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Direito Internacional

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Análise dos institutos Extradição, Expulsão e Deportação	
A Extradição, a Expulsão e a Deportação são as chamadas Medidas Compulsórias previstas na Lei 13.445/2017, conhecida como Estatuto do Estrangeiro. De acordo com Francisco Guimarães, tem-se que: “enquanto a deportação se dirige às hipóteses de entrada ou estada irregular, a expulsão se volta contra o estrangeiro nocivo ou indesejável ao convívio social, sendo a extradição a forma processual admitida, de colaboração internacional, para fazer com que um infrator da lei penal, refugiado em um país, se apresente ao juízo competente de outro país onde o crime foi cometido”. 
A extradição pode ser usada para dois fins, sendo de instrução de processo penal a que responde a pessoa reclamada (instrutória), como para cumprimento de pena imposta (executória).
O renomado jurista Francisco Rezek, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), em sua obra Direito Internacional Público, Curso Elementar, avalia a extradição como a “entrega, por um Estado a outro, e a pedido deste, de pessoa que em seu território deva responder a processo penal ou cumprir pena (...). A extradição pressupõe sempre um processo penal: ela não serve para a recuperação forçada do devedor relapso ou do chefe de família que emigra para desertar dos seus deveres de sustento da prole”. Complementando, o professor Hildebrando Accioly, extradição é “o ato mediante o qual um Estado entrega a outro Estado indivíduo acusado de haver cometido crime de certa gravidade ou que já se ache condenado por aquele, após haver-se certificado de que os direitos humanos do extraditando serão garantidos”. 
De acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública a expulsão consiste em medida coercitiva de caráter discricionário de um Estado, levada a efeito em face do “A expulsão consiste em medida administrativa de retirada compulsória de migrante ou visitante do território nacional, conjugada com o impedimento de reingresso por prazo determinado” (artigo 54 da Lei nº Lei 13.445/2017- Estatuto do Estrangeiro).
O Estatuto do Estrangeiro, dispõe que, o estrangeiro, uma vez expulso, está impedido de retornar ao Brasil. Caso volte ao país, estará violando o artigo 338 do Código Penal (reingresso de estrangeiro expulso), que sujeita o estrangeiro à pena de reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, sem prejuízo de nova expulsão após o cumprimento da pena. A expulsão, via de regra, ocorre quando um estrangeiro comete um crime no Brasil e é condenado por sentença transitada em julgado que tenha pena de no mínimo 2 (dois) anos.
Segundo Francisco Xavier da Silva Guimaraes “a deportação é sanção prevista para o clandestino, isto é, para o estrangeiro que, sem autorização, entra no território nacional e para aquele que permanece no País em situação irregular. Esta é a regra que consiste na salda compulsória do estrangeiro no território nacional, através de processo sumaríssimo e a retirada é imediata, após esgotado o prazo da notificação para deixar voluntariamente o País. ”
Bibliografia 
REZEK, Francisco. Direito Internacional Público: curso elementar. 10ª ed. rev. e atual. – São Paulo: Saraiva, 2005. 
 ACCIOLY, Hildebrando; NASCIMENTO E SILVA, G. E. do; CASELLA, Paulo Borba. Manual de Direito Internacional Público. 17ª ed – São Paulo: Saraiva, 2009.
GUIMARÃES, Francisco Xavier da Silva. Medidas compulsórias: a deportação, a expulsão e a extradição. 2ª ed. – Rio de Janeiro: Forense, 2002. 
http://www.justica.gov.br/seus-direitos/migracoes1/medidas-compulsorias/expulsao

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