Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
I P R I A B B É DE S A I N T - P I E R R E PROJETO PARA TORNAR PERPÉTUA A PAZ NA EUROPA I r R I A refle x ão sobre a tcm át ica da s rcl acõcs internacion ais está presente desd e os pensadores da antigüidade g reg:I, como é o caso de Tucfd ides. lgu almcruc , obras como a Utop ia . de 1110mas More , e os esoitos de Maquiave l, Hobbe«e Monresq u ie u requerem, para sua melhor compreens ão, uma leitura soh a <'>tica mais amp la das re!ac,;(x:s e ntre es tados e povos. No mundo mex lcrno, como é sa bido , a dis ciplina l<ela l;/ )eS Internacionais su rgiu ap()s a Primeira Guerra Mundial e , desde ent ão ,experime nto u notável desenvolvimento, trans formando-se em matéria indispensável para o entendiment o do cenário a rual, Assim se ndo, as rc lac õcs inte rnaciona is constituem áre.t essenc ia l do conhecimento que é. ao mesmo tempo , an tiga, mexlerna e contemporânea. N<) Bra sil, a pesa r de) cresce nte interesse nos mei os acadêmico, político , em prcsarial , sind ical e jorna lístico pelos ass untos de rclav'x:s exteriores e políti G l internacional. consta ta-se e norme ca rência hihliog rálk a nessa matéria. I'\ess e sentido, o Instituto de Pesqu isa de Relações Institucionais - lPHI, a Editora Un iversid ade de Bras ília e a Impre nsa Oficial do Estado de Sâo Pau lo esrabclccc raru parceria IXll :1 viabilizar a edi ção sistemá tica, sob a 1<mna de colecào, de Ohl: IS lxisicas para o es tudo das rcla<,:(x:s imcmaciona is, Algumas das obras incluídas na colcc ào nunca fo rum traduzídas pa ra o portugu ês , como () f)ircito da Paz c da Guerra de Ilugo Grotius , enquanto o utros títulos. apesar de n ào serem inéd itos em língu a portu guesa, e nco ntram-se esgotados, se ndo de di fíci l acesso. Desse m odo , a colec ào CUslJ('()\II 'N! tem po r obj c tivo bcilitar ao público interessade)o acess<)a ol )ras e<msidcrada» fundamen tais pa ra o estud o das relacocs int ernaciona is em seus aspectos hist órico , conce itual c rc órico. Cada um dos livros da coie(:lo contará com aprescnt;lç.1o li.:ita por um espc cialisr.i qu e situani :Lobra em seu tempo, discutindo também sua im portância dentro de) pa nenuma gel: d da reflex ão so l)re as rcla <,'(X:s entre P()v< >s e nações. Os CI.,iSIJ(XJS IPNIdestin am-se es pecia lme nte ao meio universirário brasilei ro que tem rcgi -rrado, nos últimos anos, um ex p ressivo aumento no número de cursos de gl: ld ua<,':10 e pós-graduarã o na {tn:a de rcla <,'{x:s inte rnaciona is. Op\10~\ ,)\1/}.I,)111 llllllV O!SIln'IlV Oplll~ll.I'):1 :( ll.wj<).Id .. /11,)[1 ,U II( ,)(/ I,) -'"lJ}/(1 ,J(/ . \IH()lt i \ .1<1 ()Sll\.\ll:1 S')\P~"llO~) SlllC!II!/\\ :ol.)~~F)Jd .. lJ.Jlllh.I1JIIV,)j)lJj),J/.J(),",' V.. 11.1H~II(I'I1 SSI1.111,11!,)S Op.ll~.)I}1 :O!,1~~J.).Id .. m!().tll,:1 lJII ZlJeI I) lJlI/~)(/.I'H .tI)II.I()IUI/H! ()I,J/ii.ld. IHH:lldl.\.I\SI< I :.IHHV 0.1 !,)( 1!}I ,)ll!ller OWlI')H :o!,1ej<).Id ,) (W,WZIUl~n'.I() "S()jJlJIIOJ.),Jj')S S()I.\',~f... SIIIH( II I SVI\( )11,1. 1,)n'Ul~H 1~1l()J q\ ,)lU,),)! i\ :O!,1~~.J,).Id ,) O t;.'ltl pl~.I, L "S,)III,J/) S17j) ()1,l,).I/U () .. II.I.I.\;\I(III.)IHII\:I C0·1.10:) SCX!')S ')11 ,)dq,):! ZII1'1 :O!,1~~J.).Id ,) O('>1~Z!UI~n'.I() S,).I0lI11~ SO!.I~~;\ "SI i.J! I !JlII! ij</I( I SI iqj,JSI Ii1,').. OUlllllV ot;or :O!.1~~p.ld ,,17!</()hJ.. Ill()l!\l SVI\()II,L osqW.lCd ,/sor :O!')~~.I,).Id " ()rSlljl ')jJlIIJ.I,') V.. TII~ )\.V \.VI\ll()N '.11' l~,),)SllO:1 UOSI')~) :O!.1~~J).Id ,) O()l~Zllll~n'.I() .. S()jJ17IIO/"')j,J,",' S()I.\"~l" I V:lSS. I< )}( S:1. 1<') iv('-\.V:I r lI!,).I,L Uq~lll~.I:1 :O!,)~~p.ld ,) O()l~Z!Ul~~.I() "S()jJ17I1().J.),)j,)S S()I.\"~l.. TI~HI I ':1 ';\\ .~) C.'l1l,10.ld Of.)!ll!O( [ :ol.wj<).Id .. I).I.I,JIl,') lJ( l.. 11.1 \\.IS \\1:) \.() \Ill\:) .I0111l.1rZr.I.l,1:1 ollxhlll~S (>1.).1,).1. :O!.)~~J.).ld "S,JIII,),') SlJjJ ,J jl).tll/I).\' ()I!,J.I!(/ ()u .. IHO( 1\.1.1 ld '11.11\\-'; 1lI1P.1l~:) ,11l/}PU')\1 SOpl~:) :O!.)~:j,).Id SI),)/! -Jj()eI S()ll.U,\:1 S().IIII() ,J" J)}II~JI/.I'H 21Je! V, '\'\'1 TIl\.\I\I\( n'.I,1qU,)p·ICS '~\i oP,,~uoH :O!,)r,p.ld "S,J~i·;!/Ji\' SIJ ,),11/1,) I).)l/Jj()e! v.. 1\11I'1~))I()I!\l s\.\11 S,)tl~~IP(l}\ Z')I');\ Op.lI~,)IH :O!,)r.r-).Id ,) OI.~,)I~Z!Ul~n'.I() ~;lij)17l1lip,JpS ~·lil!.n.'H, ITII\II(UI ),1. :,<1 SIX:·IIV .I'),WI OSI,):) :oul~J.).Id ,,21Je! I)j) ,J I). 1.1,JIl" ) l)jJ ()I.I,J.'.I(/ ().. S 11.1.1 )H~) ()~)]I I ,)I1/}.I,)tl/}11( IIV UI ll[pl1~) (llSI1~tlV ,/S( lr:( lt;,)CZ!lll~~.I(l ,) (J!')~~.J,).Id "SI'P!' I 11ip')j,J.\' SI il!.ns:/., I:I.\\II()\ ~ lll!l~d O!llOlllV :()!,)rJ).Id "S,)~ijlJ:V SI) ,).1111,) 1).1.1.711/) ,) 2'I)cf., \.OHV (l\.I )1\~\}1 \1,).IqV r"!I\1 ,)P 01,),).I1~I!\l :oUn).Id "ZlJe! l?jJ SIJ,JlIIIIJIII),):1 SlJPII~lIj),)SII(),')sV" s:l\.uJI '~ '1' Oles !1!!:I :O!,)rp.ld S!I)1I01,!l)1I -·{,JI"I S.7~J.1I}j,W SlJjJ opn1.'::1 ()J) O !J.1 IIjJl i.I 1 -IIIIJIII(}·óró/-()/ó/.7S/-0')jJS()IIJ/,)III/.1 .. mlv:) '11 ':1 ,)q~lCtln'l~r 0H'/II :OI.)~~J).Id ,,()S,)Jfli</Oj,Jd lij) 1).1.1.711,') lJj) IJ,U~iIS.lII.. SIIIIIIn.1.l. IHdI SO:J/SSyI:J o~jdlOJ FUNDAÇÃO ALEXANDRE DE GusMÃo - FUNAG Presidente: Embaixadora TI1ERFlA MAHIA MAU lADO QIII:"TELLA INSTITUTO DE PESQUlSA DE RElAÇÕES INTERNACIONAIS IPRI Diretora: Embaixadora HELOÍSA VILlll':\iA DE AI{A(IO EDITORA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - UNB Diretor. ALEXA\iDHF LIMA Conselho Editorial. EU/.A1WTII CAMTLLI (Presidente), ALExANlmE LltvlA, Ex TI·:VÀ.O C: lAVES DF REíT\])E MAHTIl\S, HE\iHYK SIFWII':HSKI, JOS(: MAI{IA G. m: AUVIFI])A JI'\lIOR, MOFMA MALlII':II{OS PONTES, RFIi\illAlmT ADOLFO Ft 'CK, SI~:I{(;IO PAI:\'() Rl'A'\iET, SYJXIA FIUI!'H. IMPRENSA OFICIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Diretor Pre:...idente: HI 'BEHT ALQI 1f.:RI·:S Diretor Vice-Presidente. Liuz CAI{1.0S FHI(;ERIO Diretor Industrial: TFI,II TOMIOKA Diretor Financeiro e Administratii«r }{IClIAHD VAINBEH(; 'V.~ e,:.."oI u ,4 .G> ~ I r R I ABBÉ DE SAINT-PIERRE PROJETO PARA TORNAR PERPÉTUA A PAZ NA EUROPA Traduccto de Sérgio Duarte Prefácio. Ricardo Seitenfus Imprensa Oficial do Estado Editora Universidade de Brasília Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais São Paulo, 2003 Título Original: Projct pou r rend re la paix perpetuello cn Eu rop« Traducáo de S. Duarte Direitos © desta edi,)o: Editora t .nivcrsidade de Brasília SCS Q. 2 bloco C n". 7H, 2°. andar 70jOO-')OO Brasília, DF A presente edi(:[o foi teita em forma cooperativa da Editora I 'nivcrsidadc de Brasília com o Instituto de Pesquisa de Rdlc.;óes lntcrnacionaix OP/{//FllNAG) e a Imprensa Oficial do Estado de S:[O Paulo. Todos os direitos reselvados conforme a lei. Nenhuma parte desta publicaoto pode1':1 ser armazenada ou reproduzida por qualquer meio sem autorizacúo por escrito (Lt Editora Universidade de Ikasília. liqu ipc técn ica: EIITI SAro (Planejamento editorial) A"i;\ CIAll )1;\ BF/FI{I{;\ \)F MFLO FILTFI{ (Assistente) Editoração. fotolitos, impressão e acabamento: IMPRENSA OFICIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Dados internacionais de Cataloga\'~I()na Publicaçào (C\ P) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Sa int-Picrrc, Ahlx: de Projeto para Tornar Perpétua a Paz na Europa / Ahhó de Saint Picrrc (Charles Irinó« Castcl de Saint-Picrrc. IÓ')H-ITi5); prd:lcio de Ricardo Seitenfus; rraducào de Sé'rgio Duarte (I". edi<,)o no Brasil); Brasília: Editora Universidade de Brasília, Instituto de Pesquisa de Rela<...·óes Internacionais; S. Paulo: Imprensa Oficial do Estado de S:[O Paulo, 2005. LlI. ()9/j. p. ,2,'1 cru (Cl:lssicos IPRI, H) ISBN: H')-2.'10-0717-2 (Editora UnB) ISBN: H')-70()O-I') 1-4 (Imprensa Oficial do Estado) ISBN: H')-H7IJ.HO-2H-() OPRIIFUNAG) 1 - Hela<,;()('S Internacionais; 2 - Política Internacional. I. Titulo. I!. Sé'rie. Foi feito o depósito legal na Biblioteca Nacional. (Lei 11" lRZ"i. de 2()!I2/l <)()7). Sumário e ÍNDICE DE ASSUNTOS Prefácio ~l edição brasileira XXIII PREFÁCIO DA EDIÇÃO ORICINAL Oportunidade da obra 3 Tema do primeiro discurso............................................................. .:; Tema do terceiro discurso............................................................... <) Tema do quarto discurso <) Tema do segundo discurso 7 Tema do quinto discurso 9 Tema do sexto discurso.. 10 Tema do sétimo discurso 10 Interesse dos Ingleses e Holandeses em examinar........................ 11 PRIMEIRO DISCl 'RSO Primeira proposiçâo, falta de seguran<c'a suficiente nos Tratados. 17 Fontes de divisão IH Meios de evitar a divisão 1<) Primeiro incont cniente da não-Sociedade; os processos somente Scxtc: inconoeu tente. necessidade de intervir em todos os Processos dos vizinhos 2H Estado de Guerra dos Selvagens..................................................... 19 Não há Sociedade sem seguran<,'a permanente.............................. 20 terminam pela destruição de um dos Pretendentes.................. 20 Scgu ndo inconreu tente. os Descendentes herdam pretensües..... 23 Terceiro incont cniente, n~10 h{l proteção nas Regências.............. 23 Quarto tnconreniente. n~10 há Poder coercitivo............................ 24 Quinto incont cniente. custos elevados dos Processos 27 Sétimo inconreniente, interrupção do Comércio 29 Tratados de confederação, falta de poder e querer 32 Primeira uantagem do Sistema da União, preventivo contra Segunda rantagem, preventivo contra Guerras Civis.................... 3ó Quinta iantauem, maior facilidade de estabelecimento e Segu nda proposição sobre o Sistema do Equilíbrio de Poder...... 33 Guerras externas......................................................................... 34 Terceira tantagem, segurança da conservação dos Estados......... 37 Quarta uantagem; segurança da continuação do Comércio......... 40 manutenção da União do que do Equilíbrio de Poder............. 40 Conclusão do discurso..................................................................... 42 SECl iNDO DlSCl q{SO Primeira proposição, premissa retirada da União Germânica.. 47 Origem da União Germânica 4H Preconceitos contra a União Germânica ':;0 Dois defeitos da União Germânica................................................. ')4 Enfraquecimento da liberdade do Corpo Germânico..... ').:; Câmara de Spire ')6 Câmara Áulica ')() Chefe perpétuo impede o crescimento da Sociedade................... ')7 Holandeses e Suíços evitaram o Chefe perpétuo ,)H Motivo para formação da União Germânica................... ')9 Obstáculos que deveriam impedir a União Germânica ó4 Conseqüência dos fatos................................................................... H2 Conclusão HH Objeção: a Europa é mais extensa do que a Alemanha................ 66 Meios de formação da União Germânica.............. 71 Primeiro meio, contentar-se com a posse atual............................. 71 Segundo meio, arbitragem perpétua 72 Terceiro meio, punição do recalcitrante; palavra de Sólon 73 Quarto meio, contribuição.............................................................. 73 Conclusão 74 SE(;liNDA PI{OI'OSICÀO, projeto de Henrique o Grande 75 História dos fatos............................................................................. 76 TFI{CEII{O DISClI({S() PI{OI'OSIC:\O ;\ D!':.",!O'\STR:\I{, vantagem de assinar................................ 93 PIW\!FI/{:\ vantagem, fundamento da esperança de crescimento comparado com () fundamento do temor de perturbação 94 Suposicào de dU~IS CaS~IS Soberanas na Europa que sejam igualmente poderosas; esperan(,'~ls iguais e receio desigual. Portanto. Paz lucrativa................................................................ 97 Suposição de três Casas 9H Consick-racào importante, grande ck-vacao multiplica as conspiruçocs e Clusa perturbação 100 Raciocínio decisivo 10'S Vantagem da multiplicidade de Soberanias para tornar inalterável Causas da multiplicação das conspir.içocs 101 Exemplos de conspiracocs 102 Exemplos de Conquistadores 106 a Paz , 10H Iguald.uk: na cess~lo e na aquisiçlo; vantagem a mais 109 Ohriga\'~10 de entrar nas disputas alheias 11'S Maior dependência no Sistema da Guerra 11'S Custos do processo 11H QI;\lnA vantagem, poder maior, dependência menor l1H Menos dependência em rela\'~10 aos vizinhos 11H Qll'\T:\ vantagem, progresso ebs leis, regulamentos e SI':C[,\I)\ vantagem. subxtituic.«: dos Varocs dos Soberanos 111 TFI{U:II{:\ vantagem do caminho da Arbitragem 1 12 Arrisca-se mais na Guerra do que o ohjeto da disputa 114 Adquirir tanto quando se cede 117 Árhitros interessados em ser equânimes 117 Maior poder em rela(;~lo aos súditos 121 ínstituiox-s úteis 121 Diminuicao do número de processos 121 Discernimento do mérito 122 Aproveitar os espíritos excelentes 122 Comodidade e segur~lI1(;~1 das estradas 122 Prevcnçáo da fome 125 Aperfeiçoamento da educação 123 SIXIA vantagem; menos necessidade de dissimular e mais facilidade Nox« vantagem, reputação 12H D(:UI\IA QI'i\lni\ vantagem, grande diminuição da despesa Conclusão do discurso 1')1 Crescimento das Finanças do Soberano com alívio para os Súditos 124 de aproveitar a inteligência de todos os seus Súditos 125 Sf~TIMA vantagem, progresso das artes e das ciências 126 OrlAVA vantagem, durabilidade dos monumentos 127 Df,:ul'vli\ vantagem, tranqüilidade 131 Df.:<:II'vIi\ I'HIMEIHi\ vantagem, produto do Comércio 132 D(,:ul\li\ SFCI'!\iI)i\ vantagem, multiplicação dos Súditos 133 l)(:UI\IA TEI{U~If{A vantagem, tributo das fronteiras maior 134 C(H11 Tropas 134 Df.:<:II\Ii\ (.:n:r,NTA vantagem, maior duração das Casas Soberanas 137 Reflexão sobre a amplitude dessas vantagens 140 Motivações particulares dos Soberanos menos poderosos 142 Motivacoes particulares das Repúblicas 143 Vantagem dos Holandeses no Comércio 147 QIIA1{T() Drsc.r i1bO Proposição a demonstrar 1')') Necessidade do primeiro artigo 1')7 Primeiro artigo fundamental redigido 1'57 Necessidade do segundo artigo 160 Segundo artigo 160 0 "0 ••••••• Terceiro artigo 162o Necessidade do quarto artigo 163 oQuarto artigo 163 Necessidade do quinto artigo 173 o. o o •••• o •••••••••••••••••• o •• o ••••• o ••••••••••••••• o ••••••••• o •••••••• o •••••••Quinto artigo 173 Sexto artigo 174o o o o ••••••••••••••••••••••• Necessidade do sétimo artigo 174 •• o o •••••••• o •• o oSétimo artigo . o 17'5 Necessidade do oitavo artigo 177 Oitavo artigo 177 Necessidade do nono artigo IH) Nono artigo fundamental IH) Décimo artigo lH6 Décimo primeiro artigo lHH Décimo segundo e último artigo Iundamental.. lH9 Rcflcxoes sobre esses doze artigos lH9 Segundo artigo 19) Oitavo e último artigo importante 20) Eqüidade dos artigos 20H Opiniào sobre os artigos importantes 192 Primeiro Artigo 193 Terceiro artigo 200 Quarto artigo 201 Quinto artigo 203 Sexto artigo 203 Sétimo artigo 204 Reflexões sobre esses artigos 206 Conclusão do discurso 209 Ql '[NTO Dtsc.r ue-o Proposição a demonstrar 213 Prova da segunda parte 21) Prova da terceira parte 21) Prova da primeira parte 213 Conclusão do discurso 216 Sr:XTO DISU :]{SO I. Objeção. A Casa de Franca seria demasiadamente poderosa após a restituição das Conquistas 220 11. Objeção. A República da União seria temível para os Soberanos 226 111. Objeção. A residência dos Deputados na Cidade da União poderia dar origem a conspíraçocs contra a própria União ..... 22H IV. Objccao. O Soberano ganha um Soberano acima dele, ao adquirir um Juiz 233 V. Objeção, Ser:l possível que um projeto tào vantajoso rara todos os Soberanos escapem aos mais h.ilx-i« 239 VI. Objeção. Os Soberanos nâo s~10 suficientemente razoáveis, s~10 governados ror paixões 240 VII. Objeção. Dispensando-se de restituir as conquistas, os Aliados aumentariam sua seguran<.,·a 246 VIII. Objecào. Nenhuma compensação em favor dos Ingleses e Holandeses quanto ~b conquistas a restituir e aos custos da Guerra 247 IX. ()hje<,,·~10. A renúncia a todos os direitos e a tomar as Armas seria um grande obstáculo 2')1 X. Objcçào. Há princípios de divisao perpetua entre os homens e esses princípios se opõem ~1 Uniào 2')4 XI. Ohje<.,·~10. Um Soberano receará que a Uni~10 o prive de seus Estados 2')') XII. Objccao. Será justo que a União apoic revoltas em um Estado rebelde e que runa duzentos oficiais desse Estado 2')6 XIII. Objccào. Nenhum Soberano quererá Árbitros perpétuos rara decidir suas controvérsias futuras 2')7 XlV. Objccào. Processos demasiado longos e sem dccisào 2')H xv. ()hie<.,·~10. Haverá cabalas no Senado 2')9 XVI. Ohie<.,·~10. O desejo de crescer ser:l grande obstáculo 260 XVII. Ohjccáo. A Guerra é conseqüência necessária do recado ()riginal 263 XVIII. Ohjcc.io. A Guerra é um tlLgcio de Deus necessário à Sua justi<.,·a 266 XIX. Objccào. Os cristãos não se conduzem segundo seus maiores interesses 267 XX. Objcçào. Esse projeto é demasiado vasto rara poder ser executado 269 XXI. Objecào. Esse projeto n~10 será assinado 273 À'lCII. Objeção. Pessoas de espírito predizem que esse projeto n~10 ser.i assinado 274 XXIII. Objccáo. As nações se tornariam demasiadamente numerosas 27') XXIV Objecào. Nenhuma instituicào humana poderá ser inalterável 27H XXV. Objeção. Cristianismo e Maomctanisruo irrcconcili.ivcis 27t} XXVI. Objeção. A gl(nia das armas afastará alguns Soberanos 2H1 XXVII. Objccào. Os ministros se oporiam. Considcracocs sobre os interesses da nobreza 2H5 XXVIII. Objeção. Dificuldade de fazer com que vinte e quatro pessoas entrem em acordo 2HH XXIX. Ohje~'~10. A abundância produzirá grandes males 2t}2 XXX Objeção. As Guerras livram os Estados dos espíritos sedici()s()s 2t}() XXXI. Objccào. f~ impossível que quatro ou cinco comecem 2<)7 XXXII. Objecào. Era adequado ao autor ocultar sua pátria 2t}H XXXIII. Objeção. Dificuldade em mudar os hábitos do ministério 2t}t} XXXIV. Objccáo. Os Ministros n~10 terão tempo de ler 500 XXXV. Objeção. Um Soberano poderá convencer um Residente e arnlar-se 501 XX"XVI. Objecão. Princípio de divisao entre os homens; grande obstáculo 501 XXXVII. Objccào. Esse projeto deve ser apresentado como idéia platônica 505 XXXVIII. Objeção. Primeiro expulsar os turcos da Europa 304 XXXIX. Ohje\·~10. Os mais poderosos dcscjarào ter mais votos 50') XL. Objcçào. Soberanos e Ministros acostumados a pensar de outra forma 50') XLI. Ohjecào, Ciúmes das funcoes revoltado os Ministros -)06 XLII. Objccáo. Diversos podem aliar-se para destruir a União 507 XLIII. Ohjccào. Guerras civis impossíveis 307 XLIV Ohjeçl0. A Casa de Françl poderia aliar-se com a Casa de Áustria 50H XLV Ohjcçào. O dinheiro da Guerra permanece no Estado 50<) XLVI. Objccào. Uma louca amhicào pode dominar alguns Soberanos 50t} XLVII. Objeção. Uma longa paz apagará a lembrança das desgraças ela Guerra 310 XLVIII. Objeção. Não ousarão dizer a verdade aos Soberanos 311 XLIX. Objeção. f~ preciso ser muito prudente para ver todas as vantagens do projeto e os Príncipes raramente têm muita prudência 312 L. Objeção. A Casa de França já ganharia muito, sem pretender restituições 314 LI. Objeção. Um Soberano n~10 desejará a Sociedade Européia, por medo que algum dia ser banido da Europa 31 '5 L11. Objeção. As paixões pelo Sistema da Guerra s~10 maiores e mais fortes 316 UII. Objeção. As tropas dos vizinhos da Europa se prepararão para a Guerra 317 uv. Ohjeçào. A opulência do povo o dispõe ã revolta 320 LV. Objeção. Os particulares poderão ver o interesse dos Soberanos pela União, mas os Soberanos não o vedo 321 LVI. Objeção. Não se deveria responder às ohjcçocs 322 LVII. Objeção. A obra é demasiado longa 323 LVIII. Objccào. Seria preciso limitar-se a propor uma Câmara Européia, ~l semelhança da Câmara Imperial 324 L1X. Objeção. Tirania mais temível no Sistema da paz 326 LX. Objeção. Os aliados não poderão resolver-se a restituir 331 LXI. Objeção. Ao tomarem conhecimento deste projeto os Aliados se afastarão mais da paz 339 LXII. Objeção. Os aliados tomarão este projeto como uma armadilha 341 LXIII. Obiecào. Demasiadas repcticocs 34.1 LXIV. Objccào. Vinte e três Soberanos podem aliar-se para despojar o vigésimo quarto e partilhar seus despojos 34'5 LXV. Objeção. A Lorena não poderá fornecer o contingente de soldados 34H LXVI. Objeção. A União Germânica formada unicamente contra o Imperador 349 LXVII. Objeção. Os comerciantes de Edinhurgo poderão apelar à Uni~10 contra o julgamento do Hei? 3'52 LXVIII. Objeção. Não se sabe quando se formou a União Germânica 3'::;3 LXIX. Objeção. Interesse do Soberano oposto ao dos súditos 3')') LXX. Objeção. Henrique N fingiu desejar estabelecer a Sociedade 3')7 S(:TIMO DISCl']{SO Al'I igos ú (eis I. Artigo Seguran<,'a e privilégios da Cidade da Paz 362 11. Art. Generalíssimo da União 363 IH. Art. Qualidade dos Deputados, etc. 3ó4 IV. Art. Funções dos Deputados 36') v. Art. Forma das delibera<,'()es, etc. 3ó6 VI. Art. Seguran<,'a das Fronteiras da Europa 370 VII. Art. Contribuicoes 370 Lista das Contribuiçoes 371 Despesa da União 372 VIII. Art. I Iniào Asiática 374 Interesse da Polônia 37ó Vantagem de um rei sábio para seu sucessor menor 377 Interesse dos Soberanos da Itália 3HO Interesse da Inglaterra 3H1 Interesse dos Maometanos 3H3 Interesse do Czar 3H.=) Interesse dos Soberanos para a vida futura 3H4 Interesse de um Reino prestes a cair em menoridade 3H() Interesse dos Estados devido aos problemas religiosos 3H9 Interesse dos Suíços 3H9 Rccapitulacào da obra 590 Organizacao da Segunda Parte 413 Carta do Autor pa ra M 114 Segunda carta elo Autor 4 I ') Terceira carta. Diversas opiniões sobre o projeto 417 Opiniões do Barão de EI*** sobre o Projeto de Paz Perpétua 420 Excerto de uma carta de M. B., Ministro na Haia, para M. D., Ministro em Berna 423 PROJETO DE HENRIQUE, ° GRANDE ( HF/\'NIQl !h' IV, J)F f/NASÇA) Carta ao Regente " "" " "." .. 427 Aviso do Livreiro " "" " 435 Prefácio. Divisão do terceiro Tomo, etc. 437 Excerto do Jornal de Trevoux " 441 I. OB./I:cAo. Aumento da dependência ." 447 I. Artigo. Diminuição da liberdade " 44H lI. Artigo. Dependência das Leis " " 44H III. Artigo. Diminuição do direito de propriedade " 449 IV. Artigo. A força não é decisiva " 450 V. Artigo. Perda de superioridade ao estabelecer Juizes superiores .. 450 Considerações Preliminares 451 I. Consideracáo. Vantagem que o homem obtém em Sociedade. 452 lI. Considerarão. Vantagem do Comércio """""" ... " ... "",, ...... ,,"" 455 I11. Consideração. Necessidade de surgimento de divergências ". 462 Primeira fonte de divergências. Bens a partilhar ... """" ..,,"",,. 462 Segunda fonte de divergências. Promessas a cxccutar c.... """. 463 Terceira fonte de divergências. Ofensas a reparar """" ...... " .." 465 IV. Consideração. Origem das pilhagens, assassinatos, etc. """"" 467 V. Considcracào. A Arbitragem impede os assassinatos .."".""" ... 470 VI. Consideração. Qualidades essenciais da Arbitragem ."""""" .. 473 VII. Consideração. Toda Arbitragem se funda em uma Convenção .. 47H VIII. Consideração. A Arbitragem é vantajosa mesmo para o mais forte " " " 4Hl IX. Consideração. A Arbitragem reduz a dependência ..""." """ 4H3 X. Consideração. A nào-Arbitragcm aumenta a dependência ".,," 490 XI. Considcraçào. A nâo-arbirragcm reduz a liberdade " .."." .... " .. 492 XII. Consideração. Proporção entre Chefes de família e Chefes de nacào 493 Resposta ao Artigo I .." " " " " .. 500 Resposta ao Artigo II " " "" 502 Resposta ao Artigo III "." "." " "" .. 505 Resposta ao Artigo IV .." " " "" " 507 Resposta ao Artigo V 511 11. OB./E(:Ao. Pretendes fazer mais do que Jesus Cristo 522 III. OB./ECÀO. Os homens agem contra seus interesses 525 IV. OB./n:Ào. Os Soberanos permanecerão na dúvida 52H V. OB./ECÀO. Três Soberanos insensatos podem se aliar 529 VI. OB./I·:(:ÀO. Oposição dos preconceitos dos Soberanos e Ministros 532 VII. OB./I:CÀO. O Imperador chinês pode invadir a Moscóvia 533 INTERESSE DOS SOBERANOS Prefácio sobre o Interesse dos Príncipes 537 Finanças 55H Conquistas ativas '566 Milícia contra os Estrangeiros 56H Artigos fundamentais 540 INTERESSE DE VFNF/A 551 Proposição a demonstrar 552 Divisao dos Membros e Dernonstracào 553 Considerações sobre os aspectos internos 553 Política 554 Justiça 557 Comércio 560 Milícia contra Rebeldes 561 Autoridade dos Súditos 561 Consideracocs sobre os aspectos externos 562 Comércio Exterior 563 Ligas 564 Conquistas passivas 565 Dependência dos vizinhos 569 I. Objecáo. Ministros demasiado ocupados 571 11. Objeção. Quem desejará assinar o Tratado com os venezianos 573 III. Objeção. Os mais poderosos n~10 assinado 574 Conclusão sobre Veneza 575 INTFI{ESSES DA HOLA'\I)A 576 I. Observação. Não se deve mais temer o Stadthouder. 577 11 e 111. Observaçôes. Não se deve mais temer a divisão entre províncias 578 IV Observação. As dívidas do Estado diminuirão 579 V. Observação. As obras públicas serão realizadas 580 VI. Observação. Comércio exterior não interrompido 580 VII. Observação. Os Tratados de Comércio serão executados 583 VIII. Observação. A barreira não será mais necessária 583 IX. Observação. Ligas constantes e poderosas 584 X. Observação. Conquistas ativas e passivas 584 XI. Observação. Diminuição da despesa com a milícia 585 XII. Observação. Diminuição de dependência 58'5 XIII. Observação. Interesse dos particulares 585 I. Objeção. Não se negocia em público 586 11. Objeção. Algumas companhias de comercio perderão 587 Conclusão sobre a Holanda 590 INTERESSE DE PORTUGAL 590 I. Observação. Haverá que recear mais a Espanha 591 I. Objeção. O Rei da Espanha perderá 592 11. Observação. Ele já não temerá nem os ingleses nem os holandeses 593 111. Observação. Ele não sofrerá injustiças C01110 mais fraco '593 IV. Observação. Ele não sofrerá prejuízos pela grande distância das partes 594 V Observação. O Rei dobrará suas rendas 594 11. Objeção. Não é fácil acabar com a Guerra 596 111. Objeção. Os ministros de Portugal se oporão 597 IV Objeção. O Rei de Portugal ficaria de mãos atadas 598 V. Objeção. Ele se colocaria em tutela, em curatela 600 Conclusão sobre Portugal 601 INTERESSE DE Gf:NOVA E ASSOCIADOS 601 INTERESSE DO REI DA SICÍLlA 602 I. Observação. Ele não mais temerá o Imperador 602 lI. Observação. Necessidade de nova organização na Sicília 602 111. Observação. Aumento de renda 603 IV. Observação. Dependência reduzida em relação aos vizinhos 603 V. Observação. O subsídio da Guerra seria lucro seu 603 VI. Observação. Mais segurança para sua descendência 604 INTERESSE DO DCQUE DE FLOREN(A E ASSOCIADOS 60') INTERESSE DO PAPA 60') Conclusão sobre o rei da Sicília 604 I. Observação. Não seria mais preciso temer os turcos 60') 11. Observação. Liga contra os turcos 606 111. Observação, Não seria mais necessário temer os Imperadores 606 hTERESSE [)O Di ~Ql IE [)E LOHl-:r"';A 607 Objeção 607 INTERESSE DOS SllÍ(OS E DE GENEBRA 608 Objeção 609 Interesse do Eleitor da Baviera 610 I. Observação. Opinião sobre o Trono Imperial 610 11. Observacão. Possibilidade de barganha 611 INTERI':SSF [)O ELEITOR PALATI'..;O I': ASSOClA[)OS 611 I ]\;TI':I{ESSE I )OS ELEITORES ECLESIÁSTICOS F ASSOCIADOS 613 Observação sobre o Aperfeiçoamento das Leis da Alemanha 614 INTERESSE DO REI DA PRÚSSIA 614 INTEI{ESSE DO REI DA DII'<AMAI{CA 61') INTERESSE DO Dt IQI ~E DA CURLÂNDIA E ASSOCIADOS 616 INTERESSE DO REI DA POLÔNIA E ELEITOI{ DE SAXE 616 I. Observação. Reinado tranqüilo 617 11. Observação. Licenciamento de tropas saxónlcas 617 Interesse do Eleitor de Hanover, Rei da Inglaterra, no estal iek-cimento de uma Organização geral 618 I. Observacão. Assegurar a coroa 619 11. Observacào. Limites colocados e mantidos entre o direito do Rei e o direito do Parlamento 620 111. Observação. Aumento da renda do Rei ao dobro 621 Objeção e Resposta 622 Interesse do Imperador no estabelecimento da organizaçào geral da Europa 626 I. Considcracáo, Aumento do rendimento 627 11. Consideração. Aumento da tranqüilidade 62H 111. Consideração. Aumento da Reputação 629 Objeção e Resposta 632 Interesse do Czar no estabelecimento da organização Européia ..633 I. Observação. Inconvenientes da grande extensão de seus Estacl()s 634 11. Observação. Aperfeiçoamento das artes 636 Interesse do Rei da Espanha em fazer cessar a desorganização européia 637 I. Observação. Afastamento das partes em relação à monarquia 63H 11. Observação. O comércio feito diretamente dobraria 639 111. Observação. Os rendimentos do Rei dobrariam 639 Interes....;edo Rei da Suécia em estabelecer uma organizaçao entre os Chefes de nações 640 O caráter do Rei da Suécia é de ter paixão pelo que é grandioso. 641 I. Objeção e Resposta 646 11. Objeção e Resposta 647 111. Objeção e Resposta 647 IV. Objeção e Resposta 64H V. Objeção e Resposta 649 Intcres....;e do Rei de França no estabelecimento da organizaçâo Gera! dos Soberano ; 650 I. Objeção. Morte do Delfim de Borgonha 652 11. Objeção. O Rei de França ganha menos do que os menos poderosos 654 Excerto das memorias de Sullv 65H Comentário - A grande idéia que o Duque de Sully fazia do projeto 65H Comentário - Renúncias recíprocas são essenciais para assegurar uma propriedade recíproca 662 Comentário- Henrique IV poderia tornar sólida a Organização Européia sem tentar primeiramente cnfraquecer a Casa de Áustria 663 Comentário - O Rei da Inglaterra não desejava que se fizesse Guerra à Casa de Áustria 664 Comentário Nenhum Associado poderá tomar armas senão em concerto com a Uni~10 66'S Comentário Punição do Associado recalcitrante 666 Comentário Maioria de votos dos Associados 667 Comentário Punição do associado que quiser retirar-se 667 Come-ntário - Utilidade dos juramentos 66H Comentário As alianças parciais n~10 são duráveis 66H Comentário Negociação iniciada antes da morte de Henrique IV 66H Comentário - Henrique IV desejava imortalizar seu nome com essa instituição 670 Comentário - Henrique IV teria consentido em fazer o estabelecimento sem Guerra 670 Comentário -Henrique IV n~10 recusaria o CZar como Associado 671 Comentário - Henrique IV desejava a igualdade como fundamento para as leis de comércio 67'S Comentário - Henrique IV meditou neste projeto durante dez anos 67H Excerto de Fresne Can.iye 679 Comentário Houve um projeto de Tratado assinado C()n1 Veneza 679 Proposta para expulsar os turcos da Europa, da Ásia e da África 6H 1 Vantagens da empresa 6H1 Facilidade da empresa 6H3 Glória da empresa 6H4 I. Conclusão do terceiro Tomo 6H,) 11. Conclusão. f~ impossível que este projeto n.io se execute 6H6 Prova I 6H6 Prova 11 6H7 Prova 111 692 Advertência sobre a morte de Luís XlV 693 o Abade de Saint-Pierre: os fundamentos das instituições internacionais Ricardo Seitenfus' Le plus beau de tous les titres serait celui de pacificateur de l'Europe AW3f: nu SA1NT-PI/:RRI:' o Projeto para a Paz perpétua na Europa, do Abade de Saint-Pierre, conhece um curioso itinerário. Quando publicado em três volumes em 1713, ou o seu resumo C172R), passa prati carnente despercebido. jean-Iacques Rousseau ao redigir, em 1761, uma análise interpretativa que, em muitos aspectos, de forma as idéias originais, reconduz o Projeto ~l frente dos deba tes sobre o pacifismo:' e em torno da problemática da constru çào de relações estáveis na Europa cristã. O Projeto é filho de seu tempo e inspira-se num período histórico distinto daquele vivido por Rousseau. Para a sua com preensão, devemos levar em consideração a crise de consciên cia européia, reflexo de urna sociedade guerreira que faz surgir urna vontade de paz difusa que encontra no Abade de Saint Pierre um dos mais ilustres representantes. Doutor em rclacocs internacionais pelo Instituto de Altos Fstu<.los Internacionais de Genebra. -' N;10 se trata do mesmo sentido utilizado atualmente, pois a expressao pacifismo l' cunhada por f:mile Arnaud somente no início do sl'CLilo xx. Cf. Faguct. L, fe t'aciftsmc, Paris, Sociétl' Francaisc d'Irnprimcric e de l.ihrairic. I90H, I ABBÉ DF SAINT-PIElmEXXIV A análise de Rousseau pode ser considerada, de fato, COIno um obituário, pois desde então o Projeto não se beneficiou de publicação integral. Somente no final do século XX, renasce o interesse pela obra do Abade, tentando-se estabelecer sua contri buição para a história do pensamento político e identificando se a influência exercida, muitas vezes inconscientemente, na construção das instituições internacionais. Charles Irénée Castel de Saint-Pierre (165H-1743) - o Abade de Saint-Pierre - é o segundo dos cinco filhos de urna família da pequena nohreza da Baixa Normandia. Tendo perdido a mãe aos seis anos, e inapto, por razoes físicas, à formação militar, ele é conduzido a uma instrução eclesiástica onde descobre sua voca ção: ele será UIn « henfeitor da humanidade ». Obcecado pelo interesse público - ou geral, como se mencionava na época - ele descobre que a política e as normas jurídicas são hem mais importantes do que a moral. Mas, sohretudo, ele convence-se de que as leis, e somente elas, poderão garantir a segurança e a paz. Essa constataçào sustenta a elaboração do Projeto.' Dois aspectos salientam-se no Projeto e justificam que ele ocupe um espaço próprio na história do pensamento sohre as relações internacionais. En1 primeiro lugar, ele filia-se à corren te pan-européia que tenta encontrar instrumentos, inclusive institucionais, para por um termo às constantes guerras conti nentais. Ele insere-se, nesse sentido, num movimento que pos sui seus principais expoentes na República Crista de Pierre Dubois (século XIV) ; no « Congregatio concordiae » do rei Podiehrad (século XV) ; nas Economias reais de Sully, atribuída ao próprio rei Henrique IV (século XVII) ; no Discurso das oca siões e meios para estabelecer uma paz geral e a liherdade de ) Goyard-Fahre, S., Projet pour rendre la paix perpétuelle eu Europe (Introductíon), Paris, Éditions Garnier Freres, 19fH, p. 11. Prefácio xxv comércio para todos de Emeric Crucé de Lacroix (século XVII); nas idéias de Leibniz ao propor, no final do século XVII, U111a federacào européia sob a dupla autoridade do Papa e do Impe rador e, finalmente. nos trabalhos de Willialn Penn, que sugere a conclusão de U111 tratado perpétuo entre os soberanos euro peus (1693). Todavia, é C0111 o Projeto que a idéia paneuropéia será apresentada, pela primeira vez, de maneira sistêmica. Não devemos, no entanto, iludir-nos C0111 os resultados da racionalidade proposta por Saint-Pierre pois, C01110 ressaltou pertinazmente Rousseau, o Abade «teria sido U111 sábio homem, caso n~10 tivesse sido afetado pela loucura da razão », O segundo aspecto fundamental do Projeto encontra-se e111 sua problemática pacifista. O desafio de Saint-Pierre consiste, C0111 efeito, e111 « vincular os dois aspectos, apresentando U111a sociedade européia C01110 sendo a única garantia de paz per pétua nos Estados dos príncipes cristãos C01110 fora deles ». I As noções de sociedade ou comunidade que se relacionam de forma pacífica e construtiva percorre UI11 longo e tortuoso G1I11inho. A idéia de cooperação entre os grupos sociais organi zados é estranha ~1 Antigüidade. Nesta, ao contrário, os vínculos entre as cidades e a religião fazem da guerra tanto UI11a norma quanto U111a fatalidade da vida social. Foi somente C0111 o surgi mento do BudisI110 (século V a.C.) que a condenação da guerra aparece no pensamento religioso. Todavia, os budistas n~10 susren ta111 seu pacifismo nos imperativos humanitários, 111as através de urna improvável renúncia voluntária ao exercício do poder. No Ocidente, o pacifismo surge C0111 os primeiros cristãos. convencidos de que a chegada do Messias poria U111 ponto final I Assouan, P.-L., « l.'Ablx' S~lint-Picrre », in Chârck-t. F., Duh.uncl. o. e Pixicr, L. IJíctío}/Iwírec!es(XJ!ll'res/)o!itú/l/es, Paris, Pl:F, IlJH(J. p. 101 f. Alm[~ DE SAlNT-PlERREXXVI à guerra. Ao tornar-se cristão, o Império Romano coloca eI11 cheque essa possibilidade latente da Igreja pois, ainda no sécu lo IV, Santo Agostinho declara que «o soldado que mata um homem obedecendo à ordem emanada de UI11a autoridade regu lar não é culpado de homicídio ». O esforço da Igreja não mais será conduzido a eliminar o flagelo da guerra, I11aS simplesmente a humanizá-la e a influir sobre seu desenrolar, aplicando certos princípios COIno o da Trégua de Deus ou o da excomunhão. Cahe salientar que o Cris tianismo, o Islamismo e o Judaísmo - as três religiões monoteístas - introduzem a idéia da infidelidade, portanto da paixão, religio sa. A partir dessa leitura excludente dos princípios teológicos, as guerras de religião multiplicam-se sendo sustentadas na idéia da guerra justa conduzida contra os infiéis. Somente no século XVI surgem doutrinas religiosas paci fistas C01110, por exemplo, a dos Quakers. Insere-se nessa nova fase a obra do Abade de Saint-Pierre. Todavia, a motivação do Abade decorre mais de sua inquietação com o equilíbrio de poder europeu e menos de considerações religiosas. Preocu pado C0111 a neces-sidade de manter o status quo territorial na Europa, o Abade propõe, de maneira precursora, urna Santa Aliança entre os Estados cristãos. Con10 se vê, sua proposta distingue-se da percepção kantiana'), já que esta defende a paz entre os povos através da transparência dos tratados interna cionais, objetivando colocar UI11 termo às cláusulas secretas, e apoiando o incremento das relaçôes econômicas, sobretudo comerciais. Contudo, a realidade que preva-lece na Europa, ern < Kant, lmmanuel, Projetofilosofico de paz peI1}('tIW, 179'), que faz parte da presente colcçao Obras Clássicas sobre Rclacocs Internacionais, com prefácio e apresentação de Carlos Henrique Cardim, Prefácio XXVII especial a partir da Revolução Francesa, é marcada por constan tes e sangrentas guerras civis e ideológicas." Para Saint-Pierre, o espírito helicoso vincula-se à autocracia monárquica, sohretudo de Luís XIV, que manifesta desenfreada ambição e pratica guerras de conquista colocando a fogo e a sangue a Europa. Esse ataque frontal ao absolutismo provoca sua expulsão da Academia Francesa e leva à prisào seu editor quando da puhlicação da obra Polysvnodie (171H).7 Sua franqueza e seu h0111 caráter, movidos por sentimentos humanistas, levam o Abade a associar-se aos livres pensadores. Para estes, a luta pela liberdade e em defesa do gênero humano contra as arbitrariedades dos poderes espiritual e temporal consti tui guia e missão. Naturalmente. o Abade integra-se nesse ambien te, já que sua bondade e honestidade impregnam o conjunto de sua obra. C01110 veremos a seguir, nào se pode dizer o lneS1110 da análise política do Abade. C0111 efeito, o Projeto deixa transpa recer uma clara ingenuidade quando trata do exercício do po der e uma marcante vontade de manutenção do statu quo polí tico e territorial. Tal C01110 os tratados de Utrecht, considerados corno UlTI CCJlpUS jurídico europeu, o texto do Abade indica que a paz "Ax primeiras organi/:I(,'r'll'S p~lcirislas surgem,;onwnle no scculo XIX: :I.'; Pcacc Socictv británica (IHI(») e norte-americana (IH2H), A Franca cria, em oposi<,'~10 ~I política de Napoleão l ll, a Up,{{ lntcrnctciouctl de Paz c Liberdade (IH()]). e os movimentos paci fist.is estendem-se ~IOS p:líses germ~lnicos, Finahucuu-. em IW)(). l' instituído o Prl'mio ]\i ( )he! d:l P:I/, - Com um discurso post-mottcnt (177:;) de dAk-mlx-rt, o Alxn.k- De S:lint-PielTe recu pera Sl'lI IlIg:lr T1:1 g~lleri:l d:l }\cH.lemi:l Fr:lnce<;a. XXVIII Almf: DE SAINT-PIElmF perpétua entre os Estados cristàos somente poderá ser alcançada caso os soheranos respeitem os princípios fundadores de seu Projeto. O longo texto da paz perpétua é redigido em forma de artigos - ditados e alinhados - que demonstram a importância reservada ao positivismo jurídico. Pretextando economizar demo radas e complexas negociações entre os plenipotenciários das potências européias, o Abade, de fato, n~10 esconde sua preten são: propor um texto acabado ao qual os soheranos somente expressariam sua adesão, aportando pequenas modificacoes que lhes parecem indispensáveis. Portanto, o sistema proposto orien ta-se pela racionalidade da ordem política, tanto interna quanto externa. O núcleo central do Projeto é composto por cinco artigos fundamentais que nào podem ser ohjetos de mudanças. Eles foram resumidos na publicaçào de 1729 e apresentam-se com o seguinte conteúdo: (1) A partir da conclusào do Projeto, os signatários alcança riam urna aliança perpétua que propiciaria a eles e a seus suces sores U111a absoluta e total segurança "contra as grandes desgra ças das guerras estrangeiras e as grandes desgraças das guerras civis"; haveria U111a garantia mútua - diríamos hoje, urna segu rança coletiva - que protegeria os Estados, seus hens e pessoas e asseguraria a completa herança de seu poder, ou seja, o respei to aos direitos hereditários; haveria U111a substancial diminuição das despesas púhlicas e111 razão da economia com o armamento e, por conseguinte, um aumento efetivo da renda nacional; as leis e regulamentos internos beneficiar-se-iam de mudanças positivas; os tratados em vigor seriam respeitados, he111 como as linhas de fronteira. O traço marcante desse primeiro enunciado prende-se ~l preocupação do Abade e111 manter o status quo nas relações de poder entre os Estados cristãos e no interior destes. A conquista da paz representa para ele uma clara renúncia ao estado de Prefácio XXIX natureza, já que os signatanos extraem-se deste e ingressam num estado social. Ora, esse defensor da justiça n~10 se inter roga sobre a contradição entre suas idéias progressistas e a defe sa da petrificação social e política que ele propõe. Assim, por exemplo, o princípio das nacionalidades, que fundamenta o direito internacional moderno. n~10 encontra guarida no Projeto. Ele aceita a existência de Estados artificiais e a manifestação do poder de domínacào nacional que marca a Europa. Para o Abade, o traçado artificial e injusto das fronteiras européias que privilegia os principais Estados, constitui Ull1 dado da realidade. Nesse sentido, a conjuntura decorre de urna evolu ção histórica que n~10 pode ser desconhecida, muito menos en frentada. Portanto, o Projeto n~10 somente n~10 pretende colocar em questão o estatuto geogr{lfico da Europa, mas, igualmente, defendê-lo. Por outro lado, a manutcnçáo do status quo interno decor rente da aplicacão do princípio da segurança coletiva nos casos de guerra civil constitui urna afronta ao princípio de auto-orga niz.rcão dos povos. Sainr-Picrre n~10 coloca em questão a legiti midade do poder soberano, 111esn10 quando este se utiliza de instrumentos arbitrários e ditatoriais para oprimir seus súditos. O mau exercício do poder poderá eternizar-se, pois, alem de sua própria forca, poderá contar C0111 o beneplácito coletivo. Nota-se que o Abade propoe - mesmo que ele negue - a possihi lidade da criação de urna liga dos soberanos contra os seus povos, ou seja, urna espécie de Santa Alianca aoant la lettre. 2) Os signatários contribuem individualmente, segundo suas possibilidades, para o financiarnc-nro dos custos coletivos da aliança. As contribuiçocs para a seguran<-c'a e as despesas comuns constituem "'a alímcntacào quotidiana e perpétua do corpo polí tico da Europa". A forma de repartir os custos obedecendo ~l proporcionalidade das riquezas de cada um dos soheranos é urna das idéias mais interessantes do Projete». Todos deverão xxx ABBí~ DE SAINT-PIERRE arcar com o financiamento da segurança coletiva, já que todos encontram nesta seus interesses maiores. Todos os Estados membros, inclusive aqueles desprovidos de riquezas, devem contribuir ao financiamento coletivo da paz e da segurança internacionais. O atual modo de financiamento da maioria das organizações internacionais obedece ao preceito do Abade, já que a contribuição de cada Estado membro é calcu lada de forma proporcional ao seu produto nacional. Contudo, o financiamento da paz é, preferencialmente, de responsabi lidade dos Estados desenvolvidos e das grandes potências. Os Estados menos desenvolvidos, por sua vez, são chama dos a colaborar para financiar o funcionamento normal da insti tuição e para projetos que possuam um retorno imediato, pois tratam de questões vinculadas ao progresso econômico e social dos sócios de menor desenvolvimento relativo. Por outro lado, a presidência do coletivo é prevista de for 111a alternada, fazendo com que cada Estado membro exerça-a durante um certo período. A rotatividade do exercício da adminis tração política que encontramos no Mercosul e na União Euro péia, ou seja, em instituições que buscam a integração entre os parceiros, bem C01110 o secretariado rotativo da organização inter nacional informal que encontramos no Grupo dos Oito (G-H), originam-se na sugestão do Abade. 3) Os signatários comprometem-se a não lançar 111ão de meios bélicos para resolver seus litígios presentes e futuros, e aceitam, em qualquer situação, a mediação e a arbitragem dos aliados. A renúncia às armas é acompanhada pela indispensável existência de instrumentos de mediação ou arbitragem. Para o Abade, não basta criar urna situação de paz de fato. É neces sário estabelecer soluções pacíficas dos litígios que venham substi tuir-se à tradicional utilização da força. A conciliação através da arbitragem e mediação é realizada pelos pares no âmbito de urna assembléia geral. Prefácio XXXI Novamente encontramos nas atribuições de certos órgãos das organizações internacionais contemporâneas as propostas do Abade. O artigo 15 do Pacto da Liga das Nações estipula a obrigatoriedade de submissão, ã autoridade do Conselho, de um litígio não resolvido por meios pacíficos entre os Estados membros. Por sua vez, a Carta da Organização das Nações Uni das indica em seus capítulos VI e VII (a partir do artigo 33),H o papel fundamental desempenhado pelo Conselho de Segurança na prevenção e solução dos litígios internacionais. Uma vez mais, deve ser enfatizada a importância dos instrumentos preconi zados pelo Abade para a solução dos litígios e os mecanismos por ele propostos. Caso o litígio não encontre solução através dos meios pacífi cos, o Abade propõe que a ele seja submetido a U111 julp,a mento. Essa jurisdição obrigatória para C)S Estados membros aproxima-se do modelo estatal contemporâneo e transcende o princípio da cláusula facultativa de jurisdição obrigatoria do Estatuto da Corte Internacional de Justiça (art. 36).') A atual fragi lidade de jurisdição e de competência desta contrapõe-se aos terríveis desafios das relações internacionais contemporâneas. O princípio da não-intervenção nos assuntos internos dos Estados - que constituem seu domínio reservado -, consagrado pelo Direito dos Tratados e pelas Cartas constitutivas das organi zaçoes internacionais contemporâneas, não encontra guarida na argumentação de Saint-Pierre. Para ele, a distinção entre guerra civil e internacional não é pertinente, pois ambas atentam con tra a ordem monárquica e contra os direitos fundamentais dos homens. Portanto, devem ser combatidas C0111 a mesma intensi- H in Scitc-nfus, R, Textos Fu ndamentais do Direito das !?e/aç-'()es lntcrttacionais, Porto A1l:'grl:', Livraria do Advogado Editora, .200.2, p. 12) l:' seguintes. '! tbidcni. p. 1'1). XXXII Almf: DE SA1NT-PIEHHF dadc. Trata-se, evidentemente. da possibilidade de impor a paz mesmo que seja contra a vontade dos beligerantes. Tanto os episódios recentes das guerras na antiga Iugoslávia corno os cont1itos africanos sào exernplos de como o Conselho de Segu rança das Nacoes Unidas inspirou-se, mesmo sem a necessária consciência, nos preceitos de Saint-Pierre. 4) Todo e qualquer signatário da aliança que atentasse a sua solidez seria objeto de ações coletivas. Corolário do artigo precedente, o dispositivo prevê a apli ca<;àode urna sanção aos Estados signatários que "recusam execu tar os julgamentos e as soluções indicadas pela grande aliança, negocia tratados contrários e prepara-se para a guerra". Os Esta dos infratores serào ohjeto de medidas coletivas "ofensivas", verdadeira polícia européia, defendida pelo Ahade através de um curioso raciocínio. Segundo ele, a dissuasào representada pela existência dessa polícia agirá segundo um medo saudável que aproxima das crianças os Estados, que necessitam ter corno perspectiva "uma certeira punição, próxima e suficiente", para que sejam capazes de ouvir a voz de seus próprios interesses. C;) Artigos su plemcntares poderiam adicionar-se aos atuais seguindo negociações diplomáticas realizadas pelos plenipoten ciários dos Estados partes. Contudo, o seu alcance jamais pode ria modificar o conteúdo destes cinco artigos fundamentais. O Abade, através deste artigo, indica que ele concebe seu Projeto corno sendo uma verdadeira "constituição européia", per mitindo unicamente aos Estados a regulamcntaçào dos disposi tivos propostos e a complementação através de leis menores. Os princípios elencados pelo Abade chocaIn-se frontalmente com a percepção de poder do Estado europeu. Este percebe, rapidamente, que o Projeto limitaria sua independência e desco nheceria seus direitos soberanos. Pode-se, inclusive, aceitar a idéia de que a paz perpétua lhe seja conveniente. Contudo, corno ressalta Rousseau, "devemos distinguir o interesse real do interesse aparente. Este encontra-se na situação de indepen Prefácio XXXIII dência absoluta que o retira do império da lei para submetê-lo ao da fortuna ...Toda a preocupação dos reis, ou daqueles que se encarregam de suas funcoes, tem dois únicos objetivos: esten der seu domínio externo e torná-lo ainda mais absoluto interna mente: qualquer outra perspectiva, ou vincula-se a urna destas duas ou serve somente de pretexto; esse é o caso do be111 públi co, da felicidade dos súditos ~ da glória da nação". lo Podendo ser considerado corno um "verdadeiro sindicato de seguro mútuo contra a guerra", 1I o Projeto não deve ser in terpretado C01110 o fez Rousseau, que o considerava excelente, entretanto impossível. Certamente o Projeto "era impossível e felizme-nte ele n~10 era hC)l11".12 Criticado por muitos e111 razão de sua ingenuidade e volun tarismo, que desconhece as engrenagens e as motivacocs dos homens, o Projeto inscreve-se nU111 momento hisrórico dctcrmí nado e S0111ente pode ser avaliado em seu contexto temporal. O Abade é o primeiro pau-europeu dos tempos modernos, e ele concebe sua 111iss~10 corno a de U111 simples propagandista de idéias que defendem o he111 coletivo, bUSGln1 reformar o sistema político e insurgem-se contra o absolutismo e o expan sionismo monárquico. Contudo, o Projeto deve ser percebido, igualmente, corno U111 instrumento para que os soberanos 111an tenham seu poder intacto. I" in Goumy. L. litncles sur la t-ic e! les ccrits de IAIJIJ(' dI' Sa int-Ptcrrc. C;cnchra. slatk inc Rc-prints. I()71. p. H2. 11 DrollC\.,/ .. I,AIJIJ(' de Saint-Pictrc. Ih()/JI/)/(' ('/ l ocurrc. Paris. Libr.riric Ch.uupion. l\)I 2. p. I 2·+. /2 C;Ol 'MY. L. op. cit.. p. H(). XXXIV o princípio da segurança coletiva que sustenta as organi zacoes político-militares desde o início do século XX até as atuais indica que as sugestões do Abade estavam fora de seu tempo. A longa maturação que experimentaram as relações inter nacionais para formatar, finalmente a partir da segunda metade do século passado, uma verdadeira sociedade internacional, é um indício da correta premonição do Abade. A recente evolução das relacoes internacionais, marcada por sua institucionalizaçao - há mais de 3'50 organizaçocs inter nacionais" - e pelo registro nas Nacocs Unidas de quase 40 mil tratados internacionais, demonsrram a atualidade do pensa mento de Saint-Pierre, pois trata-se de U11l esforço para enqua drar a moral e a política dos Estados, mormente os mais int1uen tes, em parâmetros jurídicos que venham a proteger os mais fracos, concedendo maior previsibilidade às relacoes interna cionais. Se a imposição de L1111 mínimo de racionalidade ~lS relaçôes internacionais por parte dos Estados decorrem, C011l0 sugeriu astuciosarnente Saint-Pierrc, de U111 cálculo de custo-beneficio. pois a paz faria C0111 que seus dirigentes pudessem usufruir do lazer e de meios gastos C0111 a guerra seriam utilizados de manei ra pessoal, ou se essa nova atitude origina-se na formatação de U111 mundo onde o domínio está sendo suplantado pelo império na acepção aroniana, constituem ternas de reflexào e debate, Existem somente duas certezas: por urn lado, a paz conquistada acompanha-se da terrível ameaça nuclear, e, por outro, ela jamais apresenta-se corno absoluta; de fato, C01110 indica Paul Valéry, "a paz é a guerra e111 outro lugar", I.i Seitcnfus , R, Mal/lia! das orga ulzacoes internacionais, Porto Alegre, Livraria do Advog.uk: Editora, 2000, 2° cdicão. .'1(l7 p. Prefácio xxxv C01110 ressalta Goyard-Fabre, "o Abade de Saint-Pierre é provavelmente U111 dos primeiros autores a pressentir a impor tância, e111 matéria jurídica, do uso prático e não S0111ente teóri co, da razão"." Nessas concliçoes, não surpreende o reconhe cimento de Kant ã obra do Abade, pois o b0111 padre contribuiu não S0111ente ao fortalecimento do 1110vi111ento pacifista - U111 dos fenômenos transnacionais fundamentais da conternpo raneidadc - C01110 também inspirou as atuais organizações inter nacionais e, finalmente, lançou as bases da lógica da argurnen tacào que perrneia os modernos estudos sobre a retórica jurídica. BJl3UOGNAflA 1. OnNAs J)O AnAI)J;' J)/;' SAINT-PI/;HN/;'/"i a. Obras isoladas organizadas em ordem cronológica, Discours prol1ol1cc's cl.ms I'Acadc'mie Ira nc.u:«: le 5 m.us 1()9'1, ~'I I~I reception de M. I'ahhc' de S.-P., Paris, J.-H. Coignard, in-ia, 2() p. Discours prononcc par M. ['ahhc' de S.-P, le U mars I ()9'1, Recuei! Acad. Françlise, 1()9'1, p. 225. Mcmoire au sujl't des hc'nc-fices possc'dc's par les rcligicux de la Congrc'gation de Saint-Maur cn 1704, Luxe-mburgo, A. Cavclk-r, 170'1. l listoire dunc apparition, s.l., 170K, in-x", 51 p. M01110ire sur la rcparatíon dcs chcmms, s.l., 170K, in-i", 7'1 p. Mcmoin- pour rcndre la paix pcrpctuclk. ~I lEuropc-, s.l., s.d. 11712, Colônia, J Lc Pacifique], in-12. Projct pOLIr rcndre la pa ix pcrpcrucllc ~I lEuropc-, t Itrccht. Antoine Shoutcn, 2 vol. In-12, -fOO p. ct 420 p. Premie-r ISecond] discours de M. I'ahhc' de S.-P, sur lcs travaux de lAcadcrnic francaisc, s.l. 171'1, in-4°, IV-KK p. II Op. cit., p. HI. I" Organizallas por Goyard-Fabrt- , S.. op. cit; pp. 2=)-51 XXXVI Mémoirc pour perfcctionncr LI SUl' 1cs s.l. 171S, in-/ío, 1V-S2 policc chcrnins, p. Projct de tr.ritc pour rcndrc la puix pcrpctucllc entre lcs souvcrnins chrcticns, pour maintcnir toujours lc corurucrcc librc entre- lcs n.uions, pour .iffcrmir lx-aucoup davantage lcs maisons souvcraines SUl' lc trónc. Proposc .urtrcíois par Hcnri lc Granel, roi de Fr.mcc, :lgréé fXII' la reine (~1isahL'th, par .Jacques 1'" roi dAngl.ucrrc son succcsscur ct plup.utLI eles autrcs potcntats dEuropc. Éclairci par M. lahlx- de S.-P., Utrccht, A. Shoutcn, 1717, in-12, 5 vol. Mcmoire pour lct.rblisscmcnt de LI t.ulk- proportionncllc, s.l., 1717, in-S", 5() p. Addition :IU Mémoirc SUl' 1c clucl. setembro de 1717, s.l., in-·lo. Instruction íamilicr« SUl' la soumission duc :\ la constitution L'nigcnitus, Avignon,j. Chastc-l. 171H, in-12. Discours sur LI Polysynodic. oú lon clcmontrc que la polysynodic ou plurulítc des conscils est la forme de ministcre la plus ~Ivanugeuse pour u n roi ct pour son royaurnc, Londres, j. Tousson, 171H, in-j", VI1I-12<J p. Discou r SUl' la Polvsynoclic. segunda edi<,.';Io, Amxtcrclá , Du Villard et Ch.mguion, in-12, 171<J. Projct de taillc tarifiéc, pour íuirc cesseI' lcs m.urx que c.urscnt cn Fr.mce 1cs disproport ruim-use» d.uis 1cs rcp.ut de arbitra ire.ions ition-; LI tu ilk- Paris, I'~mery, SaugLlin ct Martin, 1725, in-u", 2 vol. (Priv.1 de agosto de 1722). l'rojct ele tuillc t~lrÍnC'L'. (,:cLlircissements aux dilTicultc's, tomo 2, Paris, Emcry, 1725, in-1°, Mcmoír« pou r dirninucr 1c nornhrc des procc-; Paris, Cuvclicr, 172S, in-12, J20 p. Discours ele M. I'ahhc' de S.-P. pour pcrfcctionncr lorthographc, 172S, in journal des s.rv.mts, p. 25()-2/IS. SUl' les p.iuvrcs mcncli.mts, Paris, Emcrv, 172S, in-S", 2H p. (Priv. 7 de marco de 172'-!-), Mórnoirc pour augmentl'r te rcvcnu des hc'nc,tkes ct pour Ia ire v.rloir dav.mt.rg« au profit de ]'í~ut 1cs tcrres ct .uu rcs fonds des hénéfices, s.l., 172S, ín-x". Mérnoirc e1c \';Ihhé de S.-P. pour rcndrc 1cs especucles plux ut ilcs :\ lÉtat, Mcrcurc, abril de 172C), p. 71S-751. Liberte de substitucr pour conscrvcr lcs hicns d.ms lcs tamillcs nobk-s, Pa ris, 1727, in-12, S7 p. Ohscrv.n ions générales SUl' lc Dirtionn.un- univcrscl. in Mcrcur« de Fr.mcc, novembro de 172(). Prefácio XXXVII Obscrv.uions gl'nérales dl' M. 1':lhhl' de S.-P. sur un livre qui :1 pour titrc Tr.ritc de Li ve-nte e!L'." i111 11l1'Uhlcs. Mcrcurc. janeiro de 1727, p.I-1 I. l'rojct pour pcrfcctionncr lcduc.uion. avcc un discourx sur Li gr:lndeur ct Li saintcté des h0I11I111'S, 172H, in-12, 517 p. I)rojet pOlir r.mdrc Ics scrmons plus utilcs. 1):ll"is, Briusson. 172H, in-l2. Ahrl'gl' clu projct de pa ix perpl'tuelle invente par lc roi l lcnri lc Granel .ipprouvc par 1:1 reine í~lis:dK,th, par lc roi ./acques It' son succl'ssl'ur, par Ies rópuhliquc« l't par di\'LTS .unrcs potcnt.us. Approprió ;1 r{:Ut prcsc nr dl's allairl's gl'nl'r;lles ele ll.uropc. clcmontrc inlin imcnt avantagcux pour tous Ies hommcs nl's l't :1 naitrc cn gl'nlT;d et cn p.uticulicr pours tous les souvcr.uns ct Ies m.iison souvcraincs. Rotcr e];l, Daniel lsc-m.m. 1729. in-S", V[-227 p. Projct pOlir pcrfcctionru-r loriographc dl's bngul's de lEuropc, Paris, Briaxxon. 1750, in-x". 2()() p. Nouvcau projct dunc tuillc rccllc, pour l'intcrct dl' r{:Ut ct Il' soulagc-mcnt eles pcuplcs, s.l.n.d .. in-W.L-) p. Fautl'uil dl' poste. in Mcrcurc ell' Francl', dl'zl'l11hro dl' 175:L Obscrv.itions sur Li sobrict«, I)aris, 175-=), in-12, -=)K p. Prcmicrc repense dl' M. lablx- dl' S.-P. ;'1 Li qu.uricm« k-ttrc du Sicur Pcllctic-r, ch.moinc dl' Rcims, sur Li comlllllnicltion avcc: Ies j.mscnistcs. s.l. 175-=), in-S°. Sl'condl' répon-«. ele M. I':lhhl' de S.-I). :'1 Li quatriómc lcttrc clu Sicur Pcllctic-r, chanoinc de Ikil11S, sur Li conuuunication a\'l'C Il's .J;lI1sl'nistl's, s.l. 175-=), in-x". Dclcnsc de Li foi catholiquc .ipostoliqu« ct roma inc contrc un lil x-lk: intitulc : Ll'S illuxions dl's communicantx, ;Ielrl'ssl' ;'1 lautcur par M. I':lhhl' de S.-I)., s.1. 17:)(), in-S". Discours sur Li vcrit.rbk- gr.mdcur ct xur la dilTérl'ncl' qui csr entre le grand hOI11I11l' l't lhorumc illustrc. 1\1l'l11oirl's de Trl'\'OlIX, [anciro dl' 175C> (estl' texto encontra-se iguall11l'ntl' no início da Histoirc dEpaminondas. P;lris, Didot. 17.-)l), l'rojct dl' Li ta illc t.uificc ct Supplcmcru. Rotcrd.t. 1k'111:ln, 1757, in-S" (estl' volume l' o 5" t0l110 do Projc-t c!c t.ullc t.uificc. publicado em 17.~l), Tcst.uucnt politiqu« du Cardinal de Richc-licu. premie-r ministre de Fr.mcc sous lc rl'gne de l.ouis XIII. a\'l'C dcs ohserv;ltions poiitiques, Al11ster el;L Jlnssons, \Xlaesherge, 175H, 2 \'01., in-l2.. [\ioU\'l';IU pLII1 de gOU\'lTnel11ent dl'S (:Uts souverail1s, l\otLTeU, Ikl11an, 175H, in-12, :)()H p. Projet ele uille Uril'il'C. 2" l'lli~';io, l\oterd;i, Ikl11an e I)aris. Briasson, 5 vol., in-12. XXXVIII ABl~(: DE SAINT-PIEI{!{E Av.mtagcs de l'cclucation eles colleges sur lccluc.uion domestique, Amsterdã e Paris, Briasson, 1740, in-Lê, 4 partes. [)e la douceur. Modestie. Irnportancc eles cxprcxsions modcstcs polics. Í~conomie hicnfaisantc. Amstcrdá e Paris, Briasson, 1740, in-LZ, 4 partes. Exerciccs du lundi pour fairc desircr aux cnf.mts la vcrtu comme cause du bonhcur, Amsterdã e Paris, Briasson, 1740, in-12, 2 vol. Tcst.uncnt politiquc du Cardinal de Richclieu, huiticmc cdition cnrichic dohscrv.uions historiqucs ct politiqucs par M. lubbé de S.-P.. La l layc, lcan v.in Durcn, 1740, in-12, 2 vol. ldccs pacifiques sur les démêles entre lEspagnc ct lAnglctcrrc, s.l. 1742, in KO, .~2 p. Projct dune paix pcrpctuclk- ct gé'nérale entre toutcs lcs puissa ncc« de lEuropc, s.l. 1747, in-12, KK p. Ohscrv.uions de M. labhé de S.-v sur lc tcsr.uncnt politiquc du Cardinal de Richclicn - in Recuei! eles tcstamcnts politiqucs du c.rrdina! de Richclicu. du duc de Lorr.rinc, de M. Collx.rt ct de M. de Louvois, Amsterdã. 17/+9, vol. 11, p. 197-2')7. Annalcs politiqucs, de fcu M.Ch.-1. Castcl, ahhé de S.-P., de lAcack-mic francaisc, Londres, 17')7, 2 vol., in-S", rccclicào 17,)K. Rccdicào em Genebra e Lyon, 17()7, Duplantin. Obscrv.uions hisroriqucs sur lc tcstamcnt politiquc - in Richclicu : Maximcs d'f:tat, Paris, 1764, vol. II, p. lK4-2.~ I. A mad.unc de Corntcssc de Ger. s.l.n.d., in-12, 4 partes. Lcs rêvcs dun hornmc de hicn. qui pcuvcnt êrr« réalisés, ou lcs vucs urilcs et praticablcs de M. l'ahhL' de S.-P., choisis da ns cc grand nornhrc de projets singuliers dont lc hicn public cta it lc príncipe, publié par P.-A. Allctz, Paris, Duchc-snc. 177'), in-12, Xii-')02 p. Extrait du Projct de paix pcrpctuclle de M. labbé de S.-P., parJ.-J. Rousscau. ..r 1761, in-12, XIV-114 p. Annalcs politiqucs dclabbe de Saint-Picrrc, nova cclicao. Tese cornplcmcn tur de J. Drouct. Paris, Ch.uupion, 1912, in-S", XXXVIJ-.19K p. 1Inplishcd rnaxims of the ahhé de S.-P., por Mcrlc L. Pcrkins, in Frcnch Rcvicw, XXXI, 19,)K, p. 49K-')02. h. Obras sem data de publicação Projet pour multiplier lcs colleges de filles, nova ecliçao por V. Dcvelay, Paris, Acadcrnic de Bihliophilcs, in-.12. 1ltilité de se guérir de la présomption pour rcndre cerre prcmiere vic plus hcurcusc, in-12. Prefácio XXXIX Nouvc.iu projct dune t.iillc rccle pour linrcrêt de !'í~t~It ct le soulagcmcnt du pcuplc oú lon f;lit voir par des réflcxions solidcs lcs crrcurs qui se sont trouvccs d.ms ce livre de fcu M, de Vaulxm qui a pour tirre : Projct dunc dimc roy.rlc. s.l.n.d. in-S". c. Correspondência Cinqu.mtc-clcux lcrtrcs ~'l Mad.rmc Dupin (da tcrca-fcira 15 de setemhro de 175') ;) qu.ur.r-fcira 27 de outubro de 1742), puhlic.uk», pelo Conde Gaston de Vilk-unc-uvc-Guilx-rtrn, 111114, in Lc Portcfcuiile de Macl.unc Dupin, Paris, Calmann-Lóvv. Plotinnc airnablc. cstimuhlc ct lu-urc-usc. ibid. Rcflcx ions SUl' quclqucs ouvragcs appclés dimaginat ion cr au xqucls limagin.uion nu aucunc p.ut. ibid. Lcrtrc SUl' lcs fcrnmcs. Dcux lcttrcs de M. I'ahhé' de S.-P. ;) M. de Tourlavillc (publicadas pelo Con (.1c de Blangy ), Cten, 111<)1, in-x", 2,l p. Quelques k-ttrvs incclitcs concertl;lnt lcs rcl.uions intcllcctucllcs franco anglaises .ru XVIII' si0c1e, por C. Bonno, in Rcvuc de Littcr.uure cornpurcc, I<):iO, p. 117-1111. An unpublishcd lcttcr from S.-P. tp Daguesseau ( 1727), por Mcrk- L. Pcrkins, in Modcrn Languagc, LXX, 1<)')'), p. 110-I 15. An unpublishcd lcncr frorn S.-P. to Voltairc, in Kcntucky Forcign Langu;lge, Oun n. VII, I <)()O, pp. 151-155. d. Obras de politica e moral 1() volumes in-I Z, intitulados Ouvrugcs de politiquc ou Ouvragcs politiqucs, publicados de 1755 ;'1 174I. TO\IO I: Rotcrclàm. Iscm.m. ct Paris, Briusson, 17511. Contem a segunda cdi (;;)0 do Projct de pu ix pcrtpctucllc, revista e aumentada. Tomo II : Rotcrd.i, lk-rn.m, ct [)aris, Briasson, 17511. Contem I. Suppk-rnc-nr ;) 1'Ahré'g0 du Projct de Puix pcrpétuclk-. 11. Projct pour lcxtirp.uion dcs Corsaircs de Barbnric. [[I. Origine des dcvoirs ct eles droits eles uns ;) 1'0gard des nutres. IV. Projct pour rcndre lcs titrcs honoruhlcs plus utilcs ;'1 !'(:tat. V. Obscrv.uions politiqucs SUl' lc c0lih;lt eles prêtrcs. VI. Mémoirc pour ohrcnir k- droit dL' substirucr. VII. Discours contre l'augment;ltion (.1cs Morinaics ct SUl' lutilitc de la mcthodc des annuités. XL VIII. Projct pour rcndrc lcs livres cr nutres monumcnts plus horiorublcs pour k-s aurcurs futurs ct plus utiles pour la porstcritc. Toxio III : Roterdã. lscman ct Paris, Briasson, 1755. Contem : Projct pour pcrfcctionncr IL' gouvL'rt1L'mL'nt eles États. Toxio IV : Rotcrdàrn, Bcman ct Paris, Briasson, 1755. Contem : I. Projct pour rcndrc lL's chcmins pr.uicahlcs cn hivcr. 11. ProjL'l pour rcnfcrrncr lcs mcndi.mrs. 111. Explication dunc apparition. IV, AvantagL's dcs confcrc-nccs politiqucs. V. Agr.mdisscmcnt ele la cupirulc. VI. Projct pour rcndrc lAcadcmic eles bons 0crivains plus urilc. VII. Ohscrvations sur k-s vics des hornmcs illustrcs. VIII. Projct pour lcs rentes cn lxmquc. IX. ProjL'l pour ctahlir dcs annalistcs de I'í~tat. X. lltilité' eles dcnombrcmcnts. XI. Projct pour multiplicr lcs coll0gL's de filies. TO,\IO V : Rotcrda. Bcman, 1755. Contém : I. Projct pour pcrfcctionncr la mcclccinc. 11. Projet pour render les ctahlisscments dL's rL'ligieux plus parfaits. II I. Discours contrc k: mahomctismc. IV Projct pour fairc ccsscr lcs disputes scditicuscs dL's thcologiens. V Projct pour pcrfcctionncr lc COmmL'ITe de Francc. VI. Projct pou r eles confcrcnccs de physiquc. TO.\IO VI : Roterdã, Bcman. 175"+. Contem : I. Ohscrv.uions sur lc ministcrc gé'n0r~tl. 11. Projct d'éclucations dcs dauphins L'l nutres princcs hcrcclitaircs. 111. SUl' lcduc.uion domestique du dauphin. IV Vuc gé'n0ralc du nouvcau pl.m ele gouvnnemL'nt eles í~tats. V, Application eles qu.urc methoclcs g0n0r~t1es du nouvc.ru pl.m de polir iquc ~11I govcmcment dAnglarorrc. TO\IO VII : Rorr-rdã , Bcmun, 17,"H, Cont0111 : Ohscrv.uions conccrnanr lc Ministerc de I'Intcrieur de l'f:tat. Tomo VIII : Roterdã. Bcm.m, 17}i. Contem : I. SUl' lc Ministcre eles Fin.mccs. 11. SUl' le Ministcrc eles Affaircs .ivcc lcs f:trangcrs. III. Sur le Ministcrc de la GUL'ITL' avcc lcs Étr.mgcr». IV, Projct pour parvcnir ~1 la pa ix. Tosto IX : i{otL'rlb, Ik111~tn, 1734. Contem : I. Obscrv.itions politiques sur lc gOllVL'rt1L'111ent dcs rois dL' Francc. 11. Róflcxions moralcs ct politiqucs sur la vil' de Charlcs XII, roi de Su0dL', XLI 111. Rcflcxions mor.rlcs ct politiqucs SUl' LI vil' de Picrrc 1<', cmpcrcur de Moscovic. IV. Obscrvat ions SUl' Lt forme dL's Conxcil-, de l.ouis XlV. To\)o X : Rotcrd~l, Ix-man. 17..-)':;. Contem : I. Projct pour pcrfcct ionncr IlOS lois SUl' lc ducl. I I. Rcflcxions SUl' la vic de Soerate ct de Pomponius Atticux. 111. Questiolls SUl' lcducat ion des colll'gL's. IV. Ruison pour puhlicr !cs motifs des lois. V. Ohscrvatiolls nouvclk-s SUl' lcs suhstitutions. VI. Projct pour rcndrc !cs troupcs hcaucoup mcilk-urcs ct !cs sokl.u- plus hcurcux. VII. Comp.uu ison entre lc sysicm« de lcquilibr« des dcux principalcs puixs.mcx-s ct lc systL'll1e de Ia Dil'te curopóvnnc. VIl I. Obscrv.n ions pou r perfccti< .nncr un jou rn.rl de la Repu hl iq uc (!L's l.cttrcs. IX. Ohservatiolls SUl' la prornotion prcxhainc des marcch.rux de l-rance. X. Ohscrvuuons SUl' les colonies C'!OigllcTS. XI. Prcmicr rccucil de \'('rit('s mora lcs L'l politiquc--; XII. Agatllon, ard1L'VL'qUl' trl'S vcrtucux. trl'S s~lge ct trL'S hcurcux. X [I I. Ohscrv.n íons su r I~I sohric'tc,. XIV. Artick-s fondamcnraux de ]'c'uhlisselllellt de la Di0te europ(Tllne. xv. Ohsc-rvat ions SUl' !c plan (Ies mcdiatcurs. '['()\IO XI : l{otcr(I~'I, Ikll1~lIl, 17,'-)7. Contem : I. ohscrv~ltions SUl' I'essenciel de la rcliuion. l l. SUl' le grand hornmc c-t lhommc illustrc. 111. Mórnoirc pour obtcnir !c clroit de substitue-r. [V. A\'~lIluges de I'c'ducltion l!L'S colll'ges sur lóduc.uions domestique. V. Ohscrvationx pour jugn saincmcnt de la v.ik-ur des ~lctions cour~lgeuses que se lont pou r pia ire ~I Dicu. VI. Ohscrv.u ions SUl' Ics qu.nrc principau x ddauts (lu governcl11l'nt dAnglatcrrc- . VII. Ohscrv.uions pour remire LI k-ctur« des l lommcs illustrcs de Plut.irquc plus ~lgr('~lhk' L'l plus utik. VIII. Ohscrv.n ions SUl' !cs !1rogrl's continueis de la r.rison univcrscl!c. [X. ()hscl",atiol1s SUl' les dcrnicrcs p.iix. X. l iixcours SUl' te lil'sir de Li hC'~llItitlllle, '1'< )\10 XII: Pensc'es clivcrscs. TO\IO XIII: Pré'racL', Com inu.n ion (Ies pensc'es divcrscs. TO\10 XIV: l{oterlU, Ik'Ill~ln, !710. Contem I. I )iscours SUl' i'l'('< inomic hk-nfa is.mtc. XLII lI. Lcure sur la mcthodc dl's cxtraits. [11. Discours pour pcrfccrionncr lóducations duns lcs pcnxions. IV. Discours xur k- grand hornmc (nova edi<,)o). V. Thémistoclc ct Aristidc ou )\;Jod011's pour pcrfcctionnc-r lcs Vics de Plu ta rq uc. TO.\Io XV : Rotcrda, Bcm.m, 174 I. Contém: I. R0gle pour discernir lc droit du tort , lc juste de linjustc, entre n.uion ct n.nion. 11. Pl.m de traité de pa ix pcrpctuclle entre lFspagnc et lAngl.ucrrc. I I I. Rcflcxions moralcs. IV. Obscrv.uions pour formcr la Préface dl' b Vil' de M. Il' marcchal dl lnrcourt. V. Av.mtagcs dl' lcducations dcs collL'ges sur lóclucation domestique. VI. Mcmoir« SUl' lcs CollL'gl's des Bé·nC'dietines. VII. SUl' lcducations des cnf.mts cl.ms lcs pcnsions. VIII. Obscrv.uions SUl' le proje t dexc rcixc« du nc scma inc pour lcs pcnsionnaircs dl' M. dAlilxut. Toxro XVI: Rotcrd.l, lscman. I 7/í I. Contem I. Obscrv.uions SUl' lc Tcst.uncnt Politiquc du Cardinal de Richelicu. I I. Projct pour le pcrfcctionncmcm du cll'rgé de Franco. 111. Discour« SUl' lc pl.m de lAcadcmi« fr.mcaisc. IV. Projct dunc rC'glcment SUl' Il's héné't'ices. V. Corrcspondcncc de \'ahhC' de Saint-Picrrc .rvcc lc cardinal de Flcury. VI. Ouvr.rgcs de mora k-. VII. l.ycurguc. VIII. Vil' de Solou. IX. Rcflcxions sur lcduc.uion. Pl.m gé'néral. X. [{é·tlexions SUl' lAnti-Muchiavcl .k- 1740. Prefácio XLIII e. Lista dos manuscritos'" C~t/XA 1 Ohsc-rv.itions sur lcsscnticl de la rcIigion ( t. XI). Contrc lopinion de Mandcvillc (t. XVI). Sur lc paralk-lc des Rom.uns e des Fr.mc.u». Discours SUl' lc désir de la bcatitudc (t. XI)' Pellsc'es diversos «. XII e XIII). Ohscrv.uions pour juger sagel11ent de la v.ik-ur lks actions courageuses faites pour plair« ~l Dieu (t. XI)' Pour rcndre la lccturc de Plutarque plus ~Igc'ahle (t. XI). Solon (t. XVI). Discours SUl' k trav.iux de lAc.rdcmi« rr~II1\'aise. Sur te vocx mon.rstiqucs. Discours dur limmortalitc bicnhcrcusc-. Pascd l'crivain des plus cloqucnts. SUl' Il's penscTs dc'uch0es. C~/XA 11 I{l'glc pour discernir Ic clroit du torto C Ili'< 1Il( .k )gie. Ma ximvs tircTs du Cardinal de Iktl:. Quest ions pol it iqucs. Obscrv.uions sur tes colonic-s. l.cs cinq anicles fondamcntaux. l{c'pol1se de la reine de I longrie au roi de Prusxc. Rcflcx ions SUl' lc caractl'rl' du roi de Prussc. Acldition ~l louvr.uz« sur lcducution dl'S co]IL'ges. Ikflexiolls SUl' lcduc.uion. Ohscrv.uions sur la forme des conscils de l.ouis XIV rr. IX). Ministcrc des affaires c'tr~lI1gl'res (t. VII\). Obxcrv.itiorix SUl' l'Anti-Machiavcl cr. XVI). Rcflcxions mor.rlcs. LI Rochcfoucauld. Rcflcx ions moruk-s. Commcrcc (parte de um documento redigido em 1710). Ir, Esu lista foi cl.iboradn por .!e;Il1-,I;Il'<IUL'S I{OUSSL';IU l' encontra-se- no Munuscrit lle NL'uch;1tel. 1\1..; 7~1(). r. 7, v- ~ \. Tal inventário soma cinco caix;ls cujos ck xumonto-; co!>rL'm o pcrócxlo de INF ;1 [711. Alguns destes manuscritos foram publicados no Ounages de politiquv L' moralc. I\esse caso. eles s;lo indicados cru rc: parC'ntL'sL',..;. 'SUO!Ss"ssod P suo!sln/\lJ().) S"')I,xldc S"!Pl~I];lll S,,] .uruo.i SJql~;\.1,'S,).ld 'lLI,'U1,ISSq.l.'I\V 'S·'II~.1Olll SLIOP,:;/U0~1 '(I IX '1) .uxu] !OH 'ot' ,'I,)P.lV '(IIX '1) (S!O,J.) ,,! "nh ",) J; ,]lU,'llIjnC) S"S.1"i\!P S",)SLI"d 'SU"l[j;\n, , .11~d S,'PUOlll S"p ,)l!I'~.lII[d I~I "p 1)c.llx:1 ,;/SSIUd "p !O.l np !o.~ ,)[) UO!SS,'J0.ld "'![1clIlIV lU];S!1 uo ·",)1)]1~1.10UlUl!.] .1I1S s",)SU,'d '].'\I~!l[,)l~fAJ-pUV,1 .IIIS SLI()!X"IJ.)~I "'l':ldlll()') .lnh!l!l0d "p ,1')[11 ·lSO.Ul~lJ:) "p 'fAJ "p n'IJ "p l!.J.),) LIn,p .uund u.i S,I,).,!l 'S",)SU,'d ',',ILI1~.1 U",] ,11I S ';/II,'S.1,li\!Un UOS!I~.1 1~1 "p P ,'.1':!In,I!l.l1~d UOS!I~.1 1~1 "~I) U0!l,IUPS!(1 '( IAX 'I) LIO]OS "p ,'lA ',;\'11I,11:1 "p I'~U!p.11~,1 ,1'1 '1\1 1: l!,\!.J.),) "II"U"lUO:1 "p T',J 'SlI !,~.1.,;\ nos ,'.Illl,' ]".11IWU 1!o.l[) n [, s,xl !,lll!J d '1'~.I,)lI,)j 11l,1l1l"1j,:.l Un .I,1l1l.10,~ .1 no.] '( IAX'l) n;/!I"LJ,I!~1 "p I'~U!p.1C:) n[) "nhp!l0el lU,'llll~lS",I, ,I] .ms SlIO!lI~,\.1,)sq() '.III"nhOlll 1),lds:1 ','lllCS!I~Ju,'!q ,1!U101l().):1 S.1n().)slP)<) 's"nhqsC!S,)j.1,1:1 s"p 11l,1l1l"UUO!).)"JI,xl .,í .1IH)d 1,'!().\d . 'npU.111l,' U,'!lI ".ldO.lel-.1nOlllV '"n h!.101Sl l[ .I.1U"j "I .ms SUoql~/\.1"sq() ·S"[1~.10Ul S,'.I11,'" ',)11 [)! l!l oel ,Illlj! U:} 111 VXIV;') '".11snll! ,'1lI11l0l[ "nhl~l\,1 .1I1S ".1!CJ I: SlIo!ls"nh l)lID 'PIIl1~,lnOJ)l\,)O~1 I~I "p '11\1 "p S"llI!xq'\l 'S,lllllllOlI s,IP ,',ll1qll:1 'SU,'!,IUV s,'[1 lUl~S!I~JlI"lq S![1I~.11\1 "p .IIIS uoql~,\.1"sqo "Inhq!lod 1~1 .Ip s,:.1j().\d ,,[ ll~l,] LIn SlI1~p .1,1.111.)( ud "[1 li ,,/\0 1"1 "'I'~.10Ul ,111,'S.1"i\!un ".1!OlS!l!,P p!O.1d 'U\IX '1) "P!lS!.1V P ,'j.1 0lS!lll,]l[.L '( IX '1) ".llSn[[! ,IUllllOlI, [ P ,111111l0l] I)LI1~.1j "I .IIIS ','.1,:U1 l~S J; SI~.1q'\l "P'ltl\' "[1 ".I1P'1 'S!.I1~d "[1 S,ISs!o.lI~d s"p s.u.vrn:d S,,] .1,ljC]110S .mod l"f().\d '(i\,1 '1) s"nh!l!l0d S,',ll1".I':JlI()') S,,[) ')l!I!l, I "'.1.1,ln~) C] "p ".1,:lS!lI!VI1 ,,[ .IIIS slIoqc,\.1"sqo '".I! ];11 0/\ .lp '1"1 ': ".11)./'1 'SlUl~[1U,'lU! s.m,,!s s,'1 .mod ,'.I!OlII.)I'\l :l}I}I:J1cl-,I.NIVS :1(1 :m~JV ArIX 'S.,.:,\! I(nu S~( YI '.,x nl ., 1 ,IllS 's"I,)I~I,1.xIS S,,! p surlllO}l s,'1 .ms S.lIl(),)S~(i '.1U!,~1lIIlq UOSp~.1 ri "p lU.'lll.'SS!OJ,),)I~,1 .ms SUO!jl~i\J.,S<.[O '.1nhq!l0d 1:1 "11 s.?J'(1o.ld 'p!oJd uo<.[ np suoq!U!}:C! 's.',)UrJIUOlU.'J S"p ':1!plj 1 's.'n h! I!l0d SUo~ J,)!p.:Jd 's.1IU!I~S snld xll.,!'(1~I,'J S.1p S,',l.\Il.'O S.1! .,.Ipu.,.1 .ino.] 'XIl.,!,1!UJ.1d snnu 's"I<.[r.:.I'(1I~ S.1'(1I~J!\1l0 s,'1 ,IllS 'UO!],)uqS!P q "p .,'(1I~IUC,\C J.,.Iq .mocl 1,,!(Ud 's"I'~!,)u!.\oJd s"llhuc<.[ s"p IU.'lll.'SS!l<.[I~I':,1 .I1lOd '.,nhq.:od cI .IllS s",:su,'d 'lu.,lU.,UJ.,,\llo'(1 ., 1 .I.iuuo: J,)".l-I.,d U., .inod "J!( >Lu.: ~\I 'XIlC1!d<JlI s"p .,su.xl.:p cI J.,nu!llI!p .mod .,J!Olll.:lU un 'S.'J\Il.'O s.,uuo<.[ s,'1 .'JIU.1 .:1Uo<.j "p ",)u.1J':J~!11 I~I .IIlS "s"nl)!l0qjl~,) SU!CJ.,\110S XIlC IU.'Sllr,) .,nh xmuu s,'1 .I,'SS.',) .1.11".) .mod 1,,!(UeI 'SIU.1J.:JI!P S"JU.,'(1 .1p xnmu I.' su.'!<.j .'JIU.' JIS!OlI,) I': Sl:.l.IC<.[lll.',! JIlS SJIl(),)S!(1 ,s",) U.1UUOpJO S.'11 p.1n,),/J .1I .inod SUO!!c.\.I.,s<.jO 'suo~su.xl s.11 .rnod 1,,!(Ud '.,U! 1lIc.I I~ I .1.1IU(),) s.I!jl~. \J.,S·,.Id 'L\ 'I) .1lQ')"p.,lll q .I.,uUO!J,).I.>JI.X[ .mod p!O.Ie1 '.' Iiuotu "p SUOqs.,Il() '.1II"SJ.,,\! U11 uosuu q "p Su.'!<.j "p UO!1I:IU"lll'(1nl: 'xn mu "p UoqI1U!lll!P CI .IllS SU0!1C.\.I.,s<.jO ',Illq\l jll!I~S "p UO!ll~n.:.Inuo:) I~I "p s.,'(1'?II0:) S,'I ,IllS ·S.Ill.1Id.,,).:.Id S.Ill.'iP"11l S,,! uos Su.'!J0IS!lI suo<.[ S,"I 'xIlcWI<J'I S"p IlC".Ill<.j UIl.P ':1!SS",).:N 'S,'I!IIl SIlId SUO!ld!J,)SU~ S,'I "Jpu.,.1 .I11()(.i uoql~.\.I.,s<.[() 'S,Ill.'( nu S"p "')U"!,)S q .I.>1!C.l1 "p ".I.?!UI;LlI I~I .IllS '( [;\ 'I) u!qdnl~c i IIp .,Il[)!1S.,lllOp U0!1C,1Ilp.:.! ·IllS '(lI 'I) .1!.Ic<.[.IC~i "p s".I!,~S.lo:) s"p u0!lcd.lqx."I .inod 1.,!OJeI "'pn1!lc0<.[ I~I .m-: SJIl(),)S!(1 'U!rlllllll .,Ju.,n IIp .',)UI~.Iu",1 .IllS AI vxn~J '( 11];\ 'I) S".1UI~U!:1 S"p .,.I.?IS!uq.\I "] .IllS SUO~j1~,\.I.,S<.[() '(()Lç 'd '1"IlO.lCI 'P::l 's.,Ilhq!l0el S"I'~UUV U! cpl~')!I<.jlld) (óÇLI uro I~PCS!A.,.1 : S-ZH ,}[ 'S"II~Uoql~u S.',\llj.1.1V) ;\IX S!IlO'1 1,1 Al !.IU,'l I .'.IIU.' UOS!C.lCdlUO:) 'SU!l:lllO}1 S,1P .1'(11~SIl s"p .'·1.\!1 .Ti XIX °I:J1JJd Jd Alm(: DF SAINT-PIElmEXLVI Col10ge des BC'llC'dictills ( 1° texto). Pl.m dun nouvcau co1l0ge (20 texto). Dinlogu« su r I'C'uhl isscmcnt de larbítrag« eu ropccn. Obscrvations SUl' 1cs mulhcurs eles Stu.uts. Principc-, de morale. Obscrvation trcs importante. De l.: vic ct de la sa ntc du corps. Physiquc et mcdccinc. SUl' lcducat ion C!1L'Z 1cs maitrcs de pensiono Substit utions O. 11 ; t. VIII)' Origin« dcs dcvoirs ct eles droits O. 11). Question politiquc SUl' lc m.ui.u;«. Obscrvutions SUl' lóloqucncc. Ohsc-rvations trcs importantes SUl' lcs deux ministcres... Obscrvutions polit iqucs SUl' lcs disputes des thcologicns. Augmcnt.uion dcs monn.ucs 0.11). Ohscrv.n ions SUl' la S:lgL'sse. SUl' Li tlattcric. Obscrvations SUl' lc luxc. SUl' Li vil' de Ch.ulcs XII O. IX)' SUl' a promotion prochainc e.ics m:\rC'C!1:llIX de I-rance O.X). Oucstion de droit SUl' 1cs fiefs. Obscrvations chrcticnncs... ct SUl' lc cclib.u
Compartilhar