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Responsabilidade social on line
ORIENTAÇÕES INICIAIS
 
 
 
Caro Aluno
 
Seja bem vindo.
 
 
Nesta disciplina trataremos do assunto Responsabilidade Social como forma de gestão da empresa,
Gerir uma organização empresarial de modo socialmente responsável não implica, como pensam os mais radicais, em abandonar os objetivos econômicos, mas sim em agregar valores sociais a essa gestão, como pensar os impactos na comunidade, na geração de emprego e renda dos funcionários, no financiamento de sua educação e adoção de políticas ambientalmente compatíveis.
http://www.ethos.org.br/docs/comunidade_academica/pdf/pev42042.pdf,
 
A opção do gestor da empresa em desenvolver uma postura responsável, implica em rever todos os aspectos de sua gestão, rever os relacionamentos com os stakholders, transpassando por todas as atividades de um administrador.
Portanto, o administrador deverá rever as disciplinas necessárias para a gestão por um novo ponto de vista, a responsabilidade das conseqüências de seus atos.
A disciplina Responsabilidade Social das Empresas tem com objetivo rever os conceitos de RH, Marketing, Finanças e a Operação por meio de uma visão Ética, procurando agregar o valor social na gestão.
 
INSTITUTO TAUBATÉ DE ENSINO SUPERIOR - ITES
PLANO DE ENSINO
CURSO: Administração
SÉRIE: 6º semestre
DISCIPLINA: Responsabilidade Social
CARGA HORÁRIA SEMANAL: 1,5hs/aula
CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 30hs/aula
I – EMENTA
Esta disciplina trata da gestão socialmente responsável e sustentabilidade e seu envolvimento na cultura corporativa, das questões éticas, sociais e ambientais nos negócios, a partir da visão crítica dos conceitos de responsabilidade socioambiental, ética empresarial, sustentabilidade e investimento socioambiental, analisa criticamente os impactos ambientais, e sociais da empresa em relação aos acionistas, colaboradores, clientes, concorrentes, governo, sociedade e meio ambiente e a orientação para a geração de valor ético, social e ambiental, visando o desenvolvimento sustentável da sociedade
II – OBJETIVOS GERAIS
Contribuir para o desenvolvimento das competências requeridas dos alunos, para que possam bem exercer o papel de administradores, conforme definidas no Projeto Pedagógico do Curso/PPC, em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em  Administração – Resolução n.o 4/2005 - CNE/CES.
III – OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Saber perceber a função social da empresa em relação à sustentabilidade da sociedade - nas dimensões, econômica, social e ambiental - e à ética, saber reconhecer e analisar criticamente a responsabilidade das conseqüências das decisões da empresa em relação aos acionistas, colaboradores, clientes, concorrentes, governo, sociedade e meio ambiente
IV – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Conceitos de Ética, Ética Empresarial e Desenvolvimento Sustentável e como são aplicados nas empresas - Módulo 1 e 2 - KARKOTLI, G.; ARAGÃO, S. D. Responsabilidade Social: Uma Contribuição à Gestão Transformadora das Organizações. São Paulo: Vozes, 2004.Cap 1, 2 e 3
Conceitos de Ética
Ética nas organizações 
Ética e Responsabilidade Social nas empresas, aspectos históricos
Desenvolvimento sustentável envolvendo a relação entre, econômico, ambiental e social
Governança, Ética e Transparência nas empresas Módulo 1 e 2
Transparência e ética empresarial
Valores e Código de Ética e Cultura Organizacional
Balanço Social - Módulo 3 - KARKOTLI, G.; ARAGÃO, S. D. Responsabilidade Social: Uma Contribuição à Gestão Transformadora das Organizações. São Paulo: Vozes, 2004.Cap 8
ISO 26000 - DIAS, R. Responsabilidade social: fundamentos e gestão. São Paulo, Atlas, 2012. Cap 9
Gestão participativa
Responsabilidade na Gestão do Público Interno - Módulo 4
Política de remuneração
Condições de trabalho
Desenvolvimento profissional
Demissão aposentadoria
Responsabilidade na relação com o meio ambiente e sustentabilidade - Módulo 6
Desenvolvimento sustentável
Prevenção da qualidade ambiental, poluição
Mudanças climáticas
Sistema de gestão ambiental
Gerenciamento do Impacto ambiental e do ciclo de vida dos produtos, uso sustentável de recursos
Responsabilidade na relação com os Fornecedores - Módulo 5
Seleção e avaliação de fornecedores
Analise da cadeia produtiva
Apoio ao desenvolvimento de fornecedores
Responsabilidade na Gestão do Relacionamento com os Clientes - Módulo 5
Política de comunicação Comercial
Relacionamento com o cliente
Danos potenciais dos produtos e serviços
Responsabilidade na relação com governo e a sociedade - Módulo 8
Campanhas políticas
Práticas anticorrupção
Influência social
Participação em projetos sociais governamentais
Responsabilidade na relação com a comunidade e ações sociais - Módulo 7
Gerenciamento do impacto da empresas na comunidade local e geral
Investimentos sociais, Ações sociais e Projetos Sociais
Relação com organizações do Terceiro setor
Institutos e fundações
Mkt social
Terceiro setor - Módulo 8
História do Terceiro Setor
Classificação
Atuações
VII – BIBLIOGRAFIA
Bibliografia Básica
KARKOTLI, G.; ARAGÃO, S. D. Responsabilidade Social: Uma Contribuição à Gestão Transformadora das Organizações. São Paulo: Vozes, 2004.
MELO NETO, F. P. de. Responsabilidade Social e Cidadania Empresarial. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001.
Mattar Neto, J. A. Filosofia e Ética na Administração. São Paulo: Saraiva, 2004
Bibliografia Complementar:
BARBIERI, J. C. Responsabilidade social empresarial e empresas sustentáveis. São Paulo; Saraiva, 2009.
DIAS, R. Responsabilidade social: fundamentos e gestão. São Paulo, Atlas, 2012.
Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social. Indicadores Ethos de Responsabilidade Social Empresarial. São Paulo: Instituto Ethos, 2006 www.uniethos.org.br 
MACHADO FILHO, C. P. Responsabilidade social e governança. São Paulo: Pioneira Thompson Learning, 2006.
MARQUES, V. de L.; ALLEDI FILHO, C. Responsabilidade social: conceitos e práticas. São Paulo; Atlas, 2012
. 
INDICE
Módulo 1 – introdução
Responsabilidade Social nas Empresas 6
O desenvolvimento da Responsabilidade social nas empresas 7
Práticas de Responsabilidade Social nas Empresas 14
Indicadores Ethos de Responsabilidade Social Empresarial 14
Módulo 2 – Ética 16
Código de Ética 18
Valores, Transparência e Governança 21 
Módulo 3 - Balanço Social das Empresas 23
Módulo 4 - Relação com o Público Interno 28
Módulo 5 - Relação com os Consumidores e Clientes 35
O que é consumo consciente 38
A relação com os Fornecedores 41
Módulo 6 - Relação com o Meio Ambiente 45
Meio Ambiente - Desenvolvimento Sustentável 42
O Compromisso das Empresas com o Meio Ambiente 52
Módulo 7 - Relação com a Comunidade 56
Marketing Social 60
Módulo 8 - Relação da empresa com o Terceiro Setor 63
Organizações do Terceiro Setor: seus organismos e funções sistêmicas 65
Relação com o Governo e Sociedade 74
CONSIDERAÇÕES FINAIS 76
MÓDULO 1 - INTRODUÇÃO
Responsabilidade Social nas Empresas
“Responsabilidade social empresarial é uma forma de conduzir os negócios que torna a empresa parceira e co-responsável pelo desenvolvimento social. A empresa socialmente responsável é aquela que possui a capacidade de ouvir os interesses das diferentes partes (acionistas, funcionários, prestadores de serviço, fornecedores, consumidores, comunidade, governo e meio ambiente) e conseguir incorporá-los ao planejamento de suas atividades, buscando atender às demandas de todos, não apenas dos acionistas ou proprietários.” 
(Instituto Ethos)
“A sociedade cobra das empresas uma atuação responsável e o consumidor tem consciência da efetividade de seus direitos. Portanto, exige-se das empresas uma nova postura que explique suas preocupações com questões sociais (responsabilidade social) e com a ética”.
Formentini e Oliveira (2003)
Para entendermos o que é Responsabilidade Social (RS), primeiramente precisamos entender que não se trata de uma ferramenta que podemos aplicarna empresa e desta forma ela se tornará uma empresa com Responsabilidade social. Os conceitos de RS estão baseados no modo de ″agir″, o ″modo″ como a gestão da empresa é desenvolvida.
Da mesma forma que, nós, como pessoa, nos relacionamos com outras pessoas temos um modo de conduta, baseado em nossos valores, naquilo que achamos que é certo ou errado, na empresa é a mesma coisa nas suas relações. Como a empresa trata suas relações?
A reflexão que devemos fazer é como nos relacionamos com as outras pessoas? Como gostaríamos de ser tratados? Qual a forma correta de tratarmos as pessoas com quem nos relacionamos? Meu sucesso está relacionado com a ″ruína″ dos outros? 
Nas empresas a é a mesma coisa a Responsabilidade Social Empresarial é um estilo de gestão que olha além de seus próprios interesses, considera que seu sucesso tem relação com o sucesso de seus stakeholders (colaboradores, sócios, clientes, fornecedores), com o desenvolvimento sustentável da sociedade, do meio ambiente e que seu objetivo é gerar valor em três dimensões: econômica, social e ambiental.
Este novo conceito de gestão, a cidadania corporativa, que da mesma forma que o indivíduo, o cidadão, tem seus valores, direitos e responsabilidades nas suas relações, a empresa também compartilha de valores direitos e responsabilidades com todos os seus relacionamentos.
O conceito de responsabilidade está relacionado ao fato do indivíduo assumir as conseqüências de seus atos, reconhecendo-se como autor deles, sejam positivos ou negativos. Uma empresa é basicamente uma rede de diálogos, sua estrutura é constituída por promessas, através das quais tarefas e responsabilidades são distribuídas, decisões são compartilhadas e trabalhos delegados, partindo de contatos e relacionamentos. A organização com uma gestão socialmente responsável é aquela que assume as conseqüências de seus atos em todos os seus relacionamentos e se preocupa em antever as conseqüências sociais que poderão ocorrer de seus atos.
A empresa em sua razão de ser deve estar comprometida com a busca de melhores resultados, que não serão alcançados sem o parâmetro de um conjunto de valores éticos. Definidos os fins específicos da atividade organizacional, é importante definir os meios adequados e os valores que serão incorporados na atividade e identificar quais são os valores éticos da sociedade na qual está inserida a organização e quais os direitos que essa sociedade reconhece às pessoas
O desenvolvimento da Responsabilidade social nas empresas
“Responsabilidade social empresarial é uma forma de conduzir os negócios que torna a empresa parceira e co-responsável pelo desenvolvimento social. A empresa socialmente responsável é aquela que possui a capacidade de ouvir os interesses das diferentes partes (acionistas, funcionários, prestadores de serviço, fornecedores, consumidores, comunidade, governo e meio ambiente) e conseguir incorporá-los ao planejamento de suas atividades, buscando atender às demandas de todos, não apenas dos acionistas ou proprietários.” (Ethos)
Para entendermos o desenvolvimento da Responsabilidade social nas empresas vamos utilizar o capítulo Aspectos Históricos do texto - Reflexão 4, A ÉTICA NAS ORGANIZAÇÕES, que pode ser baixado no link http://www.uniethos.org.br/_Uniethos/Documents/reflexao_04.pdf
Neste capítulo o autor apresenta as publicações a partir dos anos 60 que derivam de os valores éticos das “antigas classes médias dos EUA” que durante mais de 40 anos mantiveram-se na defensiva. E estes valores derivados da tradição cristã incluem a honradez, a laboriosidade, o altruísmo, a mentalidade cívica, a prática religiosa e o autocontrole ou a disciplina pessoal. 
Apresenta também outro artigo, Toward Professionalism in Business Management em 69, de Keneth Andrews que defende sua tese de que a direção de negócios só será profissional quando ″aceitar um código ético independente e que se encontre acima do mando máximo da empresa, de tal modo que o diretor deva respeitá-lo de maneira absoluta. ″
Outro ponto importante na história da RS foi a abertura de um Centro de Reflexão para os banqueiros e os bolsistas católicos em 1980 em Wall Street, pelos jesuítas e desencadearam cinco anos mais tarde, mais de 500 cursos nas escolas de administração e, a partir do outono de 1988, ética nos negócios é matéria obrigatória para todos os estudantes de administração de empresas. 
Ao mesmo tempo, na década de 80, as escolas de Administração da Inglaterra e da Europa também incluíram a disciplina de ética dos negócios. Congressos e pesquisas são desenvolvidos. Entre 1989 e 1990, o Instituto da Empresa reúne diversas associações para uma reflexão acerca dos problemas éticos.
No Brasil, não há uma literatura disponível que permita traçar o desenvolvimento histórico e o atual estado em que se encontra o interesse pela ética nos negócios, mas destaca que a Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas conta com um Centro de Ética nos Negócios que, no início do segundo semestre de 1998, promove I Congresso de Negócios, Economia e Ética na América. Neste sentido, também faz-se oportuno evidenciar afirmação de Srour considerando que a maioria dos empresários brasileiros ainda confunde ética e legalidade pensando que “para ser ético, basta não ser pego”. Isto parece colocar o país em posição distinta da descrita no cenário mundial.
Os códigos corporativos de conduta marcam a discussão ética dos anos 70. Isto ocorre em resposta aos escândalos internacionais, como Watergate e em conseqüência dos movimentos em defesa dos direitos dos consumidores em franco crescimento. Estes códigos voltam-se contra as práticas danosas e/ou enganosas nas propagandas, embalagens e rotulagens dos produtos.
Duas fases dividem os anos 80. Na primeira metade desta década, a ética nas empresas é caracterizada pela preocupação com a responsabilidade institucional. Na segunda, a capacidade moral dos indivíduos ganha destaque. Os valores pessoais de um administrador tornam-se uma questão essencial para a empresa. Em uma pesquisa realizada em 1989 pela Korn/Ferry e pela Columbia University Graduate School of Business, com mais de 1.500 executivos de 20 países, a ética pessoal é classificada como a característica primordial para o presidente da empresa ideal no ano 2000. 
O foco de atenção da ética nos negócios, nos anos 90, está centrado em como obter e manter a excelência. Dentro do contexto competitivo e das grandes mudanças, característico da maior parte dos setores da atividade empresarial, busca-se um conjunto de premissas gerenciais que estimulem a integridade pessoal e possibilitem fazer frente ao mercado econômico. Ganha evidência a idéia de que os administradores tomam decisões com implicações éticas, pois as maiorias das atividades empresariais têm impacto sobre outras pessoas além daquelas diretamente envolvidas, ficando assim sujeitas a uma avaliação das conseqüências de benefício ou malefício originadas para todas as contrapartes. As questões éticas básicas devem fazer parte do cálculo para a solução dos problemas enfrentados no cotidiano gerencial de uma organização, pois quem decide faz escolhas entre diferentes cursos de ação e deflagra conseqüências.
Como pudemos ver neste capítulo, a partir dos anos 40 as questões éticas envolvendo as empresas já estavam sendo questionadas, principalmente na relação com os empregados. Esta reflexão se deve às conseqüências da revolução industrial, que tinha como proposta o desenvolvimentismo sem medir as conseqüências, questionando a ética individual e social, baseada na ética cristã e a ética empresarial baseada nos resultados a qualquer preço.
Nos anos 60, inicia um grande movimento de defesa do consumidor, que forçaram os governos a criar leis que regulamentassem a relação com os clientes. As empresas passaram a refletir sobre sua responsabilidade em relação aos clientes e seus produtos.
Nos anos 70/80, com o início do neoliberalismo, a questão ética ficou mais em evidência, ficou clara a necessidadedas empresas elaborarem um código de ética a ser explicado e difundido, pelos diretivos, a todas as partes implicadas desde os empregados até os acionistas.
Nesta mesma época as escolas de administração já incluíram em seus cursos a matéria ética dos negócios.
Nos anos 90, “ganha evidência a idéia de que os administradores tomam decisões com implicações éticas, pois as maiorias das atividades empresariais têm impacto sobre outras pessoas além daquelas diretamente envolvidas, ficando assim sujeitas a uma avaliação das conseqüências de benefício ou malefício originadas para todas as contrapartes”, começando a desenvolver uma forma de gestão que avalia as conseqüências dos atos da empresa.
Ao mesmo tempo, as empresas mostram interesse em ética organizacional, que é explicado no capítulo “Motivação para o interesse em ética organizacional” da mesma publicação.
Neste capítulo o autor apresenta AS MOTIVAÇÕES DAS EMPRESAS EM DESENVOLVER A ÉTICA EMPRESARIAL destacada por alguns autores como Cortina, Srour e Gomez. 
a urgência de recuperar a credibilidade na empresa. Escândalos como Watergate fazem com que a confiança volte a ser um valor no mundo empresarial, o que em realidade nunca havia deixado de ser, assim ela reassume a sua posição como tal;
a empresa que busca somente os resultados ou as vantagens imediatas é suicida, a responsabilidade a largo prazo é uma necessidade de sobrevivência e neste aspecto a ética constitui um fator importante para os ganhos. Por si só, a ética não é condição para um bom negócio, mas o propicia;
uma mudança na concepção de empresa, de um terreno de homens sem escrúpulos movidos pela ganância e lucro em direção a uma instituição socioeconômica que tem uma responsabilidade ética para com a sociedade (os consumidores, os acionistas, os empregados e os provedores. Esta conceituação concebe a empresa como um grupo social constituído por pessoas livres que organizadas, hierárquica e profissionalmente, cooperam de diversas formas como sujeitos de direitos com base em contratos livremente tratados e com a finalidade comum de produzir bens ou serviços para intercâmbio econômico. 
Em outras palavras pode-se dizer que uma vez que a empresa, enquanto uma organização social deve dar conta de funções que a sociedade dela espera e exige assumindo suas responsabilidades neste âmbito, ela está obrigada a tomar decisões com implicações éticas. A ética não é só individual, mas corporativa e comunitária. Assim, no mundo empresarial começa-se a esclarecer que não só os indivíduos são eticamente responsáveis, também o devem ser as empresas. Portanto, faz-se necessária e urgente uma ética das empresas, que começam a preocupar-se com o tipo de formação que dão a seus membros especialmente a seus dirigentes;
as organizações, nos países pós capitalistas, são a célula do tecido social e a sua transformação está sendo considerada essencial no processo de construir uma sociedade mais inclusiva.;
na ética das empresas vai se mostrando indispensável a capacidade gerencial e, conseqüentemente, a figura do executivo que pouco a pouco vai se tornando um personagem central do mundo social atual. O gestor é uma pessoa com claros objetivos que se propõe a alcançá-los através do desenvolvimento de grande habilidade para imaginar e criar meios que permitam isto. De comportamento pró-ativo, criativo e com capacidade inovadora não se prende a soluções já conhecidas, mas com instinto de adaptação imagina possibilidades e estratégias novas, sempre no marco da negociação, menos custoso que o do conflito;
para o entendimento dos processos de tomada de decisão é imprescindível a compreensão das finalidades da organização. Neste sentido, a educação e a preocupação com um atuar eticamente correto deverão formar parte do desenvolvimento da organização; 
a cultura do individualismo, característica da modernidade, é geradora de insatisfações. Como conseqüência os indivíduos buscam se integrar a uma comunidade ou corporação para recuperar seu “eu concreto”. A empresa pode ser entendida como uma comunidade que propõe a seus membros uma identidade, um sentido de pertença, valores a compartir, uma tarefa comum, um bem comum não distinto do bem de cada um dos seus integrantes e, até mesmo, um sentido de excelência que o “universalismo individualista” é incapaz de considerar. Esta é a cultura das organizações que, começando pela família e continuando através dos demais grupos humanos que cada indivíduo integra, leva ao resgate do sentido concreto da vida de cada um;
as organizações sociais, hoje em dia, reclamam um atuar eticamente adequado, mas não querem que as pessoas sejam heróis. No entanto, ao pertencer a uma empresa, cujo desenho e funcionamento põem os resultados econômicos a curto prazo adiante do respeito dos direitos das pessoas ou da satisfação da necessidade dos consumidores, tomar decisões eticamente corretas pode tornar-se um ato heróico, no qual o trabalhador arisca seu posto de trabalho. 
a insistência na qualidade ética leva, por extensão, à qualidade em sentido mais amplo resultando em maior rentabilidade 
contribui para a boa imagem da empresa, pois nenhuma das grandes e excelentes companhias distingue-se pela falta de princípios éticos, mas pela qualidade do produto que colocam à disposição do mercado. As empresas têm uma imagem a resguardar, patrimônio essencial para a continuidade do próprio negócio. A imagem da empresa não pode ser vilipendiada ou reduzida à simples peça publicitária uma vez que ela representa um ativo econômico sensível à credibilidade que inspira. A dimensão ética é uma parte decisiva dentro do conceito de qualidade que a empresa apresenta à sociedade. 
Resta, dentre as motivações para a preocupação com a ética nas empresas, levantar a questão do modismo. Gómez10 coloca este ponto como uma das razões para este crescente florescimento da ética dos negócios, já Cortina e col.5 defende uma outra posição afirmando que a ética empresarial não consiste nem em uma moda passageira, nem em último intento de justificar relações injustificáveis, mas em uma nova forma de orientar a atividade empresarial e o desenho das organizações. Também segundo Ortiz-Ibarz14, mais que um modismo, a ética nas atividades empresariais e de qualquer organização é uma necessidade mais exigida à medida em que se aprofunda a complexidade do tecido social. Estas últimas posições expressam as reais funções e os objetivos da introdução da preocupação com a ética no mundo dos negócios. No entanto, a colocação feita pelo primeiro autor traz um aspecto que não pode ser desprezado, há um risco de que a ética nas organizações revista-se de um caráter de modismo e perca de vista suas finalidades.
Como podemos ver no texto acima, a prática da gestão socialmente responsável nas empresas vem assumindo um papel relevante na empresa moderna, considerando a organização não mais uma estrutura criada simplesmente para obter lucro, mas considerando as diversas relações que mantém com a sociedade, a visão em longo prazo a sua sobrevivência e do ambiente onde está inserida
Questões reflexiva sobre o texto.
Como os valores éticos das “antigas classes médias dos EUA” interferiram no desenvolvimento da Responsabilidade Social das Empresas?
Em que época as empresas descobrem a necessidade de uma reflexão acerca das responsabilidades sociais da empresa e dos aspectos éticos do comportamento na área dos negócios?
Porque as maiorias dos empresários brasileiros ainda confundem ética e legalidade nos anos 90?
Texto Complementar 
Responsabilidade Social das Empresas - RSE
Autoria: Elvira Cruvinel Ferreira Ventura 
O conceito de responsabilidade social não é novo. A preocupação com o tema remonta aos anos 50, onde as conseqüências da expansão da indústria já se faziam sentir. Surge, então, como fruto de profundas críticas sociais, éticas e econômicas que as organizações passaram a sofrer ao se verem totalmente envolvidas na economia de mercado. Porém, não se chegou a um consenso sobre seu significado e limites, uma vezque o conceito é amplo, defrontando-se em áreas-limite da ética e da moral (VENTURA, 1999). 
Nota-se, contudo, uma crescente conscientização de que as organizações podem e devem assumir um papel mais amplo dentro da sociedade. Para efeitos deste trabalho, entendemos Responsabilidade social como o compromisso que uma organização deve ter para com a sociedade, expresso por meio de atos e atitudes que a afetem positivamente, de modo amplo, ou alguma comunidade, de modo específico, agindo pró-ativamente e coerentemente no que tange ao seu papel específico na sociedade e à sua prestação de contas para com ela, assumindo, assim, além das obrigações estabelecidas em lei, também obrigações de caráter moral, mesmo que não diretamente vinculadas às suas atividades, mas que possam contribuir para o desenvolvimento sustentável dos povos (VENTURA, 1999; ASHLEY, 2002). Assim, numa visão expandida, responsabilidade social é toda e qualquer ação que possa contribuir para a melhoria da qualidade de vida da sociedade.
Atualmente, raros são os casos de empresários e executivos que ainda desconsiderem totalmente suas responsabilidades sociais. Pode-se dizer que a sensibilidade para os problemas sociais já está institucionalizada. As organizações têm sido pressionadas para se tornarem mais solidárias e chamadas a uma maior participação, abertura e integração com a sociedade, sob a ameaça de serem abandonadas por seus consumidores. Neste sentido, a RSE avança à medida que a globalização acirra a competição entre empresas.
Na visão de Cheibub & Locke (2002), RSE implica em ações que vão além da “letra da lei” e em ações não resultantes de negociações políticas com sindicatos ou organizações de trabalhadores. Abaixo reproduzimos quadro com os modelos existentes na literatura sobre as diferentes formas com que as empresas podem se inserir em seu meio social:
Segundo os autores, há uma tendência na literatura de se privilegiar a dimensão valorativa da responsabilidade social (Filantropia e Idealismo ético), num discurso eminentemente normativo. Para eles, o principal problema com esses modelos e com os argumentos que os sustentam é que eles se concentram na determinação das razões, dos motivos, das consequências e dos benefícios da responsabilidade social e, assim, assumem que todos os outros atores sociais ganham com a adoção da responsabilidade social. Ou seja, não se considera no debate a dimensão pública/política dessas ações. Dever-se-ia indagar, por exemplo, se e como a responsabilidade social contribui – ou não – para a garantia dos direitos dos cidadãos estabelecidos na organização da sociedade. O Estado estaria garantindo estes direitos, ou se eximindo, quando permite, ou incentiva, que outros atores sociais também executem ações sociais? Assim, o principal ponto para os autores é que as ações de RSE não têm consequências somente para a própria empresa ou para seus beneficiários diretos, mas para a sociedade como um todo, pois podem influir na distribuição de poder político na própria sociedade. Assim, a questão do poder das empresas também não deve ser negligenciada.
Para os autores não há, em princípio, base moral e política para que as empresas assumam responsabilidades sociais – no sentido de algo além de suas obrigações legais. Assim, responsabilidade social não seria uma questão moral, mas sim de interesse econômico das empresas: se trata-se de interesses ou valores, esta questão é política e moralmente irrelevante. Consideram bom, todavia, que as empresas assumam posicionamentos socialmente responsáveis, desde que estejamos atentos para os riscos políticos que podem advir desse movimento. Assim, na visão dos autores, a RSE é uma questão de auto-interesse das empresas pois, mesmo que não seja de seu interesse exclusivo e imediato, é do seu interesse esclarecido e de longo prazo, na medida em que suas ações podem contribuir para o fortalecimento da sociedade civil, tornando-a mais densa e articulada – o que favorece, em última instância, a condução de seus negócios.
Práticas de Responsabilidade Social nas Empresas
A partir deste momento vamos estudar as relações da empresa com seus stakeholders e para isso vamos analisar as práticas de responsabilidade social das empresas e como ferramenta utilizaremos os Indicadores Ethos de Responsabilidade Social Empresarial, um documento de auto-avaliação, para a empresa poder avaliar seu modo de gestão e ao mesmo tempo serve como indicador para novas ações.
Para acompanhar o curso, você deve baixar o documento para acompanhar os próximos capítulos.
Indicadores Ethos de Responsabilidade Social Empresarial 
(http://www.uniethos.org.br/_Uniethos/Documents/INDICADORESETHOS2008-PORTUGUES.pdf )
APRESENTAÇÃO DA FERRAMENTA
Os Indicadores Ethos de Responsabilidade Social Empresarial foram criados como uma ferramenta de aprendizado e avaliação da gestão da empresa no que se refere à incorporação de práticas de responsabilidade social empresarial (RSE) ao planejamento de estratégias e ao monitoramento do desempenho geral da empresa. Trata-se de um instrumento de auto-avaliação e aprendizagem de uso essencialmente interno, são indicadores de monitoramento interno, que devem ser acompanhados pelos gestores.
Encorajamos fortemente as empresas a não apenas levantar os indicadores quantitativos aqui propostos, mas criar novos indicadores para monitorar seu desempenho. Indicadores Ethos deve ser encarada como o início de um processo de autodiagnóstico que, combinado com a missão e estratégia geral da empresa, permitirá identificar aspectos da gestão que necessitam de acompanhamento detalhado, de novas metas e de profissionais focados.(Ethos)
	Nós estaremos utilizando esta ferramenta para estudar cada indicador, suas implicações, práticas e teorias. Nosso objetivo não será de avaliar a empresa nos aspectos quantitativos, mas conhecer os indicadores e desta forma poder desenvolvê-los na prática como um administrador socialmente responsável.
Para cada item a ser estudado, existem quatro níveis de soluções que podemos qualificar as empresas. O estágio (A) é sempre o mais simples, o estágio inicial dentro do processo da Gestão Responsável e os estágios seguintes sempre estão incorporando novas opções de gestão até o último estágio (D) considerado o mais completo. Desta forma a empresa pode se posicionar nos níveis apresentados e ao mesmo tempo tem uma idéia de como melhorar as suas ações. 
No nosso caso, estaremos analisando todos os níveis que uma empresa pode desenvolver, tendo em vista que a Gestão Socialmente Responsável é um processo de mudança de comportamento e de cultura empresarial, constantemente em mudança. 
Estrutura do Questionário
O questionário de avaliação da empresa está dividido em sete grandes temas:
• Valores, Transparência e Governança
• Público Interno
• Meio Ambiente
• Fornecedores
• Consumidores e Clientes
• Comunidade
• Governo e Sociedade
Módulo 2 - Ética
“A ética é a base da responsabilidade social, expressa nos princípios e valores adotados pela organização. Não há responsabilidade social sem ética nos negócios. Não adianta uma empresa pagar mal seus funcionários, corromper a área de compras de seus clientes, pagar propinas a fiscais do governo e, ao mesmo tempo, desenvolver programas voltados a entidades sociais da comunidade. Essa postura não condiz com uma empresa que quer trilhar um caminho de responsabilidade social. É importante haver coerência entre ação e discurso.” (Ethos)
Quando falamos de Responsabilidade social não podemos deixar de levantar as questões de ética. Ética trata de princípios e não de mandamentos, supõe que o homem deva ser justo, não existem normas acabadas, regras definitivamente consagradas. A ética é um eterno pensar, refletir, construir.
O homem vive em sociedade, convive com outros homens e, portanto, cabe-lhe pensar e responder à seguinte pergunta: “Como devo agir perante os outros?”. Trata-se de uma pergunta fácil de ser formulada, mas difícil de ser respondida. Esta é a questão central da Morale da Ética. http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89tica 
Moral e ética, às vezes, são palavras empregadas como sinônimos: conjunto de princípios ou padrões de conduta. Ética pode também significar Filosofia da Moral, portanto, um pensamento reflexivo sobre os valores e as normas que regem as condutas humanas. Em outro sentido, ética pode referir-se a um conjunto de princípios e normas que um grupo estabelece para seu exercício profissional (por exemplo, os códigos de ética dos médicos, dos advogados, dos psicólogos, etc.).
Em outro sentido, ainda, pode referir-se a uma distinção entre princípios que dão rumo ao pensar sem, de antemão, prescrever formas precisas de conduta (ética) e regras precisas e fechadas (moral). (PCN, volume Ética, (1998)) 
Seria um erro pensar que, desde sempre, os homens têm as mesmas respostas para questões desse tipo. Com o passar do tempo, as sociedades mudam e também mudam os homens que as compõem. http://www.teias.com.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=68:a-etica-como-raiz-da-responsabilidade-social&catid=5:qualidadevida&Itemid=8 
A Ética tem por objetivo facilitar a realização das pessoas. Que o ser humano chegue a realizar-se a si mesmo como tal, isto é, como pessoa. (...) A Ética se ocupa e pretende a perfeição do ser humano. Clotet J. Una introducción al tema de la ética. Psico 1986;12(1)84-92.
A Ética pode ser um conjunto de regras, princípios ou maneiras de pensar que guiam, ou chamam a si a autoridade de guiar, as ações de um grupo em particular (moralidade), ou é o estudo sistemático da argumentação sobre como nós devemos agir (filosofia moral).Singer P. Ethics. Oxford: OUP, 1994:4-6.
A Ética existe em todas as sociedades humanas, e, reflete sobre a realização das pessoas, todos tem o direito de buscar sua felicidade sem que isso impossibilite o projeto de felicidade do outro. 
Esta é a base da Responsabilidade Social, a questão principal é a reflexão das ações das empresas, que são tomadas por pessoas, e suas conseqüências do ponto de vista ético e assumir a responsabilidade.
Para que isso aconteça a Governança Corporativa deverá rever seus valores 
A publicação Responsabilidade Social Empresarial para Micro e Pequenas Empresas – Passo a Passo, do Instituto Ethos, trata de como a empresa deve ″Encontrar o caminho para a gestão socialmente responsável″
Para aprofundar mais no tema baixe a publicação: http://www.ethos.org.br/_Uniethos/Documents/responsabilidade_micro_empresas_passo.pdf 
Nesta publicação elaborada pelo Instituto Ethos, apresenta ″As Sete diretrizes da Responsabilidade Social Empresarial″ como sendo uma forma das empresas iniciarem o processo desta nova forma de gestão;
1. Adote valores e trabalhe com transparência
2. Valorize empregados e colaboradores
3. Faça mais pelo meio ambiente
4. Envolva parceiros e fornecedores
5. Proteja clientes e consumidores
6. Promova sua comunidade
7. Comprometa-se com o bem comum
Para eleger valores a empresa deve rever sua missão e visão.
Crie e divulgue uma declaração de missão
A declaração de missão da empresa socialmente responsável vai além do propósito de
"lucrar" ou "ser a melhor". Embora simples, a missão de uma empresa identifica suas metas e aspirações. Deve expressar também seus valores e sua cultura e as estratégias a serem utilizadas. Ao definir a missão de sua empresa, portanto, procure agregar valor a todos os envolvidos no ambiente empresarial: proprietários, funcionários, clientes, fornecedores, comunidades e o próprio meio ambiente.
Cabe a cada empresa definir a própria missão
Identifique e declare valores éticos com clareza
Outro guia importante para a condução socialmente responsável dos negócios de sua empresa é a Declaração de Valores Éticos de seu empreendimento. Ela determina a forma pela qual você administrará os negócios. O Laboratório Dr. Pio adotou a seguinte
Declaração de Valores e Princípios Éticos
Integre a missão à visão
Sua declaração será somente um pedaço de papel, a menos que você faça algo para lhe dar vida. Trabalhe com os funcionários para que, sistematicamente, façam um elo entre a declaração de visão e suas tarefas diárias. Considere como a visão se ajusta às descrições de trabalho de sua empresa, às práticas de contratação, ao desenvolvimento de produtos, programas de treinamento e a outros aspectos de seu negócio. Se eles não forem compatíveis com a visão, considere quais seriam as mudanças necessárias a serem feitas com relação à política e programas empresariais e/ou produtos.
Reexamine e revise a declaração periodicamente
Na medida em que sua empresa for se transformando, talvez seja necessário revisar a declaração, de maneira que ela sempre acompanhe suas metas. Considere uma avaliação anual da declaração, da mesma forma que você costuma avaliar o desempenho individual dos funcionários, e verifique se ela ainda corresponde aos valores que direcionam a sua empresa.
Elaborar um Código de Ética/Conduta para a empresa é transformar a sua Visão e Missão em instrumento de realização que orienta as ações de todos na empresa, é um compromisso ético, com a participação de todos os envolvidos.
Para saber como deve ser a sua implantação utilizaremos a publicação ″Formulação e Implantação de Código de Ética″ do Instituto Ethos.
http://www.ethos.org.br/_Uniethos/Documents/etica_internet.pdf 
Código de Ética
O que é um Código de Ética?
“ O código de ética ou de compromisso social é um instrumento de realização da visão e missão da empresa, que orienta suas ações e explicita sua postura social a todos com quem mantém relações. O código de ética e/ou compromisso social e o comprometimento da alta gestão com sua disseminação e cumprimento são bases de sustentação da empresa socialmente responsável. A formalização dos compromissos éticos da empresa é importante para que ela possa se comunicar de forma consistente com todos os parceiros.Dado o dinamismo do contexto social, é necessário criar mecanismos de atualização do código de ética e promover a participação de todos os envolvidos.” Fonte: Indicadores Ethos de Responsabilidade Social Empresarial – Versão 2000, p. 13.
Podemos notar que no conceito de Código de Ética é considerado como um “instrumento de realização”, que “orienta suas ações”, “um compromisso social”, não é simplesmente um documento burocrático elaborado pela direção da empresa ou por uma consultoria, é um instrumento dinâmico, produzido e vivido pela organização.
Para que isso aconteça é necessário que seja elaborado de forma conjunta, ele deve representar aquilo que a organização acredita como valor e que será vivido por todos da organização em todas as suas relações.
Para que um Código de Ética seja bem-sucedido, sua concepção deve envolver todos os interlocutores com os quais a empresa se relaciona. É essa cumplicidade e transparência que levará os participantes desse processo a contribuir e dar vida às intenções presentes na origem do documento.
Assim, uma real transformação do cenário ético empresarial parte necessariamente do corajoso mergulho nos conceitos, valores e hábitos presentes na cultura de cada empresa. Sem esse processo de autoconhecimento, corre-se o risco de se elaborar uma ferramenta frágil ou inoperante. 
Para definir sua ética, sua forma de ser e atuar no mercado, cada empresa precisa saber o que deseja fazer e o que espera de cada um dos funcionários. (Formulação e Implantação de Código de Ética em Empresas – Reflexões e Sugestões é uma publicação do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social,)
O Código de Ética deve contemplar a forma como deve ser as diversas relações com seus interlocutores. 
RELAÇÕES COM ACIONISTAS – Trata dos conflitos éticos entre diretoria e acionistas
RELAÇÕES COM FUNCIONÁRIOS – Orienta as ações quanto ao recrutamento e seleção, as relações de trabalho, avaliação e promoção, estabelece normas éticas em relação à saúde e à segurança dos trabalhadores, bem como os limites de privacidade e o comportamento das empresas frente às demissões.
RELAÇÕES COM OSCLIENTES – Trata dos dilemas éticos na relação da empresa com seus clientes que é afetada por uma tensão fundamental entre o objetivo da empresa de maximização do lucro; o do cliente é obter o melhor produto ou serviço pelo menor preço. Envolve questões sobre a qualidade do produto, estratégias de propaganda e de comercialização.
RELAÇÕES COM FORNECEDORES – Orienta a relação de natureza ética da empresa com seus fornecedores buscando o equilíbrio de poder entre empresas e fornecedores.
RELAÇÕES COM CONCORRENTES – Trata da relação convivência ética com o concorrente, visando resultados benéficos para todas as partes envolvidas.
RELAÇÕES COM A ESFERA PÚBLICA – Orienta questões relacionadas ao pagamento de impostos e fiscalização por parte de órgãos públicos, o problema de propinas e corrupção, a transparência com que as empresas definem seus critérios de doações para candidatos em campanhas políticas.
RELACIONAMENTO COM O MEIO AMBIENTE – Trata das questões éticas é o comportamento das empresas quanto ao impacto no meio ambiente.
RELACIONAMENTO COM A COMUNIDADE – AÇÕES FILANTRÓPICAS – Como é a relação da empresa com a comunidade, a empresa conhece as necessidades da comunidade dos locais e regiões onde está instalada seleciona e desenvolve programas de abrangência social, se relaciona com as instituições comunitárias, organizações não-governamentais, escolas públicas, postos de saúde, voluntariado empresarial, disponibilização de verbas, doação de produtos ou serviços, no sentido de colaborar e, a médio e longo prazo, dar autonomia a essas instituições sociais.
É importante que o Código de Ética não seja uma mera promessa ou um documento publicitário da organização. Trata-se de uma espécie de mapa de valores e princípios, conduzindo a empresa ao cenário de negócios onde existem regras significativas de cidadania, eficiência de gestão, honestidade no uso dos recursos e respeito no tratamento com os seus vários interlocutores.
Para entendermos melhor a teoria vamos analisar as práticas do processo de gestão responsável utilizando os Indicadores Ethos de Responsabilidade Social.
O primeiro tema a ser abordado trata dos Valores Transparência e Governança
A estrutura do questionário é composta de questões relacionadas aos temas e seus subtemas, as respostas apresentadas são práticas que a empresa desenvolve.
Sempre que analisarmos as questões dos indicadores, relacione com uma empresa que você conheça ou trabalhe e tente responder diante desta realidade.
Valores, Transparência e Governança
O primeiro aspecto que veremos será a questão de Valores, Transparência e Governança. Este é o item inicial, que fundamenta as ações, define os princípios, os valores, as crenças da empresa e a partir deles serão desenvolvidas as ações.
As questões de auto-regulação da conduta busca identificar como a empresa incorpora aos processos de trabalho as questões éticas e como este processo é desenvolvido.
Sub itens 
AUTO-REGULAÇÃO DA CONDUTA
• Compromissos Éticos
• Enraizamento na Cultura Organizacional
• Governança Corporativa
RELAÇÕES TRANSPARENTES COM A SOCIEDADE
• Diálogo com as Partes Interessadas (Stakeholders)
• Relações com a Concorrência
	
• Balanço Social 
AUTO-REGULAÇÃO DA CONDUTA
Indicador 1
Compromissos Éticos
Com relação à adoção e abrangência de valores e princípios éticos como a empresa atua?
ESTÁGIO 1 - Os valores da organização existem de maneira informal e estão pouco incorporados aos processos de trabalho e às atitudes/comportamento das pessoas.
ESTÁGIO 2 - Os valores da organização estão documentados e disseminados e incorporados às atitudes/comportamento das pessoas.
ESTÁGIO 3 - A organização possui um código de ética (em português e adaptado ao contexto local, no caso de multinacionais) e orienta e treina com regularidade seus empregados de todos os níveis hierárquicos para sua adoção. Tais ações estão formalmente a cargo de uma pessoa ou área responsável.
ESTÁGIO 4 - O código de ética/conduta da organização prevê a participação de empregados, de parceiros e/ou da comunidade em sua revisão e é submetido a controle e auditoria periódicos.
	Os quatro estágios apresentam as possibilidades que a empresa pode ter em relação aos seus valores e como que são tratados. Podemos ver que na primeira alternativa a empresa considera a existência de valores, mas não incorpora na gestão, já nas alternativas seguintes existe uma preocupação crescente de incorporar seus valores na forma de um código de ética. 
Qual é o estágio que você indicaria para a empresa escolhida? Em que nível ela se encontra e como poderia melhorar.
O Indicador 2 trata da forma como a empresa dissemina os valores e princípios ético.
ESTÁGIO 1 – A disseminação é esporádica
ESTÁGIO 2 – Existe um processo de disseminação
ESTÁGIO 3 – Valores e princípios são auditados e monitorados
ESTÁGIO 4 – Envolvimento dos parceiros 
Em que estágio sua empresa está?
Responda as questões dos Indicadores 3, 4 e 5 e observe as práticas que as empresas podem desenvolver neste processo.
Módulo 3 - Balanço Social das Empresas
Balanço social é um meio de dar transparência às atividades corporativas através de um levantamento dos principais indicadores de desempenho econômico, social e ambiental da empresa. Além disto, é um instrumento que amplia o diálogo com todos os públicos com os quais a empresa se relaciona: acionistas, consumidores e clientes, comunidade vizinha, funcionários, fornecedores, governo, organizações não-governamentais, mercado financeiro e a sociedade em geral. Durante sua realização, o balanço social funciona também como uma ferramenta de auto-avaliação, já que dá à empresa uma visão geral sobre sua gestão e o alinhamento dos valores e objetivos presentes e futuros da empresa com seus resultados atuais.
Conforme documento do Instituto Ethos, temos alguns dados relevantes sobre a importância do Balanço Social http://www.ethos.org.br/docs/conceitos_praticas/guia_relatorio/default.htm.
O que é Balanço Social?
O balanço social é um demonstrativo publicado anualmente pela empresa reunindo um conjunto de informações sobre os projetos, benefícios e ações sociais dirigidas aos empregados, investidores, analistas de mercado, acionistas e à comunidade. É também um instrumento estratégico para avaliar e multiplicar o exercício da responsabilidade social corporativa. 
No balanço social a empresa mostra o que faz por seus profissionais, dependentes, colaboradores e comunidade, dando transparência às atividades que buscam melhorar a qualidade de vida para todos. Ou seja, sua função principal é tornar pública a responsabilidade social empresarial, construindo maiores vínculos entre a empresa, a sociedade e o meio ambiente. 
O balanço social é uma ferramenta que, quando construída por múltiplos profissionais, tem a capacidade de explicitar e medir a preocupação da empresa com as pessoas e a vida no planeta. 
Histórico do Balanço Social
http://www.ibase.br/userimages/BS_31.pdf 
Nos anos 60, nos EUA e na Europa, o repúdio da população à guerra do Vietnã deu início a um movimento de boicote à aquisição de produtos e ações de algumas empresas ligadas ao conflito. A sociedade exigia uma nova postura ética e diversas empresas passaram a prestar contas de suas ações e objetivos sociais. A elaboração e divulgação anual de relatórios com informações de caráter social resultaram no que hoje se chama de balanço social. 
No Brasil a idéia começou a ser discutida na década de 70. Contudo, apenas nos anos 80 surgiram os primeiros balanços sociais de empresas. A partir da década de 90 corporações de diferentes setores passaram a publicar balanço social anualmente. 
A proposta, no entanto, só ganhou visibilidade nacional quando o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, lançou, em junho de 1997, uma campanha pela divulgação voluntária do balanço social. Com o apoio e a participação de lideranças empresariais, a campanha decolou e vem suscitando uma série de debates através da mídia, seminários e fóruns. Hoje é possívelcontabilizar o sucesso desta iniciativa e afirmar que o processo de construção de uma nova mentalidade e de novas práticas no meio empresarial está em pleno curso. 
Por que a empresa deve fazer o seu Balanço social?
 Porque é ético... ser justo, bom e responsável já é um bem em si mesmo.
 Porque agrega valor... o balanço social traz um diferencial para a imagem da empresa que vem sendo cada vez mais valorizado por investidores e consumidores no Brasil e no mundo.
 Porque diminui os riscos... num mundo globalizado, onde informações sobre empresas circulam mercados internacionais em minutos, uma conduta ética e transparente tem que fazer parte da estratégia de qualquer organização nos dias de hoje.
 Porque é um moderno instrumento de gestão... o balanço social é uma valiosa ferramenta para a empresa gerir, medir e divulgar o exercício da responsabilidade social em seus empreendimentos.
 Porque é instrumento de avaliação... os analistas de mercado, investidores e órgãos de financiamento (como BNDES, BID e IFC) já incluem o balanço social na lista dos documentos necessários para se conhecer e avaliar os riscos e as projeções de uma empresa.
 Porque é inovador e transformador... realizar e publicar balanço social anualmente é mudar a antiga visão, indiferente à satisfação e o bem-estar dos funcionários e clientes, para uma visão moderna em que os objetivos da empresa incorporam as práticas de responsabilidade social e ambiental. 
Os beneficiários
O balanço social favorece a todos os grupos que interagem com a empresa. 
Aos dirigentes fornece informações úteis à tomada de decisões relativas aos programas sociais que a empresa desenvolve. Seu processo de realização estimula a participação dos funcionários e funcionárias na escolha das ações e projetos sociais, gerando um grau mais elevado de comunicação interna e integração nas relações entre dirigentes e o corpo funcional. 
Aos fornecedores e investidores, informa como a empresa encara suas responsabilidades em relação aos recursos humanos e à natureza, o que é um bom indicador da forma como a empresa é administrada.
Para os consumidores, dá uma idéia de qual é a postura dos dirigentes e a qualidade do produto ou serviço oferecido, demonstrando o caminho que a empresa escolheu para construir sua marca. E ao Estado, ajuda na identificação e na formulação de políticas públicas. Enfim, como dizia Betinho: "o balanço social não tem donos, só beneficiários". 
O Balanço Social (BS) deve apresentar os projetos e as ações sociais e ambientais efetivamente realizados pela empresa, deve ser o resultado de amplo processo participativo que envolva a comunidade interna e externa.
O BS deve ser apresentado como complemento em outros tipos de demonstrações financeiras e socioambientais; publicado isoladamente em jornais e revistas; amplamente divulgado entre funcionários (as), clientes, fornecedores e a sociedade. Pode ser acompanhado de outros itens e de informações qualitativas (textos e fotos) que a empresa julgue necessários.
http://www.responsabilidadesocial.com/institucional/institucional_view.php?id=4 
Veja o artigo ″A importância do Balanço Social nas Organizações″ 
http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/a-importancia-do-balanco-social-nas-organizacoes/14357/ 
Modelo 
Segue abaixo o modelo proposto pelo Ibase do Balanço Social da empresa. Este importante documento deve ser resultado de um amplo processo participativo que envolva a comunidade interna e externa e deve apresentar os projetos e ações sociais e ambientais efetivamente realizados pela empresa.
http://www.fides.org.br/BSmodeloMPE2003.pdf 
Estrutura do Modelo IBASE
Base de cálculo – Informações financeiras, receita líquida, resultados operacionais
Indicadores Sociais Internos – Investimentos voluntários e obrigatórios da empresa que beneficiam os empregados
Indicadores Sociais Externos – Investimentos da empresa que tem a sociedade como beneficiaria.
Indicadores Ambientais – Investimentos da empresa para mitigar ou compensar seus impactos ambientais e também aqueles que tem objetivo de melhorar a qualidade ambiental
Indicadores do Corpo Funcional – Como se dá o relacionamento da empresa com seu público interno.
Informações importantes quanto ao exercício da Cidadania Empresarial – Indicadores qualitativos quanto a suas práticas de responsabilidade Social
Elaboração do Balanço Social
Para elaborar o Balanço Social na empresa vamos utilizar o Guia organizado pelo Instituto Ethos, ″Guia de Elaboração do Balanço Social″. http://www.uniethos.org.br/_Uniethos/Documents/GuiaBalanco2007_PORTUGUES.pdf 
Ao elaborar seu balanço social, a organização deve levar em conta essencialmente a reflexão que faz sobre sua forma de conduzir os negócios, a fim de avaliar a evolução do seu desempenho e considerar os impactos de seus esforços em incorporar questões de sustentabilidade em suas estratégias e processos de gestão.
Indicadores Ethos de Responsabilidade Social
Indicador – 6
Balanço Social
Com relação à elaboração de relatório sobre os aspectos econômicos, sociais e ambientais de suas atividades, a empresa:
ESTÁGIO 1 - Elabora sem regularidade definida relatório com informações sobre suas ações sociais e ambientais.
ESTÁGIO 2 - Elabora um relatório anual, descrevendo suas ações sociais e ambientais e incorporando aspectos quantitativos.
ESTÁGIO 3 - Produz um balanço social facilmente acessível que aborda aspectos sociais, ambientais e econômicos de suas atividades, contendo exclusivamente resultados favoráveis
ESTÁGIO 4 - Produz um balanço social facilmente acessível, elaborado com amplo envolvimento interno e de stakeholders externos, que integra as dimensões sociais, ambientais e econômicas de suas atividades e inclui resultados desfavoráveis e os respectivos desafios, com metas para o próximo período
Não é obrigatório para as empresas apresentarem seu Balanço Social, mas com a relevância da Gestão Socialmente Responsável está tomando, cada ano novas empresas apresentam seu BS ao mesmo tempo em que apresentam seu Balaço Financeiro.
Relacione as práticas de Responsabilidade da empresa que você escolheu e se ela disponibiliza seu BS, verifique em qual estágio ela se encontra.
Módulo IV
Relação com o Público Interno
	A forma como a empresa considera seus funcionários é um dos aspectos mais importantes na RS. 
Como uma empresa se propõe a desenvolver Gestão Socialmente Responsável, criando ações na comunidade, se não trata eticamente seus colaboradores? 
Diversidade cidadania
Princípio básico de cidadania que visa assegurar a cada um condições de pleno desenvolvimento de seus talentos e potencialidades, considerando a busca por oportunidades iguais e respeito à dignidade de todas as pessoas. A prática da diversidade representa a efetivação do direito à diferença, criando condições e ambientes em que as pessoas possam agir em conformidade com seus valores individuais. http://www.uniethos.org.br/DesktopDefault.aspx?TabID=3998&Alias=uniethos&Lang=pt-BR 
Para entendermos a relação da empresa com seus colaboradores, estaremos analisando três aspectos:
Como a empresa desenvolve o diálogo e a participação dos colaboradores?
Qual é a postura da empresa em relação ao indivíduo?
Qual é a política da empresa em relação aos Recursos Humanos? 
Estamos criando outras relações de trabalho. Desde sempre o trabalho foi considerado um sacrifício, nada além de garantia do sustento. No novo modelo de gestão, em que o profissional de conhecimento é peça-chave, a lógica do trabalho como um fardo já não funciona mais. Ao contrário, um trabalhador estimulado deixa de ver seu ofício como uma privação e passa a encará-lo como um jogo, uma diversão. Conseqüentemente, produz mais. ...
É importante enfatizar esse ponto para esclarecer a base ética na qual acreditamos: o respeito, o amor ao próximo, a legitimidade do outro e a relação pautada na confiança e não no medo. Tudo isso para ter uma vida com um sentido maior. Creio que todos têm esse desejo e se há alguém quenão tem, o problema não é dele, é nosso. (Rafael Echeverría) http://www.uniethos.org.br/_Uniethos/Documents/reflexao13WEB.pdf 
Todas as questões deste tema, a relação da empresa com seu público interno você estará vendo nas disciplinas do curso como, gestão de pessoas, RH e liderança. O que devemos observar aqui é como devem ser as práticas da empresa na relação ética com seus colaboradores 
Os Indicadores Ethos de Responsabilidade Social subdivide o tema Relação com o Público Interno em; 
DIÁLOGO E PARTICIPAÇÃO
• Relações com Sindicatos
• Gestão Participativa
RESPEITO AO INDIVÍDUO
• Compromisso com o Futuro das Crianças
• Valorização da Diversidade
TRABALHO DECENTE
• Política de Remuneração, Benefícios e Carreira
• Cuidados com Saúde, Segurança e Condições de Trabalho
• Compromisso com o Desenvolvimento Profissional e a Empregabilidade
• Comportamento Frente a Demissões
• Preparação para Aposentadoria
DIÁLOGO E PARTICIPAÇÃO
Relações com Sindicatos
Quanto à participação de empregados em sindicatos e ao relacionamento com seus representantes, a empresa:
ESTÁGIO 1 - Não exerce pressão sobre os empregados envolvidos em atividades sindicais.
ESTÁGIO 2 - Não exerce pressão e oferece liberdade para a atuação dos sindicatos no local de trabalho.
ESTÁGIO 3 - Além de permitir a atuação dos sindicatos no local de trabalho, fornece informações sobre as condições de trabalho, e os dirigentes da empresa se reúnem periodicamente com os sindicatos para ouvir sugestões e negociar reivindicações.
ESTÁGIO 4 - Além disso, possui canal de comunicação consolidado com os sindicatos, informando-os e fornecendo-lhes dados financeiros e relativos a objetivos estratégicos (quando estes afetarem os trabalhadores) para subsidiar as discussões.
Qual é a prática da empresa em relação à atuação dos sindicatos e de seus representantes?
Gestão Participativa 
	
A gestão participativa é um processo moderno de gestão, existem várias teorias sobre como conseguir a participação dos funcionários na gestão da empresa.
Quanto ao envolvimento dos empregados na gestão, a empresa:
ESTÁGIO 1 - Disponibiliza informações sobre a empresa e treina os empregados para que possam compreendê-las e analisá-las.
ESTÁGIO 2 - Além disso, disponibiliza informações econômico financeiras aos empregados.
ESTÁGIO 3 - Além do exposto nos dois estágios anteriores, tem um processo estruturado de discussão e análise das informações econômico-financeiras com seus empregados.
ESTÁGIO 4 - Prevê a participação de representantes dos empregados em comitês de gestão ou nas decisões estratégicas e fornece o treinamento necessário para que participem da formulação desses processos.
No XXII Encontro Nacional de Engenharia de Produção, ENEGEP 2002 ABEPRO 1, foi apresentado o trabalho, GESTÃO PARTICIPATIVA: UMA ALTERNATIVA VIÁVEL PARA O SÉCULO XXI, no capitulo 2 apresenta uma visão geral dos conceitos. (http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2002_TR15_0343.pdf )
A Gestão Participativa corresponde a um conjunto de princípios e processos que defendem e permitem o envolvimento regular e significativo dos trabalhadores na definição de metas e objetivos, na resolução de problemas, no processo de tomada de decisão, no acesso à informação e no controle da execução
Para a administração participativa ser eficiente, o processo decisorial deve ser totalmente delegado e descentralizado, as informações totalmente compartilhadas, sendo que a comunicação deve observar os princípios de clareza, coerência e adequação e os sistemas de recompensas materiais e salariais devem ser freqüentes, com punições raras e definidas pelo grupo.
O gestor é o impulsor fundamental do processo participativo, portanto espera-se que ele tenha atitude interativa perante as questões estratégicas da organização, saiba tomar decisões estabelecendo prioridades, esteja voltado para o processo de inovação, além de saber delegar
Precisa-se ressaltar que para conseguir uma gestão participativa eficiente o importante é ter sempre presente os pontos básicos – aprender a aprender, para inovar, criar visão compartilhada, planejar a transição, a análise organizacional, a colaboração ambiental e potencialização de si e de outros, para que a gestão seja uma soma de esforços individuais e grupais em busca do aperfeiçoamento permanente da organização e de seus recursos humanos. (DRUMOND, 1991)
RESPEITO AO INDIVÍDUO
Este é outro aspecto importante na relação ética com seus colaboradores, que ao mesmo tempo são indivíduos. Como a empresa pratica esta relação?
Compromisso com o Futuro das Crianças
No tratamento da questão dos direitos da criança e do adolescente, a empresa:
ESTÁGIO 1 - Além de respeitar a legislação nacional que proíbe o trabalho antes dos 16 anos (exceto na condição de aprendiz, entre os 14 e 16 anos), discute internamente a importância da educação e as conseqüências do trabalho infantil.
ESTÁGIO 2 - Além de respeitar a legislação que proíbe o trabalho infantil e discutir a questão internamente, possui projetos que contribuem para o desenvolvimento dos filhos dos empregados, estimulando suas competências técnicas e psicossociais (cidadania, esportes, artes). 
	ESTÁGIO 3 - Além do descrito anteriormente, estende esses projetos para as crianças da comunidade. A empresa possui políticas explícitas de não-contratação de mão-de-obra infantil em seus contratos com terceiros?
ESTÁGIO 4 - Coordena seus projetos com outros realizados na comunidade e atua junto ao poder público em benefício da criança e do adolescente
De que maneira a empresa enxerga a criança, em qual estágio ela está.
Valorização da Diversidade
Reconhecendo a obrigação ética das empresas de combater todas as formas de discriminação e de valorizar as oportunidades oferecidas pela riqueza étnica e cultural de nossa sociedade, a empresa
ESTÁGIO 1 - Declara-se contra comportamentos discriminatórios no ambiente interno e na relação com seus clientes, mas não possui processos formais de promoção da diversidade.
ESTÁGIO 2 - Promove a diversidade por meio de normas escritas que proíbem práticas discriminatórias, regulando os processos de admissão e promoção e orientando sobre o encaminhamento da denúncia.
ESTÁGIO 3 - Além de possuir normas escritas, oferece treinamento específico sobre o tema e utiliza indicadores para identificar áreas problemáticas e estabelecer estratégias de recrutamento e promoção.
ESTÁGIO 4 - Além de possuir normas antidiscriminatórias, ressaltá-las nos processos de admissão e promoção, oferecer treinamento sobre o tema e monitorar seus quadros, também desenvolve atividades de valorização de grupos pouco representados na empresa.
Como a empresa trabalha com a diversidade 
Para entender mais sobre a adoção de práticas de valorização da diversidade no local de trabalho como política de gestão, o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social desenvolveu o manual Como as Empresas Podem (e Devem) Valorizar a Diversidade. 
A publicação mostra formas de como enfrentar o preconceito no ambiente de trabalho e no âmbito das relações empresariais e aborda temas como a igualdade de oportunidades, a ética e a diversidade como fator de competitividade, a discriminação racial, étnica, a subordinação das mulheres, além de aspectos como as oportunidades de trabalho e o espaço existencial nas empresas.http://www.uniethos.org.br/_Uniethos/Documents/manual_diversidade.pdf 
TRABALHO DECENTE 
	A empresa possui políticas explícitas de não-discriminação (de raça, gênero, idade, religião e orientação sexual) na política salarial, na admissão, na promoção, no treinamento e na demissão de empregados, políticas de capacitação profissional que visam melhorar a qualificação de grupos usualmente discriminados como negros (pretos e pardos), mulheres ou pessoas com idade superior a 45 anos? Monitora seus quadros buscando eqüidade na participação de homens e mulheres em cargos gerenciais? Paga salários e oferece benefícios idênticos a homens e mulheres que exerçam a mesma função em qualquer nívelhierárquico? Paga salários e oferece benefícios idênticos a negros (pretos e pardos) e brancos que exerçam a mesma função em qualquer nível hierárquico? Mantém programa especial para a contratação de pessoas com deficiência20? Apóia projetos na comunidade que visem melhorar a oferta de profissionais qualificados provenientes de grupos usualmente discriminados no mercado de trabalho?
Política de Remuneração, Benefícios e Carreira
Em sua política de remuneração, benefícios e carreira, a empresa: 
	Qual é a política da empresa em relação à remuneração e carreira?
ESTÁGIO 1 - Busca superar os pisos salariais firmados com os sindicatos.
ESTÁGIO 2 - Trata os empregados como um recurso, estimulando-os por meio da remuneração e do investimento em seu desenvolvimento profissional, segundo política estruturada de carreira, e levando em conta as habilidades necessárias para seu desempenho atual.
ESTÁGIO 3 - Valoriza competências potenciais, estimulando os empregados por meio da remuneração e do investimento em seu desenvolvimento profissional e levando em conta sua capacidade futura de crescimento e desenvolvimento de novas habilidades.
ESTÁGIO 4 - Trata os empregados como sócios e, além de valorizar competências potenciais por meio da remuneração e do desenvolvimento profissional, estabelece mecanismos para que seus representantes participem da formulação de políticas de remuneração e benefícios, desenvolvimento profissional e mobilidade interna
A empresa oferece aos empregados:
 Auxílio para educação dos filhos?
 Financiamento para casa própria?
 Creche no local de trabalho ou por rede conveniada?
 Plano de saúde familiar?
 Os mesmos benefícios de seus empregados registrados aos colaboradores apenas comissionados?
	Qual é a política da empresa em relação à saúde?
Cuidados com Saúde, Segurança e Condições de Trabalho
Visando assegurar boas condições de trabalho, saúde e segurança, a empresa:
ESTÁGIO 1 - Vai além das obrigações legais e têm planos e metas para alcançar os padrões de excelência em saúde, segurança e condições de trabalho em seu setor.
ESTÁGIO 2 - Possui planos e metas para ultrapassar os padrões de excelência em saúde, segurança e condições de trabalho em seu setor.
ESTÁGIO 3 - Além de ter como meta ultrapassar os padrões de excelência em saúde, segurança e condições de trabalho em seu setor, desenvolve campanhas regulares de conscientização e pesquisa o nível de satisfação dos empregados em relação ao tema, evidenciando áreas críticas.
ESTÁGIO 4 - Além de desenvolver campanhas e realizar pesquisas, as metas e indicadores de desempenho relacionados a condições de trabalho, saúde e segurança são definidos com a participação dos empregados, incluídos no planejamento estratégico e divulgados amplamente.
A empresa: 
 oferece programa de prevenção e tratamento para dependência de drogas e de álcool?
 oferece programa específico para a saúde da mulher26?
 oferece programa específico para portadores de HIV?
 promove exercícios físicos no horário de trabalho?
 promove programa de combate ao estresse para os empregados, especialmente para os que desempenham funções mais estressantes (como atendentes de call center, caixas etc.)?
 desenvolve política de equilíbrio trabalho-família?
 possui política de compensação de horas extras para todos os empregados, inclusive gerentes e executivos?
	Qual é a política da empresa em relação ao desenvolvimento profissional?
Compromisso com o Desenvolvimento Profissional e a Empregabilidade
Para desenvolver seus recursos humanos, a empresa
ESTÁGIO 1 - Promove atividades de treinamento pontuais, focadas no desempenho de tarefas específicas.
ESTÁGIO 2 - Mantém atividades sistemáticas de desenvolvimento e capacitação, visando o aperfeiçoamento contínuo de todo o seu pessoal, considerando a aplicabilidade em sua função atual.
ESTÁGIO 3 - Além de promover capacitação contínua, oferece bolsas de estudo ou similares para a aquisição de conhecimentos com impacto positivo na empregabilidade de seus empregados, independentemente da aplicabilidade em sua função atual.
ESTÁGIO 4 - Em todos os níveis hierárquicos, promove capacitação contínua e oferece bolsas de estudo ou similares para a aquisição de conhecimentos, com impacto positivo na empregabilidade de seus empregados, independentemente da aplicabilidade em sua função atual.
A empresa: 
 Mantém programa de erradicação do analfabetismo (absoluto e/ou funcional), educação básica ou ensino supletivo entre seus empregados, com metas e recursos definidos28?
 Possui programa de mapeamento para identificação de competências potenciais a serem desenvolvidas?
 Contempla em suas políticas de desenvolvimento programas que promovam a coerência entre os valores e princípios éticos da organização com os valores e princípios individuais de seus empregados?
 Considerando seu papel social em relação aos estagiários, oferece a eles boas condições de trabalho, aprendizado e desenvolvimento profissional e pessoal em suas respectivas áreas de estudo e com o devido acompanhamento?
Comportamento Frente a Demissões
	Qual é a política da empresa em relação às demissões?
Diante da necessidade de redução de pessoal, a empresa: 
ESTÁGIO 1 - Procura evitar demissões, analisando e discutindo alternativas de contenção e redução de despesas com os empregados.
ESTÁGIO 2 - Além de discutir alternativas com os empregados, permite acesso às informações que balizaram as decisões tomadas.
ESTÁGIO 3 - Além de discutir alternativas internamente e criar incentivos para demissão voluntária, estabelece indicadores socioeconômicos (idade, estado civil, número de dependentes) para orientar a definição de prioridades.
ESTÁGIO 4 - Além de discutir alternativas, permitir acesso às informações e estabelecer critérios socioeconômicos para a definição de prioridades, oferece serviços de recolocação e/ou financia a recapacitação e manutenção de benefícios aos trabalhadores demitidos, em todos os níveis hierárquicos.
A empresa: 
 Teve reclamações trabalhistas relacionadas a demissões nos últimos três anos?
 Oferece programa de demissão voluntária incentivada?
 Acompanha e avalia periodicamente a rotatividade de empregados e tem política para minimização e melhoria desse indicador?
 Busca estabelecer diálogo estruturado com instâncias do governo local, especialistas, ONGs e sindicatos para conhecer, entender, prever e reduzir o impacto de um possível fechamento de unidades de negócios ou plantas, ou da eventual necessidade de corte de pessoal?
 Busca parcerias com organizações especializadas para desenvolver programas de capacitação e estímulo ao empreendedorismo29?
Preparação para Aposentadoria
	Qual é a política da empresa em relação à aposentadoria?
Visando preparar seus empregados para a aposentadoria, a empresa 
ESTÁGIO 1 - Oferece informações básicas quanto à obtenção da aposentadoria.
ESTÁGIO 2 - Orienta e oferece assessoramento regular quanto a modificações na legislação, alternativas e procedimentos administrativos necessários para a obtenção da aposentadoria.
ESTÁGIO 3 - Desenvolve atividades sistemáticas de orientação (coletiva e individual), aconselhamento e preparação para a aposentadoria, discutindo seus aspectos psicológicos e de planejamento financeiro. 
ESTÁGIO 4 - Além de possuir programa sistemático de preparação interna, oferece oportunidades de aproveitamento da capacidade de trabalho dos aposentados.
A empresa: 
 Oferece programa de previdência complementar a todos os seus empregados?
 Envolve familiares dos empregados no processo de preparação para a aposentadoria?
 Participa da elaboração de políticas públicas com foco em idosos?
 Participa ou apóia programas e campanhas públicas ou privadas de valorização dos idosos?
Com estas informações podemos observar os vários estágios que uma empresa pode implementar as práticas de Responsabilidade Social.
MÓDULO V
	Relação com os Consumidores e Clientes
Outra questão importante na gestão socialmenteresponsável é a política que a empresa tem em relação aos seus clientes. 
Como a empresa considera seus clientes, como alguém que ao comprar seus produtos não tem mais responsabilidade sobre seus produtos; seu uso, seu descarte, seus perigos, sua qualidade, sua garantia, considera que a partir da compra o problema é do cliente?
Como a empresa utiliza a comunicação com os clientes, a propaganda, o atendimento ao cliente, como uma forma de enganar, “enrolar”, violando o Código de Defesa do Consumidos. 
Todas estas questões são trabalhadas nas disciplinas de Marketing e Gestão Mercadológica que propõe uma postura responsável na relação aos clientes.
COMO DEVE SER A DIMENSÃO SOCIAL DO CONSUMO
• Política de Comunicação Comercial
• Excelência do Atendimento
• Conhecimento e Gerenciamento dos Danos Potenciais dos Produtos e Serviços
Utilizando os Indicadores Ethos de Responsabilidade Social, podemos conhecer algumas práticas que a empresa pode desenvolver em relação à Dimensão Social do Consumo, que é muito mais que simplesmente vender é assumir a responsabilidade daquilo que produz.
Política de Comunicação Comercial
A Política de Comunicação Comercial define qual é a postura da empresa em relação a toda a comunicação que a empresa apresenta ao seu cliente e ao mercado em geral.
Considerando a influência de sua política de comunicação comercial na criação de uma imagem de credibilidade e confiança, a empresa está em que estágio?
ESTÁGIO 1 - Focaliza suas estratégias de comunicação nos objetivos relacionados a volume de vendas e resultados financeiros de curto prazo. 
ESTÁGIO 2 - Tem uma política formal de comunicação alinhada com seus valores e princípios, abrangendo todo o seu material de comunicação, tanto interno quanto externo. 
ESTÁGIO 3 - Além de ter uma política de comunicação abrangente e alinhada com seus valores e princípios, procura estimular a comunicação dos clientes e consumidores com a empresa e esclarecer aspectos inovadores ou controversos de seus produtos e serviços, bem como alertar para eventuais efeitos prejudiciais e cuidados necessários ao seu uso.
ESTÁGIO 4 - Além de ter uma política de comunicação e esclarecer e alertar para cuidados necessários ao uso de seus produtos e serviços, desenvolve parceria com fornecedores, distribuidores, assistência técnica e representantes de consumidores, visando criar uma cultura de responsabilidade e transparência na comunicação com consumidores e clientes.
Verifique outras práticas que a empresa pode incrementar
 A empresa atualiza sempre que necessário o material de comunicação destinado aos consumidores/clientes (como rótulos, embalagens, bulas, manuais de operação, instruções de uso, termos de garantia e peças publicitárias, entre outros) para tornar mais transparente o relacionamento e mais seguro o uso de seus produtos?
 Chama a atenção do cliente/consumidor para alterações nas características de seus produtos ou serviços (composição, qualidade, prazos, peso, preço etc.)?
 Tem política formal contra propaganda que coloque crianças, adolescentes, negros, mulheres ou qualquer indivíduo em situação preconceituosa, constrangedora, desrespeitosa ou de risco?
 Realiza análise prévia de peças publicitárias para verificar a conformidade com seus valores éticos e com a legislação de defesa do consumidor?
 Não se utiliza da demonstração dos defeitos ou deficiências dos produtos ou serviços dos concorrentes para promover seus produtos ou serviços?
Excelência do Atendimento
Quanto a seu compromisso com a qualidade dos serviços de atendimento ao consumidor/cliente, a empresa:
	Com relação ao pós venda, como a empresa desenvolve sua política, ela assume a responsabilidade sobre seus produtos ou serviços vendidos? 
ESTÁGIO 1 - Possui um atendimento básico receptivo, amplamente divulgado, focado na informação e na solução de demandas individuais. 
ESTÁGIO 2 - Proporciona fácil acesso do consumidor/cliente ao serviço de seu interesse, registra e comunica internamente as manifestações dele, resolvendo rápida e individualmente as demandas e orientando-o sobre os procedimentos adotados.
ESTÁGIO 3 - Além de registrar as manifestações e resolver rapidamente as demandas, possui processos que incluem a procura das causas dos problemas e a utilização dessas informações para aprimorar a qualidade dos produtos e serviços.
ESTÁGIO 4 - Atua pró-ativamente no estabelecimento de canais de comunicação gratuitos e de fácil acesso para o consumidor/cliente e incorpora as manifestações e expectativas dele no desenvolvimento de produtos e serviços e na revisão do material de comunicação.
Verifique outras práticas que a empresa pode incrementar
 A empresa tem um ombudsman do consumidor ou função similar?
 A empresa oferece Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) ou outra forma de atendimento especializado para receber e encaminhar sugestões, opiniões e reclamações relativas a seus produtos e serviços?
 A empresa promove treinamento contínuo de seus profissionais de atendimento para uma relação ética e de respeito aos direitos do consumidor?
 A empresa treina e incentiva seu profissional de atendimento a reconhecer falhas e agir com rapidez e autonomia na resolução de problemas?
 A empresa adverte continuamente seu profissional de atendimento e áreas correlatas sobre a importância de procedimentos éticos na obtenção, manutenção e uso das informações de caráter privado resultantes da interação com seus consumidores, clientes ou usuários?
 O serviço de atendimento a consumidores/clientes é acompanhado por indicadores e tem representação nos processos de tomada de decisão da empresa?
 Ao vender produtos e serviços a empresa utiliza somente argumentos verdadeiros para o convencimento do consumidor ou cliente?
 A empresa tem política explícita de não-suborno para obtenção de decisão de compra de produtos ou contratação de serviços?
Conhecimento e Gerenciamento dos Danos Potenciais dos Produtos e Serviços
A Responsabilidade Social da empresa inclui conhecer e assumir a responsabilidade dos danos potenciais dos seus produtos ou serviços após a venda, para tanto a empresa deverá conhecer e estudar o que acontece com seus produtos ou serviços para, assim, gerenciar os potenciais danos. 
Quanto ao conhecimento e gerenciamento dos danos potenciais de seus produtos e serviços, em qual estágio a empresa se encontra?
ESTÁGIO 1 - Realiza esporadicamente estudos e pesquisas técnicas sobre danos potenciais de seus produtos e serviços para os consumidores/clientes. 
ESTÁGIO 2 - Realiza estudos e pesquisas técnicas sobre riscos potenciais e divulga tais informações para parceiros comerciais, adotando medidas preventivas ou corretivas com agilidade.
ESTÁGIO 3 - Disponibiliza informações detalhadas e treina o pessoal interno e os parceiros externos para adotarem medidas preventivas e corretivas com agilidade e eficiência, tendo um compromisso de transparência, inclusive com o consumidor, e integração de iniciativas em situações de crise.
ESTÁGIO 4 - Faz pesquisas e interage com fornecedores e distribuidores, consumidores, concorrentes e governo para um contínuo aperfeiçoamento dos produtos e serviços, substituindo componentes, tecnologias e procedimentos para minimizar riscos à saúde e à segurança, evitar danos morais e garantir a privacidade do consumidor/cliente.
Verifique outras práticas que a empresa pode incrementar
 A empresa mantém programa especial com foco em saúde e segurança do consumidor/cliente de seus produtos e serviços?
 Possui sistemas internos ágeis e capacita sua área de comunicação externa para responder com rapidez e transparência a situações de crise?
 Foi, nos últimos três anos, processada pelo não-cumprimento de regulamentos relacionados à saúde e à segurança do consumidor/cliente?
 Tem serviços/produtos proibidos em outros países e ainda comercializados no Brasil ou exportados?
 Possui uma política formal de proteção à privacidade e/ou um sistema de gestão das informações privadas do consumidor,

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