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Eutanásia: Conceito, Prática e Legislação

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EUTANÁSIA
Curso: Biomedicina
Disciplina: Embriologia
UNIVATES - RS
Prof. Rui Stoll
Alunos:
Fabiano Eckert
Jessica Albanio
A História
Origem desconhecida, não podendo saber onde e quando surgiu;
Praticada por diversos povos durante milhares de anos. Ex: Celtas e Indianos;
Expressão surgiu em 1623 através da obra de Frank Bacon, “Historia vitae et mortis”, “tratamento adequado as doenças incuráveis”
Período que a Eutanásia adquire significado de um ato de por fim a vida de um enfermo;
Conceito e Origem
Palavra de origem grega, EUTHANATOS: EU = bom, THANATOS = morte, morte suave, tranquila, sem dor;
Forma de apressar a morte de um doente incurável, sem que esse sinta dor ou sofrimento; 
Ação praticada com o consentimento do doente ou da família;
É o oposto de distanásia = morte lenta e sofrida;
Pontos Positivos
Forma de aliviar a dor e o sofrimento;
Maneira de liberar leitos de UTI ocupados por essas pessoas nos seus últimos dias de vida podendo chegar a messes;
Pontos Negativos
Seria um direito ao suicídio;
Poderia abrir precedente para no futuro se usar a Eutanásia não consentida, podendo provocar um novo holocausto;
Má fé por parte de familiares e herdeiros por interesse financeiro;
Tipos de Eutanásia
Eutanásia Passiva ou Ortotanásia: o médico deixa de aplicar medicamentos ou tomar providências que prolongariam a vida do paciente terminal;
Eutanásia Semipassiva: o médico interrompe o tratamento ou medidas de nutrição ou hidratação;
Eutanásia Acidental: o médico administra uma droga para aliviar as dores e o medicamento acidentalmente provoca a morte;
Suicídio Assistido: é onde o paciente toma intencionalmente uma forte dose de medicamentos fornecidos pelo médico;
Eutanásia Ativa: quando é administrado uma superdose de morfina ou potássio;
Eutanásia e o Código de Ética
Teoria: Em seu artigo 41, o Código de Ética Médica determina que “é vedado ao médico abreviar a vida do paciente, ainda que a pedido deste ou de seu representante legal”;
Pratica: Alguns médicos, especialmente infectologistas e oncologistas, em comum acordo com alguns de seus pacientes terminais aceleram o processo de morte – em geral mediante o uso de um coquetel de sedativos e analgésicos;
Eutanásia e o Código Penal
Teoria: No Código Penal não existe nada especifico que fale sobre a Eutanásia, mas o abreviamento da vida de um doente terminal pode ser interpretado como homicídio. Pena de 4 a 17 anos e provável cassação CRM;
Prática: Nunca nenhum médico foi condenado no Brasil por tal prática, já que ela só é utilizada em comum acordo com o paciente; 
Eutanásia no Brasil
No Brasil assim como na maioria dos países a Eutanásia é proibida e atualmente enquadrada como “homicídio comum”;
Existe a ideia de atualizar a lei, incluindo penas mais brandas e regularizando a Ortotanásia ou EutanásiaPassiva;
A Ortotanásia é definida como uma ajuda do médico no processo natural de morte, deixando de fazer uma cirurgia, uma nova seção de quimioterapia ou até reanimar em caso de uma parada cardíaca para não prolongar o sofrimento;
O Código de Ética Medica considera legal a pratica da Ortotanásia, diz: “que em situações de enfermidade grave ou incurável, respeitada a vontade do paciente e da família, suspender o tratamento para seguir o processo natural da morte é uma atitude correta do médico”;
Vários magistrados e criminalistas já entendem hoje que a Ortotanásia não é classificada como omissão de socorro, portanto, não é crime.
Segundo muito médicos a Ortotanásia é uma pratica comum nos hospitais, por isso existe a real e urgente necessidade de ter uma lei especifica sobre ela para evitar conflitos;
Segundo pesquisa da Super Interessante 50,4% dos brasileiros são contra a legalização da Eutanásia. No Canadá, 76% é a favor. Na Austrália, 81%. Nos Estados Unidos, 57%.
Eutanásia no Mundo
Holanda e Bélgica foram os primeiros a legalizar a Eutanásia, isso em 2002;
Na Holanda 3,5% das mortes anuais são apressadas por um médico;
Em ambos os países a Eutanásia só é permitida desde que o paciente a solicite, tendo plena posse de suas faculdade mentais e que demonstre para um conselho que é vitima de sofrimentos “insuportáveis e intermináveis”; 
Ambos os países aprovaram a Eutanásia para tira-la da clandestinidade;
Na Suíça, país que tolera a Eutanásia, um médico pode administrar uma dose letal desde que ela seja ingerida ou aplicada pelo próprio doente que queira morrer;
Alemanha e Áustria aceitam a Eutanásia passiva;
Nos Estados Unidos a Eutanásia é proibida em 49 dos 50 estados, somente em Oregon os médicos podem fornecer comprimidos letais; 
O continente europeu é o hoje o mais bem posicionado com relação a esse assunto;
Foi o Uruguai o primeiro país a legislar sobre esse assunto em 1930, falando da questão do “homicidio piedoso”;
Eutanásia e a Religião
O cristianismo, islamismo e o judaísmo partem do mesmo princípio, tratando a vida como preciosa, recusá-la ou cortá-la seria uma ofensa aos céus, todos são contra;
O Espiritismo também é contra, pois segundo estamos aqui para aprender para poder prosseguir para um nível superior, então se terminarmos com a vida antes do tempo podemos não cumprir com nosso missão;
Já o Budismo, também vê a vida como preciosa mas não divina e por isso não são contra o suicídio e sim contra quem incentiva e auxilia no mesmo;
Demais religiões também são contra;
Experiências e Depoimentos
Respeito à vontade da filha: “minha filha Mariana tinha apenas 6 anos quando foi diagnosticada com leucemia. Nos seis anos seguintes, ela foi submetida a tratamentos muito agressivos. Muito valente enfrentou a doença de forma madura. Nos últimos dias de vida, pediu para ser sedada porque estava cansada e queria dormir. Que tipo de mãe eu seria se não respeitasse a vontade de minha filha?” Claudia de Crescenzo, 45 anos
Luta até o fim: “Muitas vezes acho que vale sim, utilizar procedimentos experimentais diante do fracasso de tratamentos convencionais. Procuro sempre trabalhar com o seguinte raciocínio: se há 10% de possibilidade de o paciente ter uma sobrevida de pelo menos seis messes, eu prefiro correr o risco do tratamento.” Ademar Lopes, cirurgião oncologista
O momento de deixar ir: “Meu paciente estava em estado avançado do sarcoma de Kaposi, câncer comum entre pacientes de aids. Seu corpo estava coberto de úlceras que não cicatrizavam e nenhum medicamento acalmava sua dor . Ele me pediu para seda-lo e deixá-lo ir. Conversamos muito sobre o assunto e, três messes depois, fiz a vontade dele. Orgulho-me de ter respeitado a autonomia de meu paciente.” Artur Tinermann, infectologista 
“Cinco anos depois recebi o mesmo pedido de um outro paciente, também tomado pelo HIV, vitima de uma linfoma em estágio avançado não respondia mais aos tratamentos, nesse mesmo caso nem cogitei atende-lo. Expliquei que ele poderia ser submetido a um novo tipo de quimioterapia, muito agressivo e que poderia ter efeito sobre a doença. Dois dias depois, antes de dar inicio ao novo tratamento o homem cometeu suicidio.” Artur Tinermann, infectologista
Opiniões
“Eutanásia se faz em toda parte. Nós, na Holanda, apenas reconhecemos e regulamentamos”. “Eu algum momento, com a medicina cada vez mais capaz de prolongar a vida e cada vez mais pessoas chegando a velhice, todos os países inclusive o Brasil, terão que abordar o tema abertamente”. Var der Wal, professor da universidade de Amsterdã
“Essa é uma das discussões mais importantes para o futuro da medicina”, “ o que esta em jogo é o respeito à individualidade das pessoas e a solidariedade com a dor. Não podemos mais ignorar o debate.” Marco Segre, presidente da Sociedade de Bioética
Pontos Importantes Sobre a Eutanásia
É um tema com uma crescente em seus debates, os meios de comunicação começam a demonstrar interesse sobre o assunto;
O processo da medicina em aumentar e prolongar a expectativa de vida vai influenciar sobre esse debate;
Morrer custa caro, definhar num hospital custa em média R$ 2.000,00 por dia, seis vezes mais se for
em UTI;
Nos Estados Unidos 75% das mortes ocorrem em hospitais e um em cada três pacientes terminais passam pelo menos 10 dias nas UTIs.
Segundo pesquisa recente feita pela Time/CNN, um terço das pessoas leva a família à falência ao morrer;
A mesma pesquisa também diz que nos seis últimos messes de vida uma pessoa gasta em média mais em remédio, médico e hospital do que gastou durante a vida toda.
Questões Importantes Sobre a Eutanásia
Deve a vida humana, independente de sua qualidade ser sempre preservada?
Até quando será permitido sedar a dor, ainda que isso signifique um abreviamento da vida?
Devem se empregar todos os aparelhos da medicina atual para acrescentar umas poucas semanas, dias ou até mesmo horas de vida de um paciente terminal ou se deve descontinuar com o tratamento?
Temos direito a vida não deveríamos ter direito a morte e escolher quando chegou o momento em que não tem mais sentido continuar a viver? 
Bibliografia/Netgrafia
http://pt.scribd.com/doc/48238359/eutanasia
www.brasilescola.com/sociologia/eutanasia.htm
http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/perguntas_respostas/eutanasia/morte-pacientes-etica-religiao-ortotanasia.shtml
http://www.acidigital.com/eutanasia/index.html
http://www.bioetica.ufrgs.br/eutanasi.htm
http://www.jvascbr.com.br/03-02-03/simposio/03-02-03-278.pdf

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