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O Plebiscito Constituinte

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FACULDADE DE DIREITO DO VALE DO RIO DOCE – FADIVALE
CURSO DE DIREITO
PLEBISCITO CONSTITUINTE
STHEFANY MORAES QUINTELA –
AMANDA HENRIQUES CARVALHO –
MANUELLA VIEIRA SANTOS TAVARES –
LUIS ELIAS DE MEIRA FILHO- 
3° NOT A
GOVERNADOR VALADARES - MG
OUTUBRO/2014
O Plebiscito Constituinte
Uma das coisas que o Brasil mais necessita atualmente é uma reforma política. Entretanto, deve-se pensar e analisar muito bem, onde e o que mudar, para depois aprovar tais modificações, além da forma de como isso será feito. Será que o atual estado em que se encontra o quadro político do nosso país realmente pede a realização de um Plebiscito Constituinte?
Para podermos falar sobre o Plebiscito Constituinte, devemos, primeiramente, deixar claro o que é plebiscito e o que é constituinte. Plebiscito é uma pesquisa na qual os cidadãos e cidadãs votam para aprovar ou não alguma questão. De acordo com a legislação brasileira vigente, apenas o Congresso Nacional pode solicitar um Plebiscito. Mesmo assim, desde o ano 2000, alguns Movimentos Sociais Brasileiros começaram a organizar um Plebiscito Popular, recolhendo informações e opiniões dos demais habitantes sobre um determinado tema. Qualquer um pode trabalhar no plebiscito popular, independente de idade, sexo ou religião, para que o mesmo seja realizado, organizando, então, grupos, nos bairros, escolas, faculdades, sindicatos, ou quaisquer outros lugares, recolhendo votos dos cidadãos a respeito de algum assunto. Isso permite que a vontade da maioria do povo brasileiro seja expressa e leve o poder público a seguir os anseios do povo. Constituinte nada mais é do que uma assembleia de deputados escolhidos pelo povo para alterar a economia e a politica do país, definindo as regras, instituições e o funcionamento das instituições do Estado como o governo, o Congresso e o Judiciário, como exemplo. As decisões que forem tomadas resultarão em uma nova Constituição, a atual Carta do Brasil é de 1988.
Definido os dois termos, explicaremos de onde surgiu a ideia de se realizar um Plebiscito Constituinte. Em Junho de 2013, a Presidente Dilma Rousseff, em reunião com governadores e prefeitos de capitais, propôs um debate sobre a convocação de um plebiscito para que os eleitores decidam se querem ou não a criação de uma Constituinte destinada a realizar uma reforma política. No entanto, o pedido da Presidente, provocou discordância entre os líderes da oposição e membros governistas do Congresso.
Qual o problema então da proposta feita pela Presidente? Alguns juristas afirmam que a atual Carta Magna não prevê em seu texto a convocação de constituinte. Outros asseguram que seria sim possível realizar uma reforma em apenas uma parte da Constituição, para isso, seria preciso que o Congresso aprovasse uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que preveja a convocação de constituinte para pleitear determinado tema. Carlos Velloso, ex-presidente do STF, afirma: "Uma Constituinte é convocada para mudar uma Constituição inteira. Isso é um despropósito. Não se tem Constituinte pela metade, não se tem poder constituinte originário só em alguns pontos. Mas não precisamos disso. Temos uma boa Constituição, democrática, que só precisa ser alterada em alguns pontos”. O problema do Plebiscito Constituinte ao qual se referiu Dilma Rousseff, está no fato de o mesmo almejar mudanças em apenas alguns pontos, como aatual forma de escolha de governantes e parlamentares, o financiamento de campanhas eleitorais, a coligações entre partidos, a propaganda na TV e no rádio, entre outros pontos. De acordo com Marcus Vinícius Furtado, presidente nacional da OAB, o problema em questão pode ser solucionado sem premência de modificar a atual Constituição Brasileira. É preciso apenas alterar a Lei das Eleições e a Lei dos Partidos. Marcus Vinícius afirma também que é isso que se pretende com o Projeto de Lei de Iniciativa Popular de Reforma Política, que já está pronto. O projeto é prático e direto, acaba com o financiamento de campanhas por empresas e define regras para eleições limpas.
	O jurista Gustavo Binenbojm assevera que no regime da constituição de 1988 não há a ideia do plebiscito e da assembleia constituinte como modos de se alterar o texto constitucional. Ele assegura que está claramente disposto no texto da Carta Maga um instrumento que permite a alteração do mesmo, que é a emenda constitucional e que qualquer outro meio de alteração fora do que pré-determina a constituição deve ser entendido como uma medida inconstitucional.
	O site do Plebiscito Constituinte explica o que é e o que se pretende com a realização do mesmo. Em uma parte do texto, eles afirmam:
“Além disso, ao olharmos para a composição do nosso Congresso Nacional vemos que é um Congresso de deputados e senadores que fazem parte da minoria da População Brasileira. Olhemos mais de perto a sua composição:
mais de 70% de fazendeiros e empresários (da educação, da saúde, industriais, etc) sendo que maioria da população é composta de trabalhadores e camponeses.
9% de Mulheres, sendo que as mulheres são mais da metade da população brasileira.
8,5% de Negros, sendo que 51% dos brasileiros se auto-declaram negros.
Menos de 3% de Jovens, sendo que os Jovens (de 16 a 35 anos) representam 40% do eleitorado do Brasil.
 Olhando para esses dados, é praticamente impossível não chegar a conclusão de que “Esse Congresso não nos representa!!!” e que eles não resolverão os problemas que o povo brasileiro, em especial a juventude, levou às ruas em 2013.
 E para solucionar todos esses problemas fundamentais da nossa sociedade (educação, saúde, moradia, transporte, terra, trabalho, etc.) chegamos a conclusão de que não basta mudarmos “as pessoas” que estão no Congresso.
 Precisamos mudar “as regras do jogo”, mudar o Sistema Político Brasileiro. E isso só será possível se a voz dos milhões que foram as ruas em 2013 for ouvida. Como não esperamos que esse Congresso “abra seus ouvidos” partimos para a ação, organizando um Plebiscito Popular que luta por uma Assembleia Constituinte, que será exclusivamente eleita e terá poder soberano para mudar o Sistema Político Brasileiro, pois somente através dessa mudança será possível alcançarmos a resolução de tantos outros problemas que afligem nosso povo.”.
Dizer que ‘’esse Congresso não nos representa’’ apenas com base na formação do mesmo é incoerente. Afinal, o Congresso Nacional é uma instituição política que exerce o Poder Legislativo, e é composto pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, ambos eleitos pelo povo, através das eleições por votos diretos, secretos e obrigatórios. Logo, quem está lá representando os brasileiros são aqueles que a própria população elegeu, e estão lá com o intuito de defender e deliberar sobre os direitos e deveres de todos, independentes de serem jovens ou velhos, negros ou brancos, homens ou mulheres, fazendeiros ou camponeses, empresários ou trabalhadores. Se estão lá, é porque o povo assim o quis. 
	Outro ponto abordado no trecho acima citado, é que se pretende realizar uma Assembleia Constituinte que terá poder soberano para mudar o Sistema Político Brasileiro. Foi dito anteriormente, neste artigo, que a atual Constituição não permite uma alteração soberana de seu texto, mas traz outros meios de apenas modifica-lo. Portanto, conclui-se que a intenção do Plebiscito Constituinte é, de certa forma, inconstitucional.
	O principal interessado na convocação do plebiscito é o Partido dos Trabalhadores (PT). Um dos pontos chave dos ideais do plebiscito é que as Campanhas Eleitorais não possam mais ser financiadas por empresas privadas, ou seja, serão, com a aprovação do mesmo, subsidiadas com o dinheiro dos cofres públicos. Além disso, alguns exemplos de outros pontos em questão é o fim das coligações partidárias, a realização de todas as eleições numa única data, entre outros. Nem precisamos mencionar o quanto da verba pública será desviado caso as campanhas eleitorais passem a ser custeadas com o dinheiro público, o atual quadropolítico já nos mostra o quão corrupto é o governo brasileiro. 
	O Financiamento é feito de acordo com o tamanho do partido, ou seja, o partido maior vai receber mais verba e os menores, menos. Assim, os partidos menores ficariam impossibilitados de entrar na competição. E o PT é um dos maiores partidos do país, por isso o interesse tão grande para que seja realizado o plebiscito. Com isso, o Partido dos Trabalhadores teria soberania sobre praticamente todos os outros partidos políticos.
	Como partido político socialista, o PT tem a intenção de instaurar um governo totalitário para, segundo eles, fazer o bem para o povo. Todavia, nunca houve, na história do mundo, um governo totalitário que fizesse o bem para o povo. Contudo, para que eles instaurem um governo totalitário, precisam eliminar a Divisão Tripartida e dar ao presidente o poder para legislar por decreto. 
	A Divisão Tripartida nada mais é que a divisão dos poderes entre Executivo, Legislativo e Judiciário. A vantagem deste sistema é que o Presidente fica impedido de fazer as leis por sua própria conta. Quando o presidente faz a leis por conta própria, chamamos de Legislar por Decreto, o que configura uma Ditadura. Em nosso sistema democrático, se o presidente deseja fazer uma nova lei, ele precisa apresentá-la aos Deputados e Senadores, que debaterão entre si para ver se convém aprová-la ou não. Como dito anteriormente, os membros do Congresso Nacional são eleitos pelo povo, logo, a chance de eles atenderem às vontades do povo é maior do que se o Presidente fizesse as coisas por conta própria. Porém, pode acontecer de os mesmos estarem a favor do Governo, ou por simpatia ou por terem sido comprados, como ocorreu no caso do Mensalão Petista.
O correto a se fazer para que sejam efetuadas mudanças na Constituição, é realizar um referendo. Que é algo diferente de um plebiscito. Em um referendo, o povo é convocado a ratificar ou não, após a edição da norma, o tema que lhe for submetido. O plebiscito é a convocação do povo, por meio do voto, antes da criação da norma, que vai aprovar ou não a questão que lhe for submetida. Em outras palavras, o plebiscito é como assinar um contrato em branco, aceitando, sem nem ao menos saber, o que quer que ele venha a determinar futuramente, já o referendo, é como assinar um contrato após ter lido e concordado com todas as suas cláusulas. 
A intenção de se realizar um plebiscito ao invés de um referendo segue as pautas de um grupo chamado “Foro de São Paulo”. Uma organização fundada por Lula, Fidel Castro e outros líderes latino-americanos com o intuito de apoiarem golpes socialistas no máximo de países que conseguirem. O que o PT está tentando fazer é igualar o Brasil a países como a Venezuela e Cuba, onde os Presidentes legislam por meios de Decretos. Configurando uma Ditadura. Todos acompanharam nos últimos 12 anos de Governo Petista as alianças que foram realizadas entre o Brasil e os referidos países, fora os investimentos feitos com o dinheiro dos cofres públicos brasileiros para realizar obras nesses países. Outros países cujos seus presidentes são membros do Foro de São Paulo são, além de Cuba, Brasil e Venezuela, Argentina, Barbados, Belize, Bolívia, Chile, Dominica, Equador, El Salvador, Guatemala, Haiti, Nicarágua, Peru, República Dominicana e Uruguai. Todos com associação de organizações comunistas ou socialistas em seus respectivos países.
Ou seja, a intenção do PT, é transformar, através do Plebiscito Constituinte, o Brasil em mais um país socialista. O que todos sabem que é um retrocesso histórico. Portanto, o plebiscito constituinte é ruim porque é o mesmo de nos dar um papel em branco para que o assinemos e, posteriormente, eles coloquem as leis que quiserem, conseguindo, dessa forma, acabar com a Divisão Tripartida e legislar por meio de Decreto. O Brasil, com a aprovação dessa proposta, voltará no tempo e se tornará, novamente, uma ditadura.

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