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Questionário-5º-Semestre-A-e-B-Alunos-Maio-2015-Art.-208-a-342

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PERGUNTAS E RESPOSTAS
É possível afirmar que um ateu possa figurar como sujeito passivo do delito previsto no art. 208 do CP (“Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso”)?​
Não se configura o art. 208, porque falta o “sentimento religioso”, falta a fé em algo superior. No entanto pode se configurar injúria.
2. No crime de estupro de vulnerável, exige-se o constrangimento imposto à vítima para caracterização do delito? Explique.
Não é necessário o constrangimento, puni-se o comportamento, conjunção carnal ou ato libidinoso. Por tanto, o agente sabe da idade da vítima ou de sua capacidade reduzida.
3. Está correto responsabilizar o agente por crime de corrupção (art. 218, CP) quando o próprio agente igualmente participa do ato sexual (“Induzir alguém menor de 14 anos a satisfazer a lascívia de outrem”)?
Não, caso o agente que induz a vítima participar do ato sexual, ele respondera por estupro de vulnerável.
4. A consumação no crime de corrupção do art. 218 exige resultado naturalístico?
Não exige resultado naturalístico, devido ao fato da redação do art. abranger o verbo “induzir”. Assim, o fato do agente instigar a vítima já configura corrupção de menores.
5. No crime de satisfação da lascívia mediante presença de criança ou adolescente, em que momento ocorre a consumação do crime?
Quando o menor presencia o ato sexual.
6. No crime de favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual, é necessária a reiteração da conduta para consumação do crime?
Não é necessária a reiteração da conduta, porque o crime se configura pela ao induzir a a prostituição (antes do ingresso) e por dificultar a saída da prostituição.
7. Em que momento se dá a consumação do crime de manutenção de casa de prostituição (art. 229, CP)?
Consuma-se com a estabilidade do comportamento, visto que é um crime habitual.
8. Admite-se a forma tentada no crime de rufianismo?
Cabe tentativa, mas sua comprovação é muito difícil, devido ao fato de ter ligado a um estilo de vida.
9. Em se tratando do crime de tráfico internacional de pessoas, o consentimento da vítima afasta a ilicitude da conduta?
O consentimento é irrelevante , porque o Brasil assinou um pacto nas Nações unidas contra o tráfico internacional que dispõem expressamente desta forma.
10. No crime de tráfico interno de pessoas, é certo afirmar que a consumação ocorre com a prostituição ou quando submetida a oura forma de exploração? 
Errado, consuma-se com a facilitação ou promoção de entrada e saída em território nacional de pessoa que venha exercer a prostituição.
11. No crime de epidemia (causar epidemia, mediante a propagação de germes patogênicos), qual o dolo que move o agente em sua conduta?
O dolo esta espalhar o patógeno e não em matar.
12. No crime do art. 272, o agente age com que tipo de dolo?
O agente age com o dolo de alterar, falsificar, adulterar produto alimentar sem uma finalidade específica.
13. O crime do artigo 208 do CP admite tentativa?
Na modalidade do escárnio, cabe tentativa na forma escrita. Na modalidade de perturbação ou impedimento de culto, cabe tentativa só na forma de impedir. E na modalidade de vilipendiar objeto, Cabe tentativa, desde que não seja na forma verbal.
14. Afirmar “católicos beatos”, “macumbeiros fajutos”, “bando de crentes”, “espíritas imundos” configura algum delito dentre os cometidos contra o sentimento religioso?
Se for feito publicamente com a presença de mais de 3 pessoas se configura o crime do art 208. Caso a ofensa seja feito em poucas pessoas, configura-se injúria.
15. O art. 209 traz como conduta “impedir” ou “perturbar”. Assim, se durante o sepultamento um dos presentes é acometido por uma crise de espirro desencadeada por uma alergia ao cheio das flores, pode-se dizer que o delito está caracterizado na modalidade “perturbar”?
Se o agente se valer de sua crise para comprometer o andamento da cerimônia, o delito esta configurando, caso contrário não.
16. No crime de estupro, a conduta punível é a de praticar ou permitir que se pratique? Explique.
A conduta punível no crime de estupro é a de constranger, “praticar ou permitir que se pratique” são elementos que cumprem que compõem o crime. Assim, tais elementos só importam ao direito penal acompanhados de grave ameaça ou violência.
17. O crime de estupro traz como meio executório a violência ou grave ameaça. Nesse contexto, é certo afirmar ser dispensável o contato físico entre autor e vítima?
Sim, não é necessário que haja contato entre ofensor e ofendido, mas é necessário que haja resistência da vitima para configurar o delito. Por exemplo, o homem constrange a mulher a ter relações sexuais na sua presença.
18. Na hipótese em que o agente vale-se da fraude para manter conjunção carnal com a vítima, por qual delito será responsabilizado?
O agente responde por “posse sexual mediante fraude” art. 215 do CP.
19. O crime de estupro está classificado dentre os delitos de mera conduta, já que não há necessidade da ocorrência de resultado. Assim, é certo dizer que este delito admite a tentativa?
É cabível a tentativa, visto que a conduta pode se dividir em duas partes.
20. Se no mesmo contexto o agente pratica vários atos sexuais contra a mesma vítima, por quantos crimes deve responder? Há algum concurso na espécie?
Configura-se apena um crime, o estupro, não cabendo concurso de pessoa. No entanto, na hora da dosimetria da pena, a pluralidade de condutas e violência influenciará a pena.
21. Além do aspecto relativo à questão da subordinação hierárquica a diferenciar o art. 213 do 216-A, qual outro ponto distingue um delito do outro?
O assédio sexual não é necessário ocorrer a conjunção carnal ou ato libidinoso, uma simples proposta pode configurar assédio. Enquanto no estupro é necessária a conjunção carnal.
22. O crime do art. 273 admite a forma tentada?
Cabe tentativa, mas sua constatação é difícil pelo fato de que a tentativa constitui delito autônomo.
23. Em que momento o crime do art. 286 se consuma?
Consuma-se com a incitação de praticar um crime para um grupo de pessoas.
24. No crime de formação de quadrilha em que há necessariamente número mínimo de agentes para configuração do delito, se porventura um deles for absolvido e os demais não, como fica a tipificação do crime?
Com a absolvição de um dos componentes, não subexiste mais o crime, observados o número de componentes da quadrilha.
25. Incorre em algum tipo penal o agente que insere informação inexistente em um certificado de conclusão de curso, com o propósito de dizer aos amigos e consequentemente se gabar, que possui formação acadêmica distinta?
Não, uma vez que não a dolo para obter alguma vantagem, e seu intuito é “brincar” com os amigos, não há crime tipificado.
26. Se o agente falsifica ou altera nota fiscal, por qual delito responde? 
27. Se o agente falsifica um documento (p. exemplo um recibo de hospedagem para tentar justificar que no momento do crime está em outra cidade), responde por qual crime?
28. No crime de falsidade ideológica, há elemento subjetivo do tipo?
Sim, o elemento subjetivo é o dolo, não havendo crime na forma culposa.
29. Por qual crime responde o agente que falsificou carteira de habilitação em proveito próprio, usando-a na sequência ao ser abordado em uma operação de trânsito?
O agente responde por Falsificação de doc.p úblico. Segundo a jurisprudência majoritária, o agente que utilizar o documento só responderá pela falsificação.
30. Aponte, de forma clara, no que constitui a distinção entre o peculato-apropriação e e o peculato-furto.
No peculato-apropriação o agente (funcionário público) tem a posse do bem em função do cargo. Enquanto o no peculato furto, o agente tem facilidade por conta do cargo, mas não tem a posse do bem.31. Por qual delito responde o agente que se apropria de objeto pertencente a Administração, se não estiver em sua posse?
Responde pelo 312, parágrafo 1º, peculato Furto, visto que tem facilidade pelo cargo, mas não tem a posse.
32. É correto afirmar que o crime de peculato-desvio é crime impróprio?
Não, porque o peculato desviado tem como sujeito ativo somente o funcionário público e o particular por exceção.
33. Qual é o dolo do agente no crime de peculato?
No peculato-apropriação o elemento subjetivo está no assenhoramento definitivo e no peculato-desvio há a intenção de obter um beneficio.
34. Em que momento se consuma o peculato-desvio?
Quando o agente dá uma destinação diversa, ainda que não tenha atingido suas pretenções.
35. No peculato-desvio, há diminuição de pena se o agente não atingiu a vantagem pretendida ao desviar a coisa?
Não, como independe do agente atingir a vantagem para se consumar o crime, não há diminuição da pena, caso o agente atinja seus objetivos.
36. O funcionário público que repara o dano no crime de peculato doloso, terá direito a alguma redução de pena ou benefício de outra natureza, já que ressarciu o prejuízo?
Não, somente na forma culposa, caso a reparação seja feita antes do trânsito em julgado, é extinta a punibilidade, caso seja feita após o trânsito em julgado, há redução depena.
37. Por qual delito responde o agente afastado de suas funções por suspeita de ato de improbidade, que exige do particular o pagamento de vantagem indevida?
Responderá o funcionário público pelo crime de Concussão – Art. 316, CP. A conduta é a de exigir conduta indevida valendo-se de sua função. Não importa que o servidor não esteja no pleno exercício de suas atividades. Pode estar licenciado, afastado, de férias ou ainda, não tê-la assumido.
38. Se a vantagem exigida for lícita, qual será o crime cometido pelo funcionário público que exige-a do particular?
Se a vantagem exigida for lícita ou devida, o crime é o de abuso de autoridade (ultrapassa os limites de agir).
39. Em que momento ocorre a consumação do crime de concussão? É possível admitir a tentativa?
A consumação do crime de Concussão acontece com a exigência, sendo por tanto considerado crime formal.A tentativa é admitida somente na forma escrita.
40. Diferencie o crime de concussão do crime de excesso de exação.
No crime de concussão o agente exige para si ou para outrem, em razão de seu cargo, ainda que fora da função, ou antes, de assumi-la, vantagem indevida Já no crime de Excesso de Exação há uma cobrança de tributo indevido, ou a cobrança de tributo devido, mas de forma vexatória, constrangedora. Ainda, no caso de Excesso de Exação, o destinatário da exigência é a administração pública.
41. Quando existe corrupção passiva privilegiada?
Ocorre a corrupção passiva privilegiada quando o agente não visa satisfazer interesse próprio, mas sim cede a um pedido, por pressão ou influencia de outrem. (O crime de corrupção passiva privilegiada, previsto no art. 317, § 2º, do CP, é aquele em que o funcionário público pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem).
42. Como diferenciar a corrupção passiva privilegiada da prevaricação?
O crime de corrupção passiva privilegiada, previsto no art. 317, § 2º, do CP, é aquele em que o funcionário público pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem. Já o crime de prevaricação, previsto no art. 319, do CP, ocorre quando o funcionário público retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal. Percebam que enquanto na corrupção passiva privilegiada o que motiva o agente é o pedido ou a influência de outrem, na prevaricação a motivação está ligada à satisfação de interesse ou sentimento pessoal. Essa é a principal diferença entre esses dois tipos penais. Exemplo de corrupção passiva privilegiada: um policial deixa de multar um motorista que implora para que não seja multado (cedendo a pedido ou influência de outrem). Exemplo de prevaricação: um policial deixa de multar um motorista quando vê que este usa a camisa do Corinthians, mesmo time do coração do policial. Assim, mesmo sem pedido algum do motorista, e apenas pelo fato de este estar usando uma camisa do mesmo time do policial, não há multa (para satisfazer interesse ou sentimento pessoal).
43. Como diferenciar o crime de resistência do delito de desobediência?
No crime de resistência a conduta incriminada é a de opor-se, significa criar obstáculos, resistir ao cumprimento de ato legal emanada ou proveniente de funcionário público. No crime de desobediência a conduta é desobedecer, descumprir ordem legal do funcionário público.‏

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