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[KIT] Modelos de Embargos Novo CPC 20190330T211943Z 001

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[KIT] Modelos de Embargos Novo CPC/Impugnação_aos_Embargos_à.doc
EXCELENTÍSSIMO Senhor DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ...... a VARA CÍVEL DO FORO ................ 
 
EMBARGOS À EXECUÇÃO 
AUTOS DE PROCESSO No ...................... 
 
 
.......................................... (nome completo), já devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, por seu Advogado e procurador abaixo assinado, nos autos dos presentes Embargos à Execução opostos por .................. (nome da parte embargante), processo em epígrafe, vem respeitosamente perante Vossa Excelência apresentar IMPUGNAÇÃO AOS EMBARGOS, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos. 
 
PRELIMINARMENTE, a Embargada quer salientar que os Embargos são visivelmente protelatórios, uma vez que a petição inicial é de difícil compreensão, sem qualquer lógica e fundamento jurídico, não decorrendo um pedido possível. Diante disso, requer sejam os Embargos extintos sem julgamento do mérito, indeferindo-se a exordial por inépcia. 
Ainda, os Embargos não versam sobre nenhuma das matérias do artigo 910 do CPC/2015, pelo que devem também ser extintos sem julgamento do mérito. 
 
NO MÉRITO, totalmente improcedentes os Embargos, já que desprovidos de fundamentos fáticos e jurídicos capazes de afastar a eficácia da sentença exeqüenda. 
 
I. 
A r. sentença de fls. ......... dos autos da ação principal confirmada em todos os seus termos pelo acórdão de fls. ....., julgou procedente a Ação de .............. proposta em face da Embargante, cujo dispositivo prescreve: 
 
“..............................” 
 
II. 
Como se pode conferir na petição inicial da Execução (fls. ...........), a Embargada nada mais está executando do que .............., tudo conforme determinado pela r. sentença. 
 
Por essa razão, a Embargada ajuizou Ação de Execução, que tramita pela ......... a Vara Cível deste Regional, processo no .........., em face de …………................ . 
 
Na petição inicial daquela Ação de Execução a ora Embargada incluiu as despesas com ...................., que foram excluídas por aquele MM. Juízo, por descaberem em sede de execução forçada. Somente por essa razão é que essas despesas não puderam ser executadas naquela ação. 
 
III. 
Saliente-se novamente que o que se está executando são ................, conforme demonstrativo do débito às fls. ....... . 
 
IV. 
Ainda, a Embargante deve ser condenada ao pagamento de multa de 20% sobre o valor da execução, por litigância de má-fé, pois conforme artigo 80, do Novo Código de Processo Civil, incisos V e VI e art. 81, §3º do Novo Código de Processo Civil , procede de modo temerário e provoca incidente manifestamente infundado e meramente protelatório. 
 
Diante do exposto, se antes não tiver sido extinto o processo sem julgamento do mérito, requer a Embargada sejam julgados totalmente improcedentes os presentes Embargos à Execução, condenando-se a Embargante nas custas, despesas e honorários advocatícios que pede sejam fixados na base de 20% do valor da execução, e ainda multa por litigância de má-fé. 
 
Requer provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos, especialmente prova documental, testemunhal, pericial, depoimento pessoal etc. 
 
Nestes termos, 
P. Deferimento. 
 
 
....................., de.....................de .......... 
(local e Data) 
 
 
......................................... 
Advogado (nome) 
OAB no ............................. 
 
[KIT] Modelos de Embargos Novo CPC/PEDIDO INTEMPESTIVIDADE EMBARGOS DECLARAÇÃO APELAÇÃO ANTES PUBLICAÇÃO - NOVO CPC.doc
PEDIDO INTEMPESTIVIDADE EMBARGOS DECLARAÇÃO APELAÇÃO ANTES PUBLICAÇÃO - NOVO CPC
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ____________ DA COMARCA DE __________________ - ___
Pular 10 linhas
Cumprimento de Sentença
Proc. Nº. 
Exequente: José de Tal
Executado: Banco Xista S/A
 	JOSÉ DE TAL, já qualificado nestes autos, por intermédio de seu patrono abaixo signatário, vem, com o devido respeito à presença de Vossa Excelência, requerer o que segue.
 	Verifica-se que a Executada recorreu, por meio de agravo de instrumento, da decisão que julgou improcedente a Impugnação ao Cumprimento de Sentença. Todavia, temos que o recurso em espécie é intempestivo, consoante as linhas abaixo delineadas. 
 	A Executada, como se percebe às fls., agravou antes da publicação da sentença que julgou os embargos de declaração opostos pelo Exequente. 
 	Como consabido, os Embargos de Declaração interrompem a contagem dos prazos (NCPC, art. 1.026). Assim, com o julgamento dos Aclaratórios, o prazo para recurso (e, frise-se, qualquer recurso) iniciou-se. 
 	Assim, é extemporâneo, por antecipação, o recurso de Agravo manejado pela Executada, maiormente quando ainda estava pendente o julgamento de Embargos de Declaração. 
 	No mínimo, caberia à Recorrente-Executada ratificar o agravo interposto, no entanto manteve-se absolutamente inerte, seja no primeiro grau ou junto ao Relator do agravo manejado. Entrementes, o mesmo assim não o fez, consoante certidão narrativa ora inclusa. (doc. 01)
	 
 	A hipótese em estudo se coaduna, por analogia, com a orientação contida na Súmula 418 do Egrégio Superior Tribunal de Justiça, que assim destaca:
Súmula 418 – STJ 
É inadmissível o recurso especial interposto antes da publicação do acórdão dos embargos de declaração, sem posterior ratificação.
	O próprio Superior Tribunal de Justiça, por inúmeras vezes, tem assim decidido:
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. APELAÇÃO EXTEMPORÂNEA. INTERPOSIÇÃO ANTERIOR AO JULGAMENTO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AUSÊNCIA DE POSTERIOR RATIFICAÇÃO. SÚMULA Nº 418/STJ. INCIDÊNCIA ANALÓGICA. AGRAVO NÃO PROVIDO. 
1. Ressalvado o entendimento deste relator expressado no voto proferido no Recurso Especial n. 1.129.215-df, pendente de julgamento na Corte Especial deste tribunal, forçoso verificar que ainda permanece hígida a aplicação da Súmula nº 418/STJ e, por conseguinte, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça no sentido de considerar prematura a apelação interposta antes do julgamento dos embargos de declaração, sem posterior ratificação. 2. Agravo regimental não provido. (STJ; AgRg-AREsp 672.867; Proc. 2015/0048637-1; GO; Quarta Turma; Rel. Min. Luis Felipe Salomão; DJE 06/05/2015)
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. APELAÇÃO. INTERPOSIÇÃO ANTES DA PUBLICAÇÃO DA DECISÃO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AUSÊNCIA DE RATIFICAÇÃO. INTEMPESTIVIDADE. APLICAÇÃO DA SÚMULA Nº 418 DO STJ. DECISÃO MANTIDA. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO. 
1. Ressalvado o entendimento deste relator. No sentido de entender ser inviável impor ao litigante que interpôs a peça recursal, na pendência de embargos declaratórios, o ônus da ratificação deste seu recurso após a publicação do acórdão dos embargos, mesmo que seja mantida integralmente a decisão que o originou. Proferido nos autos do Recurso Especial n. 1.129.215-df, ainda pendente de julgamento na corte especial deste tribunal, forçoso verificar que ainda permanece hígida a aplicação do enunciado da Súmula nº 418/STJ e, por conseguinte, a necessidade de ratificação após a publicação do julgamento do embargos de declaração opostos. 2. Agravo regimental não provido. (STJ; AgRg-AREsp 621.365; Proc. 2014/0307333-0; RJ; Quarta Turma; Rel. Min. Luis Felipe Salomão; DJE 27/04/2015)
PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS PELO CORRÉU EM FACE DE ACÓRDÃO QUE JULGARA A APELAÇÃO CRIMINAL. NECESSIDADE DE RATIFICAÇÃO. AUSÊNCIA. RECURSO EXTEMPORÂNEO. SÚMULA Nº 418/STJ. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. 
1. Tendo o agravante deixado de apresentar a imprescindível petição de ratificação de seu Recurso Especial, após o julgamento dos embargos de declaração opostos pelo corréu, incide o teor do enunciado sumular n. 418/STJ, considerado extemporâneo o especial. Precedentes
desta corte. 2. Agravo regimental improvido. (STJ; AgRg-AREsp 28.033; Proc. 2011/0168369-7; RJ; Sexta Turma; Rel. Min. Nefi Cordeiro; DJE 27/03/2015)
	 	Nesse diapasão, o Exequente pleiteia que Vossa Excelência reconheça a extemporaneidade do recurso interposto pela Executada, declarando o trânsito em julgado da sentença pretensamente combatida. 
Nestes termos,
Pede deferimento.
[Local] [data]
__________________________________
[Nome Advogado] - [OAB] [UF].
[KIT] Modelos de Embargos Novo CPC/EXECUÇÃO NA AÇÃO MONITÓRIA QUANDO NÃO FOREM OPOSTOS EMBARGOS - NOVO CPC.doc
EXECUÇÃO NA AÇÃO MONITÓRIA QUANDO NÃO FOREM OPOSTOS EMBARGOS - NOVO CPC
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ____________ DA COMARCA DE __________________ - ___
Pular 10 linhas
Autos do processo n°
(espaço de 05 linhas)
Nome completo do requerente, por seu advogado infra-assinado, nos autos da AÇÃO MONITÓRIA, de número em epígrafe, que move contra Nome completo do requerido, vem, respeitosamente, a presença de Vossa Excelência, nos termos do art. 701, parágrafo 2º, do Código de Processo Civil, considerando que o Requerido não ofereceu embargos no prazo legal, requerer a CONVERSÃO DO MANDADO INICIAL EM MANDADO EXECUTIVO, devendo ser o Requerido intimado para pagar o valor devido, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de ser acrescida multa de 10% sobre o valor cobrado e acréscimo de honorários advocatícios no importe de 10%, nos termos do art. 523, parágrafo 1º, do CPC.
Nestes termos,
Pede deferimento.
[Local] [data]
__________________________________
[Nome Advogado] - [OAB] [UF].
[KIT] Modelos de Embargos Novo CPC/PEDIDO INTEMPESTIVIDADE EMBARGOS DECLARACAO APELACAO ANTES PUBLICACAO - NOVO CPC.doc
PEDIDO INTEMPESTIVIDADE EMBARGOS DECLARACAO APELACAO ANTES PUBLICACAO - NOVO CPC
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ____________ DA COMARCA DE __________________ - ___
Pular 10 linhas
Cumprimento de Sentença
Proc. Nº 
Exequente: 
Executado: 
 	JOSÉ DE TAL, já qualificado nestes autos, por intermédio de seu patrono abaixo signatário, vem, com o devido respeito à presença de Vossa Excelência, requerer o que segue.
 	Verifica-se que a Executada recorreu, por meio de agravo de instrumento, da decisão que julgou improcedente a Impugnação ao Cumprimento de Sentença. Todavia, temos que o recurso em espécie é intempestivo, consoante as linhas abaixo delineadas. 
 	A Executada, como se percebe às fls., agravou antes da publicação da sentença que julgou os embargos de declaração opostos pelo Exequente. 
 	Como concebido, os Embargos de Declaração interrompem a contagem dos prazos (NCPC, art. 1.026). Assim, com o julgamento dos Aclaratórios, o prazo para recurso (e, frise-se, qualquer recurso) iniciou-se. 
 	Assim, é extemporâneo, por antecipação, o recurso de Agravo manejado pela Executada, maiormente quando ainda estava pendente o julgamento de Embargos de Declaração. 
 	No mínimo, caberia à Recorrente-Executada ratificar o agravo interposto, no entanto manteve-se absolutamente inerte, seja no primeiro grau ou junto ao Relator do agravo manejado. Entrementes, o mesmo assim não o fez, consoante certidão narrativa ora inclusa. (doc. 01)
	 
 	A hipótese em estudo se coaduna, por analogia, com a orientação contida na Súmula 418 do Egrégio Superior Tribunal de Justiça, que assim destaca:
Súmula 418 – STJ 
É inadmissível o recurso especial interposto antes da publicação do acórdão dos embargos de declaração, sem posterior ratificação.
	O próprio Superior Tribunal de Justiça, por inúmeras vezes, tem assim decidido:
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. APELAÇÃO EXTEMPORÂNEA. INTERPOSIÇÃO ANTERIOR AO JULGAMENTO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AUSÊNCIA DE POSTERIOR RATIFICAÇÃO. SÚMULA Nº 418/STJ. INCIDÊNCIA ANALÓGICA. AGRAVO NÃO PROVIDO. 
1. Ressalvado o entendimento deste relator expressado no voto proferido no Recurso Especial n. 1.129.215-df, pendente de julgamento na Corte Especial deste tribunal, forçoso verificar que ainda permanece hígida a aplicação da Súmula nº 418/STJ e, por conseguinte, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça no sentido de considerar prematura a apelação interposta antes do julgamento dos embargos de declaração, sem posterior ratificação. 2. Agravo regimental não provido. (STJ; AgRg-AREsp 672.867; Proc. 2015/0048637-1; GO; Quarta Turma; Rel. Min. Luis Felipe Salomão; DJE 06/05/2015)
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. APELAÇÃO. INTERPOSIÇÃO ANTES DA PUBLICAÇÃO DA DECISÃO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AUSÊNCIA DE RATIFICAÇÃO. INTEMPESTIVIDADE. APLICAÇÃO DA SÚMULA Nº 418 DO STJ. DECISÃO MANTIDA. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO. 
1. Ressalvado o entendimento deste relator. No sentido de entender ser inviável impor ao litigante que interpôs a peça recursal, na pendência de embargos declaratórios, o ônus da ratificação deste seu recurso após a publicação do acórdão dos embargos, mesmo que seja mantida integralmente a decisão que o originou. Proferido nos autos do Recurso Especial n. 1.129.215-df, ainda pendente de julgamento na corte especial deste tribunal, forçoso verificar que ainda permanece hígida a aplicação do enunciado da Súmula nº 418/STJ e, por conseguinte, a necessidade de ratificação após a publicação do julgamento do embargos de declaração opostos. 2. Agravo regimental não provido. (STJ; AgRg-AREsp 621.365; Proc. 2014/0307333-0; RJ; Quarta Turma; Rel. Min. Luis Felipe Salomão; DJE 27/04/2015)
PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS PELO CORRÉU EM FACE DE ACÓRDÃO QUE JULGARA A APELAÇÃO CRIMINAL. NECESSIDADE DE RATIFICAÇÃO. AUSÊNCIA. RECURSO EXTEMPORÂNEO. SÚMULA Nº 418/STJ. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. 
1. Tendo o agravante deixado de apresentar a imprescindível petição de ratificação de seu Recurso Especial, após o julgamento dos embargos de declaração opostos pelo corréu, incide o teor do enunciado sumular n. 418/STJ, considerado extemporâneo o especial. Precedentes desta corte. 2. Agravo regimental improvido. (STJ; AgRg-AREsp 28.033; Proc. 2011/0168369-7; RJ; Sexta Turma; Rel. Min. Nefi Cordeiro; DJE 27/03/2015)
Nestes termos,
Pede deferimento.
[Local] [data]
__________________________________
[Nome Advogado] - [OAB] [UF].
[KIT] Modelos de Embargos Novo CPC/RÉPLICA - EMBARGOS DE TERCEIRO - DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL - LIMINAR - RETIRADA DE BENS DO LAR CONJUGAL - NOVO CPC.doc
RÉPLICA - EMBARGOS DE TERCEIRO - DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL - LIMINAR - RETIRADA DE BENS DO LAR CONJUGAL - NOVO CPC
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ____________ DA COMARCA DE __________________ - ___
Pular 10 linhas
_____________ E OUTRA, qualificados nos autos da AÇÃO DE EMBARGOS DE TERCEIRO que movem contra _____________, em atenção ao contido na NE _____________, vem, respeitosamente manifestar-se sobre a Contestação, cf. Arts. 350 e 351 ambos do CPC/2015, nos termos que seguem:
Primeiramente, cumpre aduzir que a Embargada deve regularizar sua representação processual, uma vez que, nos termos do caput do art. 654 do Código Civil, somente é válido o mandato conferido por instrumento particular quando assinado pelo outorgante.
Dessa forma, tratando-se de outorgante analfabeto, que não possui firma, deve o mandato ser conferido mediante instrumento público, que não é o caso do documento de fls. ___.
No que diz respeito ao conteúdo da Contestação de fls. ____, limita-se a Embargada a alegar ter o freezer objeto da lide sido adquirido com recursos do pai do Embargante.
A afirmação não corresponde à verdade.
O freezer foi adquirido pelo Embargante e sua esposa, com recursos próprios, conforme se comprovou através dos docs. De fls. ___, que não foram impugnados na resposta da Embargada.
Além disso, seria ilógico admitir que o Embargante assumiria a dívida em seu nome (carnê de pagamentos de fls. ___), caso seu pai fosse o real responsável pelo débito ou tivesse lhe alcançado
as importâncias para a aquisição do bem, o que se diz por apego à argumentação.
E mesmo que o pai do Embargante houvesse fornecido os recursos para a compra do freezer, o que acima já se disse não ter ocorrido, não há norma legal que impeça o pai do Embargante de tê-lo feito, nem que a suposta doação ficasse subordinada à autorização da companheira.
Nos termos do art. 1.659, VII, do CCB, aplicável por disposição do art. 1.725 do mesmo diploma, a pensão recebida pelo companheiro está excluída da comunhão.
Ressalte-se ainda, que a negação geral feita às fls. ___ sob o título "preliminarmente", à luz da norma do art. 341 do CPC/2015, não tem o condão de impugnação quanto aos fatos aduzidos na inicial, os quais, por consequência, se presumem verdadeiros.
Finalmente, entendem os Embargantes que os docs. De fls. ___ são suficientes para o juízo de procedência, não estando a Contestação acompanhada de qualquer prova em contrário.
Isto Posto, reiteram os pedidos feitos na inicial, requerendo o julgamento do feito no estado em que se encontra. Em entendendo V. Exª pela realização de audiência de instrução e julgamento, protestam pela tomada do depoimento pessoal da Embargada e pela oitiva de testemunhas a serem oportunamente arroladas.
Requerem ainda, seja a Embargada intimada a regularizar sua representação processual, nos termos do art. 76 do CPC/2015.
Nestes termos,
Pede deferimento.
[Local] [data]
__________________________________
[Nome Advogado] - [OAB] [UF].
[KIT] Modelos de Embargos Novo CPC/MODELO DE EMBARGOS DE TERCEIRO.doc
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 00º VARA CÍVEL DA COMARCA DE CIDADE-UF
NOME DO CLIENTE, brasileiro, casado, Economista, portador da identidade nº e do CPF/MF 0000000, residente e domiciliado na RUA TAL, nº 00, Apartamento, TAL, CIDADE-UF, por seu Advogado e procurador com poderes bastante (doc. 01), vem, respeitosamente à presença deste Juízo, apresentar,
EMBARGOS DE TERCEIRO,
em face de NOME TAL, brasileiro, estado civil, profissão, residente e domiciliado na rua TAL, Nome da cidade, com fulcro no artigo 1.046, e parágrafos; e, 1.048, todos do Código de Processo Civil, expondo e aduzindo o seguinte.
PRELIMINARMENTE
Com fundamento no art. 47, do Código de Processo Civil, requer a formação de litisconsórcio necessário, no pólo passivo, determinando a citação de:
1) NOME TAL, brasileiro, estado civil, profissão, residente e domiciliado na rua TAL, nº 00, CEP 0000000, bairro TAL.
2) NOME TAL, brasileiro, estado civil, profissão, residente e domiciliado na rua TAL, nº 00, CEP 0000000, bairro TAL, citação por Oficial de Justiça, gozando das benesses do art. 172, e parágrafos do CPC, e;
3) NOME DA EMPRESA, pessoa jurídica, na pessoa de seu representante legal, por Oficial de Justiça, gozando das benesses do art. 172 e parágrafos, CPC, com fundamento no art. 100, IV, "b", do CPC, situada na rua TAL, nesta cidade.
A formação de litisconsórcio no polo passivo, pela litisdenuncia em Embargos, é admissível, por ser tratar de ação autônoma, principalmente visando a assegurar ao Embargante eventual direito de regresso, a propósito:
"EMBARGOS DE TERCEIRO – DENUNCIAÇÃO DA LIDE – POSSIBILIDADE – Se os embargos de terceiro configuram ação autônoma, revestindo-se o embargado, por conseguinte, à condição de parte, comporta a denunciação da lide, a fim de se resguardar do direito que da evicção lhe resulta. 
(TRF 4ª R – AI 93.04.34785-8-RS – 4ª T. – Rel. Juiz Nylson Paim de Abreu – DJU 20.11.1996)".
Justifica-se, o quanto mais a citação dos litisconsortes, uma vez que os litisconsortes têm interesse no deslinde do feito, principalmente para resguardar eventual direito de evicção do denunciante.
DOS FATOS
O Embargante adquiriu de TAL, o imóvel TAL, através de "contrato de gaveta".
O imóvel em questão encontra-se HIPOTECADO, sendo que o CONTRATO DE MÚTUO, foi celebrado entre a NOME DO BANCO S/A e EMPRESA TAL, e foi financiado em 314 (trezentos e quatorze) meses.
Os devedores em DATA TAL (doc. 04), dispuseram definitivamente do imóvel à TAL, sendo que este ao adquirir o imóvel assumiu os direitos e obrigações relativos ao financiamento, restando sub-rogado.
Em DATA TAL (doc. 07), o sub-rogado (NOME), por INSTRUMENTO PARTICULAR DE PROMESSA DE CESSÃO DE DIREITOS, cedeu o referido imóvel, tendo o Embargante pago a importância de R$ 00000000 (reais), assumindo a obrigação de pagar todas as parcelas do financiamento (doc. 17), inclusive, pagando as taxas de condomínio (doc. 20/21).
Em se tratando de imóvel financiado, o Embargante sub-rogou-se nos direitos e obrigações do contrato primitivo, e está pagando todas as parcelas, portanto, residindo no imóvel.
Porém, o Embargado requerendo REFORÇO DE PENHORA, indicou o imóvel em questão, embora cônscio de que o imóvel está somente financiado em nome TAL e S/M.
DO DIREITO
É notório que o Embargante exerce a posse sobre o imóvel, e é terceiro de boa-fé, pois já ao tempo da cessão do imóvel a TAL, não havia qualquer ação contra TAL.
Senão vejamos.
O cedente originário, TAL, transmitiu por venda, o bem à TAL em DATA TAL, muito antes da propositura da Monitória, que é do ano TAL.
O Embargado a despeito de saber desta cessão envolvendo o imóvel, assim mesmo requereu o reforço (ampliação) da penhora. E conforme decisão deste Juízo (fls. 443), foi determinada a penhora sobre o aludido imóvel, matriculado, junto ao Registro de Imóveis de CIDADE-UF.
Observa-se, no entanto, que a cessão se efetuou através de procurador, na realidade o cessionário, Sr. TAL (doc. 07/08).
"Ad cautelam", é bom frisar de que o documento de fl. 501/502, refere-se à ratificação da cessão efetuada por TAL ao Embargante, e não alienação ou mesmo que tenha havido qualquer transação direta envolvendo TAL e o Embargante como pretende induzir o Embargado, a alienação do bem, ora constrito, operou-se em DATA TAL, entre XXXXX e o Embargante, todos os pagamentos foram à TAL.
Tanto é que os cheques foram pagos à TAL, que transmitiu o bem ao Embargante em transação efetuada em DATA TAL, ou seja, não existem elementos para se caracterizar como fraudulenta a alienação, visto que TAL, não a efetuou com o Embargante.
Comprovadamente o Embargante detém a posse do imóvel, ora constrito ilegalmente, e nestas condições, é admissível, mesmo que o seu título não seja registrado, oponha Embargos, consoante a decisão sumulada do STJ:
Súmula 84 - É admissível a oposição de Embargos de Terceiros fundados em alegação de posse advinda de compromisso de compra e venda de imóvel, ainda que desprovido de registro.
Como pode ser aferido, pela documentação acostada, o imóvel da qual incide a penhora, foi negociado antes mesmo da propositura da ação, e inconcebível se mostra o continuísmo da constrição, isto é, a medida utilizada pelo Embargante está legitimada, e a constrição se mostra ilegal:
Primeiro Tribunal de Alçada Civil de São Paulo
NP.: 00491919-6/00 TP.: APELACAO CIVEL
NA.: 491919 PP.3
CO.: SAO PAULO
DJ.: 26/05/92 OJ.: 6 A. CAMARA
DP.: MF 2017/592 - JTA-LEX 139/158
Rel. JOAQUIM CHIAVEGATO
DEC.: Unanime
PENHORA - INCIDENCIA SOBRE IMOVEL TRANSFERIDO MEDIANTE INSTRUMENTO PARTICULAR DE CESSAO DE DIREITOS E OBRIGACOES ANTES DO AJUIZAMENTO DA EXECUCAO - MA-FE DOS EMBARGANTES NÃO CARACTERIZADA - DESNECESSIDADE DE REGISTRO IMOBILIARIO - ARREMATACAO DESFEITA - EMBARGOS DE TERCEIRO
PROCEDENTES - RECURSO PROVIDO PARA ESSE FIM.
Primeiro Tribunal de Alçada Civil de São Paulo
NP.: 00455176-0/00 TP.: APELACAO CIVEL
NA.: 455176 PP.2
CO.: SAO PAULO
DJ.: 13/08/91 OJ.: 3 A. CAMARA
DP.: MF 1060/343 - JTA-LEX 131/104
Rel. JOAQUIM GARCIA
DEC.: Unanime
COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA - INSTRUMENTO PARTICULAR - REGISTRO IMOBILIARIO - INEXISTENCIA - IRRELEVANCIA - TRANSMISSAO DA POSSE DO IMOVEL - PAGAMENTO, A SEGUIR,
PELO COMPROMISSARIO-COMPRADOR, DO SALDO DEVEDOR, PELO SISTEMA FINANCEIRO DA HABITACAO - PROCEDENCIA DOS EMBARGOS DE TERCEIRO.
Primeiro Tribunal de Alçada Civil de São Paulo
NP.: 00527508-2/00 TP.: APELACAO CIVEL
NA.: 527508 PP.5
CO.: SAO PAULO
DJ.: 14/09/93 OJ.: 6 A. CAMARA
DP.: MF 3007/NP
Rel. EVALDO VERISSIMO
DEC.: Unanime
EMBARGOS DE TERCEIRO - COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA - REGISTRO - OMISSAO - OFERECIMENTO PELO PROMITENTE COMPRADOR, COM BASE NA POSSE, PARA DESCONSTITUIR A PENHORA - ARTIGO 1046, PARAGRAFO 1 DO CODIGO DE PROCESSO CIVIL - AUSENCIA DE INDICIO DE FRAUDE E EXISTENCIA DO REQUISITO DA BOA-FE - ADMISSIBILIDADE - EMBARGOS DE TERCEIRO PROCEDENTES - RECURSO PROVIDO.
Primeiro Tribunal de Alçada Civil de São Paulo
NP.: 00549882-6/00 TP.: APELACAO CIVEL
NA.: 549882 PP.0
CO.: MOGI DAS CRUZES
DJ.: 22/02/94 OJ.: 10a. CAMARA
DP.: MF 3012/NP - JTA-LEX 151/112
Rel. ANTONIO DE P. F. NOGUEIRA
DEC.: Unanime
PENHORA - IMOVEL FINANCIADO PELO SISTEMA FINANCEIRO DE HABITACAO TRANSFERENCIA DA POSSE ATRAVES DE CESSAO DE DIREITOS CONTRATUAIS SEM A ANUENCIA DO CREDOR E REGISTRO NO CARTORIO COMPETENTE - IRRELEVANCIA PORQUE A VENDA E VALIDA QUANTO AO CEDENTE, CESSIONARIO E TERCEIROS - SUMULA 84 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA - FRAUDE A EXECUCAO OU CONTRA CREDORES NÃO CONSTATADA - EMBARGOS DE TERCEIRO PROCEDENTES.
SENTENCA MANTIDA
Primeiro Tribunal de Alçada Civil de São Paulo
NP.: 00564037-6/00 TP.: APELACAO CIVEL
NA.: 564037 PP.1
CO.: SAO PAULO
DJ.: 23/08/94 OJ.: 7 A. CAMARA
DP.: MF 3022/NP
Rel. ARIOVALDO SANTINI TEODORO
DEC.: Unanime
FRAUDE A EXECUCAO - COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA - CITACAO EFETIVADA ENTRE O CONTRATO FIRMADO, SEM REGISTRO E A LAVRATURA DA ESCRITURA - EXAME DA JURISPRUDENCIA - FRAUDE NAO CARACTERIZADA - EMBARGOS DE TERCEIRO PROCEDENTES.
EMBARGOS DE TERCEIRO - PENHORA - INCIDENCIA SOBRE IMOVEL OBJETO DE COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA NAO REGISTRADO - POSSIBILIDADE -
PRECEDENTES - PROCEDENCIA - RECURSO PROVIDO PARA ESSE FIM.
Primeiro Tribunal de Alçada Civil de São Paulo
NP.: 00591067-4/00 TP.: APELACAO CIVEL
NA.: 591067 PP.6
CO.: SAO BERNARDO DO CAMPO
DJ.: 18/04/95 OJ.: 6 A. CAMARA
DP.: MF 2/NP
Rel. OSCARLINO MOELLER
DEC.: Unanime
EMBARGOS DE TERCEIRO - POSSE ORIUNDA DE COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA - POSSIBILIDADE - ANTERIORIDADE A ACAO DE EXECUCAO - POSSIBILIDADE DA DEFESA EXCLUSIVA DA POSSE DECORRENTE DO COMPROMISSO POR FORCA DA SUMULA 84 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA, SUPERADO O ENTENDIMENTO ISOLADO DA SUMULA 621 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - EMBARGOS PROCEDENTES - RECURSO PROVIDO PARA EXCLUIR O IMOVEL DA CONSTRICAO LAVRADA.
Pouco importa que o financiamento esteja em nome dos Executados (NOME e sua mulher), visto que a penhora jamais poderia recair sobre bem não inserido em patrimônio alheio.
Neste sentido:
"EMBARGOS DE TERCEIRO – EXECUÇÃO – PENHORA – IMÓVEL – COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA – INSCRIÇÃO IMOBILIÁRIA – INEXISTÊNCIA – FATO IRRELEVANTE – Compromisso efetuado antes do financiamento de que decorreu a execução. Circunstâncias que afastam a fraude à execução. Embargos procedentes. Recurso provido. 
(1º TACSP – Ap. 424.001-7 – 3ª C. – Rel. Juiz Antônio de Pádua Ferraz Nogueira – J. 27.11.1989) (JTACSP 122/113)
"EMBARGOS DE TERCEIRO – PENHORA – IMÓVEL – Alienação anos antes do ajuizamento da ação. Aquisição mediante financiamento da Caixa Econômica. Não intervenção desta. Irrelevância. Embargos procedentes. Recurso provido. 
(1º TACSP – Ap. 423.229-1 – 1ª C. – Rel. Juiz Celso Bonilha – J. 13.11.1989) (JTACSP 122/117)".
"EMBARGOS DE TERCEIRO – PENHORA – IMÓVEL – COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA – INSTRUMENTO PARTICULAR – REGISTRO IMOBILIÁRIO – INEXISTÊNCIA – IRRELEVÂNCIA – Presunção de veracidade e autenticidade do compromisso, decorrente, inclusive, de carta de banco, relativa a pagamento de prestações ajustadas, acompanhada de fotocópias dos respectivos cheques compensados. Embargos procedentes. Recurso provido em parte. 
(1º TACSP – Ap. 420.098-4 – 3ª C. – Rel. Juiz Silvio Marques – J. 30.10.1989) (JTACSP 121/146)".
"EMBARGOS DE TERCEIRO – PENHORA INCIDENTE SOBRE IMÓVEL ALIENADO – ESCRITURA PÚBLICA DE COMPRA E VENDA NÃO LEVADA A REGISTRO – Desde que a penhora tenha recaído sobre bens transferidos a terceiros, admissíveis são os embargos, independentemente da circunstância de que a escritura pública de compra e venda não tenha ainda sido levada a registro. (STJ – REsp 29.048-3 – PR – 4ª T. – Rel. Min. Barros Monteiro – DJU 30.08.1993)".
"EMBARGOS DE TERCEIRO – Pode manifestar embargos de terceiro o possuidor, qualquer que seja o direito em virtude do qual tenha a posse do bem penhorado ou por outro modo constrito. O titular de promessa de compra e venda, irrevogável e quitada, estando na posse do imóvel, pode-se opor à penhora deste mediante embargos de terceiro, em execução intentada contra o promitente vendedor, ainda que a promessa não esteja inscrita. Recurso especial de que se conhece pelos dois fundamentos (CF, art. 105, III, a e c), mas a que se nega provimento.
 (STJ – REsp. 226 – SP – 3ª T. – Rel. Min. Gueiros Leite – DJU)
"PENHORA – IMÓVEL OBJETO DE COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA NÃO REGISTRADO – EMBARGOS OPOSTOS PELO TERCEIRO ADQUIRENTE – Admissibilidade se existente prova de desfrute da posse e não configurada fraude à execução. Inaplicabilidade da súm. 621 do STF ante o texto expresso do art. 1.046, § 1º, do CPC. Declaração de voto.
 (1º TACSP – Ap. 428.991-2 – 4ª C. – Rel. Juiz Octaviano Lobo – J. 11.04.1990) (RT 667/114)".
"EMBARGOS DE TERCEIRO – CREDOR HIPOTECÁRIO – COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA – Assiste direito à credora hipotecária, de até cinco dias depois da arrematação, adjudicação ou remição, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta, opor embargos. (Art. 1.048 do CPC). O compromisso de compra e venda mesmo não registrado, possibilita a interposição de Embargos de Terceiro para livrar o imóvel da constrição judicial. 
(TRF 3ª R. – AC 90.03.40343-0 – SP – 2ª T. – Rel. Juiz Roberto Haddad – DJU 15.02.1995)".
"EMBARGOS DE TERCEIRO – CONSTRIÇÃO ILEGÍTIMA – ESBULHO – CONFIGURAÇÃO – DIREITO A RESTITUIÇÃO – RECONHECIMENTO – Tem direito à restituição do bem objeto de indevida constrição judicial o possuidor que sofre esbulho resultante de ato executório praticado nos autos de ação de execução em que não figura como parte.
 (TACRJ – AC 14906/92 – (Reg. 4027) – Cód. 92.001.14906 – 8ª C. – Rel. Juiz Wilson Marques – J. 10.02.1993) 
(Ementário TACRJ 36/93 – Ementa 36362)".
EMBARGOS DE TERCEIRO
COISA JULGADA EM EMBARGOS DO EXECUTADO
INOPONIBILIDADE AO TERCEIRO EMBARGANTE
Nos embargos de terceiro aos autores - que são terceiros precisamente porque não são partes na execução, é imponível a eficácia da coisa julgada nos embargos do devedor.
Recurso Extraordinário nº 116.207-4 - SP - 1ª Turma - Recorrente: Bradesco S/A - Crédito Imobiliário; Recorridos: Natalício Gomes Patriota e Outros; Advogados: Drs. Matilde G. de Oliveira e Outros; Mario Saad e Outros.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da 1ª Turma do STF, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em não conhecer do RE.
Brasília, 16 de novembro de 1993. (DJU 03.06.94)
MOREIRA ALVES - Presidente
SEPÚLVEDA PERTENCE - Relator
RELATÓRIO
Ministro SEPÚLVEDA PERTENCE: Cuida-se de embargos de terceiros opostos por promitentes compradores e possuidores de apartamentos penhorados em execução proposta por sociedade de crédito imobiliário contra a construtora e promitente vendedora, visando a livrar os imóveis da constrição judicial.
Alegaram os embargantes que efetivaram a transação com a construtora fora do SFH e que, embora quitados os apartamentos, a promitente vendedora, ainda que notificada a fazê-lo, não lhes
outorgara a escritura de compra e venda.
A sentença de primeiro grau julgou improcedentes os embargos: fundou-se na jurisprudência, incluída a do STF, que não admite oposição de embargos de terceiro à penhora, quando a promessa de compra e venda do imóvel não se achar inscrita e ressaltou que, no caso, a posse dos embargantes é posterior à constituição da hipoteca, de cuja existência foram expressamente cientificados ao contratar com a promitente vendedora (fls. 302/304).
O 1º TACSP deu provimento à apelação dos embargantes, para julgar procedente a demanda.
Foram rejeitados os embargos de declaração, que alegavam omissão do julgado com relação à norma do art. 1º da L. 5.741/71, que autoriza o credor hipotecário a promover a correspondente execução, e que houve desconstituição da decisão prolatada nos autos do executivo hipotecário, já passada em julgado, com ofensa do artigo 153, § 3º, da Carta de 1969; anotou o acórdão (fl. 405):
"(...) a decisão do executivo hipotecário jamais poderia passar em julgado em relação à matéria dos Embargos de Terceiro, posto que os autores não foram sequer partes naquela causa, estando o tema aqui proposto fora dos limites daquela lide e das questões l decididas (art. 468 do CPC)."
Donde o RE, a e d, com argüição de relevância, interposto ainda na vigência da ordem constitucional anterior, que alegou contrariedade a normas legais e constitucionais, além de dissídios com a Súmula 621.
Admitido pelo dissídio com a Súmula, subiu o recurso ao STF, juntamente com a argüição de relevância, esta rejeitada pelo Conselho em 07.12.88.
Sobrevindo a instalação do STJ e a conseqüente cessação da vigência do artigo 27, § 1º, ADCT, converteu-se, ipso jure, o RE originariamente interposto em RE, quanto à matéria constitucional, e recurso especial, quanto ao dissídio com a Súmula 621.
Na linha da decisão plenária do RE 118.451-5 (QO), DJ 05.05.89, determinei a remessa dos autos ao STJ, para o julgamento do recurso especial, com devolução posterior ao STF para o julgamento do extraordinário (fl. 529).
A 3ª Turma do STJ, relator Ministro GUEIROS LEITE, conheceu do recurso especial, mas lhe negou provimento, ficando o acórdão resumido nesta ementa (fl. 551):
"Posse imobiliária. Constrição executória. Embargos de terceiro. Requisito da boa-fé.
Pode manifestar embargos de terceiro o possuidor de boa-fé, qualquer que seja o direito em virtude do qual tenha a posse do bem penhorado ou por outro modo conscrito.
O titular de promessa de compra e venda, irrevogável e quitada, estando na posse do imóvel, pode opor-se à penhora deste mediante embargos de terceiro, em execução intentada contra o promitente vendedor, ainda que a promessa não esteja inscrita. Recurso conhecido e desprovido."
A decisão do STJ transitou em julgado, uma vez que o RE interposto foi indeferido (fls. 557/558), sem que o vencido tenha agravado (fl. 559).
Retornando os autos a esta Corte, opinou pelo PMF a il. Subprocuradora-Geral ANADYR RODRIGUES, que concluiu pelo não-conhecimento do RE, porque inexistente a ofensa à coisa julgada. É o relatório.
VOTO
Ministro SEPÚLVEDA PERTENCE (Relator): Preclusa a matéria do recurso especial, o que resta a examinar é apenas a alegação de ofensa à coisa julgada.
Dele cuidou o parecer da Procuradoria Geral, nos termos seguintes:
"O RE de fl. 430 se eleva ao plano constitucional apenas no bojo de seu seguinte tópico:
Ao sentenciar que o exercício dos direitos subjetivos encontra limite, não podendo ser exercidos como melhor pareça aos seus titulares, negando com isso o direito à ação inerente ao contrato de hipoteca, a Eg. Câmara entrou em testilha com os arts. 1º e 3º da L. 5.741/71, o primeiro por assegurar o executivo hipotecário para cobrança de crédito vinculado ao SFH e o segundo porque enquanto que ele determina que a penhora recaia sobre o imóvel hipotecado, o v. acórdão, contrariando-o frontalmente, não admite essa penhora. E divergiu do v. acórdão proferido no RE 91.858, RTJ 93/919.
(...)
E, já havendo decisão com trânsito em julgado (processo apenso), proferida na execução hipotecária, reconhecendo a propriedade da ação, não podia, sem ofensa à coisa julgada, e, portanto, ao direito assegurado pela CF (§ 3º do artigo 153), negar ao credor hipotecário o direito à execução do seu crédito.'
(...)
A consulta ao apenso processo de execução hipotecária, contudo, não permite encontrar-se alegada `...decisão com trânsito em julgado (processo apenso), proferida na execução hipotecária, reconhecendo a propriedade da ação...'. Sentença existe, mas no também apenso processo atinente aos Embargos de Devedor opostos por Construtora Elite Ltda. (fls. 27/30).
Ora, estes autos se originaram de Embargos de Terceiro - tendo como autores, por isso, Natalício Gomes Patriota e outros, pessoas estranhas à relação jurídica processual formada na execução hipotecária entre Bradesco S.A. - Crédito Imobiliário e Construtora Elite Ltda. (autos apensos da execução hipotecária) -, razão por que não se poderia entender, mesmo, que a sentença proferida na execução hipotecária pudesse estender sua eficácia a quem, pela própria natureza dos Embargos de Terceiro, deve ser, necessariamente, estranho à lide travada em tal processo de execução hipotecária.
É de se lembrar que o CPC assim estatui:
Art. 468. A sentença, que julgar total ou parcialmente a lide, tem força de lei nos limites da lide e das questões decididas.
Posta como está, a argüição de mácula à CF, pois, afigura-se inafastável a invocação da Súmula 284.
O parecer é, por conseguinte, de que o RE não comporta conhecimento."
Correto o parecer.
Na verdade, a sentença que julgou improcedentes os embargos da executada sequer trataram da admissibilidade ou não da execução hipotecária: cingiu-se a repelir preliminares atinentes à representação processual da exeqüente e, no mérito, a questões relativas à correção monetária e à multa.
De qualquer sorte, é manifesto que a eficácia subjetiva da coisa julgada em embargos do devedor não pode alcançar os autores de embargos de terceiro, que são terceiros exatamente porque não são partes na execução.
Desse modo, não conheço do RE: é o meu voto.
É cediço que o Embargante não é parte no processo, porém detém a posse, até então mansa e pacífica, paga mensalmente os valores atinentes ao financiamento, assim como o condomínio, ou seja, preenche todos os requisitos previstos em Lei, para a oposição dos Embargos, ainda que o domínio (art. 486, CC), seja alheio (§ 2º, art. 1.050, CPC).
O continuísmo da penhora no imóvel indicado à título de reforço pelo Embargado, demonstra-se ilegal e arbitrário, portanto, deve ser desconstituída, liberando da penhora o imóvel já mencionado, declarando, por via de sentença o ora Embargante mantendo e/ou restituindo-lhe a posse, visto que a mantém mansa e pacífica.
DOS PEDIDOS
Como demonstrado, o Embargante detém a posse, relativamente ao bem imóvel, ora penhorado, matriculado sob o n , junto ao Cartório de Registro de Imóveis de Barueri, requerendo sejam os presentes Embargos recebidos e acolhidos, para livrar o bem imóvel, já mencionado, da penhora, restituindo-lhe a posse e consequentemente declará-lo nela mantendo.
Ante ao exposto:
1) Requer, a citação do Embargado, já qualificado na exordial, por Oficial de Justiça, gozando das benesses do art. 172 e parágrafos, CPC, com fundamento no art. 100, IV, "b", do CPC, nos termos constantes da exordial, para, querendo, dentro do prazo legal, apresentem a defesa que lhe aprouver, sob as penas da Lei;
2) Sejam recebidos os presentes Embargos, para ao final julgá-los PROCEDENTE, na totalidade, condenando-se o Embargado, e eventualmente os denunciados à lide, em custas e despesas processuais, honorários advocatícios, e demais cominações de estilo;
3) Protesta e requer a produção de todas as provas em direito admitidas, depoimento pessoal do Embargado,
oitiva de testemunhas, juntada de documentos, perícias, vistorias, etc.
Termos em que, atribuindo-se a presente o valor inestimável de R$ 00000 (REAIS), com os inclusos documentos, numerados de 01 e 43, e, também contrafés, pede e espera deferimento.
NESTES TERMOS, 
PEDE DEFERIMENTO.
CIDADE, 00, MÊS, ANO
ADVOGADO
OAB Nº
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EXCELENTÍSSIMO Senhor DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ....... a VARA CÍVEL DO FORO .................... 
 
EMBARGOS DE TERCEIRO 
Autos de Processo no .............................. 
 
 
 
...................................................................………………………............ (nome completo), ......................................……………….......... (nacionalidade), ......……………..... (estado civil),..……………......... (profissão), portador da cédula de identidade RG no .......... e inscrito no CPF/MF sob no ...…………............, residente à ............ (endereço completo: rua [av.], no, complemento, bairro, cidade, CEP, UF), nos autos da presente ação de Embargos de Terceiro opostos por .......................……………............ (nome completo), .………......... (nacionalidade), ......……... (estado civil), ......... (profissão), portador da Cédula de Identidade RG. no ................, inscrito no CPF/MF sob no ............., residente e domiciliado à ..………………………………….......... (endereço completo: rua [av.], no, complemento, bairro, cidade, CEP, UF), por seu Advogado e procurador abaixo assinado, vem respeitosamente apresentar sua 
 
 
IMPUGNAÇÃO AOS EMBARGOS DE TERCEIRO
 
Apesar de muito confusa a peça exordial e sem qualquer fundamento jurídico, procurará a Embargada expor os fatos e impugnar os Embargos da forma mais simples e clara possível. 
 
 
I. PRELIMINARMENTE 
 
A REALIDADE DOS FATOS 
 
Data venia, o Embargante omite fatos importantíssimos para o deslinde da causa, distorce a verdade e deixa também de juntar documentos indispensáveis à comprovação do que alega. Por isso, passa a Embargada a relatar os fatos efetivamente ocorridos. 
 
A Embargada ajuizou ação de execução em face de ............. (nome completo) e sua mulher ............... (nome completo), ambos ............ (relatar os fatos de estarem os embargantes sofrendo ação judicial (docs.... ). 
 
Agora, vem o Embargante, único herdeiro e representante do Espólio executado, apresentar Embargos de Terceiro, alegando uma série de inverdades que serão uma a uma rechaçadas. 
 
 
ILEGITIMIDADE DE PARTE 
O Embargante não tem legitimidade para opor embargos de terceiro, uma vez que não é terceiro em relação ........................... (discorrer os motivos da ilegitimidade assim como mencionar jurisprudência aplicável). 
 
FALTA DE INTERESSE DE AGIR 
Os embargos de terceiro são ação outorgada ao terceiro para que possa livrar, de apreensão judicial, coisas integradas em seu patrimônio. 
 
No presente caso, o Embargante não está sofrendo constrição judicial patrimonial. 
 
Isso porque pretende o Embargante discutir matéria a ser aventada em Embargos à Execução e já decidida pela sentença. Essas questões interessam diretamente aos devedores e não a quem se intitula terceiro. 
 
Pelo exposto, falta interesse de agir, ao Embargante, para apresentar os embargos visto não ser terceiro que sofre constrição em seu patrimônio no processo executivo, nos termos do art. 674 do Novo Código de Processo Civil, e por trazer à discussão matérias que interessam exclusivamente ao devedor em embargos à execução. 
 
PRESTAÇÃO DE CAUÇÃO 
O Embargante pleiteia a desconstituição da penhora, sem, todavia, prestar caução, em total afronta ao art. 678 do Novo Código de Processo Civil, devendo ser cassada a liminar imediatamente para que a execução prossiga com a avaliação e praceamento da totalidade do bem penhorado. 
 
Por todas as preliminares argüidas, o processo deve ser extinto sem julgamento do mérito, nos termos do art. 485 do Novo Código de Processo Civil, e cassada imediatamente a liminar concedida. 
 
II. NO MÉRITO 
1. 
Os fatos em que se fundam a presente ação não têm o condão de excluir o direito da Embargada de ter seu crédito satisfeito e levar à praça o imóvel penhorado na sua totalidade, eis que nenhuma irregularidade existe nos processos de execução e embargos à execução. 
 
A executada e o ora Embargante apresentaram embargos à execução (doc. ..........), julgados totalmente improcedentes (doc.......). 
 
Conforme acima já dito, evidentemente o Embargante é parte legítima para figurar no pólo ativo dos embargos à execução, pois foi regularmente citado e responsável pelo pagamento da dívida. 
 
Dessa forma, perfeitamente válida é a sentença proferida por este MM. Juízo na ação de embargos à execução. 
 
2. 
Para o cabimento dos embargos de terceiro é necessário que a posse seja de terceiro e que essa ostente o poder de impedir a alienação do bem, o que não é o caso dos autos. 
 
Dessa forma, é manifesta a improcedência destes embargos e, apesar disso, impugnará a Embargada todas as alegações em atenção aos princípios da eventualidade e do ônus da impugnação especificada (impugnar todos os pontos apontados nos embargos). 
 
3. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ 
Fica a Embargada estarrecida com os pedidos absurdos do Embargante, todos deduzidos contra texto expresso de lei ou fatos incontroversos já decididos por embargos à execução. 
 
Por todos esses motivos, vê-se claramente que o Embargante age com deslealdade processual, tenta obstruir a justiça e a satisfação do direito da Embargada, o que constitui ato de litigância de má-fé, nos termos dos artigos 77 e 80, do Novo Código de Processo Civil. 
 
Quando a Constituição Federal permite a amplitude de defesa e o direito ao contraditório, não enseja que sejam omitidos fatos importantes ou distorcida a verdade ou ainda que se produza incidente manifestamente infundado ou meramente protelatório, sem qualquer fundamento técnico-jurídico, servindo o processo como meio de perpetuação do injusto. 
 
Entende a jurisprudência, em casos análogos, que atitudes deste quilate se configura como litigância de má-fé: 
 
O Embargante altera a verdade dos fatos, deduz pretensão contra texto expresso de lei e contrato ou questões já julgadas, age de modo temerário ao ajuizar ação sem efetiva sustentação fática e jurídica, opõe resistência injustificada ao andamento da execução e procura usar o processo para conseguir objetivo ilegal, atitudes que devem ser mais do que desestimuladas, mas sim repreendidas pelos órgãos jurisdicionais, uma que atentam contra a dignidade da Justiça. 
 
Não se trata apenas de uso incorreto do instrumento processual. O Embargante sabe que não tem direito e continua com essa aventura jurídica, opondo resistência injustificada à satisfação do direito da Embargada. 
 
Pelo exposto, deve o Embargante ser condenado a pagar indenização à Embargada de 20% sobre o valor da execução. 
 
POSTO ISSO, se antes já não tiver sido extinto o processo pelas preliminares argüidas, requer se digne Vossa Excelência julgar totalmente improcedente a presente ação e condenando-se o Embargante no pagamento das custas e despesas do processo, bem como honorários advocatícios na base de 20% e multa de 20% por litigância de má-fé. 
Requer provar o alegado por todos os meios de prova em direito permitidos, especialmente pelo depoimento pessoal do Embargante sob pena de confissão, juntada presente e futura de documentos, inquirição de testemunhas, perícias, vistorias, expedição de Ofícios e Cartas Precatórias e tudo mais que se fizer necessário para o bom e fiel andamento do feito. 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento.
.................., .... de ................ de ............ 
(local e Data) 
 
 
 .............................................................. 
 Advogado (nome) 
 OAB no ................ 
 
[KIT] Modelos de Embargos Novo CPC/EMBARGOS DE TERCEIRO.doc
EXCELENTÍSSIMO Senhor DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA___VARA CÍVEL DA COMARCA DE XXXXXX – XXXXX.
Distribuição p/ dependência ao Processo nº (...) – execução.
(...), vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, por seus advogados (documento 1) opor em face do (...), os presentes
Embargos de terceiro	
o que faz com supedâneo no art. 674 e seguintes do Código de Processo Civil, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos:
Resumo:
Objeto: Imóvel objeto da matrícula nº (...), junto ao (...) ofício de Registro de Imóveis da Capital – SP.
Embargante: (...)
Embargado: (...)
�
Data da aquisição do objeto dos embargos: (...) (fls. ... da execução e documento 4 destes embargos)
Data do contrato que gerou a ação de execução: (...) (documento 06 da execução)
Data do aforamento da execução: (...)
Data da constrição judicial: (...) (fls. ..., da execução)
Fundamentos dos embargos: ausência de requisitos da fraude à execução do art. 792, IV, do Código de Processo Civil, vez que:
a alienação foi levada a efeito por devedor solvente (documento 5 – bem livre e suficiente em nome do executado);
não há anterioridade do crédito em relação à alienação ocorrida em (...);
conseguintemente não houve consilium fraude.
– Fatos
O Embargante, de boa-fé, empregando as economias de uma vida de trabalho honesto, através de Escritura Pública lavrada no dia (...), adquiriu de (...), para sua residência, o imóvel localizado na (...) (documento 2), tomando todas as cautelas e extraindo todas as certidões.
Ao tentar registrar a escritura junto ao (...) oficial de Registro de Imóveis, tomou conhecimento de que o imóvel fora penhorado (documento 3) nos autos da ação de execução por quantia certa, Processo nº (...), aforada no dia (...) pelo Banco (...) em face de (...), que se processa perante essa MM. Juízo e R. Cartório.
Entretanto, o embargante é legítimo possuidor do imóvel adquirido de (...) que, por sua vez, são sucessores de (...), que adquiriu o imóvel de (...) por Instrumento Particular de Compromisso de Compra e Venda firmado em (...) (documento 4).
Sendo assim, a escritura outorgada pelo executado (...) em (...) e registrada em (...) do mesmo ano (R... da matrícula – documento 5), deu cumprimento, justamente, ao compromisso de compra e venda (documento 4), Datado de (...).
Cumpre esclarecer a Vossa Excelência que a penhora só foi
deferida por esse MM. Juízo em face das informações prestadas pelo exequente que, através da petição inicial, mencionou o imóvel objeto dos presentes embargos em nome do executado, acorde com o auto de penhora (fls... da execução).
Portanto, a penhora foi efetivada em cumprimento ao mandado, bem como determinada a averbação de ineficácia da alienação de (...) (Av. 9 da matrícula), em (...) (documento 5) sem levar em conta a Data do compromisso de compra e venda que deu origem à escritura desse negócio, até porque Vossa Excelência não conhecia esse documento.
Em suma:
(...) prometeu vender o imóvel a (...) em (...) (documento 4);
O débito do executado (...) encontra sua origem em (...), tendo sido aforada a execução apenas em (...) e registrada a penhora em (...).
Consequentemente, seja sob a ótica da Data da execução (...), seja sob a ótica da Data do contrato, que deu origem à execução (...), é possível verificar que o crédito do embargado foi constituído quase (...) anos depois da aquisição, da transmissão da posse e da assinatura do Compromisso de Compra e Venda do imóvel objeto dos presentes embargos (...).
Oportuno ainda mencionar que o executado se insurgiu contra a penhora durante toda a execução na exata medida em que sabia que já havia negociado o imóvel (fls... dos embargos à execução).
Em consonância, o ora embargante tentou, diversas vezes, demover o embargado de seu intento, lembrando que o imóvel penhorado não mais pertencia ao executado há muito tempo, logrando, ainda, localizar outros imóveis em nome do executado para que fosse substituída a penhora (documento 6). Esses imóveis, embora penhorados por outras dívidas do executado, possuem valor bem superior aos créditos que visam garantir.
Mesmo assim, entre os imóveis localizados pelo embargante em nome do executado consta, como já constava na Data do contrato de abertura de crédito e na Data do aforamento da execução, um imóvel livre e desembaraçado, cuja transcrição nº (...), junto ao (...)º oficial de
Registro de Imóveis segue anexa (documento 7).
Ocorre que mesmo diante da ausência de fraude sobejamente demonstrada nas linhas precedentes, quer pela ausência da anterioridade do crédito, quer pela ausência de insolvência do executado, o embargado preferiu fazer ouvidos moucos e manter a penhora, causando compreensível aflição ao embargante que adquiriu o imóvel com o produto de uma vida de trabalho honesto.
É forçoso concluir, como se prova por intermédio dos documentos anexos, que o bem penhorado foi adquirido anteriormente ao direito do embargado e, também, por conseguinte, à própria ação e à constrição determinada por esse MM. juízo, sem contar a existência de outros bens do executado passíveis de constrição.
Portanto, comprovados se acham, documentalmente, a propriedade, a posse e o ato de constrição judicial.
A violência sofrida pela Embargante é evidente, razão por que não participa, em hipótese alguma, da ação de execução do embargado, sendo cabível, portanto, os presentes embargos para excluir o bem da penhora.
– Direito
É princípio geral de direito que a penhora deva recair tão somente em bens do executado, ou seja, daquele contra quem a sentença ou obrigação é exequível, devendo ser respeitado, portanto, o direito de propriedade ou posse de outrem.
Em consonância com o acatado, o art. 674 e seguintes, do Código de Processo Civil, defere tutela através dos Embargos de Terceiro àquele que, não sendo parte no processo, sofre turbação ou esbulho na posse de seus bens por ato de apreensão judicial.
Compromisso de compra e venda e embargos de terceiro
No caso em tela, a aquisição, bem anterior à execução (...), se deu por compromisso de compra e venda (documento 4).
Nesse sentido, poder-se-ia redarguir que o compromisso de compra venda sem registro não empresta supedâneo aos embargos de terceiro.
Não é assim.
A teor do que dispõe a Súmula 84 do STJ, o direito pessoal, representado pela promessa de compra e venda sem registro, pode ser contraposto, com sucesso, a outro direito pessoal que lhe seja posterior, como é o caso do crédito do embargado.
É verdade que não eram admitidos embargos de terceiro no caso de promessa de compra e venda sem registro (Súmula 621 do STF), mesmo em face de outro direito pessoal que ensejava a penhora.
Entrementes, a distorção foi corrigida pelo Superior Tribunal de Justiça a partir de sua criação:
“Processual civil – embargos de terceiro – contrato de promessa de compra e venda não inscrito no registro de imóvel – posse – penhora – execução – (...) I – Inexistente fraude, encontrando-se os recorridos na posse mansa e pacífica do imóvel, estão legitimados na qualidade de possuidores a opor embargos de terceiro, com base em contrato de compra e venda não inscrito no registro de imóvel, para pleitear a exclusão do bem objeto da penhora no processo de execução, onde não eram parte, (...)– precedentes do Superior Tribunal de Justiça. II – Recurso conhecido pela letra “c”, do permissivo constitucional, a qual se nega provimento” (Processo nº 00019319-6/004 – Recurso Especial – Origem: Taubaté – 3ª Turma – julgamento: 19.05.1992 – relator: Min.
Waldemar Zveiter – decisão: unânime).
“Processual Civil. Embargos de Terceiro. A jurisprudência de ambas as Turmas componentes da Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça, afastando a restrição imposta pelo Enunciado da Súmula nº 621/STF, norteou-se no sentido de admitir o processamento de ação de embargos de terceiro fundado em compromisso de compra e venda desprovido de registro imobiliário (REsp. nº 662, rel. Ministro Waldemar Zveiter; REsp. nº 866, rel. Ministro Eduardo Ribeiro; REsp. nº 633, rel. Ministro Sálvio de Figueiredo; REsp. nº 696, rel. Ministro Fontes de Alencar; REsp. nos 188 e 247, de que fui Relator)” (Recurso Especial nº 8.900.097.644 – Decisão: por unanimidade, conhecer do recurso, mas negar-lhe provimento – 4ª Turma – Relator: Ministro Bueno de Souza – DJ de 06.08.1990, p. 7.337; RSTJ, vol. 10, p. 314; RSTJ, vol. 49, p. 330).
“Processual civil. Embargos de terceiro. Execução fiscal. Fraude. Contrato de promessa de compra e venda. Terceiro de boa-fé.
Precedentes. Não há fraude à execução quando no momento do compromisso particular não existia a constrição, merecendo ser protegido o direito pessoal dos promissários-compradores. Há de se prestigiar o terceiro possuidor e adquirente de boa-fé quando a penhora recair sobre imóvel objeto de execução não mais pertencente ao devedor, uma vez que houve a transferência, embora sem o rigor formal exigido. Na esteira de precedentes da Corte, os embargos de terceiro podem ser opostos ainda que o compromisso particular não esteja devidamente registrado. Recurso Especial conhecido, porém, improvido” (Recurso Especial nº 173.417/MG – decisão: por unanimidade, negar provimento ao recurso – Data da decisão: 20.08.1998 – 1ª Turma – Relator: Ministro José Delgado – DJ de 26.10.1998, p. 43).
Requisitos da fraude à execução
O art. 792 do Código de Processo Civil determina os requisitos da fraude à execução:
“Art. 792. A alienação ou a oneração de bem é considerada fraude à execução: (...)
IV – quando, ao tempo da alienação ou oneração, tramitava contra o devedor ação capaz de reduzi-lo à insolvência;”
O Superior Tribunal de Justiça traz lapidar e esclarecedor acórdão:
“Processual Civil. Fraude a execução. Art. 593, II, do Código de Processo Civil. Inocorrência. Impugnação ao valor da causa. Agravo. Reexame de prova. Ausência de prequestionamento. Divergência não configurada. Quando não se trata, como no caso, de notória divergência, a simples citação de ementa é insuficiente para caracterização do dissídio jurisprudencial. Para que se tenha como de fraude a execução à alienação de bens, de que trata o inc. II do art. 593 do Código de Processo Civil, [atual art. 792, IV] é necessária a presença concomitante dos seguintes elementos:
que a ação já tenha sido aforada;
que o adquirente saiba da existência da ação ou por já constar no cartório imobiliário algum registro dando conta de sua existência (presunção “juris et de jure” contra o adquirente), ou porque o exequente, por outros meios, provou que do aforamento da ação o adquirente tinha ciência; e
que a alienação ou a oneração dos bens seja capaz de reduzir o devedor a insolvência, militando em favor do exequente a presunção “juris tantum”. Inocorrente, na hipótese, o segundo elemento supraindicado, não se configurou a fraude à execução. Entendimento contrário geraria intranquilidade nos atos negociais, conspiraria contra o comércio jurídico, e atingiria a confiabilidade nos registros públicos. “A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial” (Súmula nº 7/STJ) “é admissível a oposição de embargos de terceiro fundados na alegação de posse advinda de compromisso de compra e venda de imóvel, ainda que desprovida do registro” (Súmula nº 84/STJ). Falta de prequestionamento. É cabível o agravo retido para atacar decisão na impugnação ao valor da causa. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa parte, provido” (Recurso Especial nº 41.128/SP (9300328760) – 4ª Turma – Relator: Ministro César Asfor Rocha – decisão: por unanimidade, conhecer em parte do recurso e, nessa parte, dar lhe provimento – Data da decisão: 17.02.1998 – DJ de 18.05.1998, p. 100).
Portanto, de acordo com o STJ, são três os requisitos básicos da fraude à execução, sendo que a ausência de qualquer deles a descaracteriza:
insolvência do executado (eventus damni);
anterioridade do crédito;
conhecimento da ação pelo adquirente em razão do registro da penhora.
No caso em tela, nenhum desses requisitos está presente. Vejamos: b.1) Devedor executado solvente – ausência do eventus damni
No caso vertente a ação não era suficiente para reduzir o devedor à insolvência, inexistindo, por via de consequência, o eventus damni.
O devedor é proprietário de outros imóveis, inclusive um livre e desembaraçado de ônus, titularidade essa anterior à Data da execução e do crédito (documentos 6 e 7).
Demonstrou o Superior Tribunal de Justiça que é absolutamente imprescindível eventus damni para que se configure a fraude à execução.
É no mesmo sentido a lição de Antonio Cláudio da Costa Machado:
“Fraude de execução (ou à execução) é todo e qualquer ato praticado pelo devedor (simulado ou não), com ou sem intenção enganosa, que produza como efeito a subtração de bens particularizados que devam ser entregues ao credor ou a subtração não particularizada que gere a sua insolvência.”38
Não de forma diferente, com a costumeira clareza, Silvio Rodrigues:
“Note-se, porém, que a fraude contra credores só se caracteriza quando for insolvente o devedor, ou se tratar de pessoa que, através de atos malsinados, venha a se tornar insolvente, porque, enquanto solvente o devedor, ampla é a sua liberdade de dispor de seus bens, pois a prerrogativa de aliená-los é elementar do direito de propriedade.”39
Crédito posterior à alienação – ausência de anterioridade do crédito
A par da solvência do executado, não restam dúvidas quanto à inexistência da ação ao tempo da alienação, inexistindo, assim, o requisito da anterioridade do crédito para configuração da fraude à execução.
A alienação original é Datada de (...) (documento 4) e a ação, bem como o crédito do exequente, de (...) e de (...), respectivamente.
Inexistência de registro da penhora na Data da alienação – boa-
fé
Se não bastassem esses elementos, verifica-se, ainda, que o
embargante estava de boa-fé, não sabia da existência da ação, até em razão de o registro da penhora somente ter sido verificado após a aquisição, bastando, para tanto, verificar as Datas da escritura que lhe foi outorgada e do registro da penhora na matrícula. Nesse sentido, a certidão extraída na Data do negócio, bem como as certidões negativas em nome do vendedor (documento 8).
Nesse sentido:
“Súmula 375/STJ: O reconhecimento da fraude à execução depende do registro da penhora do bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente. 18.03.2009, De 30.03.2009.”
Concluindo, Excelência, a teor do art. 792, IV, do Código de Processo Civil, é possível afirmar com segurança jurídica que não existe fraude à execução na exata medida em que estão ausentes todos os seus requisitos, nada obstante a suficiência da ausência de apenas um para descaracterizar a fraude.
É a pura aplicação da lei.
– Pedido
Provados de forma incontestável os fatos alegados, especialmente a qualidade de terceiro, a propriedade, a posse indireta e o ilegal ato de apreensão judicial, requer o Embargante digne-se Vossa Excelência, sejam julgados procedentes os presentes Embargos, declarando-se insubsistente a penhora e a ineficácia da transmissão que recaem sobre o imóvel objeto da matrícula nº (...) (Av...,.e R....) junto ao (...) oficial de Registro de Imóveis da (...), com o seu respectivo levantamento e cancelamento de eventual hasta pública.
Requer-se, ainda, a condenação do Embargado
em custas e verba honorária.
– Citação
Requer-se a expedição do competente mandado de citação do embargado, para, querendo, responder no prazo legal, sob pena de confissão e efeitos da revelia, devendo a ordem ser expedida pelo correio (Código de Processo Civil, arts. 246, I, 247 e 248).
Ou, havendo procurador do embargado constituído nos autos da ação que gerou a constrição:
Requer-se a citação do embargado através do seu patrono constituído nos autos (fls...), nos termos do art. 677, § 3º, do Código de Processo Civil, para, querendo, responder no prazo legal, sob pena de confissão e efeitos da revelia.
– Audiência de Conciliação
Nos termos do art. 334, § 5º, do Código de Processo Civil, o autor desde já manifesta, pela natureza do litígio, desinteresse em autocomposição.
Ou
Tendo em vista a natureza do direito e demonstrando espírito conciliador, a par das inúmeras tentativas de resolver amigavelmente a questão, o autor desde já, nos termos do art. 334 do Código de Processo Civil, manifesta interesse em autocomposição, aguardando a designação de audiência de conciliação.
– Provas
O embargante protesta por provar o alegado através de todos os meios de prova em direito admitidos, em especial pela produção de prova documental, testemunhal, pericial e inspeção judicial, além da juntada de novos documentos e demais meios que se fizerem necessários.
No caso de Vossa Excelência entender por bem designar audiência de justificação da posse, acorde com o art. 677, § 1º, do Código de Processo Civil, requer o depoimento pessoal do Embargado, sob pena de, não comparecendo, ser-lhe imposta a pena de confissão e, nesse caso, de acordo com o art. 677, do Código de Processo Civil, a Embargante arrola as testemunhas cujo rol segue abaixo, requerendo, desde já, sejam as mesmas intimadas pessoalmente.
a) (...)
b) (...)
– Valor da causa
Dá-se à causa o valor de R$ (...), para os efeitos fiscais.
Termos em que, requerendo seja a presente ação distribuída por dependência aos autos do processo n. (...),
Pede deferimento. Data
Advogado (OAB)
[KIT] Modelos de Embargos Novo CPC/PEDIDO - PARCELAMENTO DA EXECUÇÃO - EMBARGOS À EXECUÇÃO - NOVO CPC.doc
PEDIDO - PARCELAMENTO DA EXECUÇÃO - EMBARGOS À EXECUÇÃO - NOVO CPC
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ____________ DA COMARCA DE __________________ - ___
Pular 10 linhas
__________, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem, por meio de seu advogado, perante Vossa Excelência, com fulcro no art. 916 do CPC/2015, informar que efetuou o depósito judicial de 30% (trinta por cento) do valor da execução, acrescido de custas e honorários de advogado.
Requer que o restante do débito seja parcelado em 5 parcelas de R$ _______,__ (___________ reais), com vencimento dia __ de cada mês, começando pelo mês de __________.
Pede que o Exequente seja intimado para se manifestar sobre o presente pedido, após deferido totalmente o que pede o Executado, expedindo-se alvará para o levantamento do valor já depositado.
Nestes termos,
Pede deferimento.
[Local] [data]
__________________________________
[Nome Advogado] - [OAB] [UF].
[KIT] Modelos de Embargos Novo CPC/MODELO DE EMBARGOS A PEDIDO DE INSOLVÊNCIA.doc
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 00º VARA CÍVEL DA COMARCA DE CIDADE-UF
Processo nº: 0000000
NOME DA EMPRESA, empresa privada com sede na AVENIDA TAL, nº 00000, nesta capital, CGC 00000000-0000/0000, por seu procurador (doc. 1), com endereço profissional na RUA TAL, nº 00000, também nesta
cidade, vem perante esse Juízo interpor
EMBARGOS À AÇÃO DE INSOLVÊNCIA
contra Banco de TAL S.A., qualificado no processo referido, pelo que passa a expor, e, ao final, requer:
Nos autos citados, foi pedida, pelo embargado, a insolvência financeira do embargante, em razão do inadimplemento de dívida no valor de R$ 3.000,00, com a alegação de que não possuia condições para o pagamento e inexistiam bens disponíveis para garantia do Juízo em processo de execução.
Prova o embargante, com os documentos que anexa (docs. 03 à 15), que possui diversos bens imóveis e móveis, relacionados também em anexo, que alcançam, hoje, aproximadamente, R$ 78.000,00.
As dívidas existentes na praça, que não nega, sequer alcançam a metade de seu patrimônio livre e desembaraçado, e só existem por uma questão momentânea de liquidez.
Errou o embargado em seu pedido, que não se sustenta na realidade, faltando ao requerido, o esgotamento das diligências necessárias ao ingresso de sua pretensão.
REQUER assim que seja acolhidos os embargos e rejeitada a ação de declaração de insolvência, por conseqüência.
REQUER seja o embargado condenado ao pagamento das custas e honorários advocatícios.
Protesta por todos os meios de prova e dá, à causa, o valor de R$ 3.000,00.
CIDADE, 00, MÊS, ANO
ADVOGADO
OAB Nº
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[KIT] Modelos de Embargos Novo CPC/EXECUÇÃO NA AÇÃO MONITÓRIA QUANDO FOREM OPOSTOS EMBARGOS - NOVO CPC.doc
EXECUÇÃO NA AÇÃO MONITÓRIA QUANDO FOREM OPOSTOS EMBARGOS - NOVO CPC
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ____________ DA COMARCA DE __________________ - ___
Pular 10 linhas
Autos do processo nº
(espaço de 05 linhas)
Nome completo do requerente, já quali??cado, por meio de seu advogado infra-assinado, nos autos da AÇÃO MONITÓRIA, de número em epígrafe, que move em face de Nome completo do requerido, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, nos termos do art. 702, parágrafo 8º, do Código de Processo Civil, requerer o presente CUMPRIMENTO DE SENTENÇA, pelos seguintes fatos e fundamentos:
1. Proposta ação monitória pelo exequente, foram os embargos rejeitados por sentença transitada em julgado, constituindo-se em favor do mesmo, um título executivo judicial.
2. Conforme demonstrativo em anexo, o crédito do exequente é de valor em reais.
Ante o exposto, requer-se a intimação do executado, para pagar tal quantia, acrescida de custas processuais e honorários advocatícios, em 15 (quinze) dias, sob pena de ser acrescida de multa de 10% sobre o valor do débito e, também, de honorários advocatícios de 10%, nos termos do art. 523, parágrafo 1º, do CPC.
Nestes termos,
Pede deferimento.
[Local] [data]
__________________________________
[Nome Advogado] - [OAB] [UF].
[KIT] Modelos de Embargos Novo CPC/PEDIDO - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - INADMISSIBILIDADE - NOVO CPC.doc
PEDIDO - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - INADMISSIBILIDADE - NOVO CPC
EXMO. SR. DESEMBARGADOR RELATOR DA APELAÇÃO CÍVEL Nº __________ DA COMARCA DE __________/UF
__________, já qualificado no processo em epígrafe, vem, por meio de seu advogado, perante Vossa Excelência, com fulcro no art. 1.026, § 4º, do CPC/2015, requerer que os embargos de declaração opostos por __________ não sejam admitidos, uma vez que esses foram considerados protelatórios.
Nestes termos,
Pede deferimento.
[Local] [data]
__________________________________
[Nome Advogado] - [OAB] [UF].
[KIT] Modelos de Embargos Novo CPC/RÉPLICA - EMBARGOS DE TERCEIRO - ANULAÇÃO DA PENHORA - NOVO CPC.doc
RÉPLICA - EMBARGOS DE TERCEIRO - ANULAÇÃO DA PENHORA - NOVO CPC
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ____________ DA COMARCA DE __________________ - ___
Pular 10 linhas
____________ Ltda., já qualificada, nos autos da Ação de Embargos de Terceiro, feito nº ____________, movido contra ____________, igualmente qualificada, por seu procurador firmatário, vem, respeitosamente à presença de V. Exª, apresentar RÉPLICA à contestação, com fulcro no art. 350 do CPC/2015, pelos fatos e fundamentos a
seguir aduzidos. 
1. Ao analisarmos a peça de contestação verificamos a confissão da Embargada ao reconhecer seu ato falho. 
2. Aduz às fls. ___ que:
"Constatado o registro do veículo em discussão em nome do executado ____________, não desconhecendo a existência do gravame, a embargada requereu a penhora do bem para resguardo dos direitos. Isto porque a alienação poderia, com a adimplemento do contrato deixar de existir, tornando-se o bem apto para a venda judicial". 
Prossegue:
"Contudo, tendo a embargada conhecimento do gravame, não deu sequência ao processo expropriatório do veículo, até por imposição legal, requerendo somente fosse averbada a constrição judicial, para garantia de seu crédito, caso o veículo viesse a ser desalienado, o que é perfeitamente possível - a qualquer tempo - com o pagamento da dívida por parte do confitente à embargante, como já dito. "
3. De posse de todas estas informações, ainda assim, insistiu em requerer a penhora sobre o bem. 
4. Data máxima vênia, procedimento totalmente equivocado, eis que o veículo penhorado não pertence ao patrimônio do executado, mas sim ao patrimônio da Embargante. 
5. Diante disto, a penhora somente poderia ter recaído sobre os direitos do Executado perante a Embargante, oriundos do contrato de particular de confissão de dívida garantido por alienação fiduciária juntado às fls. ___. 
6. Desta forma, a constrição judicial mostra-se equivocada e outra razão não há senão sua anulação de pleno direito. 
7. Não satisfeita com a penhora, a Embargada promoveu sua averbação junto ao registro do veículo. Ato violento, contra o direito de propriedade da Embargante, e contrário à lei. 
8. Este inclusive, é o pensamento da remansosa jurisprudência pátria verificado claramente nos arestos abaixo citados:
EMBARGOS DE TERCEIRO. EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA. BEM ALIENADO FIDUCIARIAMENTE. 1. O bem objeto de contrato de alienação fiduciária não pode se sujeitar à penhora, pois não integra o patrimônio do executado/devedor fiduciante e, sim, da instituição financeira que não é parte na relação processual (execução), contudo a constrição pode incidir sobre os direitos do devedor fiduciante, no caso, as parcelas pagas dos veículos. 2. Remessa oficial parcialmente provida. (Remessa Ex Officio em Ação Cível nº 2005.04.01.050157-3/SC, 1ª Turma do TRF da 4ª Região, Rel. Marcos Roberto Araújo dos Santos. J. 04.03.2009, unânime, DE 10.03.2009). 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. PENHORA DE DIREITOS AQUISITIVOS SOBRE VEÍCULO. POSSIBILIDADE. O bem alienado fiduciariamente não pode ser objeto de penhora, uma vez que o devedor é apenas possuidor da coisa, mas os direitos aquisitivos decorrentes do contrato (parcelas pagas do financiamento) podem sofrer constrição. Recurso provido. (Processo nº 2010.00.2.002744-5 (416283), 6ª Turma Cível do TJDFT, Rel. Otávio Augusto. Unânime, Dje 15.04.2010). 
EMBARGOS DE DEVEDOR - SUSPEIÇÃO - REQUISITOS - BEM ALIENADO FIDUCIARIAMENTE - ENSINO EDUCACIONAL - CDC - APLICABILIDADE. As hipóteses elencadas [...], segundo orientação jurisprudencial, são taxativas, e, necessitam ser arguidas na primeira oportunidade em a parte interessada tiver para falar nos autos, devendo ser suscitada através de exceção e ser processada em autos apartados. É impossível a penhora sobre bem que contém o gravame da alienação fiduciária em garantia, por não constituir bem certo e individualizado do patrimônio do devedor, podendo a constrição judicial recair sobre o crédito oriundo do contrato. A entidade que firma contrato de prestação de ensino educacional enquadra-se no conceito de fornecedor, ficando, assim, sujeita às normas preconizadas no Código de Defesa do Consumidor, dentre elas a da limitação da multa moratória em 2%. (Apelação Cível nº 1.0024.06.198554-5/001(1), 15ª Câmara Cível do TJMG, Rel. José Affonso da Costa Côrtes. J. 04.06.2009, unânime, Publ. 01.07.2009). 
(Grifos nossos)
9. Diante da contestação da Embargada, comprovado está seu reconhecimento integral aos termos dos presentes Embargos, não restando outra decisão a ser tomada senão o julgamento totalmente procedente com a consequente anulação da penhora. 
DIANTE DO EXPOSTO, reiterando os termos expendidos na peça inicial, REQUER o julgamento totalmente procedente dos presentes embargos, pugnando pela anulação da penhora e a sua consequente baixa do registro junto ao Detran da restrição, condenando-se, ainda, a embargante, aos ônus sucumbenciais. 
Nestes termos,
Pede deferimento.
[Local] [data]
__________________________________
[Nome Advogado] - [OAB] [UF].
[KIT] Modelos de Embargos Novo CPC/EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA - EMBARGOS - NOVO CPC.doc
EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA - EMBARGOS - NOVO CPC
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ____________ DA COMARCA DE __________________ - ___
Pular 10 linhas
__________, CNPJ nº ___________, com sede na Rua _________, nº ___, Bairro __________, nesta cidade, representada pelo Procurador-Geral do Município, vem, perante Vossa Excelência, com fulcro no art. 910 do CPC/2015, propor os presentes EMBARGOS, pelos fatos que passa a expor:
(expor os fatos e fundamentos dos embargos, alegando qualquer matéria que seria lícita deduzir como defesa no processo de conhecimento, art. 910, § 2º, do CPC/2015).
ANTE O EXPOSTO, requer-se que os embargos sejam julgados totalmente procedentes, condenando-se o Exequente aos efeitos da sucumbência.
Almeja-se provar o alegado por todos os meio admitidos pelo direito
Atribui-se à causa o valor de R$ _____,__ (__________ reais).
Nestes termos,
Pede deferimento.
[Local] [data]
__________________________________
[Nome Advogado] - [OAB] [UF].
[KIT] Modelos de Embargos Novo CPC/EMBARGOS À EXECUÇÃO - NOVO CPC.doc
EMBARGOS À EXECUÇÃO - NOVO CPC
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ____________ DA COMARCA DE __________________ - ___
Distribuição por dependência à execução de título extrajudicial n (...).
(...), por seus advogados subscritores, conforme instrumento de mandato anexo (documento 1), vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, opor em face de (...) os presentes
Embargos à execução, com pedido de efeito suspensivo (art. 919, § 1º, do CPC)
o que faz com fundamento nos arts. 914 e seguintes do Código de Processo Civil e pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.
O subscritor instrui os presentes embargos com a cópia integral execução que se embarga (documento 2), declarando-as autênticas nos termos do § 1º do art. 914 do CPC.
Insta esclarecer que, ao ser citada na pessoa de seu sócio, o Sr. oficial de justiça o intimou para oferecer bem à penhora, o que foi prontamente atendido.
Segue assim a descrição do imóvel indicado, de propriedade do executado e cuja matrícula se anexa (documento 3): (...)
I – Exequente carecedor de título
Preliminarmente, cumpre informar que esta execução deveria ter sua inicial indeferida de pronto (art. 485, I, do CPC), tendo em vista que o pleito para cobrança de comissão de corretagem não comporta execução de título extrajudicial, mas ação ordinária de cobrança.
Outrossim, o embargado se pauta em “instrumento particular de contrato de compromisso de compra e venda” do qual não fez parte (fls....da execução – documento 2).
Ora, o instrumento que supostamente empresta suporte à vertente execução se-quer teve o embargado como parte, mas, apenas, como anuente, faltando ao exe-quente, por esta razão, título passível de execução.
De mais a mais, tratando-se de contrato bilateral e não demonstrado o cumpri-mento da obrigação nele contida, data maxima venia, carece a vertente execução de título executivo extrajudicial.
Ainda que o embargado se funde na letra inciso II do art. 784 do CPC, a cobrança de comissão de corretagem não encontra suporte em título de obrigação líquida, certa e exigível, afrontando, assim, o art. 786 do CPC.
Demais disso, o embargado não fez prova do cumprimento das suas obrigações na suposta qualidade

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