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Direito Civil II - 1º Bimestre

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Ato Fato Jurídico (achado do tesouro, art. 1.264, CC). Art. 1.264. O depósito antigo de coisas preciosas, oculto e de cujo dono não haja memória, será dividido por igual entre o proprietário do prédio e o que achar o tesouro casualmente.
Negócio Jurídico – finalidade negocial (ex. Contrato. Compra e venda →autonomia privada).
Atos Jurídicos (Stricto sensu)
Ilícito → Antijurídico → Obrigações 186, CC. Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Ato Jurídico (Lato sensu) (Fato + vontade)
Fato Jurídico Natural (Fato jurídico stricto sensu)
Fatos Jurídicos
Lícito
Extraordinários ex: Caso fortuito (inevitável) ou força maior (imprevisível)
Ordinários ex: prescrição e decadência
	
Gagliano, pág. 345
Negocio Jurídico: Acordo de vontade com o objetivo de criar, modificar, conservar ou extinguir direitos.Invalidade: → Nulo; → anulável.
Teoria de Ponte Miranda
Escada ponteana
 Eficácia
 Validade art. 104, CC. 		 Elementos acidentais:
 Existência	- Agente Capaz - Condição; 
 - Objeto lícito, possível... - Termo; 
- Agente - Forma prescrita ou ñ proibida em lei - Encargo.
- Objeto - Vontade livre.
- Forma 
-Vontade * Elementos de validade. 
 Elementos essenciais. 
Art. 166, 171, CC. 					 Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: 		 I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz; 					 II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;				 III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito;				 IV - não revestir a forma prescrita em lei;				 V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade; VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa;				 VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:	 I - por incapacidade relativa do agente;
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.
Finalidade Negocial: Gagliano, pág. 348 - Aquisição incorporação de um direito ao patrimônio e a personalidade do titular. Pode ser: Originária, ex: art. 1.263, CC. 
Art. 1.263. Quem se assenhorear de coisa sem dono para logo lhe adquire a propriedade, não sendo essa ocupação defesa por lei.
Derivada, ex: art. 482, CC. Art. 482. A compra e venda, quando pura, considerar-se-á obrigatória e perfeita, desde que as partes acordarem no objeto e no preço.
- Modificação: 
Esfera Objetiva, ex: art. 365, CC. Art. 365. Operada a novação entre o credor e um dos devedores solidários, somente sobre os bens do que contrair a nova obrigação subsistem as preferências e garantias do crédito novado. Os outros devedores solidários ficam por esses fatos exonerados.
Esfera Subjetiva, ex: cessão de crédito.
- Extinção: Alienação, renúncia.
1.3 Classificação dos negócios jurídicos: Gagliano, pág. 361
a) Quanto à manifestação de vontade: Gagliano, pág. 369 - Unilaterais (Manifestação de uma vontade. Ex: Mandato (procuração), testamento); - Bilaterais (Manifestação de duas vontades. Ex: contrato, compra e venda); - Plurilaterais (Manifestação de três ou mais vontades. Ex: Consórcio, contrato social c/ três ou mais sócios, contrato de comodato). 
b) Quanto às vantagens patrimoniais: Gagliano, pág. 369, 370 - Gratuitos ou benéficos: não há contraprestação (ex: doação pura, apenas uma das partes aufere vantagens); - Onerosos (ex:Contraprestação, compra e venda); - Neutros (ex: instituição do bem de família, art. 1.711, CC); Art. 1.711. Podem os cônjuges, ou a entidade familiar, mediante escritura pública ou testamento, destinar parte de seu patrimônio para instituir bem de família, desde que não ultrapasse um terço do patrimônio líquido existente ao tempo da instituição, mantidas as regras sobre a impenhorabilidade do imóvel residencial estabelecida em lei especial. - Bifrontes (ex: fiança / mandato, pode assumir tanto forma onerosa, quanto gratuita). 
c) Quanto aos efeitos: Gagliano, pág. 370 - Inter vivos (durante a vida); - causa mortis (após a morte).
d) Quanto à forma: Gagliano, pág. 370 - formais ou solenes, ex: arts. 108, 819, 1.806, CC (ex: casamento);Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País. Art. 819. A fiança dar-se-á por escrito, e não admite interpretação extensiva. Art. 1.806. A renúncia da herança deve constar expressamente de instrumento público ou termo judicial. - Informais ex: art. 107, CC. Art. 107. A validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quando a lei expressamente a exigir.
e) Quanto à existência: (Independência, autonomia) Gagliano, pág. 370 - Principais (ex: compra e venda, locação); - acessórios (ex: fiança).
f) Quanto ao aperfeiçoamento: - Consensual (Simples manifestação de vontade. Ex: compra e venda); - Real (Depende da entrega do objeto (tradição)).
 1.4 Interpretação do negócio jurídico: Gagliano, pág. 371 - Manifestação de vontade é imprescindível a formação do negócio jurídico; - Teoria da vontade X Teoria da declaração (art. 112, CC); Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem. 1.4.1 Regras de interpretação (arts. 111 a 114, CC). Art. 111. O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa. Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem. Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração. Art. 114. Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se estritamente.
- Teoria da vontade – art. 112, CC – Prevalência da intenção sobre a declaração. Gagliano, pág.375 e 385 - Interpretação restritiva nos contratos benéficos, art. 144, CC. Art. 144. O erro não prejudica a validade do negócio jurídico quando a pessoa, a quem a manifestação de vontade se dirige, se oferecer para executá-la na conformidade da vontade real do manifestante. 
- Silêncio: Regra: Não surte efeitos (art. 111, CC); 					 . . . . . Exceção: Importa anuência quando os usos autorizarem (manifestação tácita) 	 . Ex: arts. 539, 658, 659 e 1.807, CC.
	Art. 539. O doador pode fixar prazo ao donatário, para declarar se aceita ou não a liberalidade. Desde que o donatário, ciente do prazo, não faça, dentro dele, a declaração, entender-se-á que aceitou, se a doação não for sujeita a encargo. 							Art. 658. O mandato presume-se gratuito quando não houver sido estipulada retribuição, exceto se o seu objeto corresponder ao daqueles que o mandatário trata por ofício ou profissão lucrativa.										Parágrafo único. Se o mandato for oneroso, caberá ao mandatário a retribuição prevista em lei ou no contrato. Sendo estes omissos, será ela determinada pelos usos do lugar, ou, na falta destes, por arbitramento.											Art. 659. A aceitação do mandato pode ser tácita, e resulta do começo de execução.			Art. 1.807. O interessado em que o herdeiro declare se aceita, ou não, a herança, poderá, vinte dias após aberta a sucessão, requerer ao juiz prazo razoável, não maior de trinta dias, para, nele, se pronunciar o herdeiro, sob pena de se haver a herança por aceita.
Boa-fé: presunção. A má-fé deve ser provada. Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração. Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.
2. Elementos do Negócio Jurídico: 2.1 Classificação: - Elementos essenciais (estruturais / existenciais); - Elementos naturais ex: art. 441, CC; 							Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor.			Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas. - Elementos acidentais ex: arts. 121 a 136, CC; 						Art. 121. Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto.					Art. 122. São lícitas, em geral, todas as condições não contrárias à lei, à ordem pública ou aos bons costumes; entre as condições defesas se incluem as que privarem de todo efeito o negócio jurídico, ou o sujeitarem ao puro arbítrio de uma das partes.							Art. 123. Invalidam os negócios jurídicos que lhes são subordinados:				I - as condições física ou juridicamente impossíveis, quando suspensivas;			II - as condições ilícitas, ou de fazer coisa ilícita;						III - as condições incompreensíveis ou contraditórias.						Art. 124. Têm-se por inexistentes as condições impossíveis, quando resolutivas, e as de não fazer coisa impossível.											Art. 125. Subordinando-se a eficácia do negócio jurídico à condição suspensiva, enquanto esta se não verificar, nãose terá adquirido o direito, a que ele visa.						Art. 126. Se alguém dispuser de uma coisa sob condição suspensiva, e, pendente esta, fizer quanto àquela novas disposições, estas não terão valor, realizada a condição, se com ela forem incompatíveis.												Art. 127. Se for resolutiva a condição, enquanto esta se não realizar, vigorará o negócio jurídico, podendo exercer-se desde a conclusão deste o direito por ele estabelecido.					Art. 128. Sobrevindo a condição resolutiva, extingue-se, para todos os efeitos, o direito a que ela se opõe; mas, se aposta a um negócio de execução continuada ou periódica, a sua realização, salvo disposição em contrário, não tem eficácia quanto aos atos já praticados, desde que compatíveis com a natureza da condição pendente e conforme aos ditames de boa-fé.						Art. 129. Reputa-se verificada, quanto aos efeitos jurídicos, a condição cujo implemento for maliciosamente obstado pela parte a quem desfavorecer, considerando-se, ao contrário, não verificada a condição maliciosamente levada a efeito por aquele a quem aproveita o seu implemento.			Art. 130. Ao titular do direito eventual, nos casos de condição suspensiva ou resolutiva, é permitido praticar os atos destinados a conservá-lo.							Art. 131. O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito.				Art. 132. Salvo disposição legal ou convencional em contrário, computam-se os prazos, excluído o dia do começo, e incluído o do vencimento.							§ 1o Se o dia do vencimento cair em feriado, considerar-se-á prorrogado o prazo até o seguinte dia útil.												§ 2o Meado considera-se, em qualquer mês, o seu décimo quinto dia.					§ 3o Os prazos de meses e anos expiram no dia de igual número do de início, ou no imediato, se faltar exata correspondência.									§ 4o Os prazos fixados por hora contar-se-ão de minuto a minuto.					Art. 133. Nos testamentos, presume-se o prazo em favor do herdeiro, e, nos contratos, em proveito do devedor, salvo, quanto a esses, se do teor do instrumento, ou das circunstâncias, resultar que se estabeleceu a benefício do credor, ou de ambos os contratantes.					Art. 134. Os negócios jurídicos entre vivos, sem prazo, são exeqüíveis desde logo, salvo se a execução tiver de ser feita em lugar diverso ou depender de tempo.						Art. 135. Ao termo inicial e final aplicam-se, no que couber, as disposições relativas à condição suspensiva e resolutiva.										Art. 136. O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva - Elementos de validade ex: art 104,CC 			Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:						I - agente capaz;										II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;						III - forma prescrita ou não defesa em lei.
2.2 Tricotomia: - Plano de existência: SER - Plano de validade: VALER - Plano de eficácia: EFICAZ
2.3 Elementos de validade: 2.3.1 Capacidade do agente: - Capacidade de fato ou exercício; - hipóteses de incapacidade arts. 3º e 4º, CC. Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: I - os menores de dezesseis anos; II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer: I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido; III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; IV - os pródigos. Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação especial. → Absolutamente incapaz – representação = Nulo art 166, I, CC. Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz; → Relativamente incapaz – assistência = anulável art. 171, I, CC. 
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: I - por incapacidade relativa do agente; - Rescisão do negócio jurídico por incapacidade relativa art. 105,CC (exceção pessoal) . Art. 105. A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser invocada pela outra em benefício próprio, nem aproveita aos co-interessados capazes, salvo se, neste caso, for indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum. - Legitimação: para prática de determinados atos previstos em lei (capacidade especial).
2.3.2 Objeto: Gagliano, pág. 376 Objeto mediato (bens) e imediato (prestações). * Licitude: Abrange moral e bons costumes; * Possibilidades: Física art. 166, II, CC. 									 Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:							 II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;					 Jurídicaex: art. 426, CC. 									 Art. 426. Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva.
* Determinação: Objeto determinado ou suscetível de determinação; - Coisa certa; (Descrita) - coisa incerta, art. 243, CC; (Fala da quantidade e da qualidade) Art. 243. A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade. * Obrigação alternativa, art. 252,CC. Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou.	§ 1o Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra.	§ 2o Quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdade de opção poderá ser exercida em cada período.											§ 3o No caso de pluralidade de optantes, não havendo acordo unânime entre eles, decidirá o juiz, findo o prazo por este assinado para a deliberação.							§ 4o Se o título deferir a opção a terceiro, e este não quiser, ou não puder exercê-la, caberá ao juiz a escolha se não houver acordo entre as partes.
2.3.3 Forma: Gagliano, pág. 377 Meio de revelação da vontade. – Forma livre: regra, art. 107, CC. Art. 107. A validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quando a lei expressamente a exigir. – Forma especial ou solene: art. 108, CC. Ex: 1.609, 1.964, CC. Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País. Art. 1.609. O reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento é irrevogável e será feito: I - no registro do nascimento; II - por escritura pública ou escrito particular, a ser arquivado em cartório; III - por testamento, ainda que incidentalmente manifestado; IV - por manifestação direta e expressa perante o juiz, ainda que o reconhecimento não haja sido o objeto único e principal do ato que o contém. Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho ou ser posterior ao seu falecimento, se ele deixar descendentes. Art. 1.964. Somente com expressa declaração de causa pode a deserdação ser ordenada em testamento. – Forma contratual: art. 109, CC. Art. 109. No negócio jurídico celebrado com a cláusula de não valer sem instrumento público, este é da substância do ato. O desrespeito à forma ou sendo preterida alguma solenidade prevista para o negócio jurídico esse será nulo (Art. 166, IV e V, CC). Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: IV - não revestir a forma prescrita em lei; V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade.
2.3.4 Vontade: Gagliano, pág. 385 - Declaração de vontade como instrumento de manifestação; - Limitações de ordem pública à declaração de vontade em desacordo com a função social. * Formas de manifestação: - Expressa; - Tácita ex: 1.805, CC; Art. 1.805. A aceitação da herança, quando expressa, faz-se por declaração escrita; quando tácita, há de resultar tão-somente de atos próprios da qualidade de herdeiro. § 1o Não exprimem aceitação de herança os atos oficiosos, como o funeral do finado, os meramente conservatórios, ou os de administração e guarda provisória. § 2o Não importa igualmente aceitação a cessão gratuita, pura e simples, da herança, aos demais co-herdeiros. - Presumida (decorre da lei) ex: arts. 322, 323, 324, CC. Art. 322. Quando o pagamento for em quotas periódicas, a quitação da última estabelece, até prova em contrário, a presunção de estarem solvidas as anteriores. Art. 323. Sendo a quitação do capital sem reserva dos juros, estes presumem-se pagos. Art. 324. A entrega do título ao devedor firma a presunção do pagamento. Parágrafo único. Ficará sem efeito a quitação assim operada se o credor provar, em sessenta dias, a falta do pagamento. *Espécies de declaração:a) Receptícias ex: art. 682, I, CC; Art. 682. Cessa o mandato: 								 I - pela revogação ou pela renúncia; b) Não receptícias ex: promessa de recomensa; 								 revogação de testamento; c) Diretas (expressa pelo próprio contratante); d) Indiretas (Manifestação da vontade por meio de representantes ou mecanismos de comunicação ex: carta, e-mail, etc).
3. Elementos acidentais: → Condição; 								 → Termo; 										 → Encargo.
“São aqueles que são acrescentados do negócio jurídico com o objetivo de modificar uma ou algumas de suas consequências naturais (MHD).” - Deriva da vontade das partes; - Devem estar expressos; - Arts. 121 a 137, CC. 											Art. 121. Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto.				Art. 122. São lícitas, em geral, todas as condições não contrárias à lei, à ordem pública ou aos bons costumes; entre as condições defesas se incluem as que privarem de todo efeito o negócio jurídico, ou o sujeitarem ao puro arbítrio de uma das partes.							Art. 123. Invalidam os negócios jurídicos que lhes são subordinados:				I - as condições física ou juridicamente impossíveis, quando suspensivas;				II - as condições ilícitas, ou de fazer coisa ilícita;						III - as condições incompreensíveis ou contraditórias.						Art. 124. Têm-se por inexistentes as condições impossíveis, quando resolutivas, e as de não fazer coisa impossível.											Art. 125. Subordinando-se a eficácia do negócio jurídico à condição suspensiva, enquanto esta se não verificar, não se terá adquirido o direito, a que ele visa.					Art. 126. Se alguém dispuser de uma coisa sob condição suspensiva, e, pendente esta, fizer quanto àquela novas disposições, estas não terão valor, realizada a condição, se com ela forem incompatíveis.											Art. 127. Se for resolutiva a condição, enquanto esta se não realizar, vigorará o negócio jurídico, podendo exercer-se desde a conclusão deste o direito por ele estabelecido.					Art. 128. Sobrevindo a condição resolutiva, extingue-se, para todos os efeitos, o direito a que ela se opõe; mas, se aposta a um negócio de execução continuada ou periódica, a sua realização, salvo disposição em contrário, não tem eficácia quanto aos atos já praticados, desde que compatíveis com a natureza da condição pendente e conforme aos ditames de boa-fé.						Art. 129. Reputa-se verificada, quanto aos efeitos jurídicos, a condição cujo implemento for maliciosamente obstado pela parte a quem desfavorecer, considerando-se, ao contrário, não verificada a condição maliciosamente levada a efeito por aquele a quem aproveita o seu implemento.			Art. 130. Ao titular do direito eventual, nos casos de condição suspensiva ou resolutiva, é permitido praticar os atos destinados a conservá-lo.							Art. 131. O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito.				Art. 132. Salvo disposição legal ou convencional em contrário, computam-se os prazos, excluído o dia do começo, e incluído o do vencimento.							§ 1o Se o dia do vencimento cair em feriado, considerar-se-á prorrogado o prazo até o seguinte dia útil.													§ 2o Meado considera-se, em qualquer mês, o seu décimo quinto dia.					§ 3o Os prazos de meses e anos expiram no dia de igual número do de início, ou no imediato, se faltar exata correspondência.									§ 4o Os prazos fixados por hora contar-se-ão de minuto a minuto.					Art. 133. Nos testamentos, presume-se o prazo em favor do herdeiro, e, nos contratos, em proveito do devedor, salvo, quanto a esses, se do teor do instrumento, ou das circunstâncias, resultar que se estabeleceu a benefício do credor, ou de ambos os contratantes.					Art. 134. Os negócios jurídicos entre vivos, sem prazo, são exeqüíveis desde logo, salvo se a execução tiver de ser feita em lugar diverso ou depender de tempo.					Art. 135. Ao termo inicial e final aplicam-se, no que couber, as disposições relativas à condição suspensiva e resolutiva.										Art. 136. O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva.			Art. 137. Considera-se não escrito o encargo ilícito ou impossível, salvo se constituir o motivo determinante da liberalidade, caso em que se invalida o negócio jurídico.
3.1 Condição: 3.1.1 Conceito: Evento futuro e incerto que subordina a eficácia do negócio jurídico. 
 3.1.2 Elementos: - Voluntariedade: - Futuralidade: Evento deve se localizar no futuro. - Incerteza: Não sabe se vai ou não ocorrer.
3.1.3 Condição voluntária e condição legal: → Condição imprópria ou conditio iuris.
3.1.4 Negócio jurídico que não admitem condição: (Atos puros) - Aceitação e renúncia de herança art. 1.808, CC; Art. 1.808. Não se pode aceitar ou renunciar a herança em parte, sob condição ou a termo. § 1o O herdeiro, a quem se testarem legados, pode aceitá-los, renunciando a herança; ou, aceitando-a, repudiá-los. § 2o O herdeiro, chamado, na mesma sucessão, a mais de um quinhão hereditário, sob títulos sucessórios diversos, pode livremente deliberar quanto aos quinhões que aceita e aos que renuncia. - Negócios jurídicos relacionados ao direito de família ou ao exercício dos direitos de personalidade;
 3.1.5 Classificação: a) Quanto à licitude (art. 122, CC) Art. 122. São lícitas, em geral, todas as condições não contrárias à lei, à ordem pública ou aos bons costumes; entre as condições defesas se incluem as que privarem de todo efeito o negócio jurídico, ou o sujeitarem ao puro arbítrio de uma das partes.b) Quanto à possibilidade (art. 124, CC). Art. 124. Têm-se por inexistentes as condições impossíveis, quando resolutivas, e as de não fazer coisa impossível. c) Quanto à fonte de onde emana → Causais; 								 → Potestativas. d) Quando ao modo de atuação. 
Condição: (evento futuro e incerto).
 LÍTICAS
 Simplesmente potestativas.Invalida todo o negócio jurídico.
 Perplexas: 	priva de todo efeito o nj;							 Contraditórias: contra a lei; 							 Puramente potestativas: puro arbítrio de uma das partes. Art.122,CC (Ilícitas: contraria a lei, a moral e os bons costumes).ILÍCITAS
 POSSÍVEIS
 												 Fisicamente ** Suspensiva: Invalida todo o nj.					 Juridicamente ** Resolutiva: A condição é tida como inexistente.Suspensiva: o nj depende de algo impossível para surtir efeitos.
Resolutiva: O nj surte efeitos e para que seus efeitos sejam extintos depende de algo impossível. 
IMPOSSÍVEIS
 
 Art. 125, 128, CC.
SUSPENSIVAS
 Suspende a aquisição e o exercício do direito. 
RESOLUTIVAS
 Extingue os efeitos do nj.Art. 125. Subordinando-se a eficácia do negócio jurídico à condição suspensiva, enquanto esta se não verificar, não se terá adquirido o direito, a que ele visa.
Art. 128. Sobrevindo a condição resolutiva, extingue-se, para todos os efeitos, o direito a que ela se opõe; mas, se aposta a um negócio de execução continuada ou periódica, a sua realização, salvo disposição em contrário, não tem eficácia quanto aos atos já praticados, desde que compatíveis com a natureza da condição pendente e conforme aos ditames de boa-fé.
- Retroatividade e irretroatividade da condição (art. 128, CC).
3.2 Termo: - Evento futuro e certo que subordina a eficácia do nj. - Espécies: → Termo convencional (elemento acidental); → Termo de direito (imposto pela lei); → Termo de graça; → Termo certo; → Termo Incerto (Ex: morte [incerto quanto ao momento da sua ocorrência]); → Termo Inicial (Suspensivo) → há direito, mas não há exercício; → Termo final (Resolutivo); → Termo essencial (exatidão); → Termo não essencial. 
3.3 Negócios que não admitem termo: - Aceitação ou renúncia da herança (art. 1.808, CC); Art. 1.808. Não se pode aceitar ou renunciar a herança em parte, sob condição ou a termo.		§ 1o O herdeiro, a quem se testarem legados, pode aceitá-los, renunciando a herança; ou, aceitando-a, repudiá-los.										§ 2o O herdeiro, chamado, na mesma sucessão, a mais de um quinhão hereditário, sob títulos sucessórios diversos, pode livremente deliberar quanto aos quinhões que aceita e aos que renuncia. - Adoção (art. 1.626, CC); Art. 1.626. A adoção atribui a situação de filho ao adotado, desligando-o de qualquer vínculo com os pais e parentes consangüíneos, salvo quanto aos impedimentos para o casamento.    (Revogado pela Lei nº 12.010, de 2009)   Vigência								Parágrafo único. Se um dos cônjuges ou companheiros adota o filho do outro, mantêm-se os vínculos de filiação entre o adotado e o cônjuge ou companheiro do adotante e os respectivos parentes.    (Revogado pela Lei nº 12.010, de 2009)   Vigência - Emancipação; - Casamento; - Reconhecimento de filho (art. 1.613, CC); Art. 1.613. São ineficazes a condição e o termo apostos ao ato de reconhecimento do filho. - Retificação de registro civil. 
3.4 Contagem dos prazos: - termo ≠ prazo; - Critérios (art. 132, CC); Art. 132. Salvo disposição legal ou convencional em contrário, computam-se os prazos, excluído o dia do começo, e incluído o do vencimento.							§ 1o Se o dia do vencimento cair em feriado, considerar-se-á prorrogado o prazo até o seguinte dia útil.											§ 2o Meado considera-se, em qualquer mês, o seu décimo quinto dia.				§ 3o Os prazos de meses e anos expiram no dia de igual número do de início, ou no imediato, se faltar exata correspondência.									§ 4o Os prazos fixados por hora contar-se-ão de minuto a minuto.
3.5 Negócio sem prazo: - Regra: exequibilidade (art. 134, CC); 
Art. 134. Os negóciosjurídicos entre vivos, sem prazo, são exeqüíveis desde logo, salvo se a execução tiver de ser feita em lugar diverso ou depender de tempo. - Exceção: quando a natureza do negócio jurídico exigir lapso de temo. Ex: Contrato de transporte.
3.6 Termo suspensivo X condição suspensiva:
 							→ Subordina a eficácia do nj a evento futuro e incerto.			→ Suspende o direito e o exercício → direito eventual.CONDIÇÃO
Arts. 130 e 135,CC	→ Subordina a eficácia do nj a evento futuro e certo.			→ Suspende o exercício, mas não a aquisição do direito.		Direito adquirido.TERMO
Art. 130. Ao titular do direito eventual, nos casos de condição suspensiva ou resolutiva, é permitido praticar os atos destinados a conservá-lo.
Art. 135. Ao termo inicial e final aplicam-se, no que couber, as disposições relativas à condição suspensiva e resolutiva.
- Termo impossível: → Se inicial: impede o exercício – invalida o nj.					 → Se final: não impede – termo é afastado (prazo indeterminado).
3.7 Encargos:
- Cláusula acessória: expressa; - liberalidade: → Causa Mortis (após a morte). Ex: codicilo e testamento.			→ Intervivos. Ex: Doação.
- Impõe obrigações ao beneficiário (dar, fazer, não fazer...); - É obrigatória; - Não impede a aquisição nem o exercício (art. 136, CC), exceto se for imposta como condição suspensiva; Art. 136. O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva. - O descumprimento do encargo enseja revogação da liberdade (direito personalíssimo); - Legitimidade: autor da liberdade, herdeiros e MP ou terceiro beneficiário (arts. 553, 562,e 1938, CC); Art. 553. O donatário é obrigado a cumprir os encargos da doação, caso forem a benefício do doador, de terceiro, ou do interesse geral. 								Parágrafo único. Se desta última espécie for o encargo, o Ministério Público poderá exigir sua execução, depois da morte do doador, se este não tiver feito. Art. 562. A doação onerosa pode ser revogada por inexecução do encargo, se o donatário incorrer em mora. Não havendo prazo para o cumprimento, o doador poderá notificar judicialmente o donatário, assinando-lhe prazo razoável para que cumpra a obrigação assumida. Art. 1.938. Nos legados com encargo, aplica-se ao legatário o disposto neste Código quanto às doações de igual natureza. - Encargo ilícito ou impossível (art. 137, CC) – (Físico / Jurídico); Art. 137. Considera-se não escrito o encargo ilícito ou impossível, salvo se constituir o motivo determinante da liberalidade, caso em que se invalida o negócio jurídico. → Se razão determinante do nj: invalida todo o nj; → Se não é razão determinante do nj: a cláusula é considerada inexistente. 
3.8 Quadro Comparativo:
	CONDIÇÃO
	TERMO
	ENCARGO
	Direito eventual
	Direito adquirido
	Direito adquirido
	Subordina o efeito do nj a evento futuro e incerto
	Subordina o efeito do nj a evento futuro e certo
	Impõe uma obrigação ao beneficiário
	É expressa pelos termos “se”, “desde que”, “enquanto”, “com a condição de”...
	É expressa pelos termos “a partir de”, “quando”, “até”...
	É expressa pelos termos “com obrigação de”, “para que”, “a fim de” ...
	Suspensiva: impede produção de efeitos; Resolutiva: resolve o direito.
	Inicial: suspende o exercício, mas não a aquisição; Final: resolve os efeitos do nj.
	Não suspende a aquisição nem o exercício; Se não cumprido o nj pode ser revogado.
4. Defeitos do Negócio Jurídico: Gagliano, pág. 399 - Vícios do consentimento: erro, dolo, coação, estado de perigo, perigo; - Vício social: fraude contra credores; - Consequência: art. 171 e 178, CC. Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:		I - por incapacidade relativa do agente;							II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores. Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado:											I - no caso de coação, do dia em que ela cessar;						II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico;											III - no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade.
4.1 Erro ou ignorância: - Falsa percepção da realidade ou total desconhecimento dela; - Agente é levado a praticar o ato por equívoco; **Espécies: - Erro acidental; - Erro substancial: art. 139, CC; Art. 139. O erro é substancial quando:								I - interessa à natureza do negócio, ao objeto principal da declaração, ou a alguma das qualidades a ele essenciais;										II - concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem se refira a declaração de vontade, desde que tenha influído nesta de modo relevante;III - sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou principal do negócio jurídico. 
- Erro sobre natureza do nj; 
- Erro sobre objeto principal; - Erro sobre qualidades essenciais do objeto; - Erro quanto à identidade / qualidade da pessoa (art.139, II e 142, CC) erro de direito. Art. 139. O erro é substancial quando: II - concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem se refira a declaração de vontade, desde que tenha influído nesta de modo relevante; Art. 142. O erro de indicação da pessoa ou da coisa, a que se referir a declaração de vontade, não viciará o negócio quando, por seu contexto e pelas circunstâncias, se puder identificar a coisa ou pessoa cogitada.
- Requesitos para anulação do nj. O erro deve ser Substancial; 											Real;												 Escusável * → Cognoscível (princípio 								da confiança) Enunciado 12, da I JDC. 
- Falso Motivo: Se a razão determinante é falsa, vicia o nj. (art. 140, CC) Art. 140. O falso motivo só vicia a declaração de vontade quando expresso como razão determinante. - Transmissão errônea da vontade (art. 141, CC) erro na comunicação decorrente de falha, equívoca ou má transmissão também anula o nj correspondente; Art. 141. A transmissão errônea da vontade por meios interpostos é anulável nos mesmos casos em que o é a declaração direta. - Erro cálculo (art. 143, CC); Art. 143. O erro de cálculo apenas autoriza a retificação da declaração de vontade. - Convalescimento do erro (art. 144, CC) – afastado prejuízo não cabe anulação. Art. 144. O erro não prejudica a validade do negócio jurídico quando a pessoa, a quem a manifestação de vontade se dirige, se oferecer para executá-la na conformidade da vontade real do manifestante. - Interesse negativo – Sucumbência recíproca. Não cabem perdas e danos.
4.2 Dolo Gagliano, pág. 404 “Artifício ou expediente astucioso empregado para induzir alguém à prática de um nj que o prejudique e aproveite ao autor do dolo ou terceiro” (Carlos Roberto).
- Espécies: - Dolo principal (art. 145, CC) – Anulação + Perdas e danos; Art. 145. São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua causa. - Dolo Acidental (art. 146, CC) – Somente perdas e danos. Art. 146. O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas e danos, e é acidental quando, a seu despeito, o negócio seria realizado, embora por outro modo. - Dolus bonus (não tem pretensão de prejudicar); - Dolus Malus; - Dolo positivo (comissivo) – conduta / ação (mentir, falsificar...); - Dolo negativo (omissivo doloso), art. 147, CC – Não dar informações, omitir; Art. 147. Nos negócios jurídicos bilaterais, o silêncio intencional de uma das partes a respeito de fato ou qualidade que a outra parte haja ignorado, constitui omissão dolosa, provando-se que sem ela o negócio não se teria celebrado. - Dolo do contratante ou dolo unilateral; - Dolo de terceiro (art. 148, CC); Art. 148. Pode também ser anulado o negócio jurídico por dolo de terceiro, se a parte a quem aproveite dele tivesse ou devesse ter conhecimento; em caso contrário, ainda que subsista o negócio jurídico, o terceiro responderá por todas as perdas e danos da parte a quem ludibriou. - Dolo do representante (art. 149, CC); Art. 149. O dolo do representante legal de uma das partes só obriga o representado a responder civilmente até a importância do proveito que teve; se, porém, o dolo for do representante convencional, o representado responderá solidariamente com ele por perdas e danos. - Dolo bilateral (art. 150, CC); Art. 150. Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode alegá-lo para anular o negócio, ou reclamar indenização. - Dolo de aproveitamento → lesão (art. 157, C). Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta.					§ 1o Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio jurídico.									§ 2o Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito.
- Dolo de 3º → Se beneficiário sabia → anulação do nj + Perdas e danos; 	 (art. 148, CC) → Se beneficiário não sabia → satisfação das perdas e danos pelo autor do dolo. Art. 148. Pode também ser anulado o negócio jurídico por dolo de terceiro, se a parte a quem aproveite dele tivesse ou devesse ter conhecimento; em caso contrário, ainda que subsista o negócio jurídico, o terceiro responderá por todasas perdas e danos da parte a quem ludibriou. - Dolo de representante → Representação legal → obriga o representante até o proveito; 	 (art. 149, CC) ≠
 → Representação convencional → responsabilidade solidária. Art. 149. O dolo do representante legal de uma das partes só obriga o representado a responder civilmente até a importância do proveito que teve; se, porém, o dolo for do representado responderá solidariamente com ele por perdas e danos.

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