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Esquema - Aristóteles

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Curso de Direito 
Filosofia Geral 
Prof. Hermes da Fonseca 
A JUSTIÇA NO PENSAMENTO DE ARISTÓTELES 
 
 
Concepção de homem: “[...] o homem é naturalmente um animal político, 
destinado a viver em sociedade, e que aquele que, por instinto, e não porque 
circunstância o inibe, deixa de fazer parte de uma cidade, é um ser vil ou superior ao 
homem. [...] aquele que não pode viver em sociedade, ou aquele que nada precisa por 
bastar-se a si próprio, não faz parte do Estado; é um bruto ou um deus.” (A política, 
1253a) 
-- distinção entre o homem e outros animais: dom da palavra (sinal da dor e do 
prazer); discernimento do bem e do mal, do justo e do injusto. 
-- Importância da virtude: “As armas que a natureza dá ao homem são a 
prudência e a virtude. Sem virtude, ele é o mais feroz de todos os seres vivos, não 
sabe mais por sua vergonha, que amar e comer. A justiça é a base da sociedade. 
Chama-se julgamento a aplicação do que é justo.” 
-- A questão da escravidão: “Há na espécie humana indivíduos tão inferiores a 
outros como o corpo o é em relação à alma, ou a fera ao homem; são os homens 
nos quais o emprego da força física é o melhor que deles se obtém. [...] não possui [o 
escravo] a plenitude da razão. [...] A utilidade dos escravos é mais ou menos a mesma 
dos animais domésticos: ajudam-nos com sua força física em nossas necessidades 
cotidianas. [...] para os homens, uns são livres, outros escravos; e para estes é útil e 
justo viver na servidão.” (A política, 1254b) 
-- Relação entre a família e o Estado: “[...] a família é uma porção do Estado, 
visto que as pessoas das quais acabamos de falar são partes da família, e que a virtude 
da parte deve ser relativa àquela do todo.” (A política, 1260b) 
-- Cidadão: “[...] é aquele que pode ser juiz e magistrado. [...] o cidadão não é o 
mesmo em todas as formas de governo; e que, por isso, é na democracia, 
principalmente, que ele se adapta à nossa definição. [...] aí se vê, pois, o que é o 
cidadão: aquele que tem uma parte legal na autoridade deliberativa [assembléia] e na 
autoridade judiciária.” (A política, 1275a/b) 
-- Cidade (pólis): “a multidão de cidadãos capaz de bastar a si mesma, e de obter, em 
geral, tudo o que é necessário à sua existência. [...] os indivíduos em geral não são 
cidadãos, mas apenas os homens políticos que, sós ou em companhia de outros, são 
ou podem ser senhores dos interesses comuns da cidade.” (A política, 1275b, 1278b) 
-- Sociedade política (ou Estado) – finalidade: “O escopo do Estado é a 
felicidade na vida. Todas essas instituições [do Estado] têm por fim a felicidade. A 
cidade é um reunião de famílias e pequenos povoados associados ´para gozarem em 
conjunto uma vida perfeitamente feliz e independente. Mas bem viver, segundo o 
nosso modo de pensar, é viver feliz e virtuosamente. É preciso, pois, admitir em 
princípio que as ações honestas e virtuosas, e não só a vida em comum, são o 
escopo da sociedade política.” (A política, 1280b) 
-- As formas de governo: 
Int. todos Monarquia Aristocracia República 
Int. próprio Tirania Oligarquia Democracia 
 
� Limites da democracia e da oligarquia: “[...] todos os homens atingem 
um certo grau de justiça, mas não vão muito longe, e não dizem tudo o que 
é justo, própria e absolutamente falando. Por exemplo, parece que a 
igualdade seja justiça, e o é, com efeito; mas não para todos, e sim somente 
entre os iguais. A desigualdade também parece ser, e o é com efeito, mas 
não para todos; só o é entre aqueles que são iguais [...] isso resulta do fato 
de ser por si próprio que se julga, e quase sempre se é mau juiz em causa 
própria.” (A política, 1280a) 
 
-- Melhor forma de governo: “[...] existem três bons governos; o melhor é 
forçosamente aquele que é administrado pelos melhor chefes. [...] no governo 
perfeito, a virtude do homem de bem é forçosamente a mesma que a do bom 
cidadão. [...] a educação e os costumes que formam o homem bom serão pouco 
mais ou menos os mesmos que formam o rei e o cidadão.” (A política, 1288a)

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