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Olegário de Nóbrega Macome
Introdução
O presente trabalho surge no âmbito da cadeira de Civilizações Ameríndias, tem como tema: América Pré-colombiana, e tem como objecto Civilização Inca, e o aspecto o Impacto sociopolítico, económico e Religioso da Civilização Inca.
As denominações dadas aos habitantes do continente americano começaram após a chegada dos navegadores europeus. De todas as civilizações ameríndias, as três que deixaram traços mais importantes de sua organização social, política, religiosa e económica e do seu brilho, ainda hoje vislumbrando através das ruínas de seus monumentos e cidades, foram os maias, os astecas e os incas. Perante esta realidade questiona-se qual foi o impacto sociopolítico, económico, e religioso da Civilização Inca?
Perante a questão de partida presume-se que a grandiosidade, a diversidade, a riqueza e a complexa organização do Império Inca atraíram fortemente a atenção dos espanhóis que, embora impressionados, e mesmo incomodados antes o inusitado, tinham urgência de um (re) conhecimento dessa humanidade estranha e desconhecida a fim de aplacar seu conteúdo perturbador. Os incas criaram um dos maiores e mais importantes impérios americanos em meados do século XV. Seus domínios, que se estendiam pela costa ocidental da América do Sul, abrangiam mais de 4.000 km, e a sedentarização destes povos foi facilitada pelo suprimento regular que a pesca lhes proporcionava. 
O trabalho tem como objectivo geral Analisar o Impacto sociopolítico, económico e Religioso da Civilização Inca, e tem como Objectivos Específicos explicar o surgimento da Civilização Inca; Descrever os aspectos sociais, económicos, administrativos, artísticos e religiosos dos Incas. 
O presente tema foi tratado por vários autores em diversas vertentes a destacar: Gilberto Coutrim, (2005) na sua obra. “Historia Geral: Brasil e Geral” onde faz uma abordagem sobre o surgimento dos Inca afirmando que a lenda Americano do surgimento dos Incas contava que quatro jovens e suas esposas abandonaram um dia as suas quatro cavernas, em Pacari-tampu. Um deles, Ayar Manco, fixou-se, com sua mulher, Mama Ocllo, na região de Cuzco, aí começando uma civilização, a dos Incas. O mesmo tema foi abordado por Lucas de Faria Junqueira, (s/d), na sua obra História Da América, onde diz que o surgimento dos Incas como um estado unificado deu se quando Inca Ronka primeiro soberano dos Incas apoderou-se pela violência o controlo da confederação destituindo a autoridades de Hanan que detinha poderes político-religiosos e de Hurin que detinha a primazia militar, passando assim a acumular as suas funções. Durante a decadência dos incas Junqueira afirma que com a morte de Huayna Capac, em 1525, Huascar sobe ao trono, enquanto o pai havia indicado Atahuallpa para o suceder. Em 1532, iniciou-se uma guerra civil entre os dois meios-irmãos. Os filhos de Huayna Kapac o Ataw Wallpa e Waskarr. Tendo como base de apoio o norte, Ataw Wallpa tinha um poderoso exército situado ao redor de Quito. Já Waskarr dispunha do respaldo das etnias do sul do império e reuniu para si o apoio dos descontentes com a mudança da capital. 
Para materialização deste trabalho privilegiou se o método dedutivo onde de uma forma geral compreender a America Pré-colombiana procuramos e de uma forma particular Analisar o Impacto sociopolítico, económico e Religioso da Civilização Inca. Para a sua elaboração baseou-se na selecção bibliográfica, leituras, análise, e por fim a compilação de dados em trabalho final.
O trabalho é de origem académica, daí que sendo estudantes do curso de História surgiu uma curiosidade de querer perceber as convergências e divergências das civilizações Ameríndias. A opção do tema foi-nos incumbida pelo docente da cadeira.
Espera se que, este trabalho possa contribuir para o conhecimento académico, ou possivelmente ser consultado como um texto de apoio para abrir outros horizontes e quiçá, possa um dia merecer uma atenção por parte dos académicos numa possível elaboração dum trabalho de pesquisa científica.
Capitulo I: Contextualização da Civilização inca 
De todas as civilizações ameríndias, as três que deixaram traços mais importantes de sua organização social, política, religiosa e económica e do seu brilho, ainda hoje vislumbrando através das ruínas de seus monumentos e cidades, foram os maias, os astecas e os incas. Essas civilizações alcançaram o mais alto estágio de evolução no período da História Universal ou idade Média. Os astecas e os incas ainda estavam nesse elevado nível cultural quando foram descobertos e aniquilados pelos espanhóis, a partir de 1520. Neste período os maias já tinham desaparecido, deles os europeus só encontraram as ruínas, inexplicavelmente eles tinham abandonado suas cidades e templos já a muito tempo.
 Localização geográfica do território inca
Rodrigues, (s/d, p. 74) o território inca se estendia ao longo da Cordilheira dos Andes e incluía terras hoje pertencentes à Colômbia, Equador, Perú, Bolívia, Argentina e Chile. Estava limitado no norte pelo Mar das Caraíbas; no Sul pelo Monte Tronador; no Este pelos actuais países Venezuela, Brasil, Paraguai e Uruguai; e a Oeste pelo Oceano Pacífico.
Os incas constituíam um vasto império, integrado por povos de diferentes culturas, localizados nas mais variadas regiões geográficas: a costa, as serra e as selvas. A faixa da costa era de natureza arenosa e, devido à falta de chuva, a população se concentrava nas desembocaduras dos rios. As terras apresentavam grandes contrastes pois havia os altos cumes dos Andes, inabitáveis em razão das neves permanentes; havia regiões bastante secas e finalmente, os vales férteis, onde se concentrava a maior parte da população. As selvas assinalavam os limites do império. As faixas paralelas à cordilheira eram cortadas por vales transversais, percorridos por rios de forte correnteza. (idem)
 Surgimento da Civilização Inca
Rodrigues, (s/d, p. 75) em meados do IV milénio a.C., pequenas aldeias de pescadores da costa do Pacífico iniciaram a domesticação de plantas como a abóbora, a vagem e o algodão. A sedentarização destes povos foi facilitada pelo suprimento regular que a pesca lhes proporcionava, processo ao qual a agricultura veio se juntar, permitindo um aumento da população nas aldeias.
Segundo Coutrim (2005, p.14), as populações andinas conquistadas pelos Espanhóis afirmavam pertencer ao poderoso império de Tahuantinsuyu, ao qual atribuíam uma origem lendária. Esta contava que quatro jovens e suas esposas abandonaram um dia as suas quatro cavernas, em Pacari-tampu. Um deles, Ayar Manco, fixou-se, com sua mulher, Mama Ocllo, na região de Cuzco, aí começando uma civilização, a dos Incas. Ayar Manco, ou Manco Cápac, era considerado como o primeiro soberano da dinastia Inca, tendo reinado no século XII da era cristã. No entanto, apontam-se três povos como estando na base da civilização Inca: os aimarás, a sul de Cuzco; os Quechuas, provavelmente os fundadores do império I; os yungas, do litoral, outras possibilidade a génese dos Incas, uma procedência marítima, apoiada em similitudes antropológicas e culturais entre eles e povos do México e até da Ásia.[1: Considerado como o primeiro soberano da dinastia Inca, tendo reinado no século XII da era cristã.]
De acordo Junqueira (s/d: 34), o surgimento dos Incas como um estado unificado deu se quando Inca Ronka primeiro soberano dos Incas apoderou-se pela violência o controlo da confederação destituindo a autoridades de Hanan que detinha poderes político-religiosos e de Hurin que detinha a primazia militar, passando assim a acumular as suas funções. O culto do sol ligado ao ancestral mitológico da tribo Manko Kapac foi imposto a todos os aliados. Contudo, gradualmente a subordinação dos aliados tendeu a construção de um estado unitário.
 Expansão dos Incas
Segundo Sich (1995:62), as conquistas dos Incas só começaram no reinado do Pachacuti Inca e foram continuadas por Yupanqui (1438-1471). 
De acordo com Favre (1972, p. 4), a expansão do ImpérioInca começou em meados do século XV, sob o reinado de Pachakuti, nono soberano de Cuzco. Embora tardia, essa expansão assegurou-lhes rapidamente a herança de uma tradição cultural que muitos povos haviam contribuído para forjar e enriquecer ao longo de um passado muitas vezes milenário.
Foi nos planaltos do centro-sul da Cordilheira que surgiram as primeiras cidades propriamente ditas. A partir do século VIII d.C. duas delas se destacavam: Tiahunaco e Huari. A primeira, situada às margens do lago Titicaca, expandira-se em direcção ao sul, influindo sobre todo o planalto boliviano. Sua arquitectura de imponentes edificações administrativas ou cerimoniais, construídas com megalitos de até 100 toneladas, demonstra a presença de um Estado organizado. Destaca-se entre suas ruínas a Porta do Sol. Os excedentes agrícolas necessários para a realização destas obras foram alcançados pelo desenvolvimento de terraços para o cultivo e canais de irrigação. Populações das aldeias e pequenas cidades vizinhas estavam a ela subordinadas, sendo que a influência era pautada pela atracção de seu centro cerimonial. (JUNQUEIRA, s/d: 32)
A cidade de Huari, estabelecida no vale médio do Mantaro, também se caracterizava como importante centro urbano, tendo preponderância económica e militar por extensa área ao norte. Tinha influência da cultura tiahuacana, porém parece ter sido marcadamente militarista, o que é atestado pelas ruínas de fortificações e pela abundância de guerreiros e prisioneiros presentes em suas decorações murais. Tanto Tiahuacano como Huari declinaram antes do século XII (por motivos pouco conhecidos), não sem antes difundirem sua cultura e urbanismo por extensas regiões andinas. Abrira-se a partir de então um vazio de hegemonia, tendo inúmeras cidades-estado se desenvolvido e entrado em choque entre si. (Idem)
 
Capitulo II: Descrever os aspectos sociais, económicos, administrativos, artísticos e religiosos dos Incas.
Neste capítulo vamos descrever como os Incas estavam organizados socialmente e politicamente eles eram perfeitos, possuidores de espírito comunitários, poderá se também compreender a organização pois a economia dos incas era baseada no trabalho colectivo; a decadência da Civilização e as suas semelhanças com outras civilizações como Maia e Astecas.
2.1. Organização Sociopolítico
A sociedade inca era monárquica Absoluta, existia uma linhagem imperial, formada pelos descendentes da linha masculina do imperador, tendo como função primordial preservar a memória e a múmia do seu antepassado, eles eram organizados cada um tinha o seu lugar dentro da sociedade e dividia-se em quatro classes sociais ou camadas. A primeira camada era formada pela família real, o rei era o chefe supremo chamado de Sapa Inca, temido e adorado como um deus, eles acreditavam que o Sapa Inca era descendente directo do Sol. Ao lado do rei ficava a rainha que era chamada de Coya, ela era a irmã mais velha do rei e também sua esposa (SICH, 1995:63).
De acordo com Coutrim (2005, p.14) a família real comandava os exércitos e governava o império, sendo responsável pelas leis, pelos impostos, pelas construções e pelos alimentos. A segunda camada era formada pelos nobres, que era composta pelos parentes do rei e pessoas escolhidas por ele para governar. A terceira camada social era formada pelos funcionários públicos e os trabalhadores especializados como: marceneiros, ourives, pedreiros. A quarta camada social era formada pelo povo principalmente os agricultores, que viviam e trabalhavam nas aldeias cultivando a terra e criando o gado e estavam incluídos os governadores de províncias, chefes militares, sábios, sacerdotes e juízes.
ARRUDA (1996), afirma que cada Inca tinha seu lugar na sociedade:
O sapa Inca tinha o poder absoluto sobre a vida dos habitantes mas não deixava faltar comida, atendia a necessidades urgentes e controlava o trabalho, dava atenção especial a velhos, doentes e viúvas. O palácio principal, com grandes salões e pátios internos ficava em cuzco, ao seu lado ficava a casa das virgens do sol escolhidas para trabalhar nos rituais. Cada grupo de dez pessoas tinha um chefe, dez chefes, um capataz, dez capatazes, um supervisor e dez supervisores se subordinavam ao curaca. Um grupo de famílias com os mesmos antepassados se chamava ayllu. Elas mantinham vínculos totémicos, sanguíneo, territorial e económico, dividiam as terras em três partes: a do sol, a da lua e a do povo. O governo colhia dois terços da produção e estocava para os períodos de escassez (p.123)[2: Mais velho, geralmente nobre que obedecia ao governador através das leis, controlava o tempo das sementeiras, colheitas e dias de ir ao mercado e de divertimento.][3: Sustentou o desenvolvimento do império, responsabilizava se pelo trabalho nas três terras, obras públicas, serviço militar e providência social, através de grandes armazéns onde guardavam roupas e géneros para qualquer eventualidade.][4: Antepassado comum.]
Segundo Rodrigues, (s/d, p. 80) as suas maiores cidades eram Cuzco e Machu Picchu. A administração governamental dos incas baseava-se num eficiente corpo de funcionários que circulavam por uma vasta rede de estradas espalhada por todo o império. Dessa maneira era possível controlar toda a produção agrícola, a construção de obras, como templos e fortalezas, e outras actividades da população. As terras eram trabalhadas pela comunidade e serviam para suprir as necessidades do Estado. Todos os habitantes do império entre 25 e 50 anos tinham de pagar impostos. As cidades eram pequenas, pois a maioria da população vivia nas aldeias. Em cada cidade havia um templo dedicado ao deus Sol, a maior das divindades, um palácio destinado ao Sapa Inca o imperador supremo, armazéns onde era guardada a comida e o vestuário provenientes do pagamento de tributos, alojamentos para os soldados e para os artesãos, além de centros administrativos. 
Segundo Coutrim (2005, p.14), existia uma linhagem imperial, formada pelos descendentes da linha masculina do imperador, tendo como função primordial preservar a memória e a múmia do seu antepassado. O herdeiro era o filho do Inca e da Coya, a rainha (sua irmã). Existia depois uma “nobreza” inca, parte vivendo em Cuzco e sendo da família do imperador, a restante vivendo nas terras do Império. Depois, e em parte ainda englobado na nobreza (ou dela oriundo), surgia o clero, seguido dos artesãos especializados (arquitectos, escultores, oleiros, entre outros, e principalmente, os metalurgistas, protegidos do Inca). Abaixo destes grupos, que compreendiam também os guerreiros, estavam os camponeses e, depois, os servos, ou Yana. Existia também um grupo de mulheres que eram encerradas em comunidades do tipo “conventual”, outras consagradas como virgens ao Sol, outras obrigadas a tecer e costurar toda a vida a lã dos rebanhos imperiais. 
Portanto, o governante deste império era considerado encarnação do Sol e tinha amplos poderes militares, civis e religiosos. A sociedade Incas era monárquica Absoluta, no topo da pirâmide social estava o Inca (filho do Sol), o conselho dos incas que eram constituídos por Alta aristocracia: os sacerdotes, burocratas, e os curacas. Por último existia a comunidade indígena constituída por Camadas médias, artesãos, demais militares, camponeses e escravos. [5: Cobradores de impostos, chefes locais, juízes e comandantes militares]
2.1. Actividade Económica 
 De acordo com Coutrim (2005, p. 14) a economia dos incas era baseada no trabalho colectivo. Todos deviam trabalhar, deste que não fossem muito velhos, crianças e nem doentes. Todos os anos eram distribuídas terras ao povo conforme a necessidade de cada um. A agricultura era a principal actividade económica. Qualquer pedacinho de terra era cultivado. Eles cultivaram suas terras com espectacular técnica da civilização andina, que consistia na construção de degraus nas encostas das montanhas, que se tornavam verdes sempre que as plantas germinavam.
Na perspectiva de Coutrim (2005, p. 15), a economiaassentava na repartição tripartida das terras, a primeira parte, atribuída ao Sol, era cultivada para suprir as necessidades do clero; a segunda pertencia ao Inca, mas servia muitas vezes de reserva; a terceira, era a do ayllu. As terras e os pastos eram divididos em parcelas e explorados pelas famílias. O ayllu enorme reserva de trabalho, estava devidamente recenseado e controlado pelo Inca e seus funcionários (os quipu-camayoc).[6: É um grupo de famílias unidas por parentesco ou aliança e habitando na mesma terra]
Segundo Arruda (1996, p.123), os Incas cultivavam vários produtos como: milho, feijão, algodão, tabaco, coca, batata, tomate, pimenta e frutas como: abacate, maça, amendoim e goiaba. Nas florestas colhiam frutos silvestres e praticavam a caça, onde usavam a pele para diversas finalidades e também pescavam. Além de cultivar a terra, os incas foram os únicos a criarem gado. Eles domesticaram a ilhma, que fornecia carne, couro e esterco para adubar a plantação. Os incas também criavam a alpacas que forneciam a lá para confeccionar roupas para a população, a vicunha que retiravam uma lã sedosa de excelente qualidade, reservada para o estuário dos chefes incas.[7: É animal da família do camelo, utilizaram também como meio de transporte]
Favre (1972, p. 27), afirma que o desenvolvimento do ciclo agrário e a realização das actividades que lhe eram próprias davam lugar a mudanças de trabalho entre os membros do ayllu. As famílias vizinhas ajudavam-se mutuamente na ocasião da semeadora e das colheitas, o ayni.[8: Esta era a forma mais usual que tomava essa ajuda recíproca e não-cerimonial. O beneficiário do ayni devia restituir aos colaboradores a quantidade exacta de trabalho deles recebidos, quando o pedido lhe fosse feito.]
Portanto, a economia dos Incas usava a força colectiva no trabalho. Todas as famílias recebiam terras em função do seu agregado para trabalhar, exceptuando crianças, velhos e doentes. Para além da agricultura apresentavam outras habilidades no artesanato.
2.3. Arte e Ciência
Nas obras arquitectónicas dos Incas eram adequadas a uma região sujeita a terramotos. Delas, destacam-se os terraços para plantio, os palácios, templos e fortalezas construídos nas cidades mais importantes. Eles também construíram ruas calçadas e enormes pontes que ligavam os planaltos. Desconheciam a roda e o dinheiro (ARRUDA, 1996:124).
 	De acordo com Sousa (2009:37), para interligar as quatro Províncias do Império, construía-se uma série de estradas em pedra com objectivo de facilitar a comunicação e o deslocamento entre as pessoas.
Os quipucamayocs, espécie de escribas, registavam as colheitas, impostos e, até mesmo história inca, nos Quipos. É evidente que um Quipo não era inteligível senão para o quipucamayoc que o fez, ou para aquele a quem houvesse transmitido oralmente o significado de cada uma das cordas e seus respectivos nós (JUNQUEIRA, s/d: 34).
Produziam ainda belas peças de artesanato, principalmente em ouro e prata, metais abundantes no local e conheciam a metalurgia do bronze e do cobre. Os produtos têxteis e cerâmicos eram de qualidade extraordinária. Fora a metalurgia a arte mais desenvolvida no mundo andino, onde eram trabalhados o ouro, a prata e o cobre (que era ligada ao estanho para a obtenção do bronze). Desenvolveram inclusive a platina, que a Europa só conhecera por volta de 1730. (ibd:39)
Na medicina utilizavam ervas medicinais e a técnica da sangria. Porém as obras mais importantes dos incas no entanto, foi na arquitectura, eles desafiaram o relevo dos Andes ao construir com grandes blocos de pedras, perfeitamente ajustadas, palácios, templos, fortalezas e cidades como Machu Picchu e Cuzco, algumas das quais resistem até hoje, apesar dos terramotos dos Andes. 
Segundo Galeano (1978, p.149), os Incas desconheciam a escrita, mas já utilizavam o sistema decimal e um complexo sistema de contagem à base de nós em cordas, ainda não decifrado. Os Incas criaram um interesse e contagem: o Quipo, este era um instrumento feito de cordões coloridos, onde cada cor representava a contagem de algo. Com o Quipo, registavam e somavam as colheitas, habitantes e impostos. Mesmo com todo desenvolvimento este povo não desenvolveu o sistema de escrita. 
2.3.1. Sistema de contabilidade “O Quipo” 
Fonte: http//www.suapesquisa.com/Inca/imagens
2.4. Religião 
Tinham os Incas seu próprio santuário, a caverna “umbilical” de onde saíram os antepassados mitológicos da etnia Manko Capac e seus irmãos. A lenda afirma que Pachakuti retornou a esta caverna situada em Paqariqtampu e saiu pelo mesmo orifício que dera passagem aos antepassados míticos. (SOUSA, 2009:38)[9: O fundador do império]
Os incas eram politeístas, acreditavam em muitos deuses. Os deuses principais representavam as forças da natureza principalmente o Sol (Inti) e a Lua (Quilla), haviam também os deuses do trovão, do arco-íris e dos planetas brilhantes. O maior de todos os deuses era o Viracocha o Criador pai e mãe do Sol e da Lua. Os incas dificilmente praticavam sacrifícios humanos e o homem só possuía uma mulher. Quem cumpria o papel principal nas longas e elaboradas cerimonia religiosas era o rei (Sapa Inca), o chefe supremo tido como deus descendente do Sol. Existia mulheres chamadas acllas mulheres escolhidas como esposas e sacerdotisas do Sol (OLIVEIRA, 2002:5).
A avaliar por Coutrim (2005, p. 15) a religião, era organizada e dirigida pelo Estado, embora estivesse também, nos seus rituais e mitos, ligada ao ciclo da produção agrícola, o culto primacial e imperial era o do Sol (Inti), adorava-se também, por exemplo, a Lua (Killa) e Relâmpago (Illapa). Toleravam-se também os cultos regionais, das etnias subjugadas, ainda que fossem secundários. 
 	Galean (1978, p.149) afirma que os Incas Cultuavam também animais considerados sagrados como condor e jaguar, acreditavam num criador antepassado chamado viracocha (criador de tudo). 
2.5. Principais deuses incas
Para Ferreira (2008, p. 6), os principais deuses Incas podemos destacar o deus Apo considerado como guardião das montanhas; o deus apocatequli considerado deus dos relâmpagos; Chasca, deusa da manhã e protectora das virgens; Chasca Coyllus deus das flores e das meninas; Chiqui lliapa deus do trovão e das tempestades; Kuta Mama ou Mama Kuka deusa da saúde e da alegria; Conirala deusa da lua; Copacati deusa do lago; Ekkeko deus do coração e da riqueza; lliapa deus do clima e do bom tempo; Inti deus do sol, fonte de luz, calor, fartura e protector das pessoas; Kon deus da chuva; Mama Allpa deus da fertilidade; Mama Cocha deusa dos oceanos, dos peixes e protectora dos navegantes e pescadores; Mama Quilla deusa da noite, dos casamentos e protectora das mulheres; Uruchllial deus protector dos animais.
2.6. Decadência da Civilização Inca
De acordo com Sousa (2009:35), a decadência dos Incas começa no reinado de Huayna Capac. Ele havia se casado com uma princesa de Quito que lhe tinha dado um filho, Atahualpa. Mas ao se tornar imperador, casou-se com a sua irmã e tiveram Huascar como filho. 
Na prespectiva de Junqueira (s/d:38) Com a morte de Huayna Capac, em 1525, Huascar sobe ao trono, enquanto o pai havia indicado Atahuallpa para o suceder. Em 1532, iniciou-se uma guerra civil entre os dois meios-irmãos. Os filhos de Huayna Kapac o Ataw Wallpa e Waskarr. Tendo como base de apoio o norte, Ataw Wallpa tinha um poderoso exército situado ao redor de Quito. Já Waskarr dispunha do respaldo das etnias do sul do império e reuniu para si o apoio dos descontentes com a mudança da capital. A guerra civil, entremeada com revoltas autonomistas, estava em plena atividade em abril de 1532, quando chegaram os espanhóis em Tumbes.
Coutrim (2005: 165) afirma que foi neste momento bastante delicado que os espanhóis chegaram a este território. Francisco Pizarro fazia-se acompanhar por um grupo de 180 homens, que os Incas identificaram como sendo semideuses da sua mitologia que retornavam à Terra. A estratégia de Pizarro foi simples aprisionar Atahualpae desestabilizou a unidade deste povo dividido. Este temeu que o seu rival o vencesse e assim ordenou que os conquistadores executassem o seu meio-irmão, oferecendo-lhes em troca ouro como forma de pagar o seu resgate. Mas este não foi de todo recompensado pelos espanhóis, que o mataram em 1533.
Segundo Ferreira (2008:4), no mesmo ano, começa a dominação espanhola da região dos Incas. Durante os primeiros meses foram gradualmente conquistando a zona litoral, acabando por se defrontar com todo o exército Inca e, por meio de uma armadilha, conseguiram capturar Atahualpa, acabando com o Império Inca. 
2.7. Semelhanças entre as civilizações
Mesmo próximo, os povos andinos e os povos da América Central se desenvolvera de maneira independente, não havia contactos entre eles. Mesmo assim, houve certos traços culturais que foram comuns a todas as culturas das quais pode se observar que todos tiveram a agricultura como principal actividade económica, com destaque para as culturas do milho e do feijão; Mesmo desconhecendo a metalurgia do ferro, todas alcançaram um nível artístico elevado, especialmente no artesanato, na escultura e na arquitectura. Objectos de enfeites, roupas, bordados com cores vivas, imagens, estátuas, templos, pirâmides e monumentos colossais; todas tiveram cidades ou vilas como centros políticos e religiosos. Os incas tiveram Cuzco e Machu Pichu; os astecas Tenochtitlán; os maias Chichén Itzá, Tikal, Copán e Palenque; todas acreditavam em muitos deuses, mantiveram numerosos cultos a divindades da natureza, acompanhados às vezes, de sacrifícios humanos; tiveram sociedades fortemente hierarquizadas, dominadas por soberanos absolutos e por uma casta de sacerdotes, altos funcionários e guerreiros. Todos sustentados pelo trabalho dos artesãos, da massa camponesa, e servidos por numerosos escravos; tiveram conhecimentos avançados como: na matemática, na astronomia, na medicina e na arquitectura. Usaram técnicas avançadas na agricultura, na arquitectura e nas artes, porém todas desconheciam o uso do arado e da roda.
Conclusão 
Terminado com trabalho o grupo conclui que os incas tinham origem Quíchua e se fixaram na região Andina, actuais países da Bolívia, Colômbia, Peru, equador Chile e Argentina durante século XII. o fundador do Império era conhecido como Manco Cápac. Os incas constituíam um vasto império, integrado por povos de diferentes culturas, localizados nas mais variadas regiões geográficas: a costa, as serra e as selvas. A faixa da costa era de natureza arenosa e, devido à falta de chuva, a população se concentrava nas desembocaduras dos rios.
A economia dos incas era baseada no trabalho colectivo. Todos deviam trabalhar, deste que não fossem muito velhos, crianças e nem doentes. Todos os anos eram distribuídas terras ao povo conforme a necessidade de cada um. A agricultura era a principal actividade económica. Qualquer pedacinho de terra era cultivado. Das arquitecturas feitas, destacam-se os terraços para plantio, os palácios, templos e fortalezas construídos nas cidades mais importantes, construíram ruas calçadas e pontes que ligavam os planaltos. 
Os incas eram politeístas, Os deuses principais representavam as forças da natureza principalmente o Sol (Inti) e a Lua (Quilla). Os incas dificilmente praticavam sacrifícios humanos e o homem só possuía uma mulher. A decadência dos Incas começa no reinado de Huayna Capac. Ele havia se casado com uma princesa de Quito que lhe tinha dado um filho, Atahualpa. Mas ao se tornar imperador, casou-se com a sua irmã e tiveram Huascar como filho. Conclui –se também que a decadência dos Incas começa no reinado de Huayna Capac. Ele havia se casado com uma princesa de Quito que lhe tinha dado um filho, Atahualpa. Mas ao se tornar imperador, casou-se com a sua irmã e tiveram Huascar como filho
Bibliografia
ARRUDA, José Jobson de A. Et all. Toda História: História geral e História do Brasil. 4ª Edição, São Paulo, Editora Ática, 1996, 408p. 
BUENO, Monia Andreia Tomieiro. Código e Arte: A Etnomatemática Dos Incas, UNESP Rio Claro Editora, São Paulo, s/d., 44p
COUTRIM, Gilberto. Historia Geral: Brasil e Geral. São Paulo, 2005, 12 p.
FAVRE, Henri. Civilização Inca. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor, 1972, 95p. 
JUNQUEIRA, Lucas de Faria. História Da América I, 2ª Edição, Brasil, s/d, 77p
MARANGON, Rosa Maria. Mitos Ameríndio – As Primeiras civilizações à Conquista Espanhola, UJUF Editora, Brasil, s/d., 25p 
OLIVEIRA, Susane Rodrigues de. As Sacerdotisas do Sol: imagens sagradas e profanas do feminino nas crónicas espanholas do século XVI. Brasília, 2002, 25 p 
RODRIGUES, Adriano Vasco. História Geral da Civilização: civilização moderna e civilização contemporânea, 2ª Edição, Volume II, Porto, Porto editora, s/d, 479p.
SICH, Andrew. Enciclopédia Juvenil Ilustrada-História. Domingos Castro Editora, Portugal, 1995, 139p.
SOUSA, Reiner de. História do Mundo: As Civilizações Ameríndias. São Paulo, 2009, 58p.

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