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Paradiplomacia
Ingrid do Prado Guimarães
Michelle Maiara Marchetti 
No passar das décadas o cenário internacional vem se modificando sendo atualmente baseado na interdependência e nas tendências de integração. É nesse contexto que surge novos atores subnacionais, atuando em áreas com pouco apoio governamental principalmente no que se refere às questões sociais. A Paradiplomacia é o processo da atuação de agentes subnacionais nas relações internacionais. Essa expressão foi trazida ao meio acadêmico por Panayotis Soldatos para realizar atividades diplomáticas realizadas por atores não centrais nas relações internacionais. 
“A paradiplomacia é caracterizada por um processo de extroversão de atores subnacionais como governos locais e regionais, organizações internacionais, empresas multilaterais que negociam e praticam acordos visando obter recursos e atuando em áreas específicas onde não exista intervenção do governo estatal.” (MOREIRA,SENHORAS e VITTAR, 2009)
É a partir dessa relação transgovernamentais que são marcados os novos atores subnacionais. Tendo em vista que a principal característica da paradiplomacia é a cooperação. De acordo com Santana (2009) As cidades, por exemplo, são meios eficazes de promover a cooperação internacional e o desenvolvimento local/regional sustentável. Isto porque elas podem trocar experiências em áreas como urbanismo, infraestrutura, habitação e políticas públicas que tem por objetivo combater a pobreza e a violência. 
No que compete ao Brasil a Constituição da Republica de 1988 não institucionalizou a paradiplomacia no ordenamento jurídico nacional. Assim no que compete a celebrações de tratados fica a cargo da União. Os contatos internacionais constituídos por esses atores não-centrais acontecem informalmente. Mesmo não tendo uma relação formal no país, a paradiplomacia tem tendências ao desenvolvimento dentro do Brasil. 
“Mesmo com essa limitação constitucional brasileira, os municípios e estados tem participado com maior ativismo no que se refere à inserção internacional provocando, com isso, a criação de órgãos na administração pública, como é o caso de Santa Catarina onde criou-se a Secretaria Especial de Articulação Internacional. Em âmbito municipal, na cidade de Campinas em 1994, foi criado Secretaria Internacional de Campinas, que tem como finalidade a promoção comercial.” (DIAS, 2010)
Visto isso o conceito de paradiplomacia tem crescido não só dentro Brasil, mas em todo o mundo, considerando que a mesma metodologia e prática já são bem difundidas e desenvolvidas entre os países mais desenvolvidos. No Brasil, as cidades de fronteira estabelecem relações fortes com outros buscando maior respaldo para seus objetivos e necessidades, revelando vantagens econômicas, sociais, culturais e políticas, como é o caso das cidades fronteiriças, por exemplo Foz do Iguaçu, dos países do MERCOSUL, estabelecendo acordos e negociações. (OLIVEIRA, Ana Carolina R. 2012)
Referências:
OLIVEIRA, Ana Carolina R. A Paradiplomacia: Conceito e inserção do profissional de Relações. Anais do X Seminário de Ciências Sociais - Tecendo diálogos sobre a pesquisa social. Foz do Iguaçu – 2012
RIBEIRO, Fábio Pereira. Paradiplomacia – enfoque estratégico para Estados Municípios. Revista Exame, São Paulo – 2014. <http://exame.abril.com.br/rede-de-blogs/brasil-no-mundo/2014/05/28/paradiplomacia-enfoque-estrategico-para-estados-e-municipios/> Acesso em: 02/08/2014.

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