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CENTRO ESTADUAL DE TECNOLOGIA PAULA SOUZA Faculdade de Tecnologia do Tatuapé “Victor Civita” Curso de Tecnologia em Transporte Terrestre Gestão de Frotas Leonardo Ferreira Silva São Paulo 2015 ii FACULDADE DE TECNOLOGIA DO TATUAPÉ “VICTOR CIVITA” GESTÃO DE FROTAS: ECR –EFFICIENT CONSUMER RESPONSE Projeto de estudo de Gestão de Frotas por Leonardo Ferreira Silva, estudante do Curso Superior de Tecnologia em Transporte Terrestre da Faculdade de Tecnologia do Tatuapé “Victor Civita”, elaborado sob a orientação do Prof. Antonio Yussef. São Paulo 2015 iii Resumo As grandes redes varejistas, principalmente “super e hipermercados”, necessitam de uma gestão eficiente dos estoques, aliada ao objetivo de tornar a venda em uma experiência agradável e prazerosa ao cliente. É possível assegurar que o ERC é um fenômeno global onde indústria e comércio, trabalham juntos para atingir padrões de qualidade e excelência de modo a reduzir custos, aumentar a produtividade e ainda otimizar lucros. ECR se apresenta como uma estratégia de integração entre as redes varejistas e o consumidor final. iv SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO....................................................................................................... 5 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................................. 6 3. ECR NO MUNDO....................................................................................................7 4. ECR NO BRASIL....................................................................................................8 5. CONCLUSÃO........................................................................................................10 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS.....................................................................11 5 1. INTRODUÇÃO ECR é uma sigla que em inglês significa Efficient Comsumer Response e em português, pode ser traduzida como “Resposta Eficiente ao Consumidor”. De acordo com a ECR BRASIL (2000), ECR é uma estratégia da indústria de supermercados, na qual, distribuidores e fornecedores, trabalham em parceria objetivando a maior satisfação do cliente e atingir eficiência em atendimento. Eficiência, neste caso, significa conseguir atender os consumidores, com velocidade, preços justos e a um custo baixo para os empresários, ou seja, disponibilizar o produto correto, no local correto, no tempo correto e a um preço justo. Este trabalho visa demonstrar as possibilidades de aplicações de ECR no mercado brasileiro, dar uma perspectiva de como acontece no mundo e relacionar o tema à disciplina de Gestão de Frotas. Um dos grandes problemas enfrentados pelos fornecedores está na obtenção de dados confiáveis para otimizar a reposição dos produtos, uma vez que as demandas sofrem variações sazonais, e são influenciadas por diversos fatores como por exemplo: situação da economia do país, oferta de matérias primas, condições climáticas, entre outros. Para resolver este problema é fundamental que o ECR faça uso de ferramentas eletrônicas, softwares, hardwares e sistemas de automação. No entanto, o ECR não está restrito apenas a empresas de grande porte, a pesar de, na maioria das vezes, inclusive no Brasil, sua aplicação ser intensamente verificada em rede de super mercados. SANTOS (2000 p. 24-27), na revista Super Varejo, afirma que “a expansão do ECR, para empresas de pequeno e médio porte, além de promover mudanças nas relações comerciais, amplia a valorização do consumidor na cadeia de abastecimento”. 6 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ECR (Efficient Consumer Responser) ou Resposta Eficiente ao Consumidor. No Brasil, a ECR Brasil é uma associação que reúne informações e empresas com o objetivo de facilitar a integração entre os agentes componentes do sistema ECR, ou seja, fornecedores, fabricantes, distribuidores, operadores. Durante a década de 1980, mundialmente falando, inúmeras transformações afetaram o relacionamento existente entre as diversas empresas e organizações que operam ao longo de uma mesma cadeia de valor agregado. Houve então, uma importante reestruturação de empresas, especificamente nos EUA, em busca de maiores níveis de qualidade e produtividade, fenômeno também conhecido como “globalização dos mercados”. Atrelado a essas mudanças de paradigmas, pode-se incluir também os avanços tecnológicos tanto em processamento como em transmissão de dados, ou seja, para que haja a possibilidade de otimização da cadeia de suprimentos, a fluidez de informações é fundamental. O ECR surge, portanto, com a intenção de promover e de coordenar as trocas de informações entre indústria e varejo, no ano de 1993 e permitiu o estabelecimento de um fluxo continuo de produtos e estoques sincronizado com as informações de venda obtidas em tempo real. Como isso, pode-se afirmar que o ECR proporciona uma economia substancial dentro da cadeia de suprimentos, e essa economia é transferida, para o consumidor, possibilitando assim, uma maior satisfação na hora da compra. Como a essência do ECR está na cooperação mutua entre empresas de um determinado setor, sejam elas concorrentes ou não, há alguns preconceitos entre empresas e até mesmo internamente em cada empresa, pois a princípio, torna-se difícil explicar para os colaboradores que aquelas empresas que logo adotam o ECR ganharão significativa vantagem competitiva sobre outras companhias e que os aliados do ECR repassarão muitos dos benefícios aos consumidores, obtendo, 7 assim, fatias do mercado cujas as empresas que não fazem uso desta praticas não terão acesso. 3. ECR NO MUNDO Nos Estados Unidos, Europa, Ásia, Austrália, os resultados mais expressivos, pois estes países utilizam o ECR a mais tempo, por isso seus processos apresentam maior eficiência na cadeia de distribuição. Cada país adota particularidades na sua operação, de acordo com seus produtos, recursos e principalmente em relação ao perfil do seu consumidor final. Mas conceitualmente o ECR é aplicado com o mesmo objetivo, que é beneficiar o consumidor final. “Hoje, o ECR é utilizado em quase todos os países que possuem alguma expressão econômica relevante para o mundo em diversos continentes, incluindo Europa, Ásia, América do Norte e América Latina, embora no Brasil as condições de trabalho sejam diferentes em relação aos demais países que começaram a utilizar o sistema anteriormente. Nos Estados Unidos, por exemplo, a implantação de ferramentas do ECR traz uma economia na casa de US$30 bilhões ao ano, valor este que é repartido entre fornecedores, distribuidores e clientes. ” (DIB, 1997) Apesar de num primeiro momento parecer estranho, as empresas que são concorrentes podem se unir com o objetivo de reduzir custos de frete, por exemplo e com isso todos ganham, inclusive o cliente final, que terá ao seu dispor as mercadorias em menos tempo e com maior qualidade de serviço. 8 4. ECR NO BRASIL No Brasil também é possível identificar o uso de ECR pelas redes varejistas de supermercados, porém há uma diversificação de aplicações do sistema porempresas de outros segmentos, como por exemplo, eletrônicos, peças automobilistas, parques logísticos, parques industriais e ainda empresas do segmento de e-comerce. O Brasil conta com a ECR BRASIL, uma associação destinada a dar suporte para empresas integrantes da cadeia de distribuição de suprimentos. “No final de 1996, foi realizada a primeira reunião com líderes dos fornecedores e do comércio de produtos de consumo de massa, visando implantar as melhores práticas do ECR no Brasil. No início de 1997, foi fundada a Associação ECR Brasil. Desde então, os trabalhos têm andado de forma ágil, considerando-se ser um esforço que envolve toda a cadeia de distribuição e, portanto, exige a coordenação de diversos e diferenciados grupos da economia brasileira. A associação é dirigida por um comitê executivo, composto por 22 grandes empresas industriais fornecedoras dos supermercados e 22 empresas comerciais, supermercadistas e atacadistas. Preside o comitê um representante de cada lado (portanto, a entidade tem dois co-presidentes), assessorados por um pequeno staff, liderado por um secretário-executivo. ” (ECR BRASIL 2002) A ECER BRASIL orienta alguns procedimentos para que seja possível a implantação do sistema, ressaltando tópico importantes e procedimentos a serem seguidos: Preparação estratégica e psicológicas dos parceiros e colaboradores; Seleção criteriosa de parceiros para start do CER; Elaboração de um roteiro para teste e aferição de resultados; Elaboração e divulgação dos resultados para os colaboradores. 9 Importante ter consciência de que o ECR ainda é uma ferramenta nova e ainda será necessário mais tempo para assimilação de empresas e do mercado. Mas também é importante lembrar que o Brasil é um país com extremo potencial de crescimento, recursos naturais e com um enorme potencial de capital humano. Basta que os dirigentes e instituições de ensino acreditem nisso e invistam em educação e pesquisa. De maneira geral, o mercado brasileiro e mundial sofre variações e influencias a todo momento e isso requer adaptações e ajustes de vários fatores, inclusive nas estratégias e adaptações indispensáveis para o melhor resultado a satisfação do cliente final. É possível observar que no Brasil o ECR vem sendo aplicado de maneira razoável, pois há uma considerável satisfação no atendimento a clientes de redes varejistas, comercio eletrônico e lojas de departamentos. Contudo se o potencial econômico for alavancado haverá uma necessidade de reestruturação de todo o sistema. Importante também salientar que o país necessita de alto investimento em infraestrutura, que sem esse investimento não haverá como o Brasil atingir os níveis de eficiência dos países pioneiros em CER. 10 5. CONCLUSÃO A conclusão deste estudo é que o ECR é uma poderosa ferramenta de otimização da eficiência da cadeia de suprimentos. Embora a princípio possa parecer uma estratégia “estranha” por unir empresas e colaboradores do um segmento e as vezes até mesmo concorrente para a obtenção de um melhor resultado final, comprovadamente trata-se de uma solução que dá excelentes resultados, sobretudo para o consumidor final, em forma de melhor valor na prateleira e melhor atendimento. Ainda é possível observar que há no Brasil um enorme potencial para ECR, mas depende de inúmeros fatores, sociais, governamentais, institucionais e principalmente é necessário o investimento em infraestrutura do país. 11 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS BALLOU, Ronald H. Logística Empresarial. São Paulo: Atlas, 1993. DIB, Jorge Antônio. Efficient consumer response (ECR): uma estratégia para o varejo de bens de consumo de massa. Revista de Administra&ccdeil; Revista de Administração da Universidade de São Paulo, v. 32, n. 2, 1997. SANTOS, C. Questão de sobrevivência. Super Varejo, São Paulo: APAS, n. 6, ano 1, p.24-27, jul. 2000. DIAS, Marco Aurélio P. Transportes e distribuição física. São Paulo: Atlas, 1987. Fontes de pesquisa eletrônica: ECR BRASIL. Disponível em http://www.ecrbrasil.com.br/ecrbrasil/page/noticias.asp Acessado em 01/03/2015 às 13h33min.
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