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Jacques Lacan

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� PAGE \* MERGEFORMAT �2�
FACULDADE SÃO LUIZ
Bruno Garcia André
Marco Antonio Sete Inacio
JACQUES LACAN
BRUSQUE
2010�
ÍNDICE
3INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE LACAN	�
4A psicanálise lacaniana	�
5A literatura	�
7A ETAPA DO ESPELHO E A CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO	�
8A SUPREMACIA DA PALAVRA E DO SIGNIFICANTE	�
9Função e campo da palavra	�
10O FALO COMO SIGNIFICANTE FUNDAMENTAL DO INCONSCIENTE	�
11O INCONSCIENTE ESTRUTURADO COMO UMA LINGUAGEM	�
12CONCLUSÃO	�
13BIBLIOGRAFIA	�
�
�
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE LACAN
Jacques Lacan nasceu em Paris no dia 13 de abril de 1901 e morreu nessa mesma cidade no dia 9 de setembro de 1981. Esse psicanalista, preocupado com o “afogamento” da doutrina freudiana pela vasta literatura psicanalística que, mesmo após a morte de seu fundador, não cessou de desenvolver-se e de aumentar seus conhecimentos�, promove a “volta às próprias coisas”�, ou seja, trazer o ser humano de volta a Freud, lembrá-lo sobre o que ele disse e forçá-lo a lê-lo e relê-lo�.
Contudo, em se tratando de Lacan, tal retorno ao “berço” da psicanálise não é uma aventura venturosa aos amantes da ortodoxia freudiana. “Aos olhos de muitos, Lacan [...] não passa de um dissidente cujas teorias errôneas ou incertas seguramente não merecem o acolhimento que lhe foi proporcionado”�. Explica-se aqui essa afirmação, com moldes de retaliação: Lacan condena justamente esses mesmos que fizeram da psicanálise uma técnica simples transmitida através de um ensinamento medíocre�. Censura alguns por terem feito da psicanálise uma busca de padrão de comportamento�; opõe-se ao instrumentalismo por parte da psicologia da psicanálise�; toma posição parcialmente contrária à de alguns analistas freudianos quando associam à psicanálise o biologismo, fenomenologismo etc�; e, finalmente, condena todos aqueles que “querem transmitir a letra de Freud sem transmitir-lhe também o espírito”�. Portanto, diante de tantos pontos em que não concorda com alguns igualmente seguidores de Freud, Jacques Lacan ganhou calorosas respostas contra sua “volta à Freud”; todavia, não sem certa razão.
A psicanálise lacaniana
A Psicanálise Lacaniana não é uma simples corrente, mas uma verdadeira escola. Com efeito, constitui-se como um sistema de pensamento, a partir de um médico que modificou inteiramente a doutrina e a clínica freudianas, não só forjando novos conceitos, mas também inventando uma técnica original de análise da qual decorreu um tipo de formação didática diferente da do freudismo clássico. Lacan foi, com efeito, o único dos grandes intérpretes da doutrina freudiana a efetuar sua leitura não para ultrapassá-la ou conservá-la, mas com o objetivo confesso de retornar literalmente aos textos de Freud. Por ter surgido desse retorno, o lacanismo é uma espécie de revolução às avessas, não um progresso em relação a um texto original, mas uma “substituição ortodoxa” deste texto.
Lacan, diferentemente de Freud, que utilizou a física e a biologia para desenvolver sua teoria, usou a lingüística e mostrou que o inconsciente se estrutura como a linguagem. A verdade sempre teve a mesma estrutura de uma ficção, em que aquilo que aparece sob a forma de sonho ou devaneio é, por vezes, a verdade oculta sobre cuja repressão está a realidade social�. Lacan considerava que o desejo de um sonho não é desculpar o sonhador, mas o grande “Outro” do sonhador. O desejo é o desejo do “Outro”, e a realidade é apenas para aqueles que não podem suportar o sonho.
Acerca de seu método psicanalítico, Lacan preferia a não interferência no discurso do paciente, isto é, deixava fluir a conversa para que o próprio analisando descobrisse as suas questões.
A seguir, mostrar-se-á a doutrina de Lacan espalhado por seus escritos de uma forma concisa porém pertinente ao conhecimento do pensamento do psicanalista.
A literatura
Este trabalho fará referência aos seminários publicados de Lacan, embora não abordando, pelo vasto conteúdo deles, toda sua doutrina de forma sistemática. Utilizar-se-á também de seus Escritos� para posteriores fundamentações, embora indiretas.
Abaixo, citar-se-á o nomes dos seminários, além de sua editora e do ano e local de publicação.
O Seminário – Livro 1 – Os Escritos Técnicos de Freud. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1979;
O Seminário – Livro 2 - O Eu na Teoria de Freud e na Técnica da Psicanálise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1985;
O Seminário – Livro 3 - As Psicoses. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1985;
O Seminário – Livro 4 - A Relação de Objeto. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1995;
O Seminário – Livro 5 - As formações do inconsciente. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1999;
O Seminário – Livro 7 - A ética da psicanálise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1991;
O Seminário – Livro 8 - A transferência. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1992;
O Seminário - Livro 10 - A Angústia. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 2005;
O Seminário – Livro 11 - Os Quatro Conceitos Fundamentais da Psicanálise. São Paulo: Jorge Zahar Editor, 1979;
O Seminário - Livro 16 - De um Outro ao outro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2008;
O Seminário – Livro 17 - O Avesso da Psicanálise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1992;
O Seminário - Livro 18 - De um discurso que não fosse semblante. Jorge Zahar Editor, 2009;
O Seminário – Livro 20 - Mais, Ainda. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1982;
O Seminário - Livro 23 - O sinthoma. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2007.
A ETAPA DO ESPELHO E A CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO
Em sua famosa teoria da etapa do espelho, Lacan “mostrará que o homem não é mestre da ordem do significante, mas que, ao contrário, esta ordem é o que constitui como homem”�. Essa afirmação será claramente exposta nas abordagens que Lacan fez de diversas situações, entre elas a de uma menina nua diante de um espelho�. Diante dele, uma criança de seis meses reaje de maneira jubilosa quando vê seu próprio reflexo; enfim, ela experimenta uma fundamental identificação e a conquista de uma imagem – a do próprio corpo – estruturadora do eu. Assim, a etapa do espelho, para o processo dialético da identificação, antecede até mesmo a ulterior mediação da linguagem para a processo de auto-afirmação�.
A importância desse estágio, no pensamento lacaniano, é notória. Antes de tal identificação, a criança sente a angústia do corpo dividido, onde todos os membros estão dispersos. Observando-o no espelho, ela percebe sua união e o reconhece como sendo seu, e não de um outro. Para isso, Lacan destaca três momentos: no primeiro, “a criança percebe o reflexo do espelho como ser real do qual procura apoderar-se ou aproximar-se”�; no segundo, nota que o que se mostra no espelho é apenas uma imagem; e, por fim, reconhece que essa imagem é sua própria imagem�.
Finalmente, Lacan vê na etapa do espelho o processo fundamental que constituirá o ser humano como sujeito no decorrer de sua existência – fato esse que, se não obtiver sucesso, causará ao ser humano graves distúrbios, como “o terror de um esquizofrênico, procurando desesperadamente, diante de um espelho, reencontrar a unidade de seu corpo dividido”�.
A SUPREMACIA DA PALAVRA E DO SIGNIFICANTE
Freud dizia que a ordem simbólica constitui o sujeito. Lacan, ancorando nessa afirmação, tecerá uma teoria cujo plano de fundo será o conto A Carta Roubada, de Edgar Poe.
A cena primitiva [...] passa-se nos aposentos reais onde a rainha recebe uma carta que a entrada do rei a obriga a dissimular entre outros papéis, mostrando com isto que seu conteúdo só poderia ser comprometedor para sua honra ou segurança. Aproveitando-se da distração do rei, a rainha deixou a carta sobre a mesa, “o endereço voltado para cima”. Entretanto esta não passa despercebida à vigilância do ministro que, tendo entrado com o rei, percebe o embaraço da rainha e compreende a causa. O ministro tira então do bolso uma carta idêntica e, fingindo lê-la, troca-a pela primeira para grande confusão da rainhaque, embora nada perdendo de sua manobra, não pôde impedí-la, receosa de despertar a desconfiança do rei. A rainha sabe que o ministro tem em seu poder essa carta e o ministro sabe que a rainha foi testemunha de seu gesto. A segunda cena passa-se no gabinete do ministro e parece reproduzir a precedente. Durante 18 meses, a polícia, aproveitando-se das ausências noturnas do ministro, vasculhou sua residência e vizinhança, tentando descobrir essa preciosa carta. O chefe de polícia marca então audiência com o ministro e, inspecionando pessoalmente o local através de seus óculos escuros, logo percebe o objeto de tantas buscas. Trata-se de um bilhete amassado, deixado como por inadvertência à vista de todos, o que é, como se sabe, o melhor meio de não chamar a atenção de ninguém. Apodera-se prontamente do papel, reproduzindo assim o gesto do ministro, que ele deixa sem muita pressa, certo de que este nada percebeu da substituição. A nova situação, assim criada, é que o ministro não tem mais a carta em seu poder e não sabe, ao passo que a rainha sabe doravante que a carta não mais se encontra emm suas mãos. A isso se acrescenta um elemento novo: o bilhete deixado pelo chefe de polícia é uma caricatura, mas que nem por isso é insignificante.�
Diante desse conto, se confirma o que Lacan chama de automatismo de repetição, isto é, como o deslocamento das três personagens é determinado pelo lugar que ocupa o significante, a carta roubada. Todos são enganados porque não notam a verdade por detrás dos fatos: a polícia procurou em vão a carta por toda parte, mas ela estava sobre a mesa, à vista de todos�. Há pois uma verdade tão aparente, porém não notada; uma verdade que a todos vê, mas por ninguém é vista; uma verdade que cega a todos e rege os gestos desses. É justamente aqui que se encontra a relação entre o significante e o significado e o lugar do inconsciente freudiano: o significante é símbolo apenas de uma ausência.
Por isso é que não se pode dizer da carta roubada que seja necessário, como ocorre com os outros objetos, que ela esteja ou não esteja em algum lugar, mas sim, à diferença deles, que ela estará ou não estará onde efetivamente estiver, seja qual for o lugar que ela ocupar.�
Portanto, o significante habita o ser humano e este não o constitui, inserindo-o em sua ordem, e é justamente isso que faz com o que o indivíduo exista verdadeiramente, ou seja, quando ele está inserido nessa ordem do simbólico.
Função e campo da palavra
Há doenças falam. A princípio parece estranha tal proposição; contudo, é por ela a razão de ser da análise. Aliás, Lacan pauta aí suas críticas em relação àqueles que acusa de terem esquecido uma importante parte da psicanálise freudiana. Diz que a análise como audição sincera dos relatos do paciente ficou esquecida, muitas vezes cabendo ao psicanalista “cobrir” com o que pensa as lacunas percebidas na fala do analisado, deturpando assim o sentido original, ou melhor, a objetividade das palavras proferidas. Afirma Lacan: “[...] não há palavra sem resposta, mesmo que ela pareça não ter repercussão, desde, no entanto, que tenha um ouvinte. Nisto é que consiste o essencial de sua [do analista] função na análise”�.
Toda a análise, então, é fazer cessar as falsas certezas do analisado, desfazendo-lhe as miragens a fim de que chegue à decisão suprema�.
O FALO COMO SIGNIFICANTE FUNDAMENTAL DO INCONSCIENTE
Passa-se agora aqui, para uma melhor compreensão deste tópico, à teoria de Freud sobre o complexo de castração. O fundador da psicanálise parte da teoria sexual infantil, “que atribui um pênis (já considerado na infância o objeto sexual auto-erótico mais importante) a todos os seres humanos”�. Doravante, a ausência dele, descoberta pela criança na mãe ou na irmã, é vivida de forma angustiante, como uma castração. Tal complexo articula-se enfim ao narcisismo, onde a ameaça da cisão coloca em risco o próprio ego.
É de notar que o complexo de castração ocupa, em relação ao complexo de Édipo, uma posição diferente no menino, e na menina. É o complexo de castração que, no menino, parece pôr fim ao complexo de Édipo, forçando-o, por medo desse castigo supremo [onde o pai é visto como o responsável pela amputação do pênis], a renunciar à mãe como objeto de amor, ao passo que, para a menina, é a descoberta de sua própria castração e da castração de sua mãe, que ela torna responsável pela sua, que vai conduzi-la ao pai.�
Contudo, trata-se do pênis e não do falo. Onde, pois, pode-se articular os dois? Ora, o objeto de castração não é somente o pênis como órgão “e o dilema não se apresenta nestes termos: ter um pênis ou uma vagina [...]; mas pode ser formulada nos termos seguintes: ter o falo ou ser castrado”�. Assim, é aqui que entra a teoria lacaniana quando se coloca a questão sobre o que exatamente é o falo. Para Lacan, o falo “não se reduz ao pênis, nem ao clitóris que o simboliza. Ele é um significante, o significante fundamental do inconsciente”�, pois é ele que determinará as ações do indivíduo durante toda sua vida.
O INCONSCIENTE ESTRUTURADO COMO UMA LINGUAGEM
Eis uma proposição familiar ao pensamento de Lacan. Atesta que “o nascimento da linguagem, a utilização do símbolo, operam uma disjunção entre a vivência e o signo que lhe vem substituir”�. Daí a reflexão, procurando incessantemente racionalizar a vivência, atingirá finalmente uma profunda divergência com o vivido. Neste sentido, pode-se dizer que o aparecimento do recalque primeiro é simultâneo ao da linguagem.
Contudo, a linguagem tem uma virtude: é ela quem fornece ao sujeito um apoio, um ponto de referência à sua própria identidade porque é ela o que funda realmente o conceito de Eu, contrastando com o Tu, com o Ele. Todavia, não se pode afirmar que a linguagem é o movimento de intuição da comprovação do ser individual, mas é ela quem realiza e atualiza esta intuição inata, fornecendo a categoria gramatical desta individualidade�. Enfim, a linguagem é:
[...] a condição de tomada de consciência de si como entidade distinta. É igualmente o meio pelo qual o indivíduo toma distância e autonomia em relação ao mundo das coisas reais, que coloca “em si” diferentes dos conceitos que veiculam o seu sentido, diferentes também das palavras ou símbolos que atualizam os conceitos na relação social da comunicação.�
A linguagem, como intermediária entre o Eu e o mundo, engendra o condicionamento do inconsciente pela veiculação de um dado social, de uma cultura, de leis. A criança, ao entrar em sua ordem simbólica, será modelada por ela, recebendo uma marca indelével, e isso na ignorância.
CONCLUSÃO
Decerto, o pensamento lacaniano, pelo que foi até então visto, não é uma simples volta à Freud, um retorno às raízes. Não que não tenha acontecido isso – e seria uma imensa ijustiça negar esse mérito a Lacan. Contudo, purgando o fundamento doutrinário freudiano de suas adições empreendidas sem muito zelo por outros psicanalistas, Lacan promove um revigoramento do que foi estudado acerca da análise, imputando-lhe novamente o caráter de um método que não cria conceitos na mente do paciente, mas que os escava de seu inconsciente.
A teoria lacaniana também faz notar com mais vigor o quanto o inconsciente é o local do significante, do que realmente impulsiona o indivíduo em suas ações. Eis, pois, aqui o Lacan que questiona acerca da liberdade humana, de seu auto-conhecimento, de sua autonomia. Eis o Lacan que descobre aos olhos do mundo o quanto o ser humano é refém do que desconhece – do que se encontra em seu âmago. Eis o Lacan desafiador ainda hoje, engendrando sua teoria nas entranhas de uma época que pouco está acostumada a se voltar a si sem ironia. Eis, pois, o Lacan nauseabundo.
BIBLIOGRAFIA
LEMAIRE, Anika. Jacques Lacan: uma introdução. 4. ed. Tradução Durval Checchinato. Rio de Janeiro: Campus, 1989.
PALMIER, Jean Michel. Lacan. Tradução Edson Braga de Souza. São Paulo: Melhoramentos, Ed. Da Universidade de São Paulo, 1977.
� Cf. PALMIER, Jean Michel. Lacan.Tradução Edson Braga de Souza. São Paulo: Melhoramentos, Ed. Da Universidade de São Paulo, 1977. p. 111.
� Ibid., p. 110.
� Cf. Ibid., p. 111.
� PALMIER, loc. Cit.
� Cf. Ibid., p. 115.
� Cf. Ibid., p. 113.
� Cf. PALMIER, loc. Cit.
� Cf. PALMIER, 1977, p. 114.
� Ibid., p. 115.
� Aqui se nota certa influencia do estruturalismo, fato que Lacan não admitiu claramente em sua vida.
� Traduzido do francês Ecrits.
� PALMIER, 1977, p. 22.
� Cf. Ibid., p. 23.
� Cf. Ibid., p. 24.
� Ibid., p. 25.
� Cf. Ibid., p. 26.
� PALMIER, 1977, p. 23.
� PALMIER, 1977, p. 49.
� Cf. Ibid., p. 51.
� PALMIER, loc. Cit.
� PALMIER, 1977, p. 60.
� Cf. Ibid., p. 61.
� Ibid., p. 68.
� PALMIER, 1977, p. 68.
� Ibid., p. 69.
� Ibid., p. 70.
� LEMAIRE, Anika. Jacques Lacan: uma introdução. 4. ed. Tradução Durval Checchinato. Rio de Janeiro: Campus, 1989. p. 97.
� Cf. LEMAIRE, 1989, p. 98.
� Ibid., p. 99.

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