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seminario retroatividade

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Introdução
O presente trabalho possui como tema a retroatividade. Será abordado os seu principal conceito entre retroatividade e irretroatividade, quais são os seus tipos e quais são suas aceitações também quando são aplicadas. Faremos uma breve passagem pelo Direito Comparado e o Direito adquirido.
RETROATIVIDADE.
O que e retroatividade?
Seria o poder que uma lei possui de gerar efeitos sobre fatos ocorridos antes que essa mesma lei estivesse vigorando. Um foto ocorrido no tempo, e uma lei editada posteriormente acabam por influir naquele fato gerando efeitos jurídicos. São reflexos de efeitos de uma nova lei, de ato jurídico ou decisão sobre fatos já consumados.
Significado: Qualidade do que e retroativo Direito Extensão a fatos pretéritos, dos efeitos de uma lei, de um julgamento, de um ato jurídico: retroatividade de uma Lei. 
Retroatividade na lei penal
Este caso é bem interessante para entendermos a questão da retroatividade penal. A lei não retroage para prejudicar as pessoas. Esse é um principio básico de Democracia. Imaginemos o seguinte cenário: Hoje você compra uma bicicleta, amanha o Congresso aprova uma lei dizendo que comprar bicicleta é um crime, Obvio que seria injusto você ser punido por aquela nova lei, já que quando você adquiriu a bicicleta aquela ação ainda não era considerada um crime. Ou seja, a lei não retroage para prejudicar a pessoa. (lex homini nocere non retrotrahitur).
Por outro lado a lei retroage para beneficiar uma pessoa. Se o caso acima fosse inverso, Ou seja, a nova lei previsse uma pena menor, você seria julgado pela nova lei. Outro exemplo: se o crime deixasse de existir na nova lei, você seria libertado, ainda que sua sentença já estivesse transitado em julgado. 
Conceito
Dois princípios básicos se confrontam, na problemática que envolve o conflito de norma no tempo: o da retroatividade e o da irretroatividade da lei. Dissemos que as leis normalmente acompanham as necessidades sociais em sua perene evolução; umas substituem outras, propiciando o surgimento de conflito na sua aplicação, resumidos na seguinte questão: uma relação jurídica deve continuar a ser regida pela lei vigente ao tempo em que se constituiu ou a lei nova atingirá todas as relações e situações sobre as quais disponham inclusive aquelas anteriores à sua vigência? Pois bem, a lei nova tem por missão disciplinar as situações que prevê, sem, contudo, interferir nas relações jurídicas consumadas sob o império da lei anterior.
Diniz, Maria Helena (“Conflito de leis” 3 ed.rev.-São Paulo: saraiva, 1998. Pg.36) diz que o principio da retroatividade é utilizado nos casos de revogação da lei e quando essa relação torna-se confusa para o legislador. O mesmo tem duas opções, usar as disposições transitórias, às quais são elaboradas pelo legislador, no próprio texto normativo, destinadas a evitar e a solucionar conflitos que poderão surgir do confronto da nova lei com a antiga lei. Ou então o princípio da retroatividade e irretroatividade, o qual usa regras comportamentos passado para atingir a norma. Ou seja, é retroativo quando se aplicar a qualquer situação praticada durante vigência de lei já revogada. E irretroativo quando não se aplicar. Ambos os princípios não são absolutos, pois o ideal, diz Maria Helena é que a norma fosse retroativa em alguns casos, e em outros não.
O art 6º da LINDB diz que a lei tem vigor imediato sempre respeitando três aspectos, o ato jurídico perfeito, ou seja, um ato que não pode ser anulado, pois foi consumado mediante lei vigente; direito adquirido, que tornou-se intrínseco ao patrimônio e personalidade da pessoa; e a coisa julgada, que é o processo que já fora decidido e não apresenta mais recursos. 
Doutrinas
Diniz, Maria Helena cita um critério de ouro não se pode deixar passar despercebido por nossos olhos, o principio da irretroatividade tanto se aplica ao julgador quanto ao legislador sendo assim a regra, se a lei se omitir de alguma forma, poderá retroagir, se não ferir é claro o direito adquirido, o ato jurídico e a coisa julgada.
Walker, citado por Barbalho, nos afirma que leis retroativas só tiranos as fazem e só escravos se lhes submetem. A retroatividade proclamou-o Benjamin Constant, arrebata à lei seu caráter; lei que retroage não é lei.
Há o respeito ao direito adquirido. O que nos fica claro é que a lei pode ser aplicada em qualquer circunstancia.
Segundo Jesús Hortal, que foi citado em um documentário por Leon Frejda Szklarowsky, que estudou esse estatuto, comentou que a irretroatividade das leis é uma imposição para a segurança jurídica dos membros de qualquer comunidade, mas, em caso de disposições penais, outorga a retroatividade, se beneficiarem o réu de alguma forma.
O Supremo Tribunal Federal vem decidindo questões direita ou indiretamente sobre direito adquirido.
A regra adotada pelo ordenamento jurídico é de que a norma não poderá retroagir, ou seja, a lei nova não será aplicada às situações constituídas sobre a vigência da lei revogada ou modificada (princípio da irretroatividade). Este princípio objetiva assegurar a segurança, a certeza e a estabilidade do ordenamento jurídico.
O art. 5º, inciso XXXVI, da Constituição Federal prevê que: “A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.”
 Já o art. 6º, da LINDB diz o seguinte: “A lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitando o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.”
Sendo assim, é possível observar que a regra da irretroatividade não é absoluta, tendo em vista que convive com outro preceito de direito intertemporal, que é o da eficácia imediata e geral da lei nova. Ou seja, em alguns casos a lei nova poderá retroagir. 
Além disso, Carlos Roberto Gonçalves afirma que a irretroatividade das leis não possui caráter absoluto, por razões de políticas legislativas, que por sua vez podem recomendar que, em determinadas situações, a lei seja retroativa, atingindo os efeitos dos atos jurídicos praticados sob o império da norma antiga.
Com relação ao ato jurídico perfeito, Maria Helena Diniz diz que é o ato: “[...] já consumado, seguindo a norma vigente ao tempo em que se efetuou. Já se tornou apto para produzir os seus efeitos.”
Segundo Monteiro, Washington de Barros, a retroatividade pode ser justa ou injusta. É justa quando não se depara, na aplicação do texto, qualquer ofensa ao direito adquirido, ao ato perfeito e a coisa julgada. Injusta quando a prejudicado com a aplicação retro-operante a lei.
Diante disso, a doutrina reconhece três tipos de retroatividade, quais sejam:
Retroatividade máxima, também chamada de restitutória, que é aquela em que a lei nova ataca fatos pretéritos, ou seja, fatos já consumados sob a vigência da lei revogada, prejudicando assim o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.
Retroatividade média, que é aquela em que a lei nova atinge efeitos pendentes de atos jurídicos verificados antes da nova lei, como por exemplo, um contrato, em que uma prestação esteja vencida, mas ainda não foi paga.
Retroatividade mínima, também chamada de temperada ou mitigada, na qual a lei nova alcança e atinge os efeitos futuros, de situações passadas consolidadas sob a vigência da lei anterior, como por exemplo, uma prestação decorrente de um contrato que não venceu e ainda não foi paga. Inclusive, existem alguns autores que defendem que neste aspecto não seria nem caso de retroatividade. Com isso, não se verifica propriamente a retroatividade, o que ocorre é tão somente a aplicação imediata da lei nova, que por sua vez seria uma situação intermediária entre a retroatividade e a irretroatividade. 
A retroatividade de grau máximo, não é aceita pela doutrina majoritária. No entanto, em relação a retroatividade de graus médio e mínimo, estas são aceitas pela maioria da doutrina.
Direito adquirido
Segundo Monteiro, Washington de Barros são os que decorrem de ato licito próprio, ou de ato de terceiro, como o direito de propriedade,o direito de credito, os direitos de família.
EX TUNC significa que os efeitos de determinada decisão, sobre os fatos no passado, são retroativos à época da origem dos fatos a ele relacionada. EX NUNC, quer dizer que os efeitos da decisão não retroagem, valendo somente a partir da data da decisão. Então, ex tunc retroage e ex nunc não retroage. 
Direito comparado
Uma breve passagem pela historia do direito fez nos deparar com alguns povos que desde sempre tentou assegurar certos princípios que servem de indicativos jurídicos para sua melhor convivência. 
Código de Manu faz com que o rei reveja o lugar e o tempo, sendo afirmada por Limongi França, que é a condenação a retroatividade da lei.
O Direito Antigo na Grécia acabou por conhecer precocemente o principio da irretroatividade, segundo a tese de Carlos Maxximiliano e Lassale.
Direito Canônico, reprova sem duvida alguma a retroatividade, nesse código ou seja, no canono 9, comandam que as leis visam o futuro e não o passado, a não ser que esclarecida-mente nela esteja contida algo sobre o passado. 
Em 1814, a Constituição da Noruega, renegava a retroação, de qualquer lei do mesmo modo em 1947 e 1948 sobre o regimento da Constituição do México, era proibida a retroatividade da lei que fizesse qualquer cidadão ter prejuízos.
 
JURISPRIDÊNCIA
 Tartuce mostra que a relativização da coisa julgada é solucionada pela técnica de ponderação desenvolvida por Robert Alexy. Segundo o autor, o caso em comento traz um conflito entre a proteção da coisa julgada e a dignidade do suposto filho de saber quem é seu pai. Nessa colisão entre direitos tidos por fundamentais, tanto o Superior Tribunal de Justiça, quanto o Supremo Tribunal Federal, sabiamente privilegiaram o direito à verdade biológica (dignidade da pessoa humana) sobre a proteção da coisa julgada (segurança jurídica).
Conclusão
Com base no que foi dito no decorrer do trabalho é possível concluir que a lei só pode retroagir para beneficiar, embora tenha algumas exceções. A mesma retroage na ocorreria do fato.
Referencias
Livro: Maria Helena Diniz - compêndio de introdução a Ciência do Direito, 23º edição.
Livro: Washington de barros monteiro- Curso de Direito Civil I, parte geral, 37º edição.
 http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/8296/Conflito-de-leis-no-tempo-e-possivel-uma-lei-retroagir-e-alcancar-o-ato-juridico-perfeito-o-direito-adquirido-e-a-coisa-julgada
http://jus.com.br/artigos/4190/irretroatividade-da-lei
http://direito.folha.uol.com.br/blog/retroatividade-da-lei-penal

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