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Direito Penal I - Introdução

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Direito Penal
Nomenclatura: Direito penal ou direito criminal?
Apesar de haver divergência entre os estudiosos do direito, ambas as expressões poderão ser utilizadas. A expressão direito penal mira na consequência (pena); já a expressão direito criminal mira na causa.
Origem: Sua origem remonta ao período em que as sociedades nem existiam, ou seja, muito antes do homem se agrupar em tribos.
Evolução: 					
3.1) Povos primitivos: Com o surgimento das tribos começaram a aparecer os conflitos de interesses dentre os seus integrantes. Como forma de solucioná-los ou ainda evita-los surgem às primeiras regras de conduta (baseadas nos costumes da época). 		3.1.1) Vingança divina: Nessa época vigorava o temor religioso e o culto as divindades. Elas eram representadas pelos totens (esculturas de madeira ou pedra com a figura de animais, vegetais ou de forças da natureza). * Ao transgressor do padrão de conduta eram aplicadas severas penas com a intenção de desagravar a divindade cultuada. Ex.: Expulsão da tribo, bem como a morte do transgressor. 				3.1.2) Vingança privada: surge em razão do próprio crescimento das tribos e as mudanças de suas crenças. Começa a questionar a existência dos deuses. Inicia-se a partir de então embate entre as tribos, onde prevalecia a lei do mais forte (justiça com as próprias mãos). *Nessa época também inexistia qualquer proporção entre o delito praticado e a pena imposta. * Aqui surge a primeira ideia do princípio da proporcionalidade (proporção entre a pena aplicada e a gravidade da conduta delituosa). * Surge a composição de danos (é a contraprestação pecuniária que visa a reparação do dano causado).											3.1.3) Vingança pública: Nessa fase com a evolução política e melhor organização estrutural das tribos ou cidades, o “Estado” chama responsabilidade para si, tendo ele o poder de manter a ordem pública. Tem por finalidade a solução do conflito de interesses entre os particulares. - Elege uma pessoa para decidir quem tem razão “imparcialidade”.
3.2)Antiguidade:											3.2.1) Grécia: Iniciativa filosófica; tudo girava em torno da Pólis (cidade-estado); coletividade. O principal legado dessa civilização girou em torno de estudos filosóficos acerca do direito penal. Os gregos não se preocupavam com as garantias e direitos individuais, uma vez que as questões giravam em torno da Pólis. Ainda permanecem o caráter cruel e desumano das penas aplicadas. 								 3.2.2) Roma: O direito penal não era aplicado de forma igual entre os cidadãos; era aplicado de forma distinta, onde somente as classes privilegiadas gozavam de benefícios, ou seja, imperadores, patrícios, etc. 
- Penas com caráter de crueldade (ex.: morrer na cruz). - Em um primeiro momento foi mantida a crueldade na aplicação das penas, com o advento do cristianismo foi dada uma maior importância em relação aos direitos e garantias individuais ( O homem é a imagem e semelhança de Deus). - Há a divisão entre crimes públicos e crimes privados. * Eram considerados crimes públicos aqueles cometidos contra a coletividade. Ex.: Trair o império; conspiração política, etc. Os crimes eram julgados por um magistrado que atua em nome do império romano, a pena aplicada era a pena de morte (pena capital). * Já os crimes privados eram aqueles cometidos contra um indivíduo. A este indivíduo era confiado à aplicação da sanção, cabendo ao Estado apenas regular o seu exercício.
3.3) Idade Média: 									3.3.1) Direito penal germânico (Alemanha): Começa a surgir ainda que, de forma embrionária, a aplicação de penas mais humanizadas. É adotada a composição de danos de forma mais efetiva. A pena de morte passa a ser substituída pelo “preço da paz” (espécie de fiança). A produção de provas se dava através das chamadas “ordálias” (são atos e superstições com característica de crueldade). 			 3.3.2) Direito penal Canônico (Catolicismo – religião – igreja): A ideia da aplicação de pena é que possuiria caráter de cura, ou de recuperação do indivíduo criminoso. Contribuiu para o surgimento das prisões modernas, uma vez que o indivíduo criminoso era isolado da sociedade. A humanização das penas aparece de forma mais exacerbada.
3.4) Idade Moderna: Influenciado pela burguesia da época, surgem vários pensadores e estudiosos de diversas áreas, como a filosofia, artes e também a área do direito. É através de um desses pensadores (Marquês de Beccaria) que o estudo e compreensão do direito penal da um grande salto. As penas aplicadas aos indivíduos criminosos deixam de ter um caráter meramente retributivo e passa a ser analisada sob perspectiva de prevenção. → Marquês De Beccaria – “Dos delitos e das penas”; → Humanização das penas; → Século XVIII Grandes mudanças no direito penal (divisor de águas); → O direito penal passa a ser estudado como ciência.

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