Do Interdito Proibitório - Tutela Preventiva Inibitoria

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Tutela Preventiva Inibitória: Visa assegurar a posse contra 
ameaça de turbação e esbulho 
Interdito Proibitório 
 
 
Direito Processual Civil IV 
Prof. Marcel Moraes Mota 
Francisco Humberto Alencar Bezerra 
 
 
 
 
 
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 Do Interdito Proibitório 
 
1. Conceituação: 
 
 O Interdito Proibitório é uma ação judicial (Tutela Preventiva e Inibitória) que visa repelir algum tipo 
de ameaça à posse de determinado possuidor. 
 
 Pode-se dizer que se classifica como uma forma de defesa indireta. 
 
 Essa ação terá cabimento quando houver contra o possuidor a ameaça de turbação (perturbação) ou esbulho 
(ofensa efetiva que impede o exercício da posse). 
 
 O possuidor não pode simplesmente desconfiar que será ameaçado, mas deverá ser comprovado um justo 
receio, bem explicado e evidente, conforme as determinações do art. 932 do Código de Processo Civil; 
 
 O Interdito Proibitório é uma ação de defesa, antecipa algo que pode vir a acontecer, nos casos de Ameaça 
de Turbação ou Esbulho a uma posse, desde que comprovado a ameaça. 
 
 
 
2. Características gerais do Interdito Proibitório: 
 
 Cabe a petição interdita proibitória, em favor de quem demandaste, a partir de elementos objetivos, a justa de 
ser molestado em sua posse. Ou seja, só cabe a petição de Interdito Proibitório se comprovado de fato a 
ameaça de posse, seja por turbação ou esbulho; 
 
 Trata- se de tutela preventiva, de perfil inibitório, que visa a impedir a ocorrência, ou a repetição, do ilícito 
(ato de agressão à posse); 
 
 
 Entre as medidas inibitórias que podem consistir no interdito proibitório é a multa como forma coercitiva; 
 
 Técnica da multa coercitiva: 
 É uma técnica de execução indireta, porque depende da colaboração do executado; 
 Fundamentação Jurídica Multa coercitiva: 
 Art. 461, parágrafo 4º do Código de Processo Civil; 
 No novo CPC (2016) encontra-se no Art. 537. 
 
 
 
Código de Processo Civil (atual 2015) 
 
Art. 461. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou 
não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o 
pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente 
ao do adimplemento. (Redação dada pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994) 
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 O juiz poderá, na hipótese do parágrafo anterior ou na sentença, impor multa 
diária ao réu, independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou 
compatível com a obrigação, fixando-lhe prazo razoável para o cumprimento do 
preceito. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994) 
 
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Direito Processual Civil IV 
Prof. Marcel Moraes Mota 
Francisco Humberto Alencar Bezerra 
 
 
 
 
 
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Novo PCP 2016 
 
CAPÍTULO VI 
DO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA QUE RECONHEÇA A EXIGIBILIDADE DE 
OBRIGAÇÃO DE FAZER, DE NÃO FAZER OU DE ENTREGAR COISA 
Seção I 
Do Cumprimento de Sentença que Reconheça a Exigibilidade de Obrigação de 
Fazer ou de Não Fazer 
Art. 537. A multa independe de requerimento da parte e poderá ser aplicada na 
fase de conhecimento, em tutela provisória ou na sentença, ou na fase de execução, 
desde que seja suficiente e compatível com a obrigação e que se determine prazo 
razoável para cumprimento do preceito. 
§ 1
o
 - O juiz poderá, de ofício ou a requerimento, modificar o valor ou a 
periodicidade da multa vincenda ou excluí-la, caso verifique que: 
I - se tornou insuficiente ou excessiva; 
II - o obrigado demonstrou cumprimento parcial superveniente da obrigação ou 
justa causa para o descumprimento. 
 
§ 2
o
 O valor da multa será devido ao exequente. 
§ 3
o
 - A decisão que fixa a multa é passível de cumprimento provisório, devendo ser 
depositada em juízo, permitido o levantamento do valor após o trânsito em julgado 
da sentença favorável à parte ou na pendência do agravo fundado nos incisos II ou 
III do art. 1.042. 
§ 4
o
 - A multa será devida desde o dia em que se configurar o descumprimento da 
decisão e incidirá enquanto não for cumprida a decisão que a tiver cominado. 
§ 5
o
 - O disposto neste artigo aplica-se, no que couber, ao cumprimento de sentença 
que reconheça deveres de fazer e de não fazer de natureza não obrigacional. 
 
 Ver também os artigos: 
 Art. 451 do Código de Processo Civil; 
 No novo CPC 2016 o art. 497. 
 
 
 
3. Fundamentação Legal: 
 
Seção III 
Do Interdito Proibitório 
 
Art. 932. O possuidor direto ou indireto, que tenha justo receio de ser molestado na 
posse, poderá impetrar ao juiz que o segure da turbação ou esbulho iminente, 
mediante mandado proibitório, em que se comine ao réu determinada pena 
pecuniária, caso transgrida o preceito. 
 
 Analise do Artigo 932: 
 Cabe a petição interdita proibitória, em favor de quem 
demandaste, a partir de elementos objetivos, a justa de ser 
molestado em sua posse. 
 Trata- se de tutela preventiva, de perfil inibitório, que visa a 
impedir a ocorrência, ou a repetição, do ilícito (ato de agressão a 
posse) 
 Ver art. 451, CPC (e no novo CPC art. 497) 
 
 
Direito Processual Civil IV 
Prof. Marcel Moraes Mota 
Francisco Humberto Alencar Bezerra 
 
 
 
 
 
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 Multa coercitiva: 
o Ver art. 461, parágrafo 4º do CPC ( novo CPC ar. 537) 
o A técnica da multa coercitiva: técnica de execução 
indireta,, porque depende da colaboração do 
executado. 
 
 
Art. 933. Aplica-se ao interdito proibitório o disposto na seção anterior. 
 
 Analise do Artigo 933: 
 Aplica-se no que couber as disposições relativas ás ações de 
reintegração e de manutenção de posse.