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Desafio profissional Familia e Sociedade Serviço Social Contemporaneo

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Anhanguera Educacional 
Campus Pirituba 
 
Serviço Social 
Desafio Profissional 
Serviço Social Contemporâneo - Família e Sociedade 
 
Julio Cesar Galves Gomes Mangini Mosqueiro 
Maria Aparecida da Silva 
Rita de Cássia Pereira Lima 
Viviane Ferreira dos Santos 
 
 
A ação do assistente social no atendimento às demandas da 
família na sociedade contemporânea. 
 
 
São Paulo, Abril de 2015 
Como se dá a ação do assistente social no atendimento às demandas da 
família na sociedade contemporânea? Com o fim de nortear nossa formação como 
assistente social, foi nos feita essa provocação já nas primeiras aulas dessa importante 
graduação que ora iniciamos. 
Para responder essa pergunta, primeiramente temos que conceituar 
alguns fenômenos acerca desse questionamento. E o principal fenômeno a ser considerado 
é a Família, já há muito tempo considerada célula fundamental da sociedade, mas como 
definir Família? 
No texto Famílias: configurações e realidade social in Famílias de 
crianças e adolescentes abrigados, apresentado como norteador para essa reflexão, e que 
teve suas premissas confirmadas nas aulas da disciplina Família e Sociedade, bem como 
pode ser percebido em nosso contexto, pode se constatar que não há um único modelo de 
Família e essa questão tem múltiplos fatores causadores, como também é causa de muitos 
outros fenômenos, ou seja, a Família como instância social é produto e produtor da 
sociedade em que ela se insere. 
Como já mencionado, vários fenômenos modificaram o que conhecemos 
como Família, podendo destacar a ascensão da classe burguesa; a revolução industrial e a 
consequente urbanização da sociedade; as duas grandes guerras; o avanço tecnológico e 
industrial, a luta feminista e pela isonomia de gêneros, bem como outros fatos sócias. 
Poucas décadas atrás falava se muito em “família desestruturada”, para 
justificar fracassos de indivíduos ou grupos, partindo da perspectiva de sua família, essa 
sentença se baseava na premissa de que havia um modelo de Família a ser seguido e 
quando não se conseguia equiparar a esse modelo estrutural era tido como uma anomalia 
social. Infelizmente, seguindo o senso comum, ainda há profissionais que fazem esse tipo 
de referência, perpetuando a segregação e a busca de um modelo burguês para relações 
privada, sendo esse tipo de atitude contrária ao desenvolvimento social. 
Como muito bem pontuaram os organizadores e autores da obra de 
referência (Eunice Teresinha Fávero; Maria Amália Faller Vitale; Myrian Veras Baptista) 
não há que se falar em Família padrão, ou Família modelo, pois nossa sociedade é 
configurada por uma grande gama de formatos de Famílias, e que esses formatos se 
constituíram e se modificam buscando arranjos para enfrentar as necessidades sócio 
afetivas, delineadas pelo tripé afetividade, necessidade, consanguinidade. 
O enfraquecimento de setores conservadores e reacionários, como a 
Igreja, também abriu caminho para a liberação de ordem sexual, sendo fator preponderante 
ao mais novo modelo familiar aceitável socialmente, que é a união homoafetiva, ou união 
de casais do mesmo sexo. 
Portanto o princípio da importância da Família para a sociedade, não 
sendo considerado seu formato, é o elemento base em que se fundamenta a Assistência 
Social no Brasil, chamado de Matricialidade sociofamilar, previsto no Plano Nacional de 
Assistência Social (PNAS, 40, item 3.1.1) como primeiro eixo norteador do Sistema Único 
de Assistência Social (SUAS) e baseado em nossa Constituição Federal em seu artigo 226 
em que define que a “família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado”. 
Portanto a matricialidade sociofamiliar tem como princípios 
fundamentais a multiplicidade dos modelos familiares e a centralização da Família na 
proteção social. 
Não superado, mas pelo menos pontuado, os fenômenos Família e 
Matricialidade Sociofamiliar, podemos agora entrar na questão do Serviço Social e da 
prática profissional do Assistente Social em nossa sociedade atual. 
Para tanto é mister que consideremos não só a atualidade como nossa 
história recente, mais precisamente as ultimas décadas em que a América Latina e o Brasil 
passaram por um regime ditatorial militar, em que não havia espaço para questionamentos 
sociais e que os efeitos nocivos do capitalismo e seu modelo de produção eram tratados de 
forma judicial, criminalizando a pobreza, ou tratados de forma paternalista e clientelista, 
tanto pelo Estado como pela Igreja. 
Segundo Montaño (2007) , após a retomada da democracia no Brasil e na 
América Latina, e com o avanço da politica neoliberalista que o Serviço Social retomou os 
desafios da busca pela sua validação e fundamentação, com a compreensão de sua gênese e 
consolidação como ciência, respondendo as críticas recebidas e imposições de 
subalternidade às outras ciências e práticas. 
E é no bojo dessas críticas e do contexto social que o profissional atua no 
atendimento às famílias, devendo considerar a busca pela Proteção Social e a Defesa Social 
Institucional como elementos norteadores dessa atuação, assim definidos pelo PNAS 
(p.41). 
Não exaurindo essa discussão, mas somente iniciando a reflexão e o 
debate acerca da ação do assistente social no atendimento às demandas da família na 
sociedade contemporânea, consideramos, portanto que compreender a Família e os 
fenômenos sócio histórico que a cerca, bem como lutar por sua proteção, pautados por um 
agir que pensa e reflete sobre a própria profissão são elementos fundamentais da atuação 
do ASSISTENTE SOCIAL.

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