Buscar

TECIDO-NERVOSO RESUMO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

RESUMO DE AULA – PROF. JAIRO JOSÉ MATOZINHO CUBAS 
TECIDO NERVOSO 
 
 
 
O Sistema Nervoso consiste de todo o tecido nervoso presente no 
corpo. 
Anatomicamente, o Sistema Nervoso pode ser dividido em : 
 
1. Sistema Nervoso Central (SNC), formado pelo encéfalo e medula espinhal, 
estruturas que compõem o neuroeixo e estão situadas respectivamente no 
interior da cavidade craniana e do canal vertebral. 
 
2. Sistema Nervoso Periférico (SNP), formado pelos nervos cranianos e 
espinhais (cordões esbranquiçados que unem o SNC aos órgãos periféricos) e 
gânglios nervosos (acúmulos de corpos celulares de neurônios fora do SNC). 
 
O Tecido Nervoso consiste de 2 tipos celulares principais: os neurônios 
e as células da neuróglia (também conhecidas por células da glia). 
 
NEURÔNIOS (células nervosas) 
O neurônio é a unidade funcional e estrutural do sistema nervoso. 
O Sistema Nervoso humano apresenta mais de 100 bilhões de 
neurônios. 
As células nervosas são especializadas em receber, processar e enviar 
informações. Assim, o neurônio recebe os estímulos (alterações do meio em que 
se encontra), e sua resposta se expressa pelas modificações da diferença de 
potencial elétrico existente entre as superfícies externa e interna de suas 
membranas. Além disso, também têm a propriedade de conduzir o impulso elétrico 
(impulso nervoso) quando essa modificação do potencial propaga-se através de 
suas membranas. 
RESUMO DE AULA – PROF. JAIRO JOSÉ MATOZINHO CUBAS 
O neurônio tem um corpo celular do qual partem prolongamentos 
geralmente longos: o axônio e os dendritos (Fig. 1) 
 
 
CORPO CELULAR OU PERICÁRIO 
Contém o núcleo que é geralmente vesiculoso, porque seus 
cromossomos apresentam-se distendidos, com um ou mais nucléolos evidentes 
(Fig. 2). No citoplasma estão as organelas comumente encontradas em outras 
células. Destaca-se, neste, a riqueza em retículo endoplasmático rugoso formando 
agregados de cisternas paralelas. Entre estas cisternas encontram-se 
polirribossomos livres, em grande quantidade. Nos preparados histológicos 
observam-se grumos basófilos espalhados no citoplasma, denominados 
corpúsculos de Nissl, os quais correspondem a esses conjuntos de cisternas e 
ribossomos. O aparelho de Golgi dispõem-se em torno do núcleo. As 
mitocôndrias, em quantidade moderada, estão distribuídas por todo o pericário. 
Microtúbulos e microfilamentos de actina, semelhantes aos encontrados em outros 
tipos de células, também estão presentes, porém, os filamentos intermediários, 
têm características próprias nos neurônios e são denominados de 
neurofilamentos. Os lisossomos aparecem em quantidade razoável, participando 
dos processos de degradação que acabam gerando os grânulos de lipofuscina, os 
quais aumentam em número com a idade. 
O pericário é o centro trófico da célula. Nele ocorre a síntese das 
proteínas neuronais, e também os processos de degradação e renovação dos 
constituíntes celulares e membranas. Além disso, o pericário também tem função 
receptora e integradora de estímulos excitatórios e/ou inibitórios provenientes de 
outros neurônios. 
 
 
DENDRITOS 
São geralmente curtos e ramificam-se profusamente, como os galhos 
de uma árvore, diminuindo de diâmetro à medida que se distanciam do corpo 
RESUMO DE AULA – PROF. JAIRO JOSÉ MATOZINHO CUBAS 
celular. Apresentam, em geral, os mesmos constituíntes citoplasmáticos presentes 
no pericário, com exceção do aparelho de Golgi. 
Os dendritos são especializados em receber estímulos, aumentando 
consideravelmente a superfície receptora dos neurônios. Recebem e integram 
impulsos excitatórios e/ou inibitórios provenientes de numerosos terminais 
axônicos. 
 
 
AXÕNIO 
É geralmente único para cada neurônio. Tem origem em uma estrutura 
piramidal denominada cone de implantação, localizada no pericário ou em um 
dendrito primário. Tem a forma de um cilindro de comprimento e diâmetro 
variáveis, dependendo do tipo de neurônio. Os axônios têm um diâmetro 
constante em toda a sua extensão e não se ramificam com freqüência. Podem 
originar ramificações denominadas colaterais. O citoplasma do axônio, ou 
axoplasma, tem poucas organelas. São elas o retículo endoplasmático liso, 
poucas mitocõndrias, microtúbulos e neurofilamentos. O axônio se ramifica 
intensamente na sua porção final, e essa arborização terminal denomina-se 
telodendro. Essas ramificações apresentam dilatações ao longo de seu trajeto, e 
também em sua porção final, as quais representam os bulbos sinápticos. 
O segmento inicial do axônio, localizado entre o cone de implantação e 
o início da baínha de mielina, é o local onde é gerado um potencial de ação. Os 
axônios conduzem os impulsos nervosos. 
 
 
FLUXO AXOPLASMÁTICO (transporte axonal) 
O centro da atividade sintética do neurônio é o pericário, e portanto é 
necessário um transporte axonal para levar as proteínas sintetizadas para todas 
as partes do axônio. Organelas, como os túbulos do retículo endoplasmático, 
vesículas sinápticas e algumas mitocôndrias, também se servem desse transporte. 
O transporte axonal é um mecanismo bidirecional podendo ser descrito como: 
RESUMO DE AULA – PROF. JAIRO JOSÉ MATOZINHO CUBAS 
1. transporte anterógrado: o qual carrega material do pericário até a periferia. 
2. Transporte retrógrado: o qual carrega material do terminal axônico para o 
pericário. 
 
 
TIPOS DE NEURÔNIOS 
Os neurônios podem ser classificados de acordo com a sua morfologia 
(Fig. 3) em: 
1. neurônios multipolares: possuem vários dendritos e um axônio. 
Compreendem a maioria dos neurônios no Sistema Nervoso. Os 
neurônios piramidais do córtex cerebral, a célula de Purkinje do córtex 
cerebelar, os neurônios motores do corno anterior da medula espinal, 
são todos exemplos de neurônios multipolares. 
2. neurônios bipolares: apresentam um dendrito e um axônio. São 
encontrados nos gânglios coclear e vestibular, na retina e na mucosa 
olfatória. 
3. neurônios pseudo-unipolares: do corpo celular deste neurônio parte um 
prolongamento curto, o qual logo se divide em dois ramos, um periférico 
e outro central. O ramo periférico dirige-se para a periferia terminando 
em receptores da sensibilidade e, o ramo central dirige-se ao SNC, onde 
estabelece contatos com outros neurônios. Os corpos celulares dos 
neurônios pseudo-unipolares estão localizados nos gânglios sensoriais. 
 
 
SINAPSES 
São junções entre neurônios especializadas na transmissão do impulso 
nervoso. Os contatos de neurônios com outros tipos de células, geralmente 
células efetoras, tais como as células musculares e as células secretoras (em 
glândulas), são também considerados sinapses. A maioria das sinapses ocorre 
entre axônios e dendritos (axodendríticas), podendo ainda ser encontradas em 
grande quantidade sinapses entre axônios e corpo celular (axossomática). Há 
RESUMO DE AULA – PROF. JAIRO JOSÉ MATOZINHO CUBAS 
também sinapses entre axônios e axônios (axoaxônica), e entre dendritos e 
dendritos (dendrodendríticas) (Fig. 4). 
 
As sinapses químicas representam a maioria das sinapses 
onde o impulso nervoso é transmitido através da liberação de mediadores 
químicos (ou neurotransmissores). As sinapses químicas são polarizadas e nela 
podem ser reconhecidas: 
1. membranas pré e pós-sináptica espessadas, devido a um acúmulo de material 
protéico elétrondenso que se fixa nas superfícies internas dessas membranas: 
a) membrana pré-sináptica: é a membrana do bulbo sináptico; 
b) membrana pós-sináptica: pode ser a membrana de um dendrito, pericário, 
axônio ou de uma célula efetora; 
2. fenda sináptica: espaço de 20 a 30 nm existente entre as duas membranasem 
contato, por onde o neurotransmissor deve cruzar; 
3. bulbos sinápticos: dilatações presentes em grande quantidade na porção final 
do axônio. Apresenta no seu interior numerosas vesículas sinápticas as quais 
contêm os neurotransmissores. O bulbo sináptico contém também 
mitocôndrias em quantidade razoável. 
 
TRANSMISSÃO SINÁPTICA 
Quando o impulso nervoso atinge o bulbo sináptico, provoca alteração 
no potencial de membrana e conseqüente abertura dos canais de cálcio, 
determinando a entrada deste íon. Este influxo de cálcio causa a migração das 
vesículas sinápticas, as quais se fundem com a membrana pré-sináptica e, em 
seguida, liberam o neurotransmissor na fenda sináptica, por exocitose. Esse 
neurotransmissor liberado liga-se especificamente a moléculas receptoras, 
presentes na membrana pós-sináptica. A união do neurotransmissor com o 
receptor pode causar excitação (sinapse excitatória) ou inibição (sinapse inibitória) 
na membrana pós-sináptica. 
 
 
RESUMO DE AULA – PROF. JAIRO JOSÉ MATOZINHO CUBAS 
NEUROTRANSMISSORES 
Os neurotransmissores são mediadores químicos que ativam os 
receptores de outros neurônios ou de células efetoras. Os neurotransmissores 
mais conhecidos são: a acetilcolina (ACh), presente nas junções 
neuromusculares; certos aminoácidos como o glutamato (GLU), presente em 
sinapses excitatórias e o ácido gama-amino-butírico (GABA), presente em 
sinapses inibitórias; as monoaminas, como a dopamina, noradrenalina, adrenalina 
e histamina; vários peptídeos, como por exemplo a Substância P, presente em 
neurônios sensoriais. Sabe-se que o glutamato liberado em excesso pode matar 
populações de neurônios devido ao acúmulo de grande quantidade de cálcio 
dentro da célula. Isto ocorre, por exemplo, na epilepsia. 
 
 
NEURÓGLIA (células da glia) 
Os neurônios relacionam-se com células que estão presentes tanto no 
sistema nervoso central, como no sistema nervoso periférico denominadas células 
da glia ou neuróglia. Embora se apresentem em maior quantidade do que os 
neurônios, com proporção aproximada de 9 células da glia para cada neurônio, a 
neuróglia ocupa aproximadamente a metade do volume do tecido, devido ao 
menor tamanho de suas células. Trata-se de vários tipos celulares distinguindo-se 
os seguintes: astrócitos, oligodendrócitos, micróglia (Fig. 6) e células 
ependimárias, células de Schwann. 
 
ASTRÓCITOS: São as maiores e mais abundantes células da neuróglia. 
Apresentam inúmeros prolongamentos e pouco citoplasma, o qual circunda um 
núcleo esférico e central. Estas características morfológicas conferem a estas 
células a forma semelhante a uma estrela. Muitos dos seus prolongamentos são 
enviados para os capilares sangüineos envolvendo-os completamente. Nesses 
locais os prolongamentos originam dilatações chamadas pés-vasculares, que 
formam com estes capilares junções oclusivas, as quais constituem a barreira 
hemato-encefálica. Outros prolongamentos dirigem-se para os corpos celulares 
RESUMO DE AULA – PROF. JAIRO JOSÉ MATOZINHO CUBAS 
dos neurônios, dendritos e axônios e também para as sinapses, sugerindo que aí 
possam desempenhar um papel de isolante elétrico. Enviam também 
prolongamentos que se comunicam com outros astrócitos, através de junções 
comunicantes, formando uma rede de astrócitos. E ainda, outros prolongamentos 
que se dirigem para a superfície dos órgãos do sistema nervoso central, os quais 
separam os neurônios e suas fibras nervosas do tecido conjuntivo da pia-máter. 
 
 
 
OLIGODENDRÓCITOS: estão presentes tanto na substância branca como na 
substância cinzenta do SNC. São menores que os astrócitos, apresentando 
poucos prolongamentos. Constituem um dos tipos de células satélites dos 
neurônios, quando estão próximos ao seu corpo celular, na substância cinzenta . 
Na substância branca, os oligodendrócitos emitem prolongamentos que envolvem 
os axônios, formando a baínha de mielina. Desta forma dispõem-se enfileirados 
entre os feixes de fibras mielínicas. 
 
MICRÓGLIA: são pouco numerosas e podem estar presentes tanto na substância 
cinzenta, como na substância branca do SNC. Apresentam o corpo celular 
pequeno e alongado com o núcleo denso e também alongado. Possuem poucos 
prolongamentos, os quais partem das suas extremidades, sendo curtos e cobertos 
por saliências finas. 
As células da micróglia se originam dos monócitos e representam um 
tipo de macrófago presente no sistema nervoso central. Podem aumentar em 
número em caso de lesões, participando de funções fagocitárias, como a remoção 
de células mortas e microorganismos invasores. 
 
 
RESUMO DE AULA – PROF. JAIRO JOSÉ MATOZINHO CUBAS 
CÉLULAS EPENDIMÁRIAS: são células cuboidais ou prismáticas que derivam do 
revestimento interno do tubo neural primitivo e se mantém em arranjo epitelial. 
Revestem as cavidades do encéfalo e da medula espinal estando em contato com 
o líquido cefalorraquidiano. 
 
 
FIBRAS NERVOSAS 
Cada fibra nervosa está constituída por um axônio e seus envoltórios, 
quando estão presentes. No SNC as fibras nervosas se agrupam formando os 
feixes ou tratos e, no SNP, formam os nervos. Os envoltórios ou baínhas 
envoltórias são produzidos por células da glia, sendo o oligodendrócito no SNC e 
a célula de Schwann no SNP. A célula envoltória pode formar uma única dobra 
em torno do axônio, constituindo as fibras nervosas amielínicas. Nas fibras 
nervosas mielínicas, a célula envoltória se enrola em espiral em torno do axônio, 
formando muitas dobras concêntricas, constituindo a chamada baínha de mielina. 
A baínha de mielina é o principal envoltório das fibras nervosas e funciona como 
um isolante elétrico. A condução do impulso nervoso é mais rápida em axônios 
mais calibrosos e com baínha de mielina mais espessa. A baínha de mielina não é 
contínua interrompendo-se em intervalos regulares. Esses locais de interrupção 
chamam-se nódulos de Ranvier, e o segmento presente entre dois nódulos 
chama-se internódulo. Cada internódulo é formado por um cilindro de mielina que 
envolve o axônio localizado centralmente 
 
 
NERVOS 
Formados por vários de feixes de fibras nervosas e são envoltos por 
baínhas de tecido conjuntivo (Fig. 8). O envoltório mais externo, denominado 
epineuro, reveste o nervo e está também presente entre os feixes de fibras 
nervosas. Cada feixe de fibras nervosas está envolto pelo perineuro, formado por 
várias camadas de células achatadas, enquanto que as fibras nervosas, 
localizadas dentro do compartimento isolado pelo perineuro, estão envoltas pelo 
RESUMO DE AULA – PROF. JAIRO JOSÉ MATOZINHO CUBAS 
endoneuro, tecido conjuntivo constituído principalmente por fibras reticulares. Nos 
nervos, as fibras podem ser sensoriais (fibras aferentes), quando trazem 
informações da periferia para o SNC, ou motoras (fibras eferentes), quando 
levam informações do SNC para os órgãos efetores. 
 
 
GÂNGLIOS NERVOSOS 
São acúmulos de neurônios localizados fora do SNC. Geralmente são 
esféricos e envoltos por cápsulas de tecido conjuntivo. Além dos gânglios 
intramurais, formados por pequenos acúmulos de neurônios situados nas 
paredes de alguns órgãos, são reconhecidos outros dois tipos de gânglios. Os 
gânglios do sistema nervoso autônomo, associados aos nervos simpáticos e 
parassimpáticos, e os gânglios cerebrospinais, associados às raízes posteriores 
dos nervos espinhais e também a alguns nervos cranianos. Os gânglios 
cerebrospinais apresentam neurônios pseudo-unipolares, os quais transmitem ao 
SNC as informações oriundas de receptores sensoriais relacionados com dor, tato, 
pressão e temperatura. Estes receptores captam estímulos do meio ambiente 
externo e também do interiordo organismo. 
 
 
SUBSTÂNCIA BRANCA E SUBSTÂNCIA CINZENTA DO SISTEMA NERVOSO 
CENTRAL 
No SNC, in vivo, distinguem-se, macroscopicamente, regiões de 
coloração branca daquelas de coloração acinzentada, denominando-se 
respectivamente substância branca e substância cinzenta. A primeira é rica em 
fibras nervosas mielínicas que formam os feixes nervosos e os tratos. Contém 
também células da glia como os astrócitos fibrosos, oligodendrócitos e células da 
microglia. Na substância cinzenta, estão concentrados os corpos celulares dos 
neurônios, fibras amielínicas, além de células da glia como os oligodendrócitos, 
astrócitos protoplasmáticos e células da microglia. 
 
RESUMO DE AULA – PROF. JAIRO JOSÉ MATOZINHO CUBAS 
MEDULA ESPINAL 
Apresenta a substância branca localizada externamente e a substância 
cinzenta do lado interno (Fig. 9) . A substância cinzenta tem a forma da letra H, 
quando se observa cortes transversais da medula espinal. No centro da barra 
horizontal do H medular, observa-se um orifício que representa o corte transversal 
do canal central da medula espinal. As dilatações verticais do H medular, são os 
cornos anteriores e posteriores, representando respectivamente o corte 
transversal das colunas anteriores e posteriores. 
 
MENINGES 
São membranas conjuntivas que envolvem o SNC. Estão 
representadas pela dura-máter, aracnóide e pia-máter (Fig. 11). 
 
Dura-máter: é a meninge mais superficial sendo constituída por tecido conjuntivo 
denso. Envolve a medula espinal e se continua cranialmente com a dura-máter 
que reveste o encéfalo. No encéfalo ocorre uma divisão da dura-máter formando 
dois folhetos, interno e externo. O folheto interno é contínuo com a dura-máter que 
reveste a medula espinal, enquanto que o folheto externo continua-se com o 
periósteo que reveste os ossos do crânio. Nas regiões em que o folheto interno se 
separa do externo, formam-se pregas que delimitam cavidades denominadas 
seios da dura-máter. Algumas dessas cavidades são revestidas por endotélio e 
contêm sangue venoso. As superfícies da dura-máter são revestidas por epitélio 
pavimentoso simples. 
 
Aracnóide: membrana delicada de tecido conjuntivo, a qual apresenta uma 
porção laminar e uma porção trabecular. A porção laminar está em contato com a 
dura-máter separando-se desta por um espaço virtual, o espaço subdural. A 
porção trabecular liga-se à pia-máter através de trabéculas conjuntivas que 
atravessam o espaço existente entre a aracnóide e a pia-máter, o espaço 
subaracnoídeo. Este espaço contém o líquido cefalorraquidiano, ou líquor. A 
aracnóide é revestida por epitélio pavimentoso simples. Em alguns locais, a 
RESUMO DE AULA – PROF. JAIRO JOSÉ MATOZINHO CUBAS 
aracnóide forma pequenas expansões que atravessam a dura-máter e penetram 
nos seios venosos, constituindo as granulações aracnoídeas. A função dessas 
granulações é transferir o líquido cefalorraquidiano para o sangue. 
 
Pia-máter: sendo a meninge mais interna, é a que está aderida à superfície do 
encéfalo e, portanto, acompanha os relevos e depressões dessa superfície. Segue 
também, até certo ponto, os vasos sangüíneos que penetram no tecido nervoso. 
Entretanto, a pia-máter não está em contato direto com os neurônios. 
Prolongamentos dos astrócitos interpõem-se entre esta meninge e as células 
nervosas. A pia-máter também é revestida por células achatadas. 
PLEXOS CORÓIDES 
Estão localizados no interior dos ventrículos cerebrais e tem a função 
de secretar o líquido cefalorraquidiano, produzido por células ependimárias 
modificadas. Estas células revestem tufos de tecido conjuntivo muito 
vascularizado da pia-máter, que se projetam para o interior desses ventrículos, 
constituindo o plexo coróide. O líquido cefalorraquidiano, produzido continuamente 
nesses plexos, circula pelo espaço subaracnoídeo antes de ser absorvido pelas 
granulações aracnoídeas e cair nos seios venosos da dura-máter. 
 
 
 
	TECIDO NERVOSO
	CORPO CELULAR OU PERICÁRIO
	DENDRITOS
	AXÕNIO
	FLUXO AXOPLASMÁTICO (transporte axonal)
	TIPOS DE NEURÔNIOS
	SINAPSES
	TRANSMISSÃO SINÁPTICA
	NEUROTRANSMISSORES
	FIBRAS NERVOSAS
	NERVOS
	GÂNGLIOS NERVOSOS
	MEDULA ESPINAL

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Materiais recentes

Perguntas Recentes