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Processos nos Tribunais - Processo Civil III

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Processos nos Tribunais:
Os processos em trâmite nos tribunais são aqueles de competência originária dos mesmos ou ainda meios de impugnação que devem ser apreciados pelo tribunal.
O objeto de estudo desta cadeira de Processo Civil III são os meios de impugnação em trâmite nos tribunais, ou seja, os recursos, as ações autônomas e os Sucedâneos Recursais.
Estruturação dos Tribunais
O regimento interno do respectivo Tribunal prevê a divisão da competência internamente, de modo a criar órgãos fracionados de funções específicas como seções ou câmaras, as quais são divididas pela matéria.
	Além destes órgãos fracionários há o Pleno, composto pela reunião de todos os membros do Tribunal, o qual terá competência exclusiva em determinados casos.
Obs: No caso de tribunais com mais de 25 membros, o Pleno poderá ser substituído por uma Corte Especial, que terá de 11 a 25 membros e terá a competência que seria de atribuição do pleno.
Panorama de impugnação das decisões judiciais
- Recursos
- Ações Autônomas
Ação Rescisória
Querela Nullitatis
Reclamação 
- Sucedâneos Recursais – tudo que tem o objetivo de impugnar uma decisão, mas não é recurso ou ação autônoma, ou seja, aplicação residual.
Reexame Necessário
Pedido de Suspensão de Segurança – utilizado pelo poder público para sustar a eficácia de decisões proferidas contra ele
Correição Parcial
Pedido de Reconsideração
Incidentes em Tribunais 
Uniformização de jurisprudência
Declaração de inconstitucionalidade
IRDR 
Exceções
Recursos
Conceito: Meio de impugnação voluntário
Previsto em lei
Para no mesmo processo
Reformar / invalidar / esclarecer / integrar uma decisão judicial
Obs: Todo recurso tem o seu mérito, o seu pedido e a sua causa de pedir, o que não se confunde com o mérito, o pedido e a causa de pedir da causa.
Os pedidos recursais são de reforma, invalidação, esclarecimento ou integração da decisão e cada um desses pedidos terá uma causa de pedir própria.
Reformar – corrigir a decisão, aprimorá-la. A causa de pedir referente a reforma é o ERROR IN JUDICANDO – erro de análise / erro de julgamento / o juiz decidiu mal, optando por uma solução ruim para a causa. Questiona-se o conteúdo da decisão! Compromete a justiça da decisão.
Ex: O juiz julgou o pedido procedente, desconsiderando a prescrição da pretensão, de modo que deve-se recorrer questionando o conteúdo desta decisão.
Invalidar – desfazer a decisão, em razão de um defeito formal na decisão, o qual autoriza o pedido de invalidação, já que a decisão é nula! Alega-se o ERROR IN PROCEDENDO.
Ex: Decisão sem motivação – não diz-se que o juiz errou, já que nem entra-se no âmbito do conteúdo estar certo ou errado
Ex: O juiz é incompetente
Ex: o juiz decidiu com base em uma prova não submetida ao contraditório
Pergunta-se, pode-se cumular o pedido de reforma e o pedido de invalidação? SIM.
Ex: Referente a parte da decisão pede-se a reforma e quanto a outra parte pede-se a invalidação – cumulação própria (ambos podendo ser acolhidos).
Ex: Requer-se que a decisão seja invalidada, contudo, caso assim não entenda o tribunal, requer-se a reforma – cumulação imprópria (um ou outro).
Esclarecer – causa de pedir: obscuridade ou contradição da decisão – feita em Embargos de Declaração.
Integrar – pedido de complementação da decisão, a mesma possui uma lacuna e requer-se pelo recurso que a lacuna seja completada. A causa de pedir do pedido de integração é a omissão! Pedido feito também pelos embargos de declaração.
Atos sujeitos a recurso				Decisões do Juiz I
- Apenas decisões são recorríveis 		Decisões em Tribunal II
Obs: Despachos não são recorríveis
		I – Decisões dos juízes
Decisões interlocutórias
Agravo Retido
Agravo de Instrumento
Sentença
Apelação
Obs: Algumas sentenças são agraváveis.
	Ex: Sentença que decreta falência
	Ex: Sentença que julga liquidação de sentença – art. 475-H
II – Decisões em Tribunal	
Unipessoais – monocrática
Decisões do Relator – sempre recorrível
Agravo interno ou regimental
Decisões do Presidente ou vice
Agravo interno ou regimental
Agravo contra decisão eu não admite Especial ou Extraordinário – art. 544.
Acórdãos
Embargos Infringentes
Embargos de Divergência
Recurso Especial
Recurso Extraordinário
Juízo de Admissibilidade dos Recursos
Todo recurso possui dois juízos, o acerca do mérito e outro acerca da aptidão do pedido ser examinado.
O exame do mérito só será possível se houver juízo de admissibilidade positivo, sendo assim o juízo de admissibilidade é preliminar ao juízo de mérito, já que impede a análise do mérito.
b.1 - Competência para o juízo de admissibilidade
Via de regra o recurso é interposto no órgão de origem – A QUO
E o órgão que irá conhecer o recurso é o do Tribunal – AD QUEM
O primeiro juízo de admissibilidade é realizado pelo órgão a quo, o qual poderá conhecer o recurso e remetê-lo ao o ad quem dará a última palavra. Caso o a quo negue seguimento ao recurso, caberá recurso (agravo de instrumento, caso apelação denegada) contra esta decisão.
Exceções: 
1 - O agravo de Instrumento é interposto diretamente do ad quem, assim só o ad quem faz o juízo de admissibilidade.
2 – Lembre-se que os Embargos de Declaração é recurso em que ad quem e a quo são o mesmo órgão – não há duplo juízo.
3 – Há recursos que permitem juízo de retratação pelo a quo. Nestes casos tem-se o mérito do recurso sendo acolhido pelo a quo. Quando o recurso tem esse tipo de efeito, chama-se de efeito regressivo do recurso.
	Ex: Apelação contra a sentença que indefere a petição inicial
	Ex: O Agravo de Instrumento
	Ex: Apelação nas causas do ECA
4 – Não se pode esquecer os embargos infringentes nas execuções fiscais, já que neles o a quo e ad quem são o mesmo órgão.
b.2 – Natureza Jurídica no juízo de admissibilidade
O juízo de admissibilidade positivo possui natureza jurídica declaratória, com efeitos ex tunc.
Já no que diz respeito a natureza jurídica do juízo de admissibilidade negativo há divergência doutrinária.
1ª corrente: declaratória – efeitos retroativos ex-tunc (Barbosa Moreira)
2ª corrente: constitutiva negativa – efeitos para a frente ex-nunc (Fredie Didier)
3ª corrente: mista – declaratória – efeitos ex-nunc, salvo se a negativa foi decorrente da intempestividade ou não cabimento (majoritária – súmula 100, III do TST).
Importância prática: Caso o recurso não admitido produza efeitos até a decisão de inadmissão haverá o impedimento do trânsito em julgado da decisão recorrida.
Corrente do prof. Roberto Campos.
Os requisitos de admissibilidade intrínsecos estão ligados ao poder de recorrer, de modo que ausência deste acarreta ineficácia no recurso, sendo assim, a decisão inadmitindo este recurso teria natureza jurídica declaratória da não produção dos efeitos desde a sua concepção, ou seja, ex tunc.
Já os requisitos de admissibilidade extrínsecos estão ligados a validade, a adequação formal do recurso, de modo que ausência de um deles acarretaria apenas a decisão de inadmissão por nulidade, desconstituindo os efeitos que estavam sendo produzidos, já que o recurso é eficaz, sendo assim terá natureza jurídica constitutiva negativa com efeitos a partir dela, ou seja, ex nunc.
b.3 - Objeto do juízo de admissibilidade – Requisitos examinados
	Os requisitos são divididos em:
Intrínsecos: Ligados ao poder de recorrer!! A ausência de um desses requisitos acarreta em ineficácia do recurso desde o seu nascedouro, de modo que em juízo de admissibilidade teria natureza jurídica declaratória com efeitos ex tunc (teoria adotada pelo Prof. Roberto Campos).
Recorribilidade / Cabimento – Utilização do recurso correto, tendo em vista a decisão da qual se recorre.
Regra da Taxatividade – só há os recursos previstos em lei
Unirrecorribilidade – só é possível se valer de um recurso por vez para impugnar uma decisão. Exceções: Contra acórdão cabe Recurso Especial (STJ) ou Recurso Extraordinário (STF)
Princípio da fungibilidade dos recursos – recurso indevidamente interposto pode ser aceito como o recursocorreto, desde que não incorra em erro grosseiro, dúvida objetiva e observe o prazo do recurso correto.
Legitimidade – art. 499
Parte sucumbente (inclusive os terceiros intervenientes)
MP como custos legis (fiscal da lei) – quando sua orientação não for seguida ou não for intimado quando deveria.
Terceiro prejudicado – todo aquele que poderia ter intervindo no processo, mas não o fez até o momento, salvo o que poderia ter sido opoente, mas não foi, este não poderá intervir recorrendo - mesmo prazo da parte.
Interesse em recorrer: Sucumbência
O recurso deve ser útil e necessário, ou seja, melhore a situação do recorrente e ainda seja o único meio de alcançar essa melhora. Havendo sucumbência o recurso é útil e necessário.
Obs: pode não ter ocorrido sucumbência, mas ainda assim haver interesse recursal, o terceiro não sucumbe, mas tem interesse.
Obs: No caso de extinção sem resolução do mérito também pode haver recurso sem sucumbência, já que o réu pode recorrer para pedir a improcedência.
Obs: Via de regra, não há interesse quando a discussão visa atacar apenas a fundamentação, mas não o dispositivo, já que o recurso é inútil, vez que manteria a mesma solução. Há exceção quando o fundamento alterar substancialmente um direito, já que a fundamentação forma o precedente, por exemplo, a improcedência por falta de provas, não faz coisa julgada, de modo que o réu pode recorrer para que o fundamento mude para improcedência por falta de direito.
Inexistência de fatos impeditivos ou extintivos do poder de recorrer – Pressuposto negativo, já que enumera fatos que não podem ocorrer para a admissão do recurso.
Fato impeditivo: Não permite que surja o poder de recorrer
Fato extintivo: Aniquila o poder de recorrer já adquirido
Renúncia – independe de anuência da outra parte ou homologação do juízo, deve ser de forma expressa – Antecipa o trânsito em julgado.
Aceitação – Aquiescência com a decisão, expressa – antecipa o trânsito em julgado – preclusão lógica.
Prática de ato contrário ao interesse de recorrer – atos que levam a entender que houve aceitação tácita da decisão. Ex: pagamento direto da condenação e não depósito judicial para fins de recurso.
Ato de recorrer – preclusão consumativa
Desistência do recurso - Impede novo recurso, extingue o direito de recorrer. Não depende de aceitação do recorrido ou de homologação do juiz. Pode ser apresentada até o início da votação – antecipa o trânsito em julgado.
Tempestividade
Perda do prazo do recurso, o que extingue o poder de recorrer – transito em julgado antecipado – recurso ineficaz.
O início do prazo recursal ocorre quando o responsável pela prática do ato é intimado, contudo o poder de recorrer existe a partir da publicação da sentença.
Prazos de 15 dias, salvo embargos de declaração, 5 dias.
Fazenda Pública, MP e parte assistida por defensor público têm direito a prazo em dobro para recorrer.
Litisconsorte com advogados de escritório distintos tem direito a prazo em dobro
Recurso interposto antes do início do prazo – atualmente é aceito
Há alguns casos em que há justa causa para a intempestividade, de modo que este requisito é relevado. A admissão pós-eficacizará o recurso.
Ex: Feriado na comarca 
Extrínsecos: Ligados a forma, a solenidade, de modo que relacionam-se a validade do recurso e não a eficácia, sendo assim, possível ausência destes requisitos resultará em juízo de mérito constitutivo negativo, com efeitos ex nunc (Teoria do Prof. Roberto Campos)
Adequação - O recurso utilizado é o adequado para atacar aquela decisão? Atualmente não há previsão para a fungibilidade dos recursos, contudo, o STJ entende possível, desde que não haja: erro grosseiro, dúvida objetiva e observe-se o prazo para o recurso adequado. Havendo a possibilidade de fungibilidade, determinar-se-á a emenda do recurso.
Comprovação do Preparo – despesas para a interposição, custas e condenação – natureza de taxa.
O pagamento não é relevante, mas a comprovação, sob pena de recurso inadmitido por deserção.
Relevação da ausência de preparo – preparo a menor ou justo impedimento (greve bancária, por exemplo).
Regularidade Formal – Exigências formais exigidas:
Interposição por petição
Indicando o fundamento e o pedido (nexo de causalidade)
Documentação necessária para a propositura
Obs: o recurso interposto sem procuração não é inválido, mas ineficaz.

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