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Fundamento do Nado Crawl Nado livre A regra diz que...: Numa prova assim denominada, o competidor pode nadar qualquer nado, exceto nas provas de medley individual ou revezamento quatro estilos em que nado livre significa qualquer nado diferente do nado de costas, peito ou borboleta. Alguma parte do corpo do nadador tem que tocar a parede ao completar cada volta e no final. É permitido ao nadador ficar submerso durante a saída e a volta, não podendo ultrapassar a distância de 15m. Neste ponto a cabeça tem que quebrar a superfície. Fonte: Regras Oficiais de Natação 2002 – 2003 Nado livre Ian Thorpe, 200m livres, Sydney 2000 Nado crawl A regra diz que...: Na verdade, o nado crawl não consta nas regras oficiais de natação. Nestas, consta apenas o estilo livre e poucas regras a respeito deste estilo. Entretanto, nos eventos contemporâneos do estilo livre, os executantes são invariavelmente nadadores de crawl. Fonte: Palmer, 1990 Nado crawl – posição do corpo Nado crawl – posição do corpo Fonte: Palmer, 1990 O nadador de crawl, quando observado de lado, deve ser visto numa atitude plana e horizontal. Qualquer desvio desta posição aumentará a resistência e o atrito. O aumento de atrito é comumente provocado pelo afundamento das pernas, devido à elevação da cabeça ou de batimento de perna insuficiente. Quanto a posição da cabeça, olhando o nadador de frente, a referência é a linha da água que deve estar aproximadamente na linha natural dos cabelos. A cabeça tende a se elevar quando há grande velocidade. Quando a movimentação é lenta, somente a coroa da cabeça deve ser vista. Nado crawl - posição do corpo Fonte: Palmer, 1990 O nadador de crawl, aumenta sua eficiência com o rolamento corporal. Este deve ser igual para ambos os lados. A observação por trás do nadador deve mostrar que seus calcanhares atingem exatamente a superfície da água. Seu quadril deve rolar um pouco menos do que seus ombros, e suas nádegas devem permanecer imediatamente abaixo do nível da água. O rolamento do quadril será transmitido ao batimento de pernas de maneira que este não aconteça no plano vertical. Visto de frente, é essencial que o eixo longitudinal do nadador esteja alinhado com a direção do nado. Se este eixo oscilar em relação ao verdadeiro alinhamento direcional haverá aumento de atrito. Erros de posicionamento do corpo, de modo geral estão relacionados com a técnica do estilo. Nado crawl - pernada O movimento de pernas é uma ação alternada e contínua que se dá principalmente no plano vertical. Esta ação mantém o corpo na horizontal, cria propulsão e equilibra o nado. Durante o ciclo de batimento de pernas, os pés devem estar extendidos e relaxados. Os dedos devem estar levemente voltados para dentro no sentido de criar uma maior superfície de propulsão. Fonte: Palmer, 1990 Fonte: Palmer, 1990. Nado crawl - pernada Fonte: Palmer, 1990 O movimento de batimento de pernas se origina no quadril, com uma flexão inconsciente da articulação do joelho. No batimento para baixo a contração rápida do quadríceps movimenta os pés estendidos para baixo, como uma nadadeira e a ação da pressão da água é gerada no peito do pé. Se as pernas forem mantidas tensas durante o batimento para baixo as forças propulsivas não serão geradas. Nado crawl - pernada Nado crawl pernada Fonte: Palmer, 1990 A frequência do batimento de pernas varia normalmente entre dois e seis batimentos por ciclo de braçada, dependendo da técnica do nadador e da distância a ser nadada. Geralmente em provas de distância menor os batimentos são mais frequêntes e mais profundos. Nas provas de média e longa distância, tende-se a economizar energia diminuindo a frequência dos batimentos e também a profundidade. Nado crawl - pernada Fonte: Palmer, 1990 Fonte: Palmer, 1990. Nado crawl braçada – fase propulsiva Nado crawl braçada - fase propulsiva (subaquática) agarre – tração – empurre Fonte: Palmer, 1990 Nado crawl braçada – agarre A ação dos braços produz a maior parte da propulsão no crawl. Logo que a mão entra na água e se move para baixo da superfície, começa o agarre, até aproximadamente 30cm. Cria-se pressão da água sobre a mão e antebraço e o nadador começa a “sentir” a água. Os dedos devem estar unidos, a mão plana e o punho ligeiramente flexionado. Na entrada o cotovelo deve estar ligeiramente mais alto que a mão. A pressão propulsiva deve ser estabelecida pela velocidade do movimento na entrada. Não é desejável que a mão ao entrar na água bata, criando turbulência. Fonte: Palmer, 1990 Nado crawl braçada – tração Esta fase segue o agarre e continua até que o braço e a mão estejam no mesmo plano lateral do ombro. A propulsão do braço, no verdadeiro sentido da palavra, só pode acontecer quando houver pressão suficiente para sustentar a velocidade do nado. Se os braços se movimentarem muito rapidamente, serão criados turbilhonamentos excessivos no rastro do movimento, reduzindo a propulsão efetiva. A velocidade ótima é encontrada apreciando-se a “sensação” da água. A mão deve estar voltada, o mais próximo possível para trás, os dedos unidos e a mão plana. O cotovelo deve permanecer elevado acima da mão. A flexão excessiva deste faz com que a mão fique muito próxima ao tronco, diminuindo a propulsão. Fonte: Palmer, 1990 Nado crawl braçada – empurre Esta fase segue a tração e acontece no plano do ombro. O braço se movimenta para trás, orientado pela mão. A mão passa próxima ao quadril, em linha com o antebraço. O corpo rolará para o lado oposto, facilitando a elevação da mão na preparação para a fase de recuperação. Fonte: Palmer, 1990 Nado crawl braçada – fase subaquática Fonte: Palmer, 1990 Nado crawl braçada - fase de recuperação (aérea) Fonte: Palmer, 1990 Nado crawl braçada – fase de recuperação Fonte: Palmer, 1990 Nado crawl braçada – desmanchamento Esta fase acontece enquanto o corpo rola para o lado oposto e o cotovelo precede a mão ao deixar a água. A mão estará próxima ao quadril ou da porção superior da coxa. A mão deve estar próxima ao corpo e relativamente relaxada, sendo que o dedo mínimo é frequêntemente o primeiro a emergir. Fonte: Palmer, 1990 Nado crawl braçada – recuperação acima da água A flexibilidade de ombros é um fator preponderante nesta fase. Um indivíduo com “ombros limitados” precisará ter uma rotação um pouco maior, mas não necessariamente excessiva, para manter a ação elevada do cotovelo. Fonte: Palmer, 1990 Nado crawl braçada – entrada A mão entra primeiro na água com as pontas dos dedos e depois o ombro. O ponto central de entrada está entre o plano central do corpo e um plano paralelo que passa pela articulação do ombro. Os dedos devem estar unidos e a mão plana, com uma leve flexão do punho. O cotovelo deve estar flexionado e elevado um pouco acima da mão. A entrada da mão lateralmente para fora ou cruzando o ponto ideal pode ter como efeito a rotação do nadador cruzando a linha de progressão. Fonte: Palmer, 1990 Nado crawl - respiração A respiração é feita para o lado em que o braço recupera. A velocidade auxilia a respiração, formando um onda em torno da cabeça do nadador. Isto cria uma “depressão para se respirar”, reduzindo a quantidade de rotação da cabeça. Imediatamente após o ar ter sido inspirado, o rosto volta para a água. A expiração dentro da água pode ser gradual ou explosiva, sendo feita pelo nariz e/ou pela boca. É sempre bom aprender a deixar o ar escapar lenta e gradualmente pelo nariz quando ele passa pela superfície da água, evitando possíveis tosses e engasgos. É aconselhavel evitar “prender a respiração” principalmente em iniciantes, pois isto aumenta consideravelmente a fadiga. Fonte: Palmer, 1990 Nado crawl - respiração Monique Ferreira – 400m livre, Atenas 2004 Fonte: Catteau e Garoff, 1990. Nado crawl coordenação dos braços Nado crawl - coordenação dos braços Grant Hackett, 1500m livre, Atenas 2004. Nadocrawl - coordenação de braços e pernas Um batimento de perna (uma pernada direita + uma esquerda). Ritmo de seis batimentos por ciclo completo de braço (uma braçada direita + uma esquerda) produz boas características de equilíbrio. Este ritmo é aconselhado em provas de maior velocidade e também para a alunos iniciantes. O ritmo de quatro batimentos também dá uma boa estabilização ao nado, mas a amplitude do movimento deve ser aumentada. O ritmo de dois batimentos é puramente estabilizador, sendo utilizado principalmente em provas de longa distância Fonte: Palmer, 1990
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