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Fendas Palatinas

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FENDAS OROFACIAIS
Etiologia
As Fendas Orofaciais são malformações congênitas relativamente frequentes na população, e mesmo assim ainda não possuem uma etiologia claramente estabelecida. As Malformações da face ocorrem no desenvolvimento do embrião entre o 20º dia e a 12ª semana, e se dão devido a fatores genéticos e ambientais. Dentre estes fatores podemos citar hereditariedade, deficiências nutricionais, estresse, exposição à radiação, algumas doenças maternas, como diabetes materna, idade avançada dos genitores, drogas, fumo, e ingestão de certos medicamentos. Em diversos estudos observa-se a elevação do risco de nascimento de crianças portadoras de fendas orofaciais típicas de mães com história de malformação; infecções ginecológicas; epilepsia/convulsões; viroses e outras doenças. Com relação ao uso de medicamentos, chama a atenção o risco gerado pela exposição a alguns antibióticos, antifúngicos e antiinflamatórios não hormonais. As estatísticas demonstram que cerca de metade das gestações não são planejadas e, portanto, muitas mulheres expõem seus fetos a ação de medicamentos. Assim, a falta de controle na venda dessas drogas, a prática da automedicação e a recomendação de uso por parte de comerciantes, aliados à falta de programas efetivos de planejamento familiar, contribuem na elevação do risco a malformações congênitas. É importante citar que também existem síndromes conhecidas associadas com as fendas orofaciais. Uma das mais importantes é a Síndrome de Von der Woude. Também é característico o lábio leporino na Trissomia D ou Trissomia do cromossomo 13.
Incidência
A incidência de fissurados é maior na etnia amarela e menor na etnia negra. A hereditariedade é responsável por 25% a 30% dos casos de fissuras de lábio e/ou palato e cerca de 70% a 80% dos casos são considerados de etiologia multifatorial. No Brasil estima-se que existem cerca de 180.000 de portadores, e a mortalidade no primeiro ano de vida é em torno de 35%. A incidência global de fendas labiais é de aproximadamente 1 em 700 nascidos vivos. Esse índice parece estar diminuindo, possivelmente por causa dos cuidados neonatais melhorados das crianças sindrômicas mais gravemente afetadas. 85% das fissuras orofaciais ocorrem isoladamente e 15% possuem associação sindrômica. Em relação ao tipo de fissura os estudos de Fogh-Andersen (1942) apresentam:
- 25% – fissuras de lábio isoladamente; 80% unilateral; 20% bilateral.
- 50% – fissuras lábiopalatinas
- 25% – fissuras de palato isolado
Há predominância pelo sexo masculino nas fissuras lábiopalatinas e pelo feminino nas fissuras isoladas de palato.
O que ocorre após a gestação?
Ao se deparar com um recém-nascido portador de fenda orofacial, é importante providenciar uma avaliação com um Geneticista. Por que a fenda orofacial, associada a outros fatores, pode representar alguma síndrome. Cada caso possui suas particularidades e não existe uma abordagem terapêutica universal. É preciso traçar um plano terapêutico individual, revisando continuamente os procedimentos adotados a cada avaliação.
Diagnóstico pré-natal
O diagnóstico precoce pode ser realizado no pré-natal pela ultrassonografia a partir da 14º semana de gestação. Porém, a maioria dos diagnósticos continua sendo realizada depois do parto. Os autores consideraram que as fendas lábio palatinas são marcadores para malformações associadas à aneuploidias.
Tipos de fendas orofaciais
Os tipos de fendas orofaciais são:
- Fissura de Lábio Unilateral;
- Fissura de Lábio Bilateral;
- Fissura Palatina;
- Fissura de Lábio e parte do Palato (unilateral);
- Fissura de Lábio e Palato (bilateral).
 A fissura que acomete o lábio e palato é mais frequente que aquela que acomete somente o palato.
Amamentação do bebê fissurado 
A presença da fissura do lábio e palato faz com que durante a amamentação ocorra uma deglutição excessiva de ar. Este processo pode desencadear engasgos, fadiga e uma sucção ineficiente. A ingestão calórica inadequada pode levar a quadros variáveis de desnutrição e anemia e também influenciar no crescimento e desenvolvimento cognitivo da criança. Antes de posicionar o bebê para mamar ao seio, algumas dicas podem ser úteis para facilitar a saída do leite: a mãe deve massagear as mamas e aplicar compressas mornas por 20 minutos antes dos horários habituais das mamadas. Uma leve pressão na aréola ajuda a protrusão do mamilo e a apreensão pelo bebê. Quanto melhor o estado de hidratação da mãe, mais leite ela irá produzir. Se o bebê não for capaz de mamar ao seio, a mãe pode coletar o leite utilizando equipamentos apropriados, oferecendo-o então em mamadeiras. Existem mamadeiras especiais feitas para crianças com fendas. O bico dessa mamadeira deve ser ortodôntico e de silicone, que além de ser desenvolvido mimetizando as condições do aleitamento materno em tamanho e forma, é mais duro do que o látex e proporciona facilidade na limpeza por ser transparente. O furo da mamadeira deve ser graduado de acordo com o potencial de cada criança.
Qual o dente mais afetado na fenda palatina?
A presença de dentes supranumerários ou ausência congênita de dentes é muito comum em crianças com fendas. Nas fendas palatinas, é comum que o incisivo central esteja ausente, consequentemente em alguns casos o dente canino também é afetado
Prevenção
Com o incompleto conhecimento das causas, não existem medidas eficazes na prevenção, além de boas práticas pré-natais, ou seja: acompanhamento médico adequado, alimentação saúdavel, não fazer uso de álcool e/ou tabaco e outras drogas e não ingerir medicamentos sem prescrição médica. De acordo com um estudo recente, mães que tomam complexos multi-vitamínicos que contem ácido fólico antes da concepção e durante os dois primeiros meses de gestação podem reduzir a probabilidade de terem um filho com fissura orofacial. Outros estudos sugerem que altas doses de vitamina A pode desempenhar um importante papel em alguns defeitos congênitos, incluindo o lábio fissurado e a fenda palatina.
Tratamento
Crianças com fendas orofaciais necessitam de uma equipe multidisciplinar constituída por dentista clínico geral ou odontopediatra, ortodontista, cirurgião bucomaxilofacial, cirurgião plástico, fonoaudiólogo, otorrinolaringologista, psicólogo ou psiquiatra e assistente social. A abordagem terapêutica pode levar anos de cuidados especializados. A primeira cirurgia de lábio (chamada de queiloplastia) é feita entre 3 e 6 meses e a de palato, entre 12 e 18 meses. A época ideal depende, em geral, de condições clínicas da criança, de aspectos morfológicos e funcionais. Fechar uma fissura labial através de cirurgia é mais simples do que corrigir uma fissura palatina. Em alguns casos a cirurgia não é possível ou pode não fechar totalmente a fenda. Nestes casos, um aparelho parecido com uma dentadura, chamado de obturador, é feito a fim de encobrir a abertura e permitir que a criança se alimente naturalmente. Sabe-se que as cirurgias realizadas para fechamento de lábio e palato interferem no crescimento facial e do arco dentário superior, resultando em faces retrognáticas e maxilas estreitas. Além disso, alterações dentárias como anodontia, ou dentes supranumerários levam a um relacionamento maxilomandibular desfavorável, causando má-oclusões. Por isso, o acompanhamento odontológico durante o crescimento da face e dos arcos dentário é tão importante na vida desses pacientes.
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