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Resumo – Mercado exterior. Mercosul O Mercosul é o bloco econômico formado pelo Países-membros do Mercosul: Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela; Países associados: Bolívia (em processo de efetivação como país-membro), Chile, Colômbia, Equador e Peru e Países observadores: México e Nova Zelândia. Objetivo O MERCOSUL é um processo de integração econômica entre os paises membros, que tem como objetivo a conformação de um mercado comum como: livre circulação de bens, serviços, trabalhadores e capital, pela redução das barreiras tarifárias e não-tarifárias política comercial uniforme com a adoção de uma tarifa externa comum coordenação das políticas macroeconômicas e harmonização das políticas tributária, fiscal, cambial, monetária, de investimentos, de comércio exterior, de serviços, alfandegária, de transportes, de comunicações, agrícola, industrial, trabalhista, entre outras. Pela estrutura orgânica definida pelo Protocolo de Ouro Preto, o MERCOSUL conta com três órgãos com capacidade decisória: o Conselho do Mercado Comum, o Grupo Mercado Comum e a Comissão de Comércio do MERCOSUL, um órgão de representação parlamentar, que é a Comissão Parlamentar Conjunta, um órgão consultivo, que é o Foro Consultivo Econômico Social e um de apoio operacional, que é a Secretaria do MERCOSUL. O Conselho do Mercado Comum se manifesta por meio de Decisões, o Grupo Mercado Comum por meio de Resoluções, e a Comissão de Comércio do MERCOSUL por Diretivas. Toda essa normativa é de aplicação obrigatória pelos Estados-Partes. Para vigência plena, se a norma assim o dispuser, cada um necessita incorporá-las ao seu ordenamento jurídico. A forma de internalização pode variar de um Estado-Parte para outro, em função da estrutura de suas normas vigentes. 1) Conselho do Mercado Comum - CMC É o órgão superior responsável pela condução política do processo de integração e tomada de decisões para assegurar o cumprimento dos objetivos estabelecidos no Tratado de Assunção. É constituído pelos Ministros das Relações Exteriores e pelos Ministros de Economia ou seus equivalentes nos Estados-Partes. A presidência do Conselho é rotativa, em ordem alfabética, pelo período de seis meses. Pode se reunir quantas vezes estime oportuno, mas deve fazê-lo pelo menos uma vez por semestre, com a participação dos Presidentes dos Estados-Partes. O Conselho do Mercado Comum tem as seguintes atribuições: velar pelo cumprimento do Tratado de Assunção, de seus Protocolos e dos acordos firmados em seu âmbito formular políticas e promover ações necessárias à conformação do mercado comum exercer a titularidade da personalidade jurídica do MERCOSUL negociar e firmar acordos, em nome do MERCOSUL, com terceiros países, grupos de países e organizações internacionais manifestar-se sobre as propostas que lhe sejam elevadas pelo Grupo Mercado Comum criar reuniões de ministros e outros órgãos que estime pertinentes e pronunciar-se sobre os acordos que lhe sejam remetidos designar o Diretor da Secretaria do MERCOSUL adotar decisões em matéria financeira e orçamentária homologar o Regimento Interno do Grupo Mercado Comum No seu âmbito foram criadas as Reuniões de Ministros: de Economia e Presidentes dos Bancos Centrais, de Educação, de Justiça, do Trabalho, da Agricultura, de Cultura, de Saúde, de Interior, de Indústria, de Minas e Energia e de Autoridades de Desenvolvimento Social. 2) Grupo Mercado Comum - GMC É o órgão executivo, que toma as providências necessárias ao cumprimento das decisões adotadas pelo Conselho e fixa programas de trabalho que assegurem avanços para o estabelecimento do Mercado Comum. É integrado por quatro membros por país, entre os quais devem constar obrigatoriamente representantes dos Ministérios das Relações Exteriores, dos Ministérios de Economia ou equivalentes e dos Bancos Centrais. Pode se reunir de forma ordinária ou extraordinária quantas vezes se fizerem necessárias. O Grupo Mercado Comum tem as seguintes atribuições: velar, nos limites da sua competência pelo cumprimento do Tratado de Assunção, de seus Protocolos e Acordos firmados no seu âmbito propor projetos de Decisão ao Conselho e tomar as medidas necessárias ao cumprimento dessas Decisões fixar programa de trabalho que assegurem avanços para o estabelecimento do mercado comum criar, modificar ou extinguir órgãos, tais como subgrupos de trabalho e reuniões especializadas, para cumprimento de seus objetivos manifestar-se sobre as propostas ou recomendações que lhe forem submetidas pelos demais órgãos, no âmbito da sua competência negociar, por delegação do Conselho e com base nos mandatos específicos, acordos em nome do MERCOSUL com terceiros países, grupos de países ou organismos internacionais aprovar o orçamento e a prestação de contas anual apresentada pela Secretaria Administrativa do MERCOSUL adotar Resoluções em matéria financeira e orçamentária, com base nas orientações do Conselho eleger o Diretor e supervisionar as atividades da Secretaria Administrativa do MERCOSUL homologar os Regimentos Internos da Comissão de Comércio e do Foro Consultivo Econômico Social analisar a evolução dos instrumentos de política comercial comum para o funcionamento da união aduaneira e formular propostas a respeito informar ao Grupo Mercado Comum sobre a evolução e a aplicação dos instrumentos de política comercial comum, sobre o trâmite das solicitações e sobre as decisões adotadas propor novas normas ou modificações às normas existentes referentes à matéria comercial e aduaneira no MERCOSUL propor a revisão das alíquotas tarifárias de itens específicos da tarifa externa comum, inclusive para contemplar a novas atividades produtivas estabelecer os comitês técnicos necessários ao adequado cumprimento de suas funções, bem como dirigir e supervisionar suas atividades Para sistematizar o intercâmbio de informações e solucionar inconvenientes relacionados com os instrumentos de política comercial, a CCM instituiu o mecanismo de “Consultas”, atualmente regulado pela Diretiva 6/96, que é tema permanente de sua agenda. As Consultas são questionamentos de procedimentos administrativos ou comerciais que os países fazem uns aos outros e podem ser apresentadas nas reuniões ordinárias ou extraordinárias da CCM No seu âmbito, a CCM conta com 8 Comitês Técnicos, a saber: Tarifas, Nomenclatura e Classificação de Mercadorias (CT Nº 1) Assuntos Aduaneiros (CT Nº 2) Normas e Disciplinas Comerciais (CT Nº 3) Políticas Públicas que Distorcem a Competitividade (CT Nº 4) Defesa da Concorrência (CT Nº 5) Estatísticas de Comércio Exterior do Mercosul (CT N° 6) Defesa do Consumidor (CT Nº 7) Comitê de Defesa Comercial e Salvaguardas (CDCS) 4) Parlamento do Mercosul É o órgão representativo dos Parlamentos dos Estados-Partes, que procurará acelerar os procedimentos internos nos Estados-Partes, para a pronta entrada em vigor das normas emanadas dos órgãos do MERCOSUL. Também poderá operar na harmonização de legislação, tal como requerido no avanço do processo de integração. Encaminhará por intermédio do Grupo Mercado Comum suas Recomendações ao Conselho e adotará seu Regimento Interno. Para seu funcionamento, esta Comissão criou as seguintes Subcomissões: Assuntos comerciais, alfandegários, fronteiriços e normas técnicas Política energética, transporte, comunicação e serviços Políticas trabalhistas, de seguridade social e saúde e desenvolvimento humano Coordenação de políticas macroeconômicas, fiscais e monetárias Política industrial, agrícola e tecnológica Meio ambiente e população Educação e assuntos culturais 5) Foro Consultivo Econômico- Social - FCES É o órgão de representação dos setores econômicos e sociais. Tem função consultiva e manifestar-se-á mediante Recomendações ao Grupo Mercado Comum. 6) Secretaria do MERCOSUL - SM É o órgão de apoio operacional, responsável pela prestação de serviços aos demais órgãos do MERCOSUL. Tem sede permanente em Montevidéu e, recentemente, passou a desempenhar tarefas técnicas, tendo as seguintes atribuições: servir como arquivo oficial da documentação do MERCOSUL; realizar a publicação e a difusão das decisões adotadas no âmbito do MERCOSUL organizar os aspectos logísticos das reuniões do CMC, do GMC e da CCM e, dentro de suas possibilidades, dos demais órgãos do MERCOSUL, quando as mesmas forem realizadas em sua sede permanente; informar regularmente os Estados-Partes sobre as medidas implementadas por cada país para incorporar em seu ordenamento jurídico as normas emanadas dos órgãos decisórios do MERCOSUL; registrar as listas nacionais dos árbitros e especialistas, bem como desempenhar outras tarefas determinadas pelo Protocolo de Brasília; apresentar anualmente ao GMC a sua prestação de contas, bem como relatório sobre suas atividades. Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM Sistema Harmonizado I. O que é o Sistema Harmonizado (SH) O Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias, ou simplesmente Sistema Harmonizado (SH), é um método internacional de classificação de mercadorias, baseado em uma estrutura de códigos e respectivas descrições. Este Sistema foi criado para promover o desenvolvimento do comércio internacional, assim como aprimorar a coleta, a comparação e a análise das estatísticas, particularmente as do comércio exterior. Além disso, o SH facilita as negociações comerciais internacionais, a elaboração das tarifas de fretes e das estatísticas relativas aos diferentes meios de transporte de mercadorias e de outras informações utilizadas pelos diversos intervenientes no comércio internacional. A composição dos códigos do SH, formado por seis dígitos, permite que sejam atendidas as especificidades dos produtos, tais como origem, matéria constitutiva e aplicação, em um ordenamento numérico lógico, crescente e de acordo com o nível de sofisticação das mercadorias. O Sistema Harmonizado (SH) abrange: Nomenclatura – Compreende 21 seções, composta por 96 capítulos, além das Notas de Seção, de Capítulo e de Subposição. Os capítulos, por sua vez, são divididos em posições e subposições, atribuindo-se códigos numéricos a cada um dos desdobramentos citados. Enquanto o Capítulo 77 foi reservado para uma eventual utilização futura no SH, os Capítulos 98 e 99 foram reservados para usos especiais pelas Partes Contratantes. O Brasil, por exemplo, utiliza o Capítulo 99 para registrar operações especiais na exportação; Regras Gerais para a Interpretação do Sistema Harmonizado– Estabelecem as regras gerais de classificação das mercadorias na Nomenclatura; Notas Explicativas do Sistema Harmonizado (NESH)– Fornecem esclarecimentos e interpretam o Sistema Harmonizado, estabelecendo, detalhadamente, o alcance e conteúdo da Nomenclatura.
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