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Aula Digitada - Direito Constitucional II - CCJ0020

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Curso de Bacharel em Direito
Direito Constitucional II: Prof.ª Leide Oliveira.
AULAS DIGITADAS
CREVELINO PEREIRA FRANÇA FILHO
CAMPOS DOS GOYTACAZES, 2013.
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Curso de Bacharel em Direito
Direito Constitucional II – CCJ0020
Prof.ª Leide de Oliveira – leideors@oi.com.br
Crevelino Pereira França Filho – crevelino.filho@hotmail.com – cel.: (22) 9955-3618
01/08/2013 - AULA 01 - APRESENTAÇÃO DA MATÉRIA
BIBLIOGRAFIA
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado.
NOVELINO, Marcelo. 
PAULO, Vicente. Ímpetus.
PAULO, Vicente; ALEXANDRINO, Marcelo.
MORAES, Alexandre de.
Plano de Ensino:
I – Organização Político Administrativa da República Federativa do Brasil.
Estado Federal: Indissolubilidade: Não existe secessão pacífica. Pode haver remodelação interna.
Os Estados que fazem parte de uma confederação permanece soberano, podendo deixar de fazer parte da mesma.
Os Estados que fazem parte de uma federação permanecem autônomos politicamente.
Autonomia Política dos Entes federados: autogoverno, autoadministração, Autolegislação e auto-organização.
Possibilidade de Intervenção: várias modalidades.
Repartição Constitucional de Competências e Rendas: matérias de competências da União (Eletricidade), dos Estados e dos Municípios (Água). Exclusive, privativa, comum, concorrente e residual.
Remodelação Territorial (art. 18, § 3º, CF).
Requisitos: Plebiscito, Propositura do projeto de Lei Complementar, Audiência das Assembleias Legislativas, Aprovação pelo Congresso Nacional, Sanção do Presidente da República.
II – Poder Legislativo: art. 44, CF.
Função: Típica e Atípica.
Organização: Seções Legislativas.
Imunidades: Material e Formal. 
III – Processo Legislativo: art. 59, CF.
Todo o caminhos dos atos que regulamentam as leis que regulam a sociedade.
Processo Legislativo Comum: LO - Lei Ordinária e LC – Lei Complementar:
1ª Fase: Introdutória: Iniciativa de Lei ou Proposta.
2ª Fase: Constitutiva: Deliberação Parlamentar e Deliberação Executiva.
3ª Fase: Promulgação e a Publicação.
Processo Legislativo Sumário:
Processos Legislativos Especiais: LC, Emenda Constitucional, Medida Provisória e Lei Delegada (PR), Decreto Legislativo (Congresso), Resolução (CD, SF, CN).
Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros.
LC - Maioria Absoluta: 81 Senadores será sempre 41 Senadores do total, ou seja o primeiro número inteiro superior a metade dos votos.
LO – Maioria Relativa ou simples: Depende do quórum de senadores presentes na seção. Verificar.
IV – Poder Executivo art. 77, CF.
Função
Organização: Sistema de Governo: Presidencialismo
Imunidades: Formal, Prerrogativas, Crime de Responsabilidade.
V – Poder Judiciário – art. 92, CF
Função Típica:
Organização:
Competências: Originária, Extraordinárias, Recursal;
Composição dos Órgãos: Quinto Constitucional
TJ – 160, 1/5 32 cadeiras serão de advogados e membros do MP, indicados pelo Governador;
STJ – 
STF – 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Curso de Bacharel em Direito
Direito Constitucional II – CCJ0020
Prof.ª Leide de Oliveira – leideors@oi.com.br
Crevelino Pereira França Filho – crevelino.filho@hotmail.com – cel.: (22) 9955-3618
02/08/2013 - AULA 02 – SEMANA 01
I – Organização Político Administrativa da República Federativa do Brasil.
Forma de Estado Federativo
Soberania: República Federativa do Brasil
Personalidade Jurídica de Direito Público Internacional
ENTES FEDERADOS: art. 1º c/c art. 18º CF Autonomia política: Auto-organização, Autogoverno, Autoadministração e Autolegislação.
Personalidade Jurídica de Direito Público Interno
Típicos: União e Estados Membros 
Atípicos: Município e Distrito Federal
Território: Autarquia territorial da União. Não tem autonomia política. É a própria União.
1 - UNIÃO
2 - ESTADOS MEMBROS: art. 27, CF. 
2.1 - AUTOGOVERNO: art. 27, 28 e 125, CF.
Executivo: Governador
Legislativo: Assembleia Legislativa.
Deputados Federais: pelo sistema proporcional mínimo 8 máximo 70 Deputados 
Deputados Estaduais: triplo de Dep. Federais, máximo igual doze x 3 = 36, excedente um por um
Estado de São Paulo: 70 DF – 12 DF = 58 DE + 36 DE = 94 DE;
Estado do Rio de Janeiro: 46 – 12 = 34 + 36 = 70
Estado do Tocantins: 8 DF x 3 + 24 DE.
Judiciário: Tribunal de Justiça.
2.2 - AUTO-ORGANIZAÇÃO:
Constituição Estaduais: art. 25, CF
Limites à auto-organização dos estados:
• Princípios estabelecidos na Constituição Federal: Princípios de Organização (esparsos).
• Princípios Constitucionais Sensíveis: art. 34, VII, CF. Inobservância a estes princípios é punida com declaração de inconstitucionalidade e intervenção.
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta;
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
• Vide art. 212 da CF.
• Princípios Constitucionais extensíveis: (os aplicados à administração Federal e devem ser repetidos pelos Estados Membros. Arts. 37, 41, 59, CF.
2.3 - AUTOLEGISLAÇÃO:
2.4 - AUTOADMINISTRAÇÃO:
3 - MUNICÍPIOS:
3.1 - AUTOGOVERNO:
Executivo: Prefeito.
Legislativo: Vereador eleito de forma proporcional.
Judiciário: Não existe.
3.2 - AUTO-ORGANIZAÇÃO: art. 29, CF.
Lei Orgânica.
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:
3.3 - AUTOLEGISLAÇÃO:
3.4 - AUTOADMINISTRAÇÃO:
4 - DISTRITO FEDERAL = Estado, mas diferenciado.
4.1 - AUTOGOVERNO:
Executivo: Governador Distrital e Vice-Governador Distrital
Deputados Distritais: Câmara Distrital Forma proporcional.
4.2 - AUTO-ORGANIZAÇÃO: art. 32, CF.
Lei Orgânica.
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.
4.3 - AUTOLEGISLAÇÃO
4.4 - AUTOADMINISTRAÇÃO
Autonomia parcialmente tutelada pela União:
DF = Municípios + (Estados Membros – [art. 21, XIII e XIV + art. 22, XVII]) 
B) REORGANIZAÇÃO TERRITORIAL OU REMODELAÇÃO Art. 18, CF.
Não pode haver secessão: cláusula pétrea.
a) Incorporação
b) Subdivisão: Estado original desaparece dando origem as partes nominadas diferentemente.
c) Desmembramento:
c1) Formação: Desmembra e forma estado novo.
c2) Anexação: Desmembra e é anexado ao outro estado.
REORGANIZAÇÃO DOS MUNICÍPIOS: Não pode haver reorganização.
Não pode acontecer: Norma de eficácia limitada: necessita de regulamentação para eficácia social.
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
§ 4.º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
•• § 4.º com redação determinada pela Emenda Constitucional n. 15, de 12-9-1996.
• A Lein. 10.521, de 18-7-2002, assegura a instalação de Municípios criados por Lei Estadual.
a) Plebiscito: Vincula: Não Encerra o processo; ou Sim Lei;
b) Estudo de Viabilidade; Características do Município;
c) Lei Complementar Federal: Prazo de reorganização; Inexistência da Lei STF: Não se pode criar municípios ADIO: Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão 18 meses 
d) Lei Ordinária Estadual: Deve ser aprovado por maioria relativa ou simples (Depende do quórum de senadores presentes na seção, que deve ser no mínimo) na Assembleia e sancionada pelo Governador.
ADI 40 municípios criados inconstitucionalmente Efeito Prospectivo para a partir de 24 meses. O Congresso editou a EC 57/2008 Art. 96, CF: convalidando a criação dos municípios.
Art. 96. Ficam convalidados os atos de criação, fusão, incorporação e desmembramento de Municípios, cuja lei tenha sido publicada até 31 de dezembro de 2006, atendidos os requisitos estabelecidos na legislação do respectivo Estado à época de sua criação.
REORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS MEMBROS: Pode haver reorganização.
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
§ 3.º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
a) Plebiscito: Vincula: Não Encerra o processo; ou Sim Lei;
b) Audiência das Assembleias Legislativas: Não vincula: Não ou Sim;
Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta, para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre:
VI - incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios ou Estados, ouvidas as respectivas Assembleias Legislativas;
c) Lei Complementar Federal: Congresso Nacional [Câmara de Deputados (257) + Senado Federal (41): Maioria Absoluta]; PR Sanção ou Veto.
O constituinte exige que a lei seja complementar.
NÃO EXISTE REORGANIZAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL 
REORGANIZAÇÃO DE TERRITÓRIOS
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
§ 2.º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em Lei Complementar Federal.
§ 3.º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta, para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre:
VI - incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios ou Estados, ouvidas as respectivas Assembleias Legislativas;
a) Plebiscito: Vincula: Não (encerra o processo) ou Sim Lei;
b) Audiência das Assembleias Legislativas: Não vincula: Não ou Sim;
c) Lei Complementar Federal: Congresso Nacional [Câmara de Deputados (257) + Senado Federal (41): Maioria Absoluta]; PR Sanção ou Veto
O constituinte exige que a lei seja complementar.
C – VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS AOS ENTES FEDERADOS – art. 19, CF.
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;
II - recusar fé aos documentos públicos;
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
D – REPARTIÇÃO CONSTITUCIONAL DE COMPETÊNCIAS
TIPOS DE COMPETÊNCIAS:
Competência Administrativa: para realizar atividades próprias do Estado;
Competência Legislativas: Editar Atos Normativos;
Competência Tributária: Instituir e Cobrar Tributos;
2 - PRINCÍPIOS PARA REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
a) Princípio da Predominância de Interesse:
• Geral União;
• Regional Estado-Membro e Distrito Federal;
• Local Município;
b) Princípio dos Poderes Implícitos: 
• Ônus Bônus;
• Fim Meios necessários;
• Acessório Principal;
3 – CLASSIFICAÇÃO OU ESPÉCIES DE COMPETÊNCIAS
a) Competência Exclusiva da União: Art. 21, CF.
• Competência Administrativa Executar serviços e atividades do Estado.
• Não pode ser delegada aos outros entes federados. 
• A competência privativa explicitada nos artigos 51 e 52 da CF, na realidade é competência exclusiva.
Art. 21. Compete à União:
b) Competência Privativa da União: Art. 22, § único, CF.
• Competência Legislativa Para editar Leis sobre determinadas matérias.
• Pode ser delegada aos Estados-Membros e Distrito Federal.
Lei Complementar para delegar sobre ponto específico das matérias previstas no art. 22, CF, para todos os Estados-Membros e Distrito Federal.
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.
Corrente Majoritária: Se delegar, deverá delegar para todos os Estados-Membros, não podendo excluir
Corrente Minoritária: Considerando que o Brasil é um Estado Assimétrico, poderá haver tratamento diferenciado.
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.
§ 1.º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios.
c) Competência Comum a todos os Entes Federados – Art. 23, CF
Paralelamente ou concomitantemente.
• Competência Administrativa Executar serviços e atividades da União, Estado-Membro, Distrito Federal e Municípios.
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
d) Competência Concorrente – Art. 24, CF.
Competência verticalizada: pois cada ente da Federação possui a sua competência.
• Competência Legislativa Para editar leis. União, Estado-Membro e Distrito Federal.
• Relação de Verticalidade: Suplementar a Legislação:
 Normas Gerais: União;
 Normas Específicas: Estados-Membros e Distrito Federal;
• Competência Concorrente Suplementar Supletiva: Competência Plena: Em caso de omissão da União para Legislar as normas gerais, cabe aos Estados-Membros e Distrito Federal. Se a União vier a legislar e a legislação estadual for contrária, esta ficará suspensa no que tange as normas gerais.
• Competência Concorrente Suplementar Complementar: Competência Particular: 
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II - orçamento;
III - juntas comerciais;
IV - custas dos serviços forenses;
V - produção e consumo;
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
IX - educação, cultura, ensino e desporto;
X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;
XI - procedimentos em matéria processual;
XII - previdênciasocial, proteção e defesa da saúde;
XIII - assistência jurídica e defensoria pública;
XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;
XV - proteção à infância e à juventude;
VI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.
§ 1.º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
§ 2.º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
§ 3.º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4.º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
e) Competência dos Municípios – Art. 30, I e II, CF.
Art. 30. Compete aos Municípios:
I - legislar sobre assuntos de interesse local;
II - suplementar a legislação federal e estadual no que couber;
Os Municípios só possuem esta competência plena se for local e diante das legislações federal e estadual.
III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;
IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;
V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;
VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental;
VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população;
VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;
IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual.
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.
•• Regulamento: Lei n. 10.257, de 10-7-2001.
§ 1.º O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.
f) Competência dos Estados-Membros – Art. 25, § 1º, CF.
• Competência Residual Pouca coisa.
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.
• Vide Súmula 681 do STF.
§ 1.º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.
§ 2.º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.
•• § 2.º com redação determinada pela Emenda Constitucional n. 5, de 15-8-1995.
§ 3.º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de Municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.
g) Competência do Distrito Federal – Art. 25, § 1º, CF.
Municípios + Estado-Membros – (art. 21, XIII e XIV e art. 22, XVII).
EXCEÇÕES ÀS COMPETÊCIAS MUNICIPAIS
Art. 21. Compete à União:
XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios;
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio;
•• Inciso XIII e XIV com redação determinada pela Emenda Constitucional n. 19, de 4-6-1998.
•• A Lei n. 10.633, de 27-12-2002, institui o Fundo Constitucional do Distrito Federal - FCDF, para atender o disposto neste inciso.
• Vide art. 25 da Emenda Constitucional n. 19, de 4-6-1998.
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
XVII - organização judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios, bem como organização administrativa destes
4 – TÉCNICAS DE REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
a) Enumera a competência dos Estados-Membros, o resto pertence a União;
b) Enumera a competência de todos os entes exaustivamente;
c) Enumera a competência da União, o resto pertence ao Estado-Membro, incluindo o Município: Adotada pelo Brasil.
patrickdireito@gmail.com
INTERVENÇÃO FEDERAL – Art. 34 ao 36, CF.
Conceito: Sanção que retira a autonomia, afasta o administrador e restabelece a ordem constitucional. Deve ser temporária e autorizada pela Constituição Federal. A regra num estado federado é a autonomia.
• A União só pode decretar Intervenção nos Estados-Membros, Distrito Federal e Municípios de Território.
Hipóteses que Legitimam a decretação da Intervenção Federal – Art. 34, CF.
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
I - manter a integridade nacional;
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; (Executivo, Legislativo e Judiciário).
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei;
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: (Princípios Constitucionais Sensíveis).
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta;
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
TIPOS DE INTERVENÇÃO FEDERAL:
A - INTERVENÇÃO ESPONTÂNEA: Art. 34, I, II, III e V. Depende da discricionariedade do Presidente ao julgar a necessidade de tal ato. O Presidente da República pode decretar de ofício.
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
I - manter a integridade nacional;
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei;
B – INTERVENÇÃO PROVOCADA
B1 - Intervenção Provocada por Solicitação: 
Poder Executivo e Legislativo Art. 34, IV, CF 
Pede Favor Não Vincula Presidente vai analisar se decreta ou não a intervenção.
• Coação do Poder Executivo Não vincula, se solicitado, o Presidente pode decretar ou não.
• Coação do Poder Legislativo Não vincula, se solicitado, o Presidente pode decretar ou não.
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;
B2 - Intervenção Provocada por Requisição: Art. 34, IV, CF Vincula.
• Coação do Poder Judiciário Se comunicado ao STJ STF requisita Vincula o Presidente a decretar a Intervenção. Se não decretacomete crime de responsabilidade 
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;
• Recusa em cumprir ordem ou decisão judicial Art. 34, VI, 2ª parte.
Depende de qual órgão proferiu a ordem ou decisão judicial
Do STF Vincula o Presidente a decretar a intervenção.
Do STJ Vincula o Presidente a decretar a intervenção.
Do TSE Vincula o Presidente a decretar a intervenção.
Doutrina Majoritária
Qualquer outro órgão STF Vincula o Presidente a decretar a intervenção (maioria).
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
Doutrina Minoritária.
De qualquer outro órgão: Legal STJ** Vincula o Presidente a decretar a intervenção.
De qualquer outro órgão: Constitucional STF* Vincula o Presidente a decretar a intervenção. 
	STF*
	STJ**
	TST
	TSE
	STM
	TJ
	TRF
	TRT
	TRE
	TM
	JD
	JF
	JT
	JE
	JAM
• Recusa em prover execução lei federal Art. 34, VI, 1ª parte e Art. 34, VII.
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: (Princípios Constitucionais Sensíveis).
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta;
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
Faculta ao Procurador Geral da República propor ação de ADI (Ação Direta Interventiva) ou RI (Representação de Inconstitucionalidade Interventiva) STF que julgará: (provimento).
Improcedente Encerra.
Procedente Vincula Requisitando ao Presidente da República Intervenção.
• O Decreto de Intervenção terá duas finalidades:
	Prévia e Necessária: Inicial Se com a ciência da decisão o Estado se reorganiza, não será necessária a medida drástica da intervenção.
	Posterior + Necessária: Final Decreta a Intervenção.
Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:
I - no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário;
II - no caso de desobediência a ordem ou decisão judiciária, de requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral;
III - de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de lei federal
4 – CONTROLE POLÍTICO Congresso Nacional Art. 36. § 3º, CF Decreto
Art. 34, VI e VII
§ 3.º Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a apreciação pelo Congresso Nacional ou pela Assembleia Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade.
5 – CONTROLE JURISDICIONAL Analisará a discricionariedade do Presidente.
Não existe controle de mérito Somente será analisado a legalidade ou constitucionalidade.
INTERVENÇÃO ESTADUAL – Art. 35, CF
• Não existe intervenção provocada por solicitação Espontânea e Requisitada.
Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando:
Intervenção Espontânea
I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada; Empréstimo contraído.
II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei; Falta de Prestação de Contas.
III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde; Desvio de Dotação.
•• Inciso III com redação determinada pela Emenda Constitucional n. 29, de 13-9-2000.
• Vide art. 212 da CF.
Intervenção por Requisição Intervenção provocada por requisição após representação Interventiva julgada pelo TJ apresentada pelo Procurador Geral da Justiça Chefe do Ministério Público do Estado.
IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial. 
CONTROLE POLÍTICO Assembleia Legislativa.
CONTROLE JURISDICIONAL Tribunal de Justiça.
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Curso de Bacharel em Direito
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Prof.ª Leide de Oliveira – leideors@oi.com.br
Crevelino Pereira França Filho – crevelino.filho@hotmail.com – cel.: (22) 9955-3618
22/08/2013 - AULA 04 – SEMANA 04
DEFESA DOS ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS – Arts. 136/141, CF.
Medidas legais discricionárias, não arbitrárias.
Ato discricionário é aquele em que a autoridade tem espaço de decisão nos limites da lei.
Ato arbitrário é aquele que fere a lei.
Não têm mais a conotação anterior a CF/88. Os instrumento eram utilizados para proteger grupos no exercício do poder. No período de Vargas, a constituição foi instaurada sob o estado de emergência, que hoje não pode ser utilizado com a finalidade de então.
Diante de situações de pleno equilíbrio permanece a situação de normalidade constitucional, mas existem situações que põe em risco esse equilíbrio: Estado de Defesa e Estado de Sítio.
Conceito: “Conjunto ordenado de normas constitucionais que informado pelos princípios da necessidade e temporariedade tem por objeto as situações de crise e por finalidade o reestabelecimento ou mantença da normalidade constitucional”. Aricê Moacyr Amaral Santos.
Outras correntes acrescentam o princípio da proporcionalidade.
São situações de legalidade extraordinária, pois a própria constituição autoriza, mas estão fora do que é normal no Estado, são medidas de exceção.
1 - ESTADO DE DEFESA:
Legalidade extraordinária mais branda, no qual os motivos que justificam a sua decretação são brandos. Art. 336, CF.
Presidente Pode ato discricionário em face da necessidade.
PRESSUPOSTOS FORMAIS:
a) Audiência do Conselho da República Art. 89, CF.
b) Audiência do Conselho da Defesa Nacional Art. 91, CF.
O parecer do Conselho não vincula os Ato do Presidente, mas se o presidente resolver decretar deverá ouvir os conselhos, ainda que o parecer seja negativo, poderá decretar o Estado de Defesa. Se decretar sem ouvir é inconstitucional.
DECRETO: 
Área: restrita e determinada somente em parte do território, pois não poderá ser decretado o Estado de defesa em todo o território nacional, é pois inconstitucional.
Tempo: Até trinta dias em face da necessidade, podendo der prorrogado, uma única vez, por mais trinta dias. Se não suficiente para resolver o problema Estado de Sítio.
Executor da medida: Pessoa de confiança do Presidente, nomeada geralmente entre os militares.
Medidas coercitivas adotadas: restrição ou suspensão aos direitos fundamentais.
Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.
• A Lei n. 8.041, de 5-6-1990, dispõe sobre a organização e o funcionamento do Conselho da República.
• A Lei n. 8.183, de 11-4-1991, dispõe sobre a organização do Conselho de Defesa Nacional. Regulamentada pelo Decreto n. 893, de 12-8-1993.
§ 1.º O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua duração, especificará as áreasa serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes:
I - restrições aos direitos de:
a) reunião, ainda que exercida no seio das associações;
b) sigilo de correspondência;
c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;
II - ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de calamidade pública, respondendo a União pelos danos e custos decorrentes.
§ 3.º Na vigência do estado de defesa:
I - a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo executor da medida, será por este comunicada imediatamente ao juiz competente, que a relaxará, se não for legal, facultado ao preso requerer exame de corpo de delito à autoridade policial;
II - a comunicação será acompanhada de declaração, pela autoridade, do estado físico e mental do detido no momento de sua autuação;
III - a prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá ser superior a dez dias, salvo quando autorizada pelo Poder Judiciário;
IV - é vedada a incomunicabilidade do preso.
§ 4.º Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o Presidente da República, dentro de vinte e quatro horas, submeterá o ato com a respectiva justificação ao Congresso Nacional, que decidirá por maioria absoluta.
§ 5.º Se o Congresso Nacional estiver em recesso, será convocado, extraordinariamente, no prazo de cinco dias.
§ 6.º O Congresso Nacional apreciará o decreto dentro de dez dias contados de seu recebimento, devendo continuar funcionando enquanto vigorar o estado de defesa.
§ 7.º Rejeitado o decreto, cessa imediatamente o estado de defesa.
PRESSUPOSTOS MATERIAIS PARA A DECRETAÇÃO DO ESTADO DE DEFESA (Motivos)
a) Ameaça a ordem pública ou a paz social causada por instabilidade institucional ou Calamidades de grandes proporções na natureza.
Ordem Pública Configura uma situação de pacífica convivência social livre de rusgas e desentendimentos que possa levar a prática de ilícitos.
CONTROLE POLÍTICO:
Primeiro Congresso Nacional.
Decreto de Estado de Defesa, não há controle prévio CN tem 10 dias para apreciar.
CN Aprova nos termos previstos ou;
CN Rejeita Rejeição Encerra o Estado de Defesa.
Segundo Concomitante Art. 140, CF. Relatório da Comissão.
Art. 140. A Mesa do Congresso Nacional, ouvidos os líderes partidários, designará Comissão composta de cinco de seus membros para acompanhar e fiscalizar a execução das medidas referentes ao estado de defesa e ao estado de sítio.
Terceiro Posterior Art. 141, § único, CF.
Art. 141. Cessado o estado de defesa ou o estado de sítio, cessarão também seus efeitos, sem prejuízo da responsabilidade pelos ilícitos cometidos por seus executores ou agentes.
Parágrafo único. Logo que cesse o estado de defesa ou o estado de sítio, as medidas aplicadas em sua vigência serão relatadas pelo Presidente da República, em mensagem ao Congresso Nacional, com especificação e justificação das providências adotadas, com relação nominal dos atingidos, e indicação das restrições aplicadas.
CONTROLE JURÍDICO:
Poder Judiciário Só analisa quanto a legalidade e constitucionalidade da medida. Não cabe analisar o mérito.
2 - ESTADO DE SÍTIO: 
PRESSUPOSTOS: Art. 137, I e II
Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de:
I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa; (Levante de armas)
II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.
Parágrafo único. O Presidente da República, ao solicitar autorização para decretar o estado de sítio ou sua prorrogação, relatará os motivos determinantes do pedido, devendo o Congresso Nacional decidir por maioria absoluta.
Art. 138. O decreto do estado de sítio indicará sua duração, as normas necessárias a sua execução e as garantias constitucionais que ficarão suspensas, e, depois de publicado, o Presidente da República designará o executor das medidas específicas e as áreas abrangidas.
PRAZOS DO ESTADO DE SÍTIO
§ 1.º O estado de sítio, no caso do art. 137, I, não poderá ser decretado por mais de trinta dias, nem prorrogado, de cada vez, por prazo superior; no do inciso II, poderá ser decretado por todo o tempo que perdurar a guerra ou a agressão armada estrangeira.
§ 2.º Solicitada autorização para decretar o estado de sítio durante o recesso parlamentar, o Presidente do Senado Federal, de imediato, convocará extraordinariamente o Congresso Nacional para se reunir dentro de cinco dias, a fim de apreciar o ato.
§ 3.º O Congresso Nacional permanecerá em funcionamento até o término das medidas coercitivas.
Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art. 137, I, só poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas:
I - obrigação de permanência em localidade determinada;
II - detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns;
III - restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações, à prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei;
IV - suspensão da liberdade de reunião;
V - busca e apreensão em domicílio;
VI - intervenção nas empresas de serviços públicos;
VII - requisição de bens.
Parágrafo único. Não se inclui nas restrições do inciso III a difusão de pronunciamentos de parlamentares efetuados em suas Casas Legislativas, desde que liberada pela respectiva Mesa.
Art. 140. A Mesa do Congresso Nacional, ouvidos os líderes partidários, designará Comissão composta de cinco de seus membros para acompanhar e fiscalizar a execução das medidas referentes ao estado de defesa e ao estado de sítio.
Art. 141. Cessado o estado de defesa ou o estado de sítio, cessarão também seus efeitos, sem prejuízo da responsabilidade pelos ilícitos cometidos por seus executores ou agentes.
Parágrafo único. Logo que cesse o estado de defesa ou o estado de sítio, as medidas aplicadas em sua vigência serão relatadas pelo Presidente da República, em mensagem ao Congresso Nacional, com especificação e justificação das providências adotadas, com relação nominal dos atingidos, e indicação das restrições aplicadas.
PRESSUPOSTOS FORMAIS
a) Audiência do Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional Não vincula
b) Solicita autorização ao Congresso Nacional Maioria absoluta de 594 298 Parlamentares Vincula:
Rejeita Não será decretado o Estado de Sítio.
Aprova 
DECRETO:
Áreas: Em parte do território ou todo o território nacional.
Tempo: 	Art. 137, I, CF Até 30 dias e prorrogado por mais quantas vezes 30 dias for necessário.
	Art. 137, II, CF Todo o tempo necessário.
Medidas Restritivas: Art. 139, CF.
		
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29/08/2013 - AULA 05 – SEMANA 04
QUADRO COMPARATIVO
	
	ESTADO DE DEFESA
	ESTADO DE SÍTIO
	Competência
	Presidente da República
	Presidente da República
	Meio
	Decreto
	Decreto
	Pressupostos Materiais
	Art. 136, CF: Instabilidade Institucional ou Calamidade de grandes Proporções na Natureza.
	Art. 137, CF:
I, a - Comoção grave de repercussão Nacional;
I, b - Ineficácia das medidas tomadas no Estado de Defesa;
II – Beligerância com outros Estados;
	Pressupostos Formais
	Audiência do Conselho da República e do Conselho da Defesa Nacional (Não ouvir é inconstitucional, mas o parecer deles não vincula). Art.
	Audiência do Conselho da República e do Conselho da Defesa Nacional (Não ouvir é inconstitucional, mas o parecer deles não vincula). Art. 89 e 91, CF.
	Meios
	Decreto instituindo a medida.
	Solicitar Autorização do Congresso Nacional para decretar a medida.
	Parecer do Congresso
	Posterior a Implantação;10 dias para apreciação com decisão por maioria absoluta;
	Anterior a implantação:
10 dias para apreciação com decisão por maioria absoluta;
	Decreto
	Área restrita e determinada em parte do território;
	Área restrita ou todo o território nacional dependendo da necessidade;
	O Congresso continuará funcionando enquanto durar as medidas.
	Prazo: 30 dias, prorrogado + 30dias
	I – até 30 dias + 30 dias, indefinidamente enquanto houver necessidade, com aprovação do congresso nacional a cada prorrogação.
II – Por todo o período necessário (indeterminado).
	Medidas restritivas:
direitos (faculdades dos cidadãos), garantias (vedações ao Poder público) e remédios (dispositivos de saneamento aos direitos lesados).
	Liberdade de reunião;
Liberdade de comunicação;
Liberdade de correspondência;
Requisição de bens e serviços públicos;
Prisão (10 dias) de qualquer pessoa;
Qualquer outra é inconstitucional.
	Depende do motivo.
Art. 137, I – todas as medidas do Art. 139, CF;
Art. 137, II – todas as medidas do art. 139, CF e mais todas as que se fizerem necessárias.
	Controle Político
	1º - Autorização do Congresso Nacional – Posterior a decretação da medida.
	1º - Autorização do Congresso Nacional – Prévia a decretação da medida.
	Interpretação Majoritária 5 membros da mesa do Congresso
	2º - Concomitante – Art. 140, CF.
	2º - Concomitante – Art. 140, CF.
	
	3º - Posterior – Art. 141, § único – Relatório ao Congresso Nacional com justificações.
	3º - Posterior – Art. 141, § único – Relatório ao Congresso Nacional com justificações.
	Controle do Judiciário
	Legalidade e Constitucionalidade, nunca quanto ao mérito ou juízo político da decretação.
	Legalidade e Constitucionalidade, nunca quanto ao mérito ou juízo político da decretação.
	
	
	
	
	
	
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30/08/2013 - AULA 06 – SEMANA 06
FORÇAS ARMADAS – Art. 142, 143 e 144, CF.
Exército, Marinha e Aeronáutica
Função: Defesa do território nacional.
Hierarquia: Presidente da República Ministro de Estado da Defesa Comandantes.
Características:
Não pode haver greve.
Não cabe Habeas Corpus para transgressão disciplinar militar.
Cabe Habeas Corpus quanto a legalidade.
Observações:
Conscrito: Não tem direito ao salário mínimo, vez que o Estado provê tudo.
Refratário: Aquele que deve se apresentar para o serviço militar e não se apresenta.
Insubmisso: Aquele que é convocado, mas não se apresenta.
Desertor: Aquele que a partir da matrícula, intempestivamente abandona o serviço militar.
Partido Político: o militar está desobrigado de se filiar.
Competência para processar e julgar os membros das forças Armadas:
Juízes de Direito, Conselho de Justiça Militar, Tribunal de justiça, jamais chegará ao STM (quanto aos militares).
Forças de Segurança Pública: Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Ferroviária Federal, Polícia Civil, Polícia Militar (Policiamento ostensivo preventivo). Todos proibidos de fazer greve.
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Quanto ao Distrito Federal: art. 21, CF. Texto modificado pela Emenda Constitucional 69.
Art. 21. Compete à União:
XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios; 
•• Inciso XIII com redação determinada pela Emenda Constitucional n. 69, de 29-3-2012.
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
XVII - organização judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios, bem como organização administrativa destes;
•• Inciso XVII com redação determinada pela Emenda Constitucional n. 69, de 29-3-2012.
• Organização, atribuições e Estatuto do Ministério Público da União: Lei Complementar n. 75, de 20-5-1993.
• Organização da Defensoria Pública da União, do Distrito Federal e dos Territórios, com normas gerais para os Estados: Lei Complementar n. 80, de 12-1-1994.
SOBERANIA
Poder Soberano: Indivisível
Funções do Poder Soberano3: Legislativa, Executiva e Jurisdicional.
PODER LEGISLATIVO – art. 44 e art. 70, CF.
Funções do Legislativo: Típica e Atípica.
Típica:
Edição de leis art. 44, CF.
Fiscalização art. 70, CF.
Atípica:
Processar e julgar os crimes de responsabilidade do Presidente da República.
Administração (organização de cada casa).
Cenário Federal:
É representado pelo Congresso Nacional.
Função Bicameral por exigência do Estado FederalCâmara de Deputados e Senado Federal.
Câmara de Deputados (CD): representam o povo 513 Deputados Federais Mandato: 4 anos.
Nenhum Estado Membro pode ter menos que 8 e mais de 70 Deputados Federais.
Senado Federal (SF): representam os Estados Membros e o Distrito Federal 81 Senadores Mandato: 8 anos.
Cenário Estadual:
É representado pela Assembleia Legislativa.
O número de Deputados Estaduais é calculado pela fórmula: DepEst = ((DepFed -12) + 36).
Se DF até 12 DE=DF*3; Se DF Maior que 12 DF=DE+24
Exemplo:
Estado de São Paulo possui 70 Deputados Federais, logo teremos 94 Deputados Estaduais.
DepEst = ((70 - 12) + 36) DepEst = 58 + 36 DepEst = 94.
Cenário Municipal:
É representado pela Câmara de Vereadores.
Observações:
Legislatura: período do mandato 4 anos. Corresponde a 4 Seções Legislativas e 8 Períodos Legislativos.
Seção Legislativa: período anual 1 ano. Art. 57, CF. Corresponde a 2 Períodos Legislativos.
Período Legislativo: corresponde ao lapso temporal entre 02/02 a 17/07 e 01/08 a 22/012 de cada ano.
Das Reuniões: funcionamento dos trabalhos do Legislativo art. 57, CF.
Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1.º de agosto a 22 de dezembro.
•• Caput com redação determinada pela Emenda Constitucional n. 50, de 14-2-2006.
§ 1.º As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o primeiro dia útil subsequente, quando recaírem em sábados, domingos ou feriados.
§ 2.º A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias.
§ 3.º Além de outros casos previstos nesta Constituição, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão em sessão conjunta para:
I - inaugurar a sessão legislativa;
II - elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços comuns às duas Casas;
II - receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente da República;
IV - conhecer do veto e sobre ele deliberar.
§ 4.º Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir de 1.º de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas, para mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente.
•• § 4.º com redação determinada pela Emenda Constitucional n. 50, de 14-2-2006.
§ 5.º A Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo Presidente do Senado Federal, e os demais cargos serão exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos equivalentes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.
§ 6.º A convocação extraordinária do Congresso Nacional far-se-á:
I - pelo Presidente do Senado Federal, em caso de decretação de estado de defesa ou de intervenção federal, de pedido de autorização para a decretação de estado de sítio e para o compromisso e a posse do Presidente e do Vice-Presidente da República;
II - pelo Presidente da República, pelos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal ou a requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas, em caso de urgência ou interesse público relevante, em todas as hipóteses deste inciso com a aprovação da maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso Nacional.
•• Inciso II com redação determinada pela Emenda Constitucional n. 50, de 14-2-2006.
§ 7.º Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somentedeliberará sobre a matéria para a qual foi convocado, ressalvada a hipótese do § 8.º deste artigo, vedado o pagamento de parcela indenizatória, em razão da convocação.
•• § 7.º com redação determinada pela Emenda Constitucional n. 50, de 14-2-2006.
§ 8.º Havendo medidas provisórias em vigor na data de convocação extraordinária do Congresso Nacional, serão elas automaticamente incluídas na pauta da convocação.
•• § 8.º acrescentado pela Emenda Constitucional n. 32, de 11-9-2001.
Espécies de Seção Legislativa: Ordinária, extraordinária, conjunta e preparatória.
Seção Ordinária: compreende do período entre 02/02 a 17/07 e 01/08 a 22/12
Seção Extraordinária: compreende o período de recesso entre 01/01 a 02/02 e 17/07 a 01/08.
Quem pode convocar:
Presidente do Senado Federal Posse de presidente e vice-presidente da República, Decretos de Intervenção Federal, Estado de Defesa e de Estado de Sítio.
Presidente das Câmara de Deputados, Presidente da República e Maioria Absoluta dos Membros de ambas as Casas Legislativas Urgência, Interesse Público (só podem se reunir para o fim a que foram convocados.
Seção Conjunta: Quando as duas casas atuam na mesma seção. De forma individualizada e cada qual no seu espaço.
Para posse do Presidente e Vice-presidente da República e para apreciar o Veto dado pelo Presidente da República.
Seção Preparatória: Ocorre no dia 01/02 do primeiro ano da legislatura, para a escolha das mesas diretoras das casas legislativas. A Mesa Diretora é o órgão que organiza os trabalhos da casa respectiva.
Mesas Diretoras:
Eleição por 2 anos, não se permitindo reeleição, para o mesmo cargo, na mesma Legislatura. 
	Câmara de Deputados
	Congresso Nacional
	Senado Federal
	Presidente
	Presidente 
	Presidente
	1º Vice-presidente
	
	1º Vice-presidente
	2º Vice-presidente
	
	2º Vice-presidente
	1º Secretário
	
	1º Secretário
	2º Secretário
	
	2º Secretário
	3º Secretário
	
	3º Secretário
	4º Secretário
	
	4º Secretário
COMISSÕES: art. 58, CF;
Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação.
§ 1.º Na constituição das Mesas e de cada Comissão, é assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da respectiva Casa.
§ 2.º Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:
I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do Plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Casa;
II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;
III - convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições;
IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas;
V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;
VI - apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre eles emitir parecer.
§ 3.º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
COMISSÃO PERMANENTES: Comissão Temática: Para apreciar matérias específicas Direitos Humanos, Constituição e Justiça (CCJ), Economia, Saúde, Mista de Orçamento, etc.
Analisam a conveniência dos Projetos de Lei, a constitucionalidade.
Fiscalizam o cumprimento da Lei.
O poder da Comissão permite rejeitar e arquivar o Projeto de Lei.
Requerimento de 10% permite que o Pleno analise o Projeto de Lei arquivado pela Comissão.
COMISSÕES TEMPORÁRIAS: Criada para determinado fim, que alcançado, se extingue.
Comissão Representativa: para atuar durante os recessos parlamentares Eleita em 22/12, passando a atuar de 23/12 até
COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO: CPI Só na Câmara ou só no Senado Federal; Art. 58, § 3º
COMISSÃO PARLAMENTAR MISTA DE INQUÉRITO: CPMI Criada com a partição conjunta das duas casas.
ORIGENS
Criação de CPI ou CPMI: Determinada pela Mesa Diretora, após requerimento de:
1/3 Deputados da CD;
1/3 Senadores da SF;
1/3 CD + 1/3 SF;
FUNÇÕES:
Criada para proteger os interesses das minorias;
Investigar fato concreto, determinado e ilícito;
Poderes de Instrução do Judiciário = Poderes de Investigação do Judiciário.
DURAÇÃO:
Deverá ser criada prazo certo;
A CPI na Câmara de Deputados é de 120 dias, podendo ser prorrogada por até a metade deste prazo, não devendo ultrapassar a Legislatura.
CONVOCAÇÃO:
Ministros, Parlamentares
STF é competente para processar e julgar as autoridades com prerrogativas de foro e pessoas comuns quando houver conexão entre os fatos. 
Ponderação dos interesses envolvidos Segurança Jurídica.
Todos podem se fazer representar por advogados e outros;
PODERES DA CPI:
Poderes de Investigação do Judiciário: Deve ser feita interpretação restritiva, pois não são todos os poderes do Judiciário. Todos os atos devem ser fundamentados
Executado com a própria alçada:
Convocar 
Busca e apreensão de documentos;
Quebrar sigilo fiscal, bancário, de dados e de registros telefônicos (Não a interceptação de áudio);
Determinar prisão em flagrante por falso testemunho (Salvo-conduto Habeas Corpus Preventivo);
Reserva Constitucional de Jurisdição: Deve ser requerido ao Judiciário:
Não pode determinar busca e apreensão em domicílio. Inviolabilidade de Domicílio;
Não pode determinar prisão cautelar;
Não pode determinar indisponibilidade de bens;
Não pode determinar medidas restritivas: penhora, arresto;
Não pode determinar a interceptação telefônica: grampo de áudio;
Projeto de Lei deverá ser apresentado ao Senado Federal, quando:
IMUNIDADES PARLAMENTARES: Estatuto dos Congressistas – art. 53, CF.
São as garantias necessárias para que os Parlamentares possam atuar de forma independente e imparcial no exercício do seu cargo e mandato, de forma que permita uma fiel representação do mandato obtido.
1 - IMUNIDADE MATERIAL: Inviolabilidade: art. 53, caput
Os deputados e Senadores não responderão civil ou penalmente por suas opiniões no exercício do mandato, mesmo após o término do mandato, pois não existiu o ilícito.
A imunidade abrange o veículo utilizado pelo parlamentar para a divulgação.
Parlamentar em período de reeleição, não está amparado pela imunidade, pois não estará no exercício do mandato.
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05/09/2013 - AULA 07 – SEMANA 06
2 - IMUNIDADE FORMAL: 
Quanto a prisão: A partir da diplomação pela Justiça Eleitoral.
Poderá ser preso em flagrante de crime inafiançável, que deverá ser comunicada imediatamente a Casa a que o Parlamentar pertença, que decidirá sobre a prisão.
Prisão possível por decisão transitada em julgado.
Quanto ao processo:
Crime cometido antes da diplomação: Não existe a imunidade. Havendo sentença condenatória transitada em julgado, será preso.
Crime cometido após a diplomação: Existe a possibilidade de suspender o processo, enquanto exercer o mandato. Congelando o processo e a prescrição. Caberá a Casa respectiva do Parlamentar decidir por maioria absoluta de votos, desde que provocado por partido político representado na casa Legislativa a suspensão ou não do processo. A Casa terá 45 dias para apreciar e decidir.
PGR: denúncia STF:comunica CD ou SF; o processo continua correndo;
Partido Político: provoca CD ou SF: decidirá por maioria de votos suspende ou não: comunica STF; findo mandato, o parlamentar responderá, pois a Legislatura terminou.
3 – PRERROGATIVA DE FORO STF: Art. 53, § 1º, CF c/c art. 102, I, b, CF.
Segue a regra da atualidade no mandato. Findo o mandato, o processo retorna ao juízo comum, que pode ser transformada em uma ciranda de processo, pois se eleito novamente...
Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.
•• Caput com redação determinada pela Emenda Constitucional n. 35, de 20-12-2001.
§ 1.º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal.
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República;
Aos Parlamentares Estaduais
Art. 27. O número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze. DE=DF+24
§ 1.º Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando-se-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas
Aos Vereadores só têm imunidade material.
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos.
IX - proibições e incompatibilidades, no exercício da vereança, similares, no que couber, ao disposto nesta Constituição para os membros do Congresso Nacional e, na Constituição do respectivo Estado, para os membros da Assembleia Legislativa; 
Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta Constituição.
§ 1.º A competência dos tribunais será definida na Constituição do Estado, sendo a lei de organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça.
4 – INCOMPATIBILIDADES – Vedações – art. 54, CF.
Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão:
I - desde a expedição do diploma:
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes; contrato padrão de adesão.
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis ad nutum, nas entidades constantes da alínea anterior;
II - desde a posse:
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis ad nutum, nas entidades referidas no inciso I, a;
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, a;
d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.
5 – PERDA DO MANDATO – Art. 55, CF
Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador:
I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;
II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar;
Abuso, recebimento de quantias indevidas, leviandade,
III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada; faltar 1/3 da reuniões
IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;
V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos nesta Constituição;
VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado;
§ 1.º É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no regimento interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional ou a percepção de vantagens indevidas.
§ 2.º Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por voto secreto e maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa. Cadê a democracia?
§ 3.º Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela Mesa da Casa respectiva, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.
§ 4.º A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda do mandato, nos termos deste artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais de que tratam os §§ 2.º e 3.º.
Postar Caso 7 e 13 
PROCESSO LEGISLATIVO – art. 59 a 69, CF.
Conceito: Conjunto de normas que regulamentam a elaboração dos atos normativos primários.
São três os tipos de processo legislativo: Processo Legislativo Comum, Processo Legislativo Sumário e Processos Legislativos Especiais.
Processo Legislativo Comum: Lei Ordinária.
Processo Legislativo Sumário:
Processos Legislativos Especiais:
Lei Complementar:
Emenda Constitucional;
Lei Delegada:
Medida Provisória:
Decreto Legislativo:
Resolução 
PROCESSO LEGISLATIVO COMUM / Ordinário. O mais completo processo.
3 Fases:
1ª – Introdutória;
2ª - Constitutiva: Deliberação Parlamentar e Deliberação Executiva;
3ª – Complementar;
1ª FASE - Introdutória
Iniciativa Parlamentar: 
Iniciativa Extraparlamentar: Projeto de Lei apresentado por outros membros.
Iniciativa Comum: qualquer um dos legitimados pode apresentar o PL art. 61, CF. Conveniência política para aprovação, pois não existe prazo.
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.
Iniciativa Reservada: art. 61, § 1º, CF. Princípio da Simetria Federal, Estadual e Municipal.
§ 1.º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas;
II - disponham sobre:
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração;
• Vide Súmulas 679 e 681 do STF.
b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios;
c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria;
•• Alínea c com redação determinada pela Emenda Constitucional n. 18, de 5-2-1998.
d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios;
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto no art. 84, VI;
•• Alínea e com redação determinada pela Emenda Constitucional n. 32, de 11-9-2001.
f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva.
•• Alínea f acrescentada pela Emenda Constitucional n. 18, de 5-2-1998
Art. 93, CF.
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observadosos seguintes princípios:
• A Lei Complementar n. 35, de 14-3-1979, promulgada sob a vigência da ordem constitucional anterior, disporá sobre a Magistratura Nacional até o advento da norma prevista no caput deste artigo.
2ª FASE – Constitutiva
Deliberação Parlamentar Congresso Nacional
Discussão e Votação.
Deliberação Executiva Presidente República
Sanção ou Veto
IMPORTÂNCIA DA INICIATIVA: 2 Casas Parlamentares: Onde será apresentado o Projeto de Lei. 
Câmara de Deputados Projeto de Lei de iniciativa de qualquer outro membro do Poder.
Senado Federal Projeto de Lei de inciativa de Senador ou de Comissão de Senadores
Casa Iniciadora: onde é apresentado o projeto. Se aprovado o PL, segue para a outra Casa.
Casa Revisora: 2ª apreciação.
Exemplo: Projeto de Lei apresentado pelo Deputado X é apresentado na Câmara de Deputados na Comissão de Constitucionalidade e Justiça que faz o controle preventivo sobre a constitucionalidade do PL, segue para a Comissão Temática (Permanente Saúde, Educação, etc.), que aprova ou rejeita de acordo com a conveniência, se aprovado o PL segue para a casa revisora, neste caso, o Senado federal. Caso rejeitado pela Comissão, pode ser apreciado pelo Pleno da Casa, em face de requerimento de 1/10 dos Membros da Casa, que poderá aprovar ou rejeitar.
O quórum necessário para aprovar o PL é a maioria simples ou relativa que deve estar presente para que haja a sessão art. 47, CF, ou seja, de 513 membros presentes: 513 257; de 300 membros presentes: 300 151 (primeiro número inteiro superior a metade dos votos).
Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros.
Pelo Princípio da Irrepetibilidade: art. 67, CF.
Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.
Na casa revisora, repete-se toda a tramitação já ocorrida na casa iniciadora, que pode rejeitar, apresentar emendas, fazendo com que o PL volte para a casa iniciadora para apreciar a emendas, ou, aprovar in totun, seguindo o autógrafo (texto definitivo aprovado por ambas as casas) para a Deliberação Executiva do Presidente da República, que pode sancionar ou vetar o PL.
Maioria relativa de 81, depende do número mínimo de 41 membros presentes
O veto presidencial tem 30 dias para ser apreciado pelo Congresso Nacional.
A doutrina majoritária entende que o PL só passa a ser Lei quando da promulgação, embora assim o seja, também o veto derrubado.
3ª FASE – Complementar
Promulgação: É formalidade essencial através da qual se atesta que a ordem jurídica foi validamente inovada. Presunção relativa de validade constitucional. Admite prova em contrário.
Em caso de veto derrubado Presidente tem 48 horas para promulgar, se não o faz Presidente do Senado Federal tem 48 horas para promulgar, se não o faz 
Publicação: Conferir conhecimento público a sociedade, pois ninguém poderá alegar o desconhecimento da lei.
O VETO PODE SER:
Jurídico, quando entende o PL inconstitucional (controle preventivo de constitucionalidade);
Político, quando entende que é prejudicial a sociedade;
Total, quando todo o texto da Lei é vetado;
Parcial, quando deve ser vetado o texto integral de artigo, inciso e alíneas;
Fundamentado, quando explica os motivos, se não houver fundamentação sanção tácita;
Expresso: 15 dias úteis sanção tácita; 
Relativo: pode ser derrubado pela maioria absoluta em sessão conjunta do Congresso Nacional.
A SANÇÃO PODE SER:
Expressa:
Tácita:
Projeto de iniciativa do Presidente da República, pode sofrer emendas, exceto aquelas que aumentem a despesa anteriormente prevista no projeto. Não estão inclusas na exceção, aquelas que tratem da Legislação Orçamentária, desde que fundamentada a origem da dotação. Art. 63, CF.
Art. 63. Não será admitido aumento da despesa prevista:
I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da República, ressalvado o disposto no art. 166, §§ 3.º e 4.º;
II - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, dos Tribunais Federais e do Ministério Público.
PROCESSO LEGISLATIVO SUMÁRIO – art. 64, CF. 2ª fase dura no máximo 100 dias.
Art. 64. A discussão e votação dos projetos de lei de iniciativa do Presidente da República, do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores terão início na Câmara dos Deputados.
§ 1.º O Presidente da República poderá solicitar urgência para apreciação de projetos de sua iniciativa.
§ 2.º Se, no caso do § 1.º, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal não se manifestarem sobre a proposição, cada qual sucessivamente, em até quarenta e cinco dias, sobrestar-se-ão todas as demais deliberações legislativas da respectiva Casa, com exceção das que tenham prazo constitucional determinado, até que se ultime a votação.
•• § 2.º com redação determinada pela Emenda Constitucional n. 32, de 11-9-2001.
§ 3.º A apreciação das emendas do Senado Federal pela Câmara dos Deputados far-se-á no prazo de dez dias, observado quanto ao mais o disposto no parágrafo anterior.
§ 4.º Os prazos do § 2.º não correm nos períodos de recesso do Congresso Nacional, nem se aplicam aos projetos de código.
A iniciativa é do Presidente da República, que pode solicitar urgência: A Casa iniciadora tem até 45 dias para discutir e votar, se não o fizer, no 46º tranca-se a pauta legislativa. Até a apreciação do projeto em questão, exceto aqueles que tenham prazo constitucional previsto.
Após apreciado, será enviado para a casa revisora apreciar em até 45 dias, se emendado, voltará para a casa iniciadora, que terá até 10 dias para apreciar tais emendas.
PR PL urgente CD aprecia (45 dias):
Rejeita: morre o PL
Aprova Total: Casa Revisora
Aprova com Emendas Casa Revisora.
SF aprecia (45 dias) 
Rejeita: morre o PL
Aprova Total: PR
Aprova com Emendas: Casa Iniciadora.
CD aprecia (10 dias) 
PROCESSOS LEGISLATIVOS ESPECIAIS
LEI COMPLEMENTAR:
A CF indica que Lei Complementar é necessário.
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição:
§ 2.º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar. 
QUÓRUM DE APROVAÇÃO: art. 69, CF. Maioria Absoluta.
Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta.
HIERARQUIA ENTRE LEIS
O STF entende que não existe hierarquia entre a Lei Complementar e Lei Ordinária. O que existe é um espaço de atuação diferente. Campo de incidência próprio a cada uma.
INICIATIVA DE PROJETO DE LEI
Semelhante a Lei Ordinária:
Sem reserva: vide art. 69, CF.
Reservada:
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios.
LEI DELEGADA – art. 68, CF
Raras, pois é mais fácil editar Medida Provisória
Iniciativa (solicita a autorização para editar determinada lei) exclusiva do Presidente da República.
PR solicita CN: Autoriza ou Não. Autoriza por Resolução
Típica PR edita Lei Delegada. Vide art. 49, V, CF.
Atípica PR organiza texto ao CN para apreciação: (a resolução exige a apreciação do PL).
Não aprova morre o PLD (Não há possibilidade de emendas); Aprova PR para editar a LD.
Se PR extrapola a autorização.
LIMITES DE DELEGAÇÃO art. 68, § 1º, CF.
Lei complementar não pode ser objeto de delegação.
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional.
§ 1.º Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do SenadoFederal, a matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre:
I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros;
II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais;
III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.
§ 2.º A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício.
§ 3.º Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional, este a fará em votação única, vedada qualquer emenda.
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa.
Art. 51 e art. 52, CF, leia-se exclusivamente ao invés de privativamente.
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Curso de Bacharel em Direito
Direito Constitucional II – CCJ0020
Prof.ª Leide de Oliveira – leideors@oi.com.br
Crevelino Pereira França Filho – crevelino.filho@hotmail.com – cel.: (22) 9955-3618
04/10/2013 - AULA 08 – SEMANA 07
PROCESSO LEGISLATIVO EMENDA CONSTITUCIONAL art. 60, CF.
Alguns doutrinadores afirmam que o cidadão não pode propor projeto de emenda constitucional, porque se pudessem, estaria expressamente autorizado no art. 60, CF. Porém existem outros doutrinadores que afirmam que o cidadão pode propor em face de uma interpretação sistemática do art. 60, CF.
FASES: Iniciativa, Constitutiva e Complementar.
1ª Fase: Iniciativa art. 60, I, II e III.
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
II - do Presidente da República;
III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
Proposição: Mediante proposta de:
1/3 da Câmara dos Deputados;
1/3 do Senado Federal;
Presidente da República;
Mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
Vedações: A constituição não poderá ser emendada na vigência de:
Intervenção federal;
De estado de defesa;
De estado de sítio.
§ 1.º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.
Proibições:
§ 4.º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
2ª Fase: Constitutiva: Deliberação Parlamentar art. 
Casa Iniciadora: será aquela que apresentar a proposta:
1/3 da Câmara dos Deputados Será a Câmara de Deputados;
1/3 do Senado Federal Será o Senado Federal;
Presidente da República Será a Câmara de Deputados;
Mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros Será a Câmara de Deputados ou o Senado Federal.
Mecanismo: Suponhamos que uma proposta de emenda constitucional, tenha como casa iniciadora a Câmara de Deputados, tal proposta será discutida e votada na Câmara de Deputados, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros, após seguirá para o Senado Federal, no qual será considerada aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros, caso não obtenha aprovação por 3/5 em dois turnos, tal proposta será rejeitada.
§ 2.º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.
Observações:
- Caso a proposta de emenda constitucional seja rejeitada, ela não poderá ser apreciada na mesma legislatura, sem exceção, devido ao Princípio da Irrepetibilidade Absoluta, art. 60, § 5º, CF.
§ 5.º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.
- Na proposta de emenda constitucional não haverá veto, nem sanção do Presidente da República.
- Os dois turnos não podem ocorrer no mesmo dia.
- A proposta de emenda constitucional se inicia e se conclui no Legislativo.
3ª Fase: Complementar: Promulgação e Publicação art. 
A mesa da Câmara e a mesa do Senado conjuntamente irão promulgar e publicar a emenda constitucional com o respectivo número de ordem.
§ 3.º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem.
Limites: Formal, Material e circunstancial.
Limite Formal: Processo Legislativo;
Limite Material: Núcleo de direitos fundamentais que não pode ser abolido: voto, separação de poderes, etc. art. 60, § 4º, CF. Se apresentada alguma proposta de revogação, tal dispositivo, só poderá ser modificado.
Limite Circunstancial: Só ocorrerá quando o Estado estiver em equilíbrio art. 60, § 1º, CF.
PROCESSO LEGISLATIVO MEDIDA PROVISÓRIA art. 62, CF.
A Medida Provisória permitia que o Poder Executivo legislasse por meio do Decreto-Lei.
Após a CF/88, tal instituto deixou de existir e os Decretos-Leis que não entraram em conflito, puderam ser recepcionados como Leis.
O Decreto Legislativo é a forma de...
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
•• Caput com redação determinada pela Emenda Constitucional n. 32, de 11-9-2001.
•• Vide art. 2.º da Emenda Constitucional n. 32, de 11-9-2001.
•• A Resolução n. 1, de 8-5-2002, dispõe sobre a apreciação do Congresso Nacional das medidas provisórias a que se refere este artigo.
É inconstitucional sobre o assuntos abaixo:
§ 1.º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:
I - relativa a:
a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral;
b) direito penal, processual penal e processual civil;
c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros;
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3.º;
II - que vise a detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro;
III - reservada a lei complementar;
IV - já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República.
A medida provisória poderá instituir ou majorar impostos, exceto:
§ 2.º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.
§ 3.º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do § 7.º, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes.
§ 4.º O prazo a que se refere o § 3.º contar-se-á da publicação da medida provisória, suspendendo-se durante os períodos de recesso do Congresso Nacional.
§ 5.º A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito das medidas provisórias dependerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos constitucionais.
§ 6.º Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias contados de sua publicação, entrará em regime de urgência, subsequentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em

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