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REAPROVEITAMENTO DE RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL NA FABRICAÇÃO DE BLOCOS ECOLÓGICOS E PAVIMENTO INTERTRAVADO

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1 
 
REAPROVEITAMENTO DE RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL NA 
FABRICAÇÃO DE BLOCOS ECOLÓGICOS E PAVIMENTO INTERTRAVADO 
Priscyla Gonçalves¹,Taliany Dias Saldanha², Matheus de Faria e Oliveira Barreto³ 
¹FUNEDI/UEMG - Graduanda em Engenharia Civil, Divinópolis/MG – 
priscylagoncalves@yahoo.com.br 
²FUNEDI/UEMG - Graduanda em Engenharia Civil, Divinópolis/MG – 
talianyds@gmail.com 
³FUNEDI/UEMG – Professor e coordenador do curso de Engenharia Civil, 
Divinópolis/MG - matheusfob@yahoo.com.br 
 
RESUMO 
Será apresentado nesse artigo um panorama brasileiro da construção civil e da 
reciclagem dos resíduos de construção e demolição (RCD). Estimativas sobre a 
quantidade resíduo gerado e os tipos de resíduos. A experiência nacional na 
reciclagem do resíduo como agregado é resumida. A avaliação do aproveitamento de 
resíduos de construção civil na fabricação de blocos ecológicos e pavimento de 
concreto intertravado foi realizada, para tanto foi feito a caracterização dos resíduos e 
a avaliação da pulverulosidade desse resíduo para posterior aplicação e 
aproveitamento como material de construção. 
Palavras-chave: resíduo; construção civil; reciclagem; entulho; engenharia civil; blocos 
ecológicos. 
 
 
INTRODUÇÃO 
Com a grande alta da construção civil tem se gerado diversos fatores positivos como a 
geração de empregos, abertura de novas estradas, o crescimento do país, dentre 
outros. Mas eles veem acompanhados de um problema que merece uma grande 
atenção: os resíduos de construção e demolição, o chamado RCD ou RCC. 
Todo ano o mundo inteiro produz toneladas e toneladas de entulho, e a maioria dos 
países não têm uma destinação correta para esse entulho. Na Europa, por exemplo, 
há um desperdício equivalente a 200 milhões de toneladas anuais de concreto, pedras 
e recursos minerais valiosos, tal volume de materiais seria suficiente para se construir 
uma rodovia com seis faixas de rolamento interligando as cidades de Roma, na Itália, 
a Londres, na Inglaterra. 
Atualmente encontra-se o recurso de reciclagem desses resíduos, sendo 
reaproveitado em pavimentação, concreto não-estrutural, em argamassa, tal recurso 
que resolveria grande parte do problema ambiental e até mesmo social. Existem 
cidades brasileiras que possuem políticas para descarte e reciclagem desses 
resíduos, sendo que reciclam quase 90% dos resíduos das obras da cidade, e o 
material final é utilizado em obras públicas como pavimentação de ruas e projetos 
2 
 
habitacionais. Mas infelizmente os custos ainda são altos, principalmente inicialmente, 
sendo assim necessita-se de pesquisas e estudos mais aprofundados, para utilização 
de mais resíduos e menos materia prima nova. 
 
CONSTRUÇÃO CIVIL NO BRASIL 
A construção civil é um dos setores mais relevantes da economia brasileira, com 
aproximadamente 200 mil empresas atuantes no mercado. Além disso, é um setor que 
ao passar dos anos vem apresentando níveis espetaculares de crescimento, trazendo 
otimismo para os próximos anos, devido aos programas habitacionais feitos pelo 
governo e aos grandes eventos, como a Copa do Mundo de Futebol e as Olimpíadas. 
Tem também como característica o uso intensivo de mão de obra, principalmente mão 
de obra não especializada. No ano de 2012, teve a vigésima alta de contratação de 
mão de obra, com 28,1 mil contratações. 
É preciso ressaltar que a Pesquisa Anual da Indústria da Construção (Paic), do 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), não considera o emprego 
informal nos seus resultados, o que subestima os efeitos dessa indústria na geração 
de emprego e renda na sociedade brasileira. 
 
GERAÇÃO DE RESÍDUOSDE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO (RCD) NO BRASIL 
A construção civil é responsável por até 50% do total de resíduos sólidos gerados no 
Brasil. Segundo dados do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, estudo realizado 
pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais 
(Abrelpe), os municípios brasileiros coletaram cerca de 35 milhões de toneladas de 
resíduos de construção e demolição (RCD) em 2012, 5,3% a mais que em 2011. 
 
3 
 
Figura 1.1 – Total de RCD Coletados – Regiões do Brasil 
 
 
Figura 1.2 – Composição média de RCD produzido no Brasil 
 
Atualmente, dispomos da Política Nacional de Resíduos Sólidos, da Resolução 307 do 
Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e da Política Nacional de 
Saneamento Básico, que colocam o setor no tema com alguma maturidade. Porém, a 
maior parte dos resíduos gerados na construção civil vem de autoconstruções e 
reformas e, na maioria das vezes, não são destinados corretamente porque não há 
conhecimento da população, que acaba jogando os entulhos no lixo comum – ou ainda 
depositando-os em terrenos baldios, praças, ruas e encostas de rios. 
Em vigor desde 2003, a Resolução 307 do Conama estabelece uma regra simples e 
óbvia: quem gera entulho deve se responsabilizar pelo transporte e destinação 
adequada desses materiais. Ou seja, entulho jogado em áreas públicas ou despejado 
em terrenos particulares pode gerar multas ou ainda o responsável pode responder 
uma ação na justiça. 
A deposição clandestina de entulho agrava os impactos ambientais, uma vez que 
provoca o assoreamento de córregos, o entupimento de redes de drenagem e, como 
consequência, em alguns casos, as enchentes urbanas. Os aterros ilegais, por sua 
vez, acabam por se tornar locais atrativos para destinação a baixo custo, agravando o 
problema. 
Mas o novo cenário em formação traz novas e grandes responsabilidades para todos 
os envolvidos na cadeia de geração dos resíduos sólidos, incluindo os RCD. Pautados 
Argamassa 
38% 
Areia 
12% 
Rocha 
4% 
Cerâmica 
Vermelha 
9% 
Cerâmica 
Polida 
13% 
Concreto 
14% 
Tijolo 
Vermelho 
5% 
Gesso 
3% 
Outros 
2% 
4 
 
pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, o setor público e privado, até este ano, 
2013, deveriam elaborar os seguintes planos: 
• Plano Nacional de Resíduos Sólidos: União sob coordenação do Ministério do Meio 
Ambiente; 
• Plano Estadual de Resíduos Sólidos: condição para acesso a recursos da União ou 
por ela controlados; 
• Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos: condição para acesso a 
recursos da União. 
• Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos: responsabilidade dos grandes 
geradores 
Inicia-se, portanto, a formulação de um novo modelo de gestão e manejo dos resíduos 
no país, já com indicações de normas, procedimentos e equipamentos públicos 
adequados, por parte do Governo Federal, a partir do Ministério do Meio Ambiente. 
 
RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL E DEMOLIÇÃO (RCD) 
Os Resíduos da Construção Civil (RCD), segundo a Política Nacional de Resíduos 
Sólidos são: “os gerados nas construções, reformas, reparos e demolições de obras 
de construção civil, incluídos os resultantes da preparação e escavação de terrenos 
para obras civis”. 
Os RCD são classificados, para efeito da Resolução nº 307 do CONAMA, (BRASIL, 
2002), em quatro classes distintas: 
• Classe A: são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis, como agregados tais como: 
a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras 
de infra-estrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem; 
b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes 
cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento, etc.), argamassa e concreto; 
c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto 
(blocos, tubos, meio fio, etc.), produzidas nos canteiros de obras. 
• Classe B: são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos, 
papel,papelão, metais, vidros, madeiras e gesso (nova redação dada pela Resolução 
CONAMA nº 431/11), (BRASIL, 2011); 
5 
 
• Classe C: são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou 
aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem ou recuperação 
(nova redação dada pela Resolução CONAMA nº 431/11), (BRASIL, 2011); 
• Classe D: são os resíduos perigosos, oriundos do processo da construção, tais como 
tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles contaminados ou prejudiciais a saúde, 
oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações 
industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que contenham 
amianto ou outros produtos nocivos à saúde (nova redação dada pela Resolução 
CONAMA nº 348/04), (BRASIL, 2004). 
 
RECICLAGEM DO RESÍDUO DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO 
O resíduo, que pode ser usado sozinho ou misturado ao solo, deve ser processado por 
equipamentos de britagem/trituração até alcançar a granulometria desejada, e pode 
apresentar contaminação prévia por solo, desde que em proporção não superior a 
50% em peso. Portanto, para facilitar o processo de reciclagem, algumas medidas 
devem ser tomadas como a separação dos resíduos nas obras. 
Para implantação da coleta seletiva dos resíduos em uma obra, sugerem-se os 
seguintes passos: 
• 1º Passo: planejamento das ações a serem efetivadas e onde serão implantadas, a 
fim de direcionar os esforços para que sejam alcançadas as metas. 
• 2º Passo: mobilização de pessoal, que pode ser feita por meio de palestras, 
complementada por cartazes, mensagens em contracheques e outros meios 
apropriados. 
• 3º Passo: caracterização dos RCDs gerados nas principais fases da obra, sendo 
variável durante sua execução. 
. 4º Passo: avaliação da viabilidade do uso dos componentes do entulho. 
• 5º Passo: desenvolvimento de todo o processo e providências relativas a acordos, 
contratos, licenças, autorizações e demais documentos que permitam a utilização dos 
resíduos da construção civil; 
• 6º Passo: desenvolvimento e documentação dos procedimentos adotados para 
seleção, acondicionamento, despacho e retirada dos resíduos da obra. Providenciar 
recipientes para acondicionamento dos materiais a serem segregados. Em cada 
pavimento, quando for o caso, deve-se ter recipiente para coleta seletiva, identificado 
6 
 
conforme o material a ser selecionado. No andar térreo, é importante a instalação de 
baias para acumular os resíduos coletados. A normalização do padrão de cores para 
os resíduos é dada pela Resolução Conama 275/2001. 
A partir daí os resíduos deverão ser encaminhados para uma empresa especializada 
para sua reciclagem e destinação correta. 
 
UTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
Utilização em Pavimentação: 
 - Base, sub-base ou revestimento primário; 
 - Exige menor utilização de tecnologia; 
 - Permite a utilização de todos os componentes minerais do entulho; 
 - Economia de energia no processo de moagem do entulho; 
 - Maior eficiência do resíduo quando adicionado aos solos saprolíticos em relação a 
mesma adição feita com brita. 
Utilização como agregado para o concreto não estrutural: 
 - Permite a utilização de todos os componentes minerais do entulho; 
 - Economia de energia no processo de moagem do entulho; 
 - Possibilidade de melhorias no desempenho do concreto em relação aos 
agregados convencionais, quando se utiliza de baixo consumo de cimento. 
Utilização como agregado para a confecção de argamassa: 
 - Processado por equipamentos denominados argamasseiras; 
 - Utilização do resíduo no local gerador, o que elimina custos com transporte; 
 - Efeito pozolânico apresentado pelo entulho moído; 
 - Redução no consumo do cimento e da cal; 
 - Ganho na resistência à compressão das argamassas. 
Outros usos: 
 - Utilização de concreto reciclado com agregado; 
 - Cascalhamento de estradas; 
 - Preenchimento de vazios em construções; 
 - Preenchimento de valas de instalações e reforço de aterros. 
 
7 
 
 
Figura 1.3 – Aplicação do RCD na Construção Civil 
 
MATERIAIS E MÉTODOS 
Inicialmente foi elaborado um roteiro com a seguintes etapas: realização de uma 
pesquisa abordando o cenário brasileiro em relação a geração, destinação, 
classificação dos resíduos da construção civil e sua utilização mais comum; coleta 
das amostras para análise laboratorial, coletadas na própria Funedi/UEMG, resíduos 
gerados por uma reforma na instituição, que continham uma mistura de concreto, 
argamassa e alvenaria; peneiramento das amostras para separação granulométrica; 
analise de pulverulozidade do material e definição do traço; 
O ensaio laboratorial realizado foi o Ensaio de Peneiramento do agregado miúdo um 
somente com resíduo de argamassa e um com areia nova, no próprio laboratório da 
instituição, foram utilizadas a seguinte sequencia de Peneiras seguindo a 
nomenclatura da ABNT: 10, 18, 35, 40, 140, 230 e 75. Posteriormente foi realizado o 
Peneiramento do agregado graúdo com resíduos de concreto e alvenaria, que consiste 
em todo resíduo com granulometria superior a 4,8 mm. 
8 
 
Foi feito o traço do concreto para 4 tipos de amostras diferentes, sendo elas: somente 
com resíduo, resíduo + areia nova, resíduo + brita nova e apenas materiais novos. 
 
 
Figura 1.4 – Resíduos coletados 
 
Figura 1.5 – Balança de Precisão Figura 1.6 – Peneirador 
 
RESULTADOS E DISCUSSÕES 
O resultado do peneiramento dos resíduos, mostrou que o material possui baixa 
pulverulosidade, sendo viável para o reaproveitamento. Abaixo segue os dados do 
peneiramento e seus resultados: 
9 
 
PENEIRAMENTO 500G RESÍDUO (RCD) 
Peneira Abertura da malha Resultado (g) 
ABNT 10 2mm 129,99 
ABNT 18 1mm 54,35 
ABNT 35 0,5mm 79,7 
ABNT 40 0,42mm 23,46 
ABNT 140 0,35mm 21,25 
ABNT 230 0,106mm 170,8 
Material Pulverulento 20,45 
 
PENEIRAMENTO 500G AREIA LAVADA DE RIO 
Peneira Abertura da malha Resultado (g) 
ABNT 10 2mm 15,8 
ABNT 18 1mm 104,03 
ABNT 35 0,5mm 254,6 
ABNT 40 0,42mm 39,11 
ABNT 140 0,35mm 28,5 
ABNT 230 0,106mm 65,3 
Material Pulverulento 4 
 
ANÁLISE DO RESÍDUO 
 
 
10 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DE AREIA LAVADA DE RIO 
 
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1
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,0
 
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
0,01 0,1 1 10 100
Diâmetro dos grãos (mm) 
Peneiram
ento Fino
Sediment
ação
3,2% 
98,4% 
0,8% 
0,0% 
Ped.
Areia
Silte
Argila
ABNT 
0,0% 
100,0% 
0,0% 
0,0% 
Ped.
Areia
Silte
Argila
ASTM 
%
 q
u
e
 p
as
sa
 d
a 
am
o
st
ra
 t
o
ta
l 
11 
 
 
 
Baseado nos resultados e na análise dos dados do peneiramento dos resíduos, 
constatamos que é viável a reutilização do mesmo na fabricação dos blocos 
ecológicos e pavimento de concreto intertravado devido a baixa pulverulosidade do 
material. 
É método interessante para reaproveitamento de resíduos, onde contribuiria com 
diversos problemas ambientais e até mesmo sociais, mas essa pesquisa ainda deverá 
ser mais aprofundada realizando a fabricação e realização dos testes de resistência a 
compressão, permeabilidade e desgaste superficial dos blocos e do pavimento 
intertravado, para uma avaliação mais precisa. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Foi identificada a necessidade constante de caracterizaçãodos resíduos para 
elaboração do traço do concreto, com o desenvolvimento de traços econômicos 
utilizando maiores percentuais de resíduos para a viabilidade do reaproveitamento e a 
utilização de cimento CP IV, devido a sua resistência a sulfatos. 
9
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0,010 0,100 1,000 10,000 100,000
Diâmetro dos grãos (mm) 
Peneiram
ento Fino
Sediment
ação
0,0% 
100,0% 
0,0% 
0,0% 
Ped.
Areia
Silte
Argila
ASTM 
%
 q
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sa
 d
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am
o
st
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 t
o
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12 
 
Contudo, a separação e o descarte ecologicamente correto dos resíduos de 
construção civil é uma medida importante para facilitar todo o processo e para evitar 
eventuais danos ao meio ambiente. Para tanto, necessita-se do estimulo político para 
o setor, com a criação de leis para descarte consciente e controlado dos resíduos e 
uma política para reaproveitamento dos mesmos. 
 
REFERÊNCIAIS 
Agencia Brasil. Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-05-
18/estudo-do-ipea-aponta-que-deficit-habitacional-caiu-12-em-cinco-anos>. Acesso 
em: 20 jul. 2013. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR ISO 10004: 
Resíduos Sólidos Urbanos. Rio de Janeiro, 2004. 
BNDES – BANCO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO. Disponível em: 
<http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/
conhecimento/liv_perspectivas/09_Perspectivas_do_Investimento_2010_13_CONSTR
UCAO_CIVIL.pdf>. Acesso em: 20 mai.2013 
CANEDO, V.S. et al. Estudo do concreto constituído por agregado miúdo proveniente 
da reciclagem do entulho de concreto. Brasília, 1999. 59p. Projeto final de curso – 
Engenharia Civil, Universidade de Brasília. 
COELHO, P.E.; CHAVES, A.P. Reciclagem de entulho: uma opção de negócio 
potencialmente lucrativa e ambientalmente simpática. Areia & Brita. São Paulo, 
ANEPAC. N.5, p.31-35, abr./mai./jun., 1998. 
CUNHA JÚNIOR, N. B. Cartilha de gerenciamento de resíduos sólidos para a 
construção civil. Belo Horizonte: SINDUSCON-MG, 2005. 
GGN – O Jornal de todos os Brasis. Disponível em: 
<http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/os-numeros-do-deficit-habitacional>. Acesso 
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GONÇALVES, M.A.B. et al. O reaproveitamento de resíduos sólidos da construção 
civil. Brasília, 1997. 117p. Projeto final de curso – Engenharia Civil, Universidade de 
Brasília. 
GUSMÃO, A. D. Manual de Gestão dos Resíduos da Construção Civil . CCS Gráfica 
Editora, Camaragibe, 2008. 
13 
 
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE – CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE 
(CONAMA) Proposta de resolução - Resíduos da Construção Civil. 12. versão, 
Brasília, mar. 2001. 
ROTOMIX BRASIL. Disponível em: <http://www.rotomixbrasil.com.br/construcao-civil-
no-brasil-o-mercado-em-nossas-maos>. Acesso em: 15 mai. 2013. 
ZORDAN, S.E. A utilização do entulho como agregado, na confecção do concreto. 
Campina, 1997. 140p. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Engenharia Civil, 
UNICAMP.

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