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Relatório de Psicologia Experimental

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FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU 
 
Emanuela Andrade de Oliveira 
Felipe Cardoso Távora 
Francisco José Tavares de Sousa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ANÁLISE DO COMPORTAMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fortaleza 
2014 
2 
 
FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU 
 
Emanuela Andrade de Oliveira 
Felipe Cardoso Távora 
Francisco José Tavares de Sousa 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ANÁLISE DO COMPORTAMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório apresentado à 
professora Ticiana Siqueira Ferreira da 
disciplina de Psicologia Experimental 
do curso de Psicologia da Faculdade 
Maurício de Nassau. 
 
 
 
 
3 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................4 
2. MÉTODO .....................................................................................................................5 
 2.1 Sujeito .................................................................................................................5 
 2.2 Equipamento .......................................................................................................5 
 2.3 Procedimentos ....................................................................................................5 
 2.3.1 Observação do nível operante ..................................................................5 
 2.3.2 Treino ao comedouro ...............................................................................5 
 2.3.3 Modelagem ..............................................................................................6 
 2.3.4 Extinção ...................................................................................................6 
 2.3.5 Punição .....................................................................................................6 
 2.3.5.1 Punição suave ............................................................................7 
 2.3.5.1 Punição severa ...........................................................................7 
3. RESULTADO E DISCUSSÃO ...................................................................................7 
4. CONCLUSÃO ...........................................................................................................14 
5. REFERÊNCIAL TEÓRICO.......................................................................................17 
6. ANEXOS ...................................................................................................................18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1. INTRODUÇÃO 
O termo behaviorismo nasceu com J. B. Watson em 1913 com a publicação do 
livro “A psicologia como um behaviorista vê”. Watson, com seu behaviorismo 
metodológico, defendia que o homem é o produto do meio e que a psicologia deveria ter 
como objeto de estudo o comportamento observável. Pois somente estes eram passíveis 
de serem estudados cientificamente, ou seja, passíveis de serem levados ao laboratório e 
feitos experimentos com o rigor que a ciência exige. Watson de início rejeitava qualquer 
menção a mente como objeto de estudo, pois dizia que mensurar tais conceitos levaria a 
psicologia a um status de misticismo. 
Depois de Watson, o behaviorismo tomou o caminho de Skinner que ficou 
conhecido e foi denominado por ele mesmo como behaviorismo radical. Skinner, 
diferentemente de Watson, defendia que o homem não é totalmente passível ao ambiente 
e seus comportamentos eram influenciados por suas consequências. Aqueles 
comportamentos cujas consequências eram reforçadoras tinham mais probabilidades de 
voltar a ocorrer do que aqueles comportamentos que eram punidos. 
Dizemos que um comportamento é reforçado quando tem sua probabilidade de 
voltar a ocorrer aumentada depois da consequência, ou seja, reforço é o tipo de 
consequência que aumenta a probabilidade de o comportamento ocorrer no futuro. O 
reforço pode ser positivo ou negativo. Ele é positivo quando a consequência é a adição 
de um reforçador e negativo quando a consequência é a retirada de um estímulo aversivo. 
A punição ocorre contrariamente ao reforço. Um comportamento é punido quando 
tem sua probabilidade de ocorrência futura diminuída. Sendo assim, punição é o tipo de 
consequência que diminui a probabilidade de que um comportamento volte a ocorrer. Ela 
também pode ser negativa ou positiva, sendo positiva quando é feito a adição de um 
estímulo aversivo e negativa quando é retirado um reforçador. 
Skinner defendia que a melhor opção para controlarmos o comportamento de uma 
pessoa seria através de reforços e não punições. Quando se pune alguém por um 
comportamento, temos rapidamente a supressão desse comportamento. Porém, a punição 
gera alguns efeitos que não são convenientes como o fato de eliciar respostas emocionais 
e termos um aumento da frequência de tal comportamento na ausência do agente punidor. 
De acordo com Skinner, aprendemos comportamentos por meio da modelagem 
sem precisarmos usar de punições. A modelagem, em suma, ocorre quando um 
comportamento novo é ensinado através de reforços e extinções. Extinção é quando um 
comportamento que antes tinha uma consequência reforçadora deixa de ser reforçado, 
observamos então de início um aumento na frequência de tal comportamento e depois a 
baixa dessa frequência até que o sujeito não mais apresente tal comportamento. 
A modelagem é o processo pelo qual se ensina novos comportamentos seguindo 
aproximações sucessivas. Em outras palavras, consiste em reforçar comportamentos que 
se aproximem do desejado e quando tiver uma alta frequência do comportamento que se 
5 
 
está reforçando, inicia-se a extinção do mesmo para reforçar o outro passo, ou seja, o 
próximo comportamento que esteja mais próximo do desejado. Após reforços e extinções 
de comportamentos que se aproximem daquele que se espera, já no final, é reforçado 
somente o desejado e quando o indivíduo passa a apresentá-lo e não mais os que foram 
extintos dizemos que o mesmo foi modelado. 
 
2. MÉTODO 
 
 2.1 Sujeito 
 Um rato virtual (Sniffy). 
 
 2.2 Equipamento 
 Um computador (utilizando o programa Sniffy Pro), dois pen drives, lápis 
e caneta, um cronômetro, 6 folhas de registro e um par de fones de ouvido. 
 
2.3 Procedimentos 
 Os procedimentos feitos foram: (1) observação do nível operante, (2) 
treino ao comedouro, (3) modelagem (pressão à barra) e (4) extinção e punição. 
 
 2.3.1 Observação do nível operante 
 No procedimento de observação do nível operante, ocorrido no dia 13 de 
março com início às 19:20h e término às 19:35, foi feita a observação dos 
comportamentos do sujeito experimental e feito registrado dos mesmos a cada minuto. 
Os comportamentos a serem registrados e observados eram os de farejar, limpar-se, 
levantar, tocar na barra e pressionar a barra. 
 
 2.3.2 Treino ao comedouro 
 Feito no dia 20 de março, tendo início às 19:17h com término às 19:23:15h, 
feito após a observação do comportamento do sujeito em seu nível operante. O 
procedimento foi feito com o primeiro minuto sendo reservado apenas para observação 
do comportamento do rato. A partir do segundo minuto, era liberada comida toda vez que 
o sujeito experimental estivesse de frente para o comedouro e a cada vez que a pelota de 
alimento era disponibilizada, um som era tocado para sinalizar a liberação do alimento e 
6 
 
para que o rato fizesse a associação do som com o alimento sendo disponibilizado. Foiacompanhado e registrado o número de vezes que disponibilizamos a pelota de alimento 
a cada minuto. 
 
 2.3.3 Modelagem 
 Procedimento feito no dia 27 de março tendo início às 19:21h e término às 
19:48h. A modelagem foi feita através de reforços e extinções, sempre com aproximações 
sucessivas. Durante todo o procedimento foram observados e registrados todos os 
comportamentos referentes as aproximações sucessivas a cada minuto. Primeiro era 
reforçado todo o comportamento de se levantar do rato até este comportamento ter uma 
alta considerável na frequência. Depois este comportamento foi posto em extinção, sendo 
reforçado apenas quando o rato se levantava nas laterais da caixa e atrás. Quando se teve 
um aumento na frequência do comportamento de se levantar nas laterais e atrás, o 
comportamento de se levantar nas laterais foi posto em extinção e somente o de levantar 
atrás era reforçado. Após o aumento da frequência do comportamento de se levantar atrás, 
eram reforçados apenas o de se levantar próximo a barra e todos os outros 
comportamentos de se levantar foram extintos. Por fim, foi reforçado apenas o 
comportamento de pressionar a barra e todos os outros foram postos em extinção. 
 
 2.3.4 Extinção 
 Procedimento feito no dia 24 de abril, tendo início às 19:27h e término às 
19:48h, com o rato já modelado a pressionar a barra para ganhar a pelota de alimento. 
Neste experimento foi retirado o reforço do comportamento de pressionar a barra e o rato 
não ganhava mais a pelota de alimento toda vez que pressionava a barra. Foram 
registrados todos os comportamentos de pressão a barra a cada minuto. 
 
 2.3.5 Punição 
 O procedimento de punição foi feito no dia 08 de maio e em dois 
experimentos, punição suave e punição severa, ambos com registros dos comportamos do 
sujeito experimental a cada minuto. 
 
 
 2.3.5.1 Punição suave 
 O procedimento de punição suave teve início às 19:14h e término às 19:24. 
Feito com o sujeito já modelado a pressionar a barra para ganhar alimento, no 
experimento foi retirado o reforço e programado para que na primeira pressão a barra o 
7 
 
rato levasse um choque com uma potência não muito alta e observado o seu 
comportamento durante o experimento. 
 
 2.3.5.1 Punição severa 
 O procedimento de punição severa teve início às 19:26h e término às 
19:26. Feito, também com o sujeito já modelado a pressionar a barra para ganhar 
alimento, no experimento foi retirado o reforço e programado para que na primeira 
pressão a barra o rato levasse um choque com uma potência consideravelmente alta e 
observado o seu comportamento durante o experimento. 
 
3. RESULTADO E DISCUSSÃO 
De início foi observado o sujeito em seu nível operante com a intenção de registrar 
quais comportamentos o mesmo apresentava. O experimento durou 15 (quinze) minutos. 
A figura 1 e a tabela 1 mostram os comportamentos observados a cada minuto durante o 
experimento. 
 
Figura 1: Observação no nível operante. 
 
 
 
 
 
 
0
2
4
6
8
10
12
14
16
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
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MINUTOS
Observação do Nível Operante
Pressionar a barra
Tocar a barra
Farejar
Levantar
Limpar-se
8 
 
Tabela 1: Observação no nível operante. 
Minutos 
Pressionar 
a barra 
Tocar a 
barra Farejar Levantar Limpar-se 
01 2 1 8 4 6 
02 0 0 5 3 11 
03 0 0 9 4 8 
04 0 1 8 3 7 
05 0 2 7 8 2 
06 1 0 9 2 4 
07 2 1 8 3 7 
08 0 0 12 5 4 
09 0 0 7 3 9 
10 1 0 8 0 6 
11 0 0 8 4 8 
12 0 0 10 3 5 
13 0 0 14 1 4 
14 0 0 11 3 8 
15 0 0 10 1 7 
 
 
 Foi observado que o sujeito experimental pressionou a barra 6 (seis) vezes, tocou 
a barra 134 (cento e trinta e quatro) vezes, levantou 47 (quarenta e sete) vezes e limpou-
se 96 (noventa e seis) vezes. 
Após a observação do nível operante iniciamos o experimento de treino ao 
comedouro com a finalidade de o rato associar o som, que era emitido quando a barra era 
pressionada, com a comida sendo liberada. O experimento teve a duração de 7 (sete) 
minutos. Na figura 2 e na tabela 2 são mostrados o número de vezes, por minutos, que foi 
liberada a comida até o rato fazer a associação. 
 
Figura 2: Treino ao comedouro. 
 
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
1 2 3 4 5 6 7
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MINUTOS
Treino ao Comedouro
Respostas
9 
 
Tabela 2: Treino ao comedouro. 
Tempo Minutos Respostas 
01 0 
02 27 
03 41 
04 40 
05 29 
06 9 
07 1 
 
 
 Como mostrado no gráfico e na tabela, no primeiro minuto não teve nenhum 
momento em que foi liberado o alimento. Este minuto foi reservado para observação de 
qual alteração do comportamento o sujeito sofreria. De início o rato desconhecia que o 
som sinalizava a liberação da comida. Após 147 (cento e quarenta e sete) pareamentos do 
som com a pelota de alimento o rato já havia feito a associação do som com a comida. 
No final foi observado que a alteração do comportamento do sujeito em relação 
ao início do experimento era a associação som/barra, que foi adquirida no final do 
procedimento, sendo essa a intenção do experimento. 
 O próximo passo, a modelagem, feita após o pareamento som/barra para que o 
rato aprendesse o comportamento de pressionar a barra para ganhar alimento com 
reforços e extinções através de aproximações sucessivas. Este procedimento teve a 
duração de 27 (vinte e sete) minutos e a figura 3 juntamente com a tabela 3 mostram os 
comportamentos apresentados pelo sujeito durante o experimento. 
 
Figura 3: Modelagem. 
 
 
 
0
2
4
6
8
10
12
14
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27
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MINUTOS
Modelagem
Pressionar
(observador)
Levantar
Levantar atrás
Pressionar
10 
 
Tabela 3: Modelagem. 
Minutos 
Pressionar 
(observador) 
Levantar 
Levantar 
atrás 
Pressionar 
01 3 2 1 0 
02 4 2 2 0 
03 2 0 2 1 
04 2 0 2 0 
05 1 1 0 0 
06 3 2 1 0 
07 2 1 1 0 
08 3 2 1 2 
09 2 2 0 0 
10 4 1 3 1 
11 8 1 7 2 
12 11 0 11 4 
13 3 0 6 12 
14 2 0 2 11 
15 1 0 1 9 
16 3 0 3 1 
17 1 0 1 3 
18 3 0 4 6 
19 0 0 2 5 
20 0 0 2 9 
21 0 0 0 11 
22 0 0 0 10 
23 0 0 0 13 
24 0 0 0 4 
25 0 0 0 9 
26 0 0 0 13 
27 0 0 0 3 
 
 
 Primeiramente a cada comportamento de levantar do sujeito experimental era 
reforçado com uma pelota de alimento. No sétimo minuto foi observado um aumento na 
frequência do comportamento de levantar, onde o sujeito levantou-se 18 (dezoito) vezes, 
e foi colocado o comportamento de se levantar na frente da caixa em extinção. Do oitavo 
minuto ao décimo segundo foi observado que o sujeito aumentou consideravelmente o 
número de vezes que se levantava atrás, apresentando poucos comportamentos de se 
levantar nos lados e no décimo minuto o comportamento de se levantar na frente da caixa 
já havia sido extinto. 
 A partir do décimo segundo minuto foi posto em extinção o comportamento de 
levantar nos lados da caixa, sendo reforçado apenas os comportamentos de se levantar 
atrás da caixa. Do décimo segundo minuto ao décimo oitavo houve um aumento na 
frequência do comportamento de se levantar atrás, especificamente próximo a barra, 
sendo no total 28 comportamentos, e um aumento considerável nas pressões da barra, 
tendo o rato pressionado a barra 51 vezes. Visto este aumento considerável de pressões a 
barra, ao visto que antes o sujeito só havia pressionado 6 vezes, foi colocado em extinção 
11 
 
o comportamento deapenas se levantar atrás e reforçados apenas os de pressionar a barra. 
Após dois minutos foi observado que o rato já não apenas se levantada, mas também 
pressionava a barra tendo apenas 4 comportamentos de levantar atrás depois que este foi 
posto em extinção. Com a extinção do comportamento de se levantar atrás houve um 
aumento na frequência do comportamento de pressionar a barra, sendo no total 86 
pressões, e o sujeito já estava modelado a pressionar a barra para ganhar alimento. 
 Feito a modelagem do sujeito para o comportamento de pressão a barra, foi feito 
a extinção com a finalidade de extinguir tal comportamento. A extinção teve a duração 
de 21 (vinte e um) minutos e a figura 4 juntamente com a tabela 4 mostram os 
comportamentos apresentados pelo sujeito a cada minuto. 
 
Figura 4: Extinção. 
 
 
Para início da extinção foi retirada o reforço que antes era liberado toda vez que o 
rato pressionava a barra, ou seja, não mais era disponibilizada a pelota de alimento quando 
o sujeito apresentava tal comportamento. Como mostra o gráfico na tabela 4, de início 
houve um número considerável de comportamentos que seguiu de um aumento 
considerável de pressões e, logo após, uma queda drástica na frequência deste 
comportamento até que houve vários minutos sem que o sujeito o apresente. 
Como esperado da extinção de um comportamento que tinha uma contingência de 
reforço onde todos os comportamentos eram reforçados, o sujeito aumentou 
consideravelmente a frequência do comportamento de imediato, foram 19 (dezenove) 
pressões no primeiro minuto e 27 (vinte e sete) no segundo, e depois o suprimiu quando 
verificado que não seria mais reforçado, totalizando apenas 26 (vinte e seis) 
comportamentos ao decorrer dos 19 (dezenove) minutos restantes. Quanto a recuperações 
espontâneas, foi observada apenas uma no vigésimo minuto, mas como o comportamento 
não foi reforçado não voltou a ocorrer. 
0
5
10
15
20
25
30
1 2 3 4 5 6 7 8 9 101112131415161718192021
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MINUTOS
Extinção
Respostas
12 
 
Tabela 4: Extinção. 
Minutos Respostas 
01 19 
02 27 
03 8 
04 3 
05 3 
06 0 
07 0 
08 4 
09 1 
10 0 
11 0 
12 1 
13 2 
14 2 
15 0 
16 1 
17 0 
18 0 
19 0 
20 1 
21 0 
 
Ao final do experimento, como mostrado na tabela 4, foram necessárias 72 
(setenta e dois) comportamentos sem reforços para que a extinção fosse finalizada. 
Finalizado a extinção, foi feito dois experimentos de punição a fim de verificar 
seu efeito sobre o comportamento. A punição, feita duas vezes de duas maneiras, sendo 
uma punição suave e a outra severa, teve duração de 20 (vinte) minutos. 10 (dez) minutos 
para a punição suave e o mesmo tempo para a punição severa. Para que pudéssemos 
trabalhar a punição usamos o sujeito experimental modelado a pressionar a barra para 
ganhar alimento e não o sujeito que sofreu extinção. 
Para a punição suave foi retirado o reforço do comportamento de pressão a barra 
e em seu lugar, colocada uma punição positiva com um choque de baixa potência apenas 
no primeiro comportamento de pressão a barra. Como mostra a figura 5 e a tabela 5, após 
a punição que ocorreu no primeiro segundo do experimento tivemos uma supressão 
imediata do comportamento de modo que o rato não o apresentou mais durante os dois 
primeiros minutos. 
 
 
 
 
13 
 
Figura 5: Punição Suave. 
 
 
Tabela 5: Punição Suave. 
Minutos Respostas 
01 1 
02 0 
03 23 
04 7 
05 15 
06 11 
07 4 
08 1 
09 4 
10 0 
 
 
 Após o segundo minuto o rato apresentou o comportamento de pressão a barra 23 
(vinte e três) vezes no terceiro minuto e apenas 7 (sete) vezes no quarto. Como não foram 
reforçados, e punido anteriormente, teve sua frequência diminuída de modo que a cada 
minuto o comportamento era apresentado cada vez menos, tendo um pequeno aumento 
no nono minuto, que foram apresentados 4 (quatro) vezes, mas logo teve sua frequência 
igual a zero. 
 Com o mesmo sujeito usado para a punição suave foi feito a punição severa. Neste 
experimento, cujo procedimentos feitos foram os mesmos da punição suave com alteração 
apenas na potência do choque que foi dado com uma potência maior, o efeito da punição 
foi mais visível. O sujeito após receber o choque com a potência mais alta não apresentou 
mais nenhum comportamento de pressão a barra e o mesmo foi suprimido e extinto logo 
após a punição. A figura 6 e a tabela 6 mostra os resultados obtidos no experimento. 
 
0
5
10
15
20
25
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
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MINUTOS
Punição Suave
Respostas
14 
 
Figura 6: Punição Severa. 
 
 
Tabela 6: Punição Severa. 
Minutos Respostas 
01 1 
02 0 
03 0 
04 0 
05 0 
06 0 
07 0 
08 0 
09 0 
10 0 
 
4. CONCLUSÃO 
 Observamos o sujeito experimental em seu nível operante e tivemos como 
objetivos: (a) treiná-lo ao comedouro, ou seja, (b) fazê-lo associar o som com o alimento 
sendo disponibilizado, (c) modelá-lo para que aprendesse a pressionar a barra para ganhar 
alimento para que depois pudéssemos (d) ver o efeito da extinção e o (e) efeito da punição 
nos comportamentos. Visto os resultados, e como citado na teoria de Skinner, fica 
evidente que o comportamento é afetado por suas consequências e tendo como controlar 
o ambiente, temos melhor condições de controlar também o comportamento. 
Na primeira etapa quando observamos o sujeito em seu nível operante e não 
controlamos as consequências de seus comportamentos, não foi observado nenhuma 
alteração no sujeito experimental e nem na maneira como o mesmo se comportava ao 
decorrer do experimento. Somente quando começamos a treiná-lo, a condicioná-lo, e a 
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
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MINUTOS
Punição Severa
Respostas
15 
 
controlar as consequências de seus comportamentos que vimos como os mesmos podem 
ser controlados se tivermos controles de suas consequências. 
Pegamos um sujeito em seu nível operante, sem nenhuma modelagem ou mesmo 
associação de estímulos, e treinamos para que o mesmo soubesse quando seria 
disponibilizado a comida e até mesmo a ganhar a comida através de seus 
comportamentos. O treino ao comedouro mostrou como fazemos associações de 
estímulos através de pareamentos e a modelagem, como aprendemos comportamentos 
novos para serem inseridos em nosso repertório de comportamentos. 
Na etapa da modelagem ensinamos um comportamento novo ao sujeito. Através 
dos reforços e extinções com aproximações sucessivas vimos como ocorre a 
aprendizagem. O sujeito que antes não apresentava o comportamento desejado foi 
modelado e passou pelo processo de aprendizagem para que finalmente apresentasse tal 
comportamento e o inserisse em seu repertório. 
Podemos também, assim como ensinar e aumentar a frequência de um 
comportamento, diminuir sua frequência e até mesmo fazer com que ele não ocorra mais. 
Na etapa da extinção fizemos com que o comportamento de pressão a barra não mais 
ocorresse retirando seu reforço. O sujeito que antes era reforçado ao se comportar de 
determinada maneira, passou a não mais apresentar tal comportamento quando verificado 
que não seria mais reforçado. O efeito da extinção não ocorre de maneira imediata, 
primeiramente o sujeito aumentara consideravelmente a frequência do comportamento e 
diminuiu o número de respostas aos poucos até que não mais o apresentasse. 
Quando um comportamento é extinto pode ocorrer uma recuperação espontânea, 
o que foi observado no experimento,mas quando a recuperação desse comportamento 
não foi reforçada, o comportamento voltou a frequência zero. 
A punição é também um meio por qual podemos suprimir comportamentos. 
Dependendo da magnitude da punição, o resultado pode ser observado de imediato ou a 
um certo prazo de tempo. Quando damos uma punição suave para um sujeito por 
determinado comportamento, observamos de início que não é mais apresentado aquele 
comportamento punido. Porém ele retorna a ocorrer depois de certo tempo e se não for 
mais reforçado, ele será extinto mesmo que a punição ocorra somente na primeira vez. 
Quando punimos severamente o sujeito por determinado comportamento vimos 
que ele não mais apresentará tal resposta. O sujeito ao ser punido com uma grande 
magnitude não volta a apresentar mais o comportamento que fora punido e a punição 
dessa maneira extingue o comportamento de maneira imediata. 
É nítido que as consequências têm efeito sobre o comportamento do sujeito. Com 
maior probabilidade de controle do ambiente, temos maior probabilidade de controle1 do 
mesmo. Se podemos controlar o ambiente e as consequências de atos dos sujeitos nele 
inserido, podemos controlar seus comportamentos e modelar tais sujeitos. Podemos não 
só modelar comportamentos como, através de reforços e punições, aumentar ou diminuir 
 
___________________ 
1Quando falamos em controlar o comportamento, falamos em “dispor as condições necessárias e suficientes 
para que o comportamento se torne provável de ocorrer” (MOREIRA e MEDEIROS, 2007). 
16 
 
a probabilidade de que eles ocorram, mas para o caso de diminuir sua probabilidade, o 
melhor para se utilizar é a extinção. Com ela podemos suprimir respostas sem que haja 
tantos efeitos não desejados como ocorre na punição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
5. REFERÊNCIAL TEÓRICO 
MOREIRA, M. B., MEDEIROS, C. A. de. Princípios básicos de análise do 
comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2007. 
MATOS, M. Behaviorismo metodológico e behaviorismo radical. Bernard Rangé 
(org)Psicoterapia comportamental e cognitiva: pesquisa, prática, aplicações e 
problemas.Campinas: Editorial Psy, 1995. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. ANEXOS 
18

Outros materiais