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Nathália Lio D’avila Gengiva A gengiva normal recobre osso alveolar e a raiz do dente em um nível coronal à junção amelocementária. É dividida em marginal, inserida e área interdental São especificamente estruturados para funcionar contra danos mecânicos e microbianos. Gengiva marginal É a porção terminal ou borda da gengiva que circunda o dente. Em 50% dos casos ela é demarcada da gengiva inserida adjacente por uma depressão linear rasa, o sulco gengival livre. Pode ser destacada da superfície dentária por uma sonda periodontal, ❖ Sulco Gengival Espaço ao redor do dente cercado pela superfície dental de uma lado e pelo recobrimento epitelial da margem gengival livre pelo outro lado. Possui formato de V e mal permite a entrada de uma sonda periodontal. A determinação clínica da profundidade do sulco gengival é um importante parâmetro diagnóstico Em sua condição normal, sua profundidade é zero ou próxima a zero mm.. Gengiva Inserida É contínua com a gengiva marginal. Firme, resiliente e firmemente ligada ao periósteo do osso alveolar subjacente. A porção vestibular da gengiva inserida se estende à mucosa alveolar móvel e relativamente frouxa e é demarcada pela junção mucogengival.. A espessura da gengiva inserida aumenta com a idade e em dente supra-erupcionados. Na porção lingual da mandíbula, a gengiva inserida termina na junção da mucosa alveolar lingual.A gengiva palatina da gengiva inserida na maxila se mistura com a igualmente firme e resiliente mucosa palatina. Gengiva interdental Ocupa o contorno gengival, que é o espaço interproximal sob a área de contato interdental. Pode ter formato piramidal (papila localizada imediatamente sob o ponto de contato) ou em “col”(depressão em forma de vale que conecta papila lingual e vestibular e possui o formato do contato interproximal). A forma depende do ponto de contato entre os dois dentes adjacentes e da presença ou ausência de recessão em algum grau. Se há um diastema, a gengiva se torna firmemente aderida sobre osso interdental e forma uma superfície lisa e arredondada sem papila interdental. Nathália Lio D’avila Epitélio Gengival O principal tipo celular do epitélio gengival é o ceratinócito.. Outras células são as células claras ou não-queratinócitos, que incluem as células de Langerhans, células de Merkel e melanócitos. A principal função do epitélio gengival é proteger as estruturas profundas, ao mesmo tempo permitindo um intercâmbio seletivo com o ambiente oral. Epitélio Oral (externo) -> cobre a crista e a superfície da gengiva marginal e a superfície da gengiva inserida. O grau de ceratinização gengival diminui com a idade e o início da menopausa. Epitélio Sulcular -> recobre o sulco gengival. Fluído Gengival No sulco saudável, a quantidade de fluído é muito pequena. Durante a inflamação, no entanto, o fluxo de fluido gengival aumnta e sua composição começa a lembrar aquela do exsudato inflamatório. Fibras gengivais Consistem em colágeno tipo I e possuem as seguintes funções: 1. conectar a gengiva marginal firmemente ao redor do dente 2. Prover a rigidez necessária para resistir às forças mastigatórias sem sofrer deflexão da superfície do dente. 3. Unir a gengiva marginal livre com o cemento da raiz e a gengiva inserida adjacente. Cor normal: “rosa-coral” Mucosa alveolar:vermelha, lisa e brilhante, em vez de rosa e pontilhada. Textura de superfície Similar a uma casca de laranja e é referida como pontilhada. O pontilhado varia com a idade. Está ausente na infância e aparece em algumas crianças aproximadamente aos 5 anos de idade, aumenta até a idade adulta e frequentemente começa a desaparecer em idosos. Estruturas de suporte do dente Ligamento periodontal ❖ Fibras Periodontais Fibras de Sharpey - porções terminais das fibras principais que se inserem no cemento e no osso. Grupo transeptal - estendem-se interproximalmente sobre a crista alveolar e estão inseridas no cemento de dentes adjacente. Não possuem inserção óssea. Grupo da crista alveolar - estendem-se obliquamente, desde o cemento, imediatamente abaixo do epitélio juncional, até a crista alveolar. Previnem a extrusão do dente e oferecem resistência aos movimentos laterais do elemento dental. Incisão dessas fibras não resultam em mobilidade do dente. Grupo horizontal - estendem-se formando ângulo reto com o longo eixo do dente e vão desde o cemento até o osso alveolar. Grupo oblíquo - maior grupo do ligamento periodontal e estendem-se obliquamente em direção coronal desde o cemento até o osso. Esse grupo suporta impacto vertical das forças da mastigação, transformando-o em tensão para o osso alveolar. Grupo apical - irradiam-se do cemento ao osso alveolar no fundo do alvéolo. Não ocorrem em raízes em formação. Fibras inter-radiculares - estendem-se em forma de leque do cemento ao dente, em áreas de furca de dente multirradiculares, Elementos celulares As células do tecido conjuntivo incluem fibroblastos (mais encontrada), cementoblastos e osteoblastos. Nathália Lio D’avila Funções do Ligamento periodontal ➢ Função física 1. Proporcionar um “invólucro” de tecidos moles para proteger os vasos e nervos de lesões por forças mecânicas. 2. transmitir forças oclusais ao osso 3. fixar o dente ao osso. 4. manter os tecidos gengivais em suas relações adequadas aos dentes. 5. resistir ao impacto das forças oclusais (absorção de choques). ➢ Função Formadora e Remodeladora Células do ligamento periodontal participam na formação e reabsorção de cemento e osso, que ocorrem na movimentação fisiológica do dente; na acomodação do periodonto às forças oclusais; e no reparo de lesões. ➢ Funções Nutritivas e Sensoriais Fornece nutrientes para o cemento, osso e gengiva através dos vasos sanguíneos, e é responsável pela drenagem linfática. É abundantemente suprido com fibras nervosas sensoriais, capazes de transmitir sensações tátil, de pressão e de dor através dos ramos do trigêmeo. Feixes nervosos penetram no ligamento periodontal vindos da região apical e, atravessam canais do osso alveolar que seguem o curso dos vasos sanguíneos. Cemento É um tecido mesenquimal calcificado e avascular que forma a camada mais externa da raiz anatômica. Há dois tipos principais de cemento radicular: acelular (primário) e celular (secundário). Ambos consistem em uma matriz interfibrilar calcificada e fibrilas colágenas. o cemento acelular é o primeiro a ser formado e recobre o terço cervical, ou aproximadamente metade da raiz; ele não contém células. É formado antes que o dente alcance o plano oclusal O cemento celular, formado após a raiz alcançar o plano oclusal, é mais irregular e contém células em espaços individuais que se comunicam entre si através de uma sistema de canalículos que fazem anastomose. O cemento celular é menos calcificado que o acelular. Permeabilidade do cemento Tanto cemento celular quanto o cemento acelular são bastante permeáveis e permitem a difusão de corantes tanto da polpa quanto da superfície externa da raiz. Com a idade, a permeabilidade do cemento diminui. Junção Amelocementária O cemento na junção amelocementária (JAC) é imediatamente subjacente a ela é de particular importância clínica em procedimentos de raspagem radicular. 3 tipos de relações envolvendo o cemento podem ocorrer na JAC. 1. Cemento sobrepõe ao esmalte (60 a 65 % dos casos) 2. 30% união topo a topo 3. 5 a 10% não há união entre o cemento e o esmalte (uma retração gengival poderá ser acompanhada de sensibilidade acentuada,já que há exposição da dentina. Junção Amelodentinária A área terminal do ápice radicular onde ocorre o encontro do cemento com a dentina da parte interna do canal é conhecida como junção amelodentinária (JAD). Reabsorção e reparo do cemento A reabsorção do cemento podem ocorrer devido a causas locais ou sistêmicas, podendo também ocorrer sem etiologia aparente. Dentre as causas LOCAIS estão: trauma de oclusão; movimentação ortodôntica; pressão de dentes em erupção mal alinhados; cistos e tumores; dentes sem antagonistas funcionais; dentes inclusos; dentes transplantados e reimplantados; doença periapical; e doença periodontal. Dentre as condições SISTÊMICAS: deficiência de cálcio, hipotireoidismo, osteodistrofia fibrosa hereditária e doença de Paget. Nathália Lio D’avila Exposição do cemento ao Ambiente Oral Cemento torna-se exposto ao ambiente oral nos casos de retração gengival e como consequência de perda de inserção na formação de bolsa periodontal. O cemento é suficientemente permeável para, nesses casos, ser penetrado por substâncias orgânicas, íons inorgânicos e bactérias. A invasão bacteriana do cemento ocorre frequentemente na doença periodontal. Cáries de cemento também podem se desenvolver. Classificação das Doenças e Condições Periodontais e Peri‑implantares 2018 Para as condições periodontais, há três grandes grupos : 1. Saúde Periodontal, Condições e Doenças Gengivais, subdividido em: 1.1 – Saúde Periodontal e Saúde Gengival 1.2 – Gengivite Induzida pelo Biofilme 1.3 – Doenças Gengivais Não Induzidas pelo Biofilme 2. Periodontite, subdividido em: 2.1 – Doenças Periodontais Necrosantes 2.2 – Periodontite 2.3 – Periodontite como Manifestação de Doenças Sistêmicas 3. Outras Condições que Afetam o Periodonto, subdividido em: 3.1 – Manifestações Periodontais de Doenças ou Condições Sistêmicas (Doenças ou Condições Sistêmicas que Afetam os Tecidos Periodontais de Suporte) 3.2 – Abscessos Periodontais e Lesões Endoperiodontais 3.3 – Condições e Deformidades Mucogengivais 3.4 – Forças Oclusais Traumáticas 3.5 – Fatores Relacionados ao Dente e às Próteses Para as condições peri-implantares, estas foram divididas em: 1. Saúde Peri-Implantar 2. Mucosite Peri-Implantar 3. Peri-Implantite 4. Deficiências nos Tecidos Peri-Implantares Moles e Duros CONDIÇÕES E DOENÇAS PERIODONTAIS Saúde periodontal, Condições e Doenças Gengivais Periodontite Outras condições que Afetam o Periodonto CONDIÇÕES E DOENÇAS PERI-IMPLANTARES Saúde Peri- Implantar Mucosite Peri-Implantar Deficiência nos Tecidos Peri- Implantares Moles e Duros Saúde periodontal, Condições e Doenças Gengivais Saúde periodontal e Saúde Gengival Gengivite Induzida pelo Biofilme Doenças Gengivais Não Induzidas pelo Biofilme Periodontite Doenças Periodontais Necrosantes Periodontite Periodontite como Manifestação de Doenças Sistêmicas Nathália Lio D’avila Outras Condições que Afetam o Periodonto Manifesta ções Periodont ais de Doenças e Condiçõe s Sistêmica s Abscess os Periodo ntais e Lesões Endope riodont ais Condiç ões e Defor midad es Mucog engivai s Forças Oclusai s Traumá ticas Fatores Relacion ados ao Dente e às Próteses CONDIÇÕES E DOENÇAS PERI-IMPLANTARES Saúde Peri-Implant ar Mucosit e Peri-Imp lantar Peri-Imp lantite Deficiências nos Tecidos Peri-Implant ares Moles e Duros
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