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CONTABILIDADE PUBLICA E GOVERNAMENTAL 1- Conceito A Contabilidade Aplicada à Administração Pública, seja na área Federal, Estadual, Municipal ou no Distrito Federal, tem como fio condutor, a Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, que institui normas gerais de direito financeiro para a elaboração e o controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. Seguindo as afirmações anteriores, podemos definir a Contabilidade Pública como sendo o ramo da contabilidade que coleta, registra e controla os atos e fatos da Fazenda Pública, mostra o Patrimônio Público e suas variações, bem como acompanha e demonstra a execução do orçamento. 2 - Objeto O objeto de qualquer contabilidade é o Patrimônio. O da Contabilidade Pública é o Patrimônio Público, exceto os bens de domínio público, como: lagos, lagoas, rios, praças, estradas, logradores, ruas etc.. Pela definição dada, vemos com clareza, que a Contabilidade Pública não está interessada, somente, no Patrimônio e suas variações, mas também, no Orçamento e sua execução (Previsão e Arrecadação da Receita e a Fixação e Execução da Despesa). A Contabilidade Pública está interessada nos atos e fatos de natureza orçamentária, visto que o orçamento, sendo um dos primeiros atos praticados pelo administrador, tem um papel importantíssimo na Contabilidade Pública, pois, praticamente, quase tudo se origina no orçamento. 3 - Objetivo O objetivo da Contabilidade Aplicada à Administração Pública é o de fornecer informações atualizadas e exatas à Administração para subsidiar as tomadas de decisões e aos Órgãos de Controle Interno e Externo para o cumprimento da legislação, bem como às instituições governamentais e particulares informações estatísticas e outras de interesse dessas instituições. 4 · Campo de Aplicação O campo de aplicação da Contabilidade é restrito à administração, nos seus três níveis de governo: Federal, Estadual, DF, Municipal, bem como suas Autarquias, Fundações e Empresas Públicas. A contabilidade pública e governamental é aplicada à administração direta ou centralizada e à administração indireta ou descentralizada. Resumindo, temos: Campo de Aplicação ➢ ADMINISTRAÇÃO DIRETA • PODER EXECUTIVO • PODER JUDICIÁRIO: • PODER LEGISLATIVO: ✓ O poder executivo é representado pela união, estado e municípios. No âmbito federal é representado pelo presidente da república e seus ministérios e secretarias especiais. No estado, representado pelo governador e suas secretarias e no município pelo prefeito e suas secretarias. ✓ O poder legislativo na esfera federal corresponde ao congresso nacional formado pela câmara federal dos deputados e pelo senado federal. Nos estados e municípios, constituídos pelas assembléias legislativas estaduais e municipais. ✓ O poder judiciário, somente na união e estados, constituído por todos os seus tribunais, incluindo o Ministério Público. No Brasil não existe poder judiciário na esfera municipal. • ADMINISTRAÇÃO INDIRETA A administração indireta é representada pelas autarquias, fundações públicas, Empresas dependentes dos recursos do orçamento público que se organizam como empresas de economia mista e empresas públicas, que podem existir nas três esferas governamentais, ou seja, federal, estadual e municipal. Autarquias: O serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da administração pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada. São exemplos de autarquias as universidades federais, estaduais, o Banco Central, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a ANATEL, a ANVISA e os conselhos Profissionais, como o CRC (Conselho Regional de Contabilidade). Fundações: (...) a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes. A fundação, segundo o art. 62 da lei 10.406/2002, somente poderá ser constituída para fins religiosos, morais, Culturais ou de assistência. Empresas dependentes:O conceito de empresas dependentes está na portaria 589,de 27 de dezembro de 2001, da Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda, no art. 2º, item II: Empresa estatal dependente: empresa controlada pela união, pelo estado, pelo distrito federal ou pelo município, que tenha, no exercício anterior, recebido recursos financeiros de seu controlador, destinados ao pagamento de despesas com pessoal, de custeio em geral ou de capital, excluídos, neste último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária, e tenha, no exercício corrente, autorização orçamentária para recebimento de recursos financeiros com idêntica finalidade. Entre as empresas dependentes destacam-se as empresas públicas e as empresas de economia mista. Empresas públicas: Entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivamente governamental, criação autorizada por lei, para exploração de atividade econômica ou industrial, que o governo seja levado a exercer por força de contingência ou conveniência administrativa. São exemplos de empresas públicas no Brasil, a Caixa Econômica Federal e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Sociedades de economia mista: São entidades dotadas de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio, criação autorizada por lei para exploração de atividade econômica ou serviço com participação do poder público e de particulares no seu capital e na sua administração. Empresa de economia mista ou, mais precisamente, “sociedade de economia mista” é uma sociedade na qual há colaboração do estado e de particulares, ambos reunindo recursos para a realização de uma finalidade, sempre com objetivo econômico. O estado poderá ter uma participação majoritária ou minoritária; entretanto, mais da metade das ações com direito a voto devem pertencer ao estado. A sociedade de economia mista é uma sociedade anônima, e seus funcionários são regidos pela CLT e não são servidores públicos. Freqüentemente têm suas ações negociadas em bolsa de valores como, por exemplo, o Banco do Brasil, Petrobrás, e Eletrobrás. Difere-se das empresas públicas, já que nestas o capital é 100% público. Existem ainda os denominados serviços sociais autônomos: são aqueles autorizados por lei, com personalidade de direito privado, patrimônio próprio e administração particular, com finalidade específica de assistência ou ensino a certas categorias sociais ou determinadas categorias profissionais, sem fins lucrativos:SESI – SESC – SENAI – SENAC – SEBRAE.
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