Art. 583). Nos autos: quando o processo pode subir ao tribunal. Por instrumento: quando necessariamente tem que se extrair parte do processo. Endereçamento: o recurso é endereçado sempre ao juiz ‘a quo’. Ausência de fatos impeditivos Renúncia Prisão do réu (art. 585). Ausência de fatos extintivos Desistência: MP não pode desistir de recurso que tenha interposto (art. 576). Falta de preparo: No processo penal só tem preparo na ação penal privada, não tem preparo na ação penal pública. Legitimidade MP Defesa: defensor ou réu (Em matéria penal tanto o defensor quanto o réu podem recorrer e se um recorre e o outro não a vontade que prevalece é a do réu). Assistente de acusação: advogado contratado pela vítima ou pelos sucessores da vítima (CADI). Vítima e sucessores: (art. 584) permite que os sucessores faça uso da apelação. E as condições para a vítima e sucessores recorrer são: não ter assistente de acusação; Que a decisão não tenha sido recorrida pelo MP; Que a decisão tenha sido de restrição da punibilidade/ causa extintiva da punibilidade. Querelante: Pode recorrer apenas na ação penal privada. Qualquer cidadão: Pode recorrer para que o seu nome seja excluído ou incluído. Jurado: na hipótese da pessoa que é jurada e quer tirar o nome dela. Processamento Petição – Juiz ‘a quo’ – que proferiu a sentença e ele pode: (Não conhece – CT) (Conhece – Razões (2d) – Contra razoes (2d)). Juízo de retratação: Juiz: O juiz pode reforma (reconsiderar a decisão) – simples petição (5d) – Remessa trib. Ad. quem) ou pode manter a decisão – Remessa trib. Ad. Quem. Efeitos Devolutivo Suspensivo (art. 584) Regressivo (art. 589 § único). Extensivo(art. 580) 27/03 Apelação 1 – conceito Podendo ser utilizada contra decisões condenatórias, absolvitórias e de decisões finais, contra o juiz singular ou Tribunal do Júri. 2 – Previsão legal Art. 593 CPP – Demonstrar e fundamentar seu inconformismo. Art. 416 CPP Art. 82 da lei 9099/96 Art. 44 § 2º Lei 5250/67 3 – Pressupostos 3.1 – Cabimento 3.1.1 – Decisões condenatórias ou absolutórias proferidas pelo juiz singular. 3.1.2 – Decisões preteridas pelo trib. do júri.3.1.3 – Absolvição sumária – (art. 416): após a resposta do réu o juiz pode absolver. A absolvição sumária cabe à apelação. 3.1.4 – Impronúncia – (art. 416): decisão que o juiz determina o arquivamento ou na prova do fato ou as provas da autoria não são suficientes. Também cabe apelação. 3.1.5 – Decisões definitivas ou com força de definitivas. 3.1.6 – Não recebimento da denúncia ou queixa no JECRIM (pergunta de prova). 3.2 – Tempestividade Prazo 5 dias – regra 10 dias – jecrim 15 dias – art. 598 3.3 – Observancias das formalidades legais a) Formas de interposição b) endereçamento c) Apresentação das razões no TJ 3.4 – Ausência de fatos impeditivos 3.5 – Ausência de fatos extintivos 3.6 – legitimidade 4 – Processamento Petição (5d) – Juiz: 1) Não conhece – RESE; 2) Conhece – Razões (8d) – contra razoes (8d) – remessa p/ trb. Ad quem. 5 – Efeitos Devolutivo: ele pode ser pleno ou parcial. No caso do juiz singular em regra é pleno. Suspensivo: é a regra da apelação. Extensivo: estende os efeitos da sentença. É um efeito favorável ao réu. Só não cabe efeito extensivo quando for baseado em confissão pessoal. 31/03/14 Embargos declaratórios Conceito: É um recurso oposto contra uma decisão que apresenta defeitos (ambiguidade, obscuridade, omissão ou contraditório). Provisão Legal Art. 382 CPP (Imposta sobre qualquer sentença ou acórdão – 1ª Instância) Art. 619, 620 CPP (Acórdão – Órgão Colegiado). Art. 83 Lei 9099/95 (Embargos declaratórios do JECRIM). Pressupostos Cabimento Obscura: Deve-se apontar o ponto obscuro. Se ele entender que procede, ele defere. Ambígua: Duas possibilidades ou mais. Omissa: Falta algo Contraditória: Contradição entre o que foi fundamentado e a decisão. Tempestividade Prazo: JECRIM – 5 dias com as razões Embargos Declaratórios – 2 dias. Observância das formalidades legais 3.1. Formas de interposição a) Petição b) Oralmente (JECRIM) 3.2. Endereçamento a) Juiz prolator da decisão b) Relator: Os embargos necessariamente deverão (...) Processamento Petição > Juiz > Decisão ou Audiência Efeitos Devolutivo: Somente pode ser objeto e julgamento a parte que foi questionada. Os embargos declaratórios podem ter caráter infringente (Ex.: O juiz condena o réu e erra na pena, nos embargos é exposto o erro e no momento em que o juiz analisa a situação ele profere um novo resultado). Existem situações que é possível a mudança do mérito. O prazo suspense ou interrompe do recurso principal? O CPP em momento algum trata essa questão. O prazo é interrompido salvo no JECRIM. Regressivo: O juízo de retratação; é um recurso que não sobe para uma instância superior. Embargos Infringentes e de nulidade Conceito: Mérito e nulidade (embargos infringentes e de nulidade, caso for somente nulidade não há embargos infringentes e sim de nulidade. Matéria de mérito infringente). Para que haja os embargos infringentes deve-se na votação obter a maioria dos votos, e o voto vencido tem que ser favorável à defesa. Previsão Legal Art. 609, § Único Regimentos Internos do TJ, TRF e STF (Sempre por ordem colegiada). Embargos deve haver no mínimo 4 votos, quando forem reunidas as turmas. Pressupostos Cabimento: Voto vencido favorável à defesa. Prazo: 10 dias Observância das formalidades legais Forma Interposição: Petição com razões Endereçamento: Relator (Analisa se conhece ou não conhece). Contra a decisão do relator cabe agravo regimental (Prazo de 5 dias). Processamento Petição > Relator > Não conhece (Ag. Reg) / Conhece) > Sorteio de novo relator/revisor > MP > Relator > Revisão > Audiência de julgamento Efeitos Devolutivo: Somente com relação ao objeto dos embargos. Regressivo: Não cabe nos embargos de infringência. 03/04/14 Agravo em Execução Conceito: Agravo que acontece na execução da pena. Previsão Legal Art. 197 LEP – 720/84 Pressupostos Recursais Cabimento Art. 66 LEP Tempestividade Prazo 5 dias (Em São Paulo), 10 dias (Outro estado) Endereçamento: Para o juiz da execução. Processamento Petição > Juiz > Não conhece (Carta testemunhal) / Conhece > Razões > Contraraz. > Juiz > Mantem (Imb) / Retrata (Simples petição / ad quem) Efeitos Devolutivo: Conhecer a matéria que está sendo impugnada. Regressivo: Retratação. Correição Parcial Conceito: É uma medida administrativa, usada contra erros do procedimento do juiz. Não tem caráter de recurso, ou seja, não tem pressupostos processuais. Previsão Legal Decreto Lei nº 14.234/44 (Código Judiciário) Lei Estadual nº 8040/63 Decreto Lei Est. nº 3/69 Lei Federal nº 5010/66 Cabimento Quando não houver recurso Erro no procedimento Tempestividade: Prazo de 10 dias (Segue exatamente o rito de agravo de instrumento). Observ. Formalidades Legais, endereçamento Processamento Petição > Trib ad quem > secretaria > sorteio do relator > relator (indefere) / (defere > concede ou não concede liminar) > Req informações do juiz e contra miuta do corrigido > MP > Relator > Julg. Efeitos Devolutivo: Devolver o problema ao tribunal Regressivo 07/04/14 Recurso Extraordinário Conceito: Histórico Decreto nº510/1890 C.F. 1891 C.F. 1988 Pressupostos Cabimento Causas decididas em única ou última instância: Primeiro esgotam-se os recursos ordinários para poder se usar o extraordinário. Questão federal de natureza constitucional - Contrariar a C.F.: Se o acórdão for contrário, tanto de forma implícita quanto de forma explícita à C.F. - Declarar a inconstitucionalidade de Tratado ou Lei: Cabe recurso extraordinário. - Julgar válida Lei ou ato de governo local contestado em face da C.F. - Julgar válida lei local contestado em face de lei federal. Tempestividade: 15 dias para interposição Observância das formalidades legais (Lei 8038/90) Interposição Endereçamento Prequestionamento: A matéria já foi objeto de apreciação na instância inferior. Repercussão geral: Aquela matéria que não só atinge o sujeito que está recorrendo, mas a outras pessoas que tenham ou possam vir a ter casos semelhantes. (Art. 103 C.F.). Efeitos Devolutivo Suspensivo Extensivo Processamento Petição > Secret. Trib. Recorrido > Contrarrazões > Presidente Presidente (Não conhece > Agravos)/ (Conhece > Remessa STF > Secretaria > Sorteio relator) > Não conhece: Ag. Reg./ Conhece: MP > Relator > Julg. 24/04/2014 Modelo de Prova Benício foi denunciado pelo crime de extorsão e homicídio. Após a instrução o juiz absolveu sumariamente o réu por entender ser inimputável aplicando medida de segurança. Qual o recurso cabível? Apelação Em que prazo? 5 dias Quem tem legitimidade? O réu, o M.P e o defensor. A quem é endereçado? Quem julga? Ao tribunal de justiça, câmara dos tribunais (3). O recurso contra a decisão é conhecido e por maioria o seu mérito é dado provimento anulando o processo. O voto vencido é pela mantença da decisão atacada. O acórdão proferido difere da decisão de outro tribunal de justiça. Qual o recurso cabível? Recurso Especial (Art. 105, III, “c”, CF). Em que prazo? 15 dias. Quem tem legitimidade? O M.P (a defesa não tem legitimidade). A quem é endereçado? STJ composta por 5 ministros. Interposto o recurso, o presidente do tribunal recorrido não conhece o(s) recurso(s) por não preencher o pressuposto recursal do pré questionamento. Qual o recurso cabível? Aresp ( Agravo contra despacho denegatório de recurso especial). Em que prazo? 5 dias. Quem tem legitimidade? O M.P. A quem é endereçado? Uma das turmas do STJ composta por 5 ministros. No tribunal “ad quem” (STJ) a turma competente julga procedente o recurso interposto determinando a remessa do recurso principal que fora indeferido pelo tribunal “a quo”. Qual o recurso cabível? Não cabe recurso. --- --- --- Após o processamento do recurso principal, ele é submetido a julgamento e por maioria é dado provimento pronunciando o réu pelo crime de homicídio em concurso com o crime de extorsão. O voto vencido foi pela anulação do processo. A decisão deste julgamento difere do que foi julgado por outra turmado tribunal. Qual o recurso cabível? Embargos de divergências Em que prazo? 15 dias. Quem tem legitimidade? O réu. A quem é endereçado? Ao relator do acórdão (a defesa), e as duas turmas julgam. O réu é levado a julgamento pelo tribunal do júri e é condenado por homicídio e absolvido pela extorsão. Existe prova da materialidade e da autoria em ambos os delitos e a pena imposta é superior ao mínimo legal. Houve assistente de acusação. Qual o recurso cabível? Apelação Em que prazo? 5 dias. Quem tem legitimidade? A defesa e a acusação podem recorrer. A quem é endereçado? Tribunal de Justiça. O juiz “a quo” não conhece o recurso por ser intempestivo. Interposto o recurso contra essa decisão o juiz “ a quo” reconsidera dando seguimento ao recurso. Qual recurso cabível? Não cabe recurso. --- --- ---
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