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A História e Parâmetros do Papel

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O  PAPEL    
DEFINIÇÃO  Material   constituído   de   uma   trama   de   fibras   entrelaçadas,   quase   sempre   de  natureza   vegetal,   com   um   comprimento   máximo   de   poucos   milímetros,  geralmente   distribuído   sob   a   forma   de   folhas   ou   rolos,   apresentando   uma  estrutura  porosa  e  uma  espessura  regular.    
A  ORIGEM  DO  PAPEL  A  origem  do  papel  data  do  ano  105  A.  C.  Foram  encontradas  peças  em  escavações  nos  arredores  da  cidade  de  Hulam,  na  China.  Presume-­‐se  que  o  inventor  foi  Ts'ai  Lun,  um  alto  funcionário  da  corte  do  imperador  Chien-­‐Ch'u,  da  dinastia  Han  (206  A.C.  a  202  D.C.)  contemporânea  do  reinado  de  Trajano  em  Roma.  A  transferência  da   invenção   chinesa   para   os   árabes   ocorreu   com   a   captura,   pelos   árabes,   de  artesãos  chineses,  e  em  Bagdá  no  final  do  século  VIII  (795  D.C.)  já  se  conhecia  a  fabricação  de  papel.  A  manufatura  do  papel   artesanal   acompanhou  a   expansão  muçulmana  ao  longo  da  costa  norte  da  África  até  a  Península  Ibérica.  Em  Xavita,  1085  D.C.,  foi  instalado  o  primeiro  moinho  papeleiro  da  Europa,  ainda  na  região  dominada   pelos   mouros.   Só   depois   que   a   fabricação   de   papel   se   instalou   em  Fabriano  (Itália),  em  1260,  é  que  a  produção  de  papel  se  disseminou  por  toda  a  Europa.   Também   se   deve   ao  moinho   de   Fabriano   a   primeira  marca   d'água   no  papel.    A   primeira  máquina   de   fabricação   de   papel   foi   introduzida   por  Nicholas-­‐Louis  Robert,   em   1797.   Em   1809   John   Dickinson   fez   a   primeira   máquina   cilíndrica,  iniciando  o  método  moderno  de  fabricação  de  papel.    
CRONOLOGIA  DO  PAPEL  105  A.C.  -­‐  Origem  do  papel  na  China  com  Ts'ai  Lun.  611  D.C.  -­‐  Instalam-­‐se  manufaturas  do  papel  na  Coréia.  794   -­‐   Instala-­‐se   a   fabricação   de   papel   para   o   comércio,   primeiro   em  Damasco,  depois  em  Bagdá.  807  -­‐  Produção  de  papel  em  Kioto,  no  Japão.  877  -­‐  Nota-­‐se  a  existência  do  papel  sanitário.  900  -­‐  O  papel  é  fabricado  no  Egito  pelos  árabes.  950  -­‐  O  papel  chega  pela  primeira  vez  na  Espanha  através  de  livros.  998  -­‐  O  papel  moeda  é  o  meio  circulante  da  China.  1000  -­‐  Árabes  fazem  uma  escrita  a  respeito  dos  métodos  de  fabricação  do  papel.  1150/1151   -­‐  Os  árabes   chegam  à  Espanha   fixando-­‐se  numa  região  de  Valencia  (Xavita)  sendo  instalado  o  primeiro  ponto  de  fabricação  da  Europa.  1282  -­‐  Introdução  da  marca  d'água  por  Fabriano:  cruzes  e  círculos.  1285  -­‐  Marca  d'água  na  França:  flor  de  Liz.  1309  -­‐  Início  da  utilização  do  papel  na  Inglaterra.  1320  -­‐  Chegada  do  papel  na  Alemanha.  1390  -­‐  Instalação  da  primeira  indústria  na  Alemanha.  1405  -­‐  Chegada  do  papel  na  região  de  Flandres,  levado  por  um  espanhol.  1450  -­‐  Invenção  da  imprensa  -­‐  Guttemberg  e  consequente  procura  por  papel.  
1550   -­‐   Comercialização   do   papel   de   parede   proveniente   da   China   pelos  espanhóis  e  holandeses  em  toda  a  Europa.  1809  -­‐  Começa  a  fabricação  de  papel  no  Brasil,  no  "Andaraí  Pequeno",  RJ.  1920/1930  -­‐  Importante  década  para  o  desenvolvimento  do  papel  no  Brasil.    
PARÂMETROS  PARA  ESCOLHA  DO  PAPEL  Não   só   de   uma   boa   arte   ou   uma   boa   impressão   é   feito   um   bonito   e   criativo  impresso.   O   papel   utilizado   na   impressão   é   de   grande   importância   e   muitas  vezes,   produz   efeitos   surpreendentes   e   inimagináveis,  mas   para   isso   é   preciso  que  você  conheça  os  tipos  de  papéis  disponíveis  no  mercado.    1.  VALOR  SUBJETIVO    Beleza,  sofisticação,  diferenciação  etc.    2.  CUSTO  Quanto  maior   a   tiragem,  maior   o   custo   relativo   do   papel;   o   uso   de   papel  mais  caro   em   pequenas   tiragens,   em   geral,   compensa   pelo   valor   subjetivo   que   será  agregado  à  peça.    3.  DISPONIBILIDADE  NO  MERCADO  O   mercado   de   papéis   é   sazonal,   exceto   para   aqueles   de   uso   mais   frequente  (couché  e  offset).  Por  isso,  contactar  o  fornecedor  com  antecedência.    4.  RESTRIÇÕES  TÉCNICAS  Alguns  processos  não  permitem  o  uso  de  determinados   tipos  de  papel.  Mesmo  no  offset,  as  propriedades  dos  papéis  alteram  a  qualidade  final.      
PROPRIEDADES  DO  PAPEL  PARA  IMPRESSÃO  Algumas  terminologias  usadas  nos  tipos  de  papéis  existentes:  
 
GRAMATURA  Expressa  em  g/m²,  é  o  peso  em  gramas  de  uma  folha  de  produto  de  área  igual  a  1  m².  A  gramatura  influencia  as  demais  propriedades  do  produto  como  espessura,  opacidade  e  desempenho  nas  impressoras  em  equipamentos  de  conversão  e  no  uso  final.  O  controle  de  gramatura  é  muito  importante  na  utilização  de  produtos  em  bobinas,  uma  vez  que  o  total  da  área  impressa  obtida  pode  sofrer  alteração.    Quanto  maior  a  gramatura:  mais  grossa  é   a   folha;  maior  peso   terá  o   impresso;  maior  a  opacidade;  mais  facilidade  na  leitura  em  frente  e  verso;  maior  a  largura  da  lombada;  maior  custos.      Grupos  de  papéis  com  base  na  gramatura:  1.  Baixa  gramatura  (até  60  g/m2):  impressos  de  um  só  lado;  2.  Média  gramatura  (entre  60  e  130  g/m2):  folders,  folhetos,  miolos  de  livros;    3.  Alta  gramatura  (acima  de  130  g/m2):  capas,  cartões,  embalagens  etc.;  
  
ALVURA  É   a   porcentagem   de   luz   de   determinado   comprimento   de   onda   refletido   da  superfície  do  produto.  Papéis  de  alta  alvura  produzem  maior  contraste  de  tintas  gráficas  pretas  e  aparência  mais  viva  de  tintas  coloridas.  
  
COLAGEM  O   produto   pode   ser   fabricado   sem   colagem,   com   colagem   interna   ou   com  colagem  interna  e  superficial.  A  colagem  interna  evita,  ou  retarda,  a  penetração  de  água  e  outros  fluidos,  embora  não  promova  impermeabilidade  ou  resistência  à  umidade  nem  impeça  a  penetração  do  veiculo  da  tinta  no  produto.  A  colagem  externa,  além  dos  propósitos  acima,  melhora  a  resistência  superficial  do  produto,  a  ancoragem  da  tinta  gráfica,  a  resistência  à  abrasão,  à  tração,  à  dobra,  etc.  
  
CONTEÚDO  DE  UMIDADE  É   a   quantidade   de   umidade   contida   no   produto,   expressa   em   porcentagem   de  peso   total.   As   fibras   absorvem   água   tanto   internamente   quanto   na   superfície;  expandem-­‐se   ao   absorver   e   contraem-­‐se   ao   perder   a   água.   As   alterações  dimensionais  provocam  variação  mais   forte  no   sentido  perpendicular   às   fibras  em   razão   do   aumento   de   seu   diâmetro.   Essa   é   a   principal   causa   da   fuga   de  registro   no   processo   de   impressão.   Perda   de   umidade   para   o   ambiente   causa  encolhimento  do  produto  nas  bordas  exteriores  das  pilhas  e  bobinas,  tornando-­‐as  estiradas  e  deixando  o  centro   frouxo.  Ganho  de  umidade  torna  as  bordas  do  produto   frouxas.   A   fim   de   reduzir   essas   distorções,   deve-­‐se  manter   o   produto  embalado  com  material  a  prova  de  umidade  até  o  momento  do  uso.  
  
ENCANOAMENTO  O   encanoamento   (ou   encurvamento)   do   produto   deve-­‐se   basicamente   a   três  causas:  diferença  de  estrutura  entre  as  duas  faces  do  produto  e  sua  exposição  à  alta   ou  baixa  umidade   relativa;   corte  muito  próximo  do   tubete  das  bobinas   ou  trabalho  ineficiente  dos  desencanoadores;  e  aplicação  de  umidade  na  superfície  do   produto   durante   a   impressão,   fazendo   com   que   ele   tenda   a   entrar   em  equilíbrio   com   o   ambiente.   O   encanoamento   nos   papéis   a   serem   copiadosé  controlado  na   fabricação,   de  modo  que   saiam  planos   após   sua  passagem  pelas  copiadoras.   Os   papéis   para   impressão   não   devem   ter   encanoamento,   caso  contrário   surgirão   problemas   na   alimentação   da   máquina   impressora   e   em  equipamentos  de  encadernação  ou  de  acabamento.  Papéis  de  menor  gramatura  apresentam  maior  tendência  ao  encanoamento.  Para  evitar  encanoamento,  deve-­‐se  manter  um  correto  controle  de  umidade  e  temperatura  da  sala  de  impressão  ou  cópia.  Outra  medida:   levar  o  produto  para  a  sala  24  horas  antes  de  abrir  as  caixas   ou   remover   as   embalagens,   principalmente   no   inverno.   Papéis   com  grandes  diferenças  entre   faces,  como  os  revestidos  de  um  só   lado,  são  tratados  pelo  fabricante  a  fim  de  minimizar  os  efeitos  do  encanoamento.    
ESPESSURA  Expressa   em  milímetros   (mm)   ou  micra   (  m  m,  milésima   parte   do  milímetro),  espessura   é   a   distância   perpendicular   entre   as   faces   da   folha   de   produto.   Sua  uniformidade   garante   a   uniformidade   na   impressão   e   o   desempenho   nos  processos  de  conversão.  A  espessura  é  importante  nos  papéis  para  confecção  de  livros,  em  que  o  número  de  páginas  por  centímetros  é  especificado.  O  corpo  do  
produto   é   o   resultado   da   relação   entre   a   espessura   e   a   gramatura.   Seu   índice  compara  os  papéis  de  diferentes  volumes  para  uma  mesma  gramatura.  
  
FORMAÇÃO  Descreve  a  estrutura  do  produto  e  a  maneira  como  as  fibras  estão  entrelaçadas.  É  uma  propriedade  relativa,  uma  vez  que  a  boa  formação  em  um  tipo  de  produto  pode   ser   considerada   inaceitável   em   outro.   O   produto   com   boa   formação  imprime  com  menos  manchamento  (mottling)  e  tem  opacidade  mais  uniforme.  
  
LADOS  FELTRO  E  TELA  Refere-­‐se  às  superfícies  de  cima  (lado   feltro)  e  do  verso  (lado   tela)  do  produto  feito   em   uma   máquina   convencional   de   mesa   plana.   O   produto   formado   em  máquina   de   duas   telas   possui   dois   lados   tela   e   apresenta   diferenças   muito  pequenas   entre   as   superfícies.   O   lado   tela   tem   menor   quantidade   de   carga  mineral   e   partículas   finas   do   que   o   lado   feltro,   por   isso,   é   mais   resistente   ao  arrancamento   e   apresenta   menor   tendência   a   rachar   na   dobra.   É   o   lado  escolhido,   sempre  que  possível,   para   impressão  de   áreas  densas   (chapados).  O  lado  feltro,  toda  via,  tem  melhor  printabilidade.  
  
LISURA  Refere-­‐se  ao  nivelamento  da  superfície  do  produto  e  afeta  tanto  as  propriedades  funcionais  quanto  às  de  aparência.  Fibras  curtas  produzem  papéis  mais  lisos  do  que  as  fibras  longas.  A  lisura  é  comumente  medida  por  um  teste  de  passagem  de  ar   através   da   folha   de   produto.   Em   geral,   a   lisura   diminui   à   medida   que   a  gramatura  aumenta.  Os  outros  fatores  que  governam  a  lisura  são  o  conteúdo  de  carga  mineral  e  o  grau  de  pressão  de  calandragem  do  produto.  Um  produto  mais  liso  resulta  em  impressão  mais  nítida.  
  
OPACIDADE  É   a  medida   de   absorção   da   luz   pelo   produto.   Quando   a   luz   incide   no   produto,  parte   é   refletida,   parte   absorvida   e   parte   transmitida   através   do   produto.   A  questão   da   opacidade   é   particularmente   importante   nas   impressões   frente   e  verso.   A   falta   de   opacidade   (transparência)   reduz   o   contraste   do   material  impresso.  Cargas  minerais  dispersam  a  luz  e  aumentam  a  opacidade  do  produto.  Pasta  mecânica  e  fibras  não  branqueadas  absorvem  a  luz  e  também  aumentam  a  opacidade.    
POROSIDADE  A   porosidade   define   a   resistência   do   produto   à   penetração   do   ar.   A   estrutura  porosa   consiste   de   vazios   da   superfície   e   espaços   entre   as   fibras   e   poros,   ou  canais,   que   atravessam   o   produto.   Papéis   não   revestidos   têm   moderada  porosidade;   papéis   revestidos   são   relativamente   não   porosos.   O   grau   de  porosidade   do   produto   depende   do   modo   de   fabricação.   Produto   constituído  apenas   de   fibras   longas   é   mais   poroso   que   aquele   que   contém   apenas   fibras  curtas,   porque   estas   ficam   mais   compactadas   durante   a   fabricação.   A   carga  mineral  torna  o  produto  menos  poroso.  A  porosidade  afeta  a  absorção  do  veiculo  das  tintas  gráficas  e  a  penetração  de  adesivos  e  vernizes.  
  
  
RECEPTIVIDADE  DE  TINTA  GRÁFICA  Receptividade  ou   absorção   é   a   propriedade  que  determinada   a   quantidade   e   a  velocidade   com  que   a   tinta   gráfica  penetra  no  produto.  O   grau  de   absorção  da  superfície  do  produto  influi  no  processo  de  secagem  das  tintas  e  nos  fenômenos  relacionados   com   a   secagem.   Absorção   elevada   absorve   rapidamente   os  componentes   fluidos   da   tinta   e   evita   o   efeito   de   blocagem;   baixa   absorção  promove   ancoragem   e   brilho.   O   ponto   de   equilíbrio   não   é   bem   delimitado   e  depende  de  outras  variáveis  além  do  produto.  Por  isso,  as  propriedades  da  tinta  devem  ser  ajustadas  ao  produto  que,  por  sua  vez,  deve  aceitar  uniformemente  a  tinta   gráfica.   Produto   muito   liso   e   pouco   poroso   requer   e   absorve   menor  quantidade  de  tinta.  
  
RESISTÊNCIAS  MECÂNICAS  São  medidas  pelos  testes  de  resistência  a  estouro,  rasgo,  tração  e  dobra.  Todos  os  papéis  a  serem  impressos  necessitam  de  resistência  para  rodar  nas  impressoras  a  velocidades  normais.    •  Resistência   ao   estouro:   é   a   pressão   hidrostática   necessária   para   romper   o  produto   quando   este   é   submetido   a   um   esforço   constante   e   uniformemente  distribuído,   aplicado  em  um  de   seus   lados.   Considerado  um   indicador   geral   de  resistência   do   produto,   está   associado   à   rigidez   e   à   tensão   de   ruptura.   A  resistência   ao   estouro   diminui   à   medida   que   o   conteúdo   de   carga   mineral  aumenta.    •  Resistência   ao   rasgo:   é   o   esforço   necessário   para   rasgar   o   produto   em  uma  distância  fixada  depois  de  o  rasgo  ter  iniciado.  O  produto  tem  maior  resistência  ao   rasgo  na  direção  perpendicular   às   fibras   (transversal).  Quanto  mais   longa  a  fibra,  maior  a  resistência  ao  rasgo.    •  Resistência  à  tração:  è  a  máxima  tensão  que  o  produto  suporta,  sob  condições  determinadas,  antes  de  se  romper.  De  pouca  importância  para  o  caso  de  papéis  em  folhas,  é  fundamental  em  aplicações  de  papéis  em  bobinas.    •  Resistência  à  dobra:  é  o  número  de  dobras  duplas  que  o  produto  suporta  sob  tensão   antes   de   se   romper.   Em   geral,   há   maior   resistência   no   sentido  perpendicular   às   fibras.   Fibras   longas,   com   elevado   grau   de   entrelaçamento,  produzem   papéis  mais   resistentes   à   dobra.   O   conteúdo   de   umidade   influência  fortemente  a  resistência.  
  
RIGIDEZ  É   a   capacidade   do   produto   de   resistir   à   flexão   causada   pelo   próprio   peso.   É  basicamente  determinada  pela  relação  entre  gramatura  e  espessura  do  produto.  Teoricamente,   a   rigidez   do   produto   varia   ao   cubo   da   espessura,   isto   é,   se   a  espessura  for  duplicada  a  rigidez  aumenta  oito  vezes.  A  rigidez  diminui  à  medida  que  aumentam  o  conteúdo  de  carga  mineral,  o  conteúdo  de  umidade  e  o  grau  de  calandragem   do   produto.   Papéis   de   baixa   gramatura   geralmente   causam  problemas   de   alimentação   nas   impressoras,   por   isso,são   alimentados   com   o  sentido   de   fibra   contrário   ao   recomendado.   Todos   os   papéis   são   mais   rígidos  quando  dobrados  transversalmente  ao  sentido  de  fibra.  
SENTIDO  DA  FIBRA  Refere-­‐se   ao   alinhamento   das   fibras.   Chama-­‐se   direção   de   máquina   ou  longitudinal   quando   seu   fluxo   na   maquina   se   dá   na   direção   da   fabricação   do  produto.  A  direção  perpendicular  a  esta  é  a   transversal.  O  efeito  combinado  de  direção  das  fibras  e  variação  de  umidade  exercem  influência  direta  no  resultado  do   produto   impresso.   Nas   impressoras   off-­‐set   planas,   o   produto   deve   ter   o  sentido  de  fibra  paralelo  aos  cilindros  da  impressora.  Com  o  sentido  contrário,  o  produto  apresenta  maior  rigidez  e  desempenho,  principalmente  quando  de  baixa  gramatura.  O  produto  dobra  mais  facilmente  e  tem  menor  tendência  a  rachar  na  dobra   quando   esta   é   paralela   às   fibras.   Por   isso,   na   encadernação,   as   fibras  devem  ficar  paralelas  à   lombada  do   livro,   isso  evita  ondulações  ou  distorções  e  permite  manter  o  livro  aberto  por  si  só.    
FORMATOS  DE  PAPEL  Tão  importante  quanto  saber  os  tipos  de  papéis  existentes,  os  formatos  também  devem   receber   atenção   especial,   isso   porque   as   máquinas   gráficas   trabalham  com   os   mais   variados   formatos   e   consequentemente   os   fabricantes   e  fornecedores   de   papel   comercializam   os   mesmos   também   através   desses  formatos   pré-­‐exitentes.   Hoje,   alguns   formatos   especiais   são   utilizados   com  frequência  objetivando  um  melhor  aproveitamento  do  papel,  mas,  mais  uma  vez  são  esses  formatos  pré-­‐exitentes  que  “comandam”  o  mercado.    O   principal   formato   é   o   “DIN”.   Este   é   um   formato   de   papel   padrão   e   utilizado  como  referência  no  mundo  todo.  Calcular  o  tamanho  de  um  tamanho  de  papel  no  formato   DIN   é   muito   fácil.   Basta   você   saber   que   o   maior   tamanho   para   esse  formato   é   o   841   x   1189  mm  mais   conhecido   como  A0.   Para   cada   sub-­‐formato  basta  dividir  o  lado  maior  do  formato  anterior  por  2,  assim:    A0  =  841  x  1189  (lado  maior  de  A0)  mm;  A1  =  841  x  1189/2,  ou  seja,  594  mm;  A1  =  841  (lado  maior  de  A1)  x  594  mm.  A2  =  841/2  x  594  mm;  A2  =  420  x  594  (lado  maior  de  A2)  mm.  A3  =  420  x  594/2  mm;  A3  =  420  (lado  maior  de  A3)  x  297  mm.  A4  =  420/2  x  297  mm;  A4  =  210  x  297  mm.    Outros  dois  formatos  muito  utilizados  especialmente  no  Brasil,  são  o  formato  AA  e   o   formato   BB,   especialmente   o   BB   66×96   que   é   o   formato   de   papel   mais  comercializado  hoje  no  mercado  gráfico.    Para  facilitar  a  sua  vida  e  não  precisar  ficar  dividindo  os  formatos  por  aí,  segue  abaixo   3   tabelas   com   os   tamanhos   de   todos   os   formatos   utilizados,  mas   agora  você  já  sabe  como  eles  surgiram  e  como  chegar  neles.  
    
Formato  DIN  A0  –  841  x  1189  mm  A1  –  594  x  841  mm  A2  –  420  x  594  mm  A3  –  297  x  420  mm  A4  –  210  x  297  mm  A5  –  148  x  210  mm  A6  –  105  x  148  mm  A7  –  74  x  105  mm  A8  –  52  x  74  mm  A9  –  37  x  52  mm  A10  –  26  x  37  mm  A11  –  18  x  26  mm  A12  –  13  x  18  mm  
  
Formato  AA  AA  –  76  x  112  cm  A  –  56  x  76  cm  ½  A  –  38  x  56  cm  ¼  A  –  28  x  38  cm  1/8  A  –  19  x  28  cm  1/16  A  –  14  x  19  cm  1/32  A  –  9  x  14  cm  
  
Formato  BB  BB  –  66  x  96  cm  B  –  48  x  66  cm  ½  B  –  33  x  48  cm  ¼  B  –  24  x  33  cm  1/8  B  –  16  x  24  cm  1/16  B  –  12  x  16  cm  1/32  B  –  8  x  12  cm        
  
ALGUNS  TIPOS  DE  PAPEL  •  Acetinado  –  Um  ótimo  papel  para  impressão  de  ilustrações;  •  Apergaminhado  –  Como  o  nome  sugere,  é  uma  imitação  do  pergaminho;  •  Bouffant  –  Papel  bem  leve  e  de  textura  áspera,  ideal  para  impressão  de  livros  e  cartilhas;  •  Bristol  –  Papel   cartão  de  ótima  qualidade  muito  utilizado  em   impressos  para  apresentação  como  cartões  de  visita  e  convites;  •   Bíblia   –   O   papel   bíblia   é   um   papel   extremamente   fino   porém   resistente   e   é  utilizado   em   livros   com  o   número   de   páginas  muito   grande   com  o   objetivo   de  diminuir  o  volume  da  obra;  •  Super  Bond  –  Papel  similar  ao  apergaminhado  porém  comercializado  somente  nas  cores  azul,  verde,  rosa,  canário  (amarelo)  e  branco.  Geralmente  utilizado  em  notas  fiscais.  Em  gramaturas  maiores  é  muito  utilizado  em  envelopes  e  folhetos;  •  Couchê  gessado  ou  couchê  brilho  –  Como  o  nome  diz,  é  um  papel  com  bastente  brilho,   geralmente   utilizado   na   produção   de   encartes   e   revistas,   porém   poe  incomodar  um  pouco  a  leitura  devido  ao  alto  brilho;  
•  Couchê  mate  ou  couchê  fosco  –  Mesma  utilização  do  couchê  brilho  porém  este  não   apresenta   brilho   e   consequentemente   não   destaca   tanto   as   informações,  principalmente  imagens.  •   Couchê   monolúcido   –   Possui   apenas   um   dos   lados   com   brilho   e   é   muito  utilizado  na  produção  de  cartazes  com  impressão  em  um  dos  lados;  •  Offset  –  Este  é  seguramente  o  papel  mais  utilizado  no  mercado.  Comercializado  na   cor   branca,   é  muito   utilizado   na   produção   de   panfletos,   envelopes,   talões   e  livros;  •   Jornal  –  O  papel   jornal  como  o  próprio  nome  diz,  é  utilizado  na   impressão  de  jornais  e  também  como  uma  das  vias  dos  talões  de  nota  fiscal;  •  Kraft  –  Papel  muito  resistente  e  por  isso  utilizado  na  produção  de  embalagens,  sacos  de  papel  e  envelopes;  •   Vergê   –   O   Vergê   é   um   papel   texturizado,   ou   seja,   possui   sulcos   em   sua  superfície.  Comercializado  em  tons  pastéis,  é  utilizado  geralmente  na  confecção  de  cartões  de  visita  e  convites;  •  H.D.  –  Utilizado  para  embrulhos,  confetes  e  serpentinas;  •  Seda  –  Papel  muito  delicado  e  macio  utilizado  na  confecção  principalmente  de  guardanapos;

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