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Habeas corpus

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Legitimidade ativa: Gabriel Silva
Legitimidade passiva: Delegado de Policia
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DR. Desembargador Presidente do TJ de... 
Advogado inscrito na OAB//... sob nº ..., com endereço profissional ...para fim do artigo 39 do CPC, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência com fundamento artigo 5º LXVIII e artigos 647 e seguintes do CPP impetrar: 
HABEAS CORPUS
Em favor de Gabriel Silva, inscrito no CPF Nº..., portador de RG sob o nº de..., residente e domiciliada no endereço..., contra o ato do Ilustre Delegado de Policia da cidade de Carlândia pelos fatos e fundamentos a seguir:
DOS FATOS 
É em síntese o breve relatório, o paciente Gabriel Silva encontra-se privado de sua liberdade, em razão do crime de adultério descrito no art. 240 do CP, a prisão foi determinada pelo Delegado de policia da cidade de Carlândia embasado no inquérito policial que ainda está em andamento.
DO DIREITO/ DOS FUNDAMENTOS 
Tendo em vista a restrição de liberdade apontada é flagrantemente ilegal e absurda, pois o paciente encontra-se privado de sua liberdade sem sequer um processo contra o paciente, apenas o inquérito policial em andamento. 
Também é grande importância ressaltar que o crime a qual o paciente está sendo acusado, o descrito no art. 240 do CP foi revogado pela lei n° 11.106/2005, assim sendo, o motivo pelo qual o paciente foi privado de sua liberdade é totalmente injusto e incabível, a situação a que se encontra o paciente é degradante e acima de tudo vergonhosa, pois expõe imagem e honra do paciente.
Assim é perceptível uma grande afronta aos direitos fundamentais consagrados no art. 5° da Constituição Federal, em especial:
“II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;”
“III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;”
“X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;”
“LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”;
“LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei.”
Neste sentido a jurisprudência pátria dispõe:
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. ADULTÉRIO. QUEIXA-CRIME REJEITADA. LITISPENDÊNCIA. CAUSA DE PEDIR DIVERSA. INAPLICABILIDADE. AUSÊNCIA DE CONDIÇÃO DA AÇÃO. IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. FATO ATÍPICO. ART.  DO . REVOGADO. INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI Nº INVIABILIDADE.
1. Se as partes são as mesmas, o pedido, no caso, a condenação por suposto crime de adultério, também é idêntico, todavia, a causa de pedir é diversa, inviável a caracterização da litispendência. 2. A ausência de qualquer condição da ação, no caso, impossibilidade jurídica do pedido, é motivo idôneo para a rejeição da queixa-crime, uma vez que o delito de adultério foi descriminalizado, ocorrendo a abolitio criminis, bem como o fato narrado na inicial acusatória é atípico, conforme o artigo . 3. Não há falar em inconstitucionalidade da Lei nº 11.106/2005, uma vez que se mostra adequada e coerente com o, com a legislação vigente e principalmente com as mudanças da sociedade, uma vez que há muito o adultério já estava, na prática, descriminalizado. 4. Recurso conhecido e desprovido. (Relator Ministro João Batista Teixeira, julgamento em 31.07.2014, DJE : 15/08/2014 . Pág.: 274)-gn
 
Contudo, não se pode dizer que o paciente Gabriel Silva cometeu algum ilícito penal, pois o crime a qual este está sendo acusado, como já citado mais acima não se configura mais crime, pois este foi revogado pela 11.106/2005, portanto o adultério não se configura crime, assim fica evidente que o paciente está submetido a prisão ilegal, ferindo assim a sua dignidade humana.
DA LIMINAR
A concessão de liminar em habeas corpus se dá quando configurados, de plano, o fumus boni iuris e o periculum in mora que estão presentes no caso em epigrafe.
A comprovação de fumus boni iuris, para efeito de concessão do presente pedido de liminar, não nos obriga a maiores esforços argumentativos. Confunde-se com a procedência, em tese, da presente Ordem de Habeas Corpus. O fumus boni iuris evidencia-se com a leitura da presente petição e os documentos que a ela são anexadas. 
O periculum in mora, por sua vez, é absolutamente evidente. A não-concessão da presente liminar implica, conforme já demonstrado, em dano irreparável, já que a paciente permanecerá presa ilegalmente de acordo com a Constituição Federal.
Assim, dúvidas não há no sentido de que será irreparável a manutenção da prisão do paciente que inclusive não cometeu crime algum.
DOS PEDIDOS
Diante do fato apresentado, evidente se faz a necessidade de procedência da:
Concessão da liminar com a conseqüente expedição do alvará de soltura.
Notificação da autoridade coatora para prestar informações.
A intimação do ilustre representante do MP.
Que a presente ação seja julgada no mérito procedente, isso por ser medida de justiça.
Valor da causa: R$ 1000,00, para fins procedimentais.
Data
Nome de ADVOGADO/OAB...

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