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Contratos Internacionais e UNIDROIT

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS
Helena Amorim Souza
UNIDROIT
O Instituto Internacional para a Unificação do Direito Privado (UNIDROIT) é uma organização intergovernamental independente, sediada em Roma, com o objetivo de estudar os meios de harmonizar e de coordenar o direito privado entre os Estados e de preparar gradualmente a adoção de uma legislação de direito privado uniforme.
O Instituto tem entre os seus membros Estados pertencentes aos cinco continentes do globo que representam diversos sistemas jurídicos, econômicos e políticos.
CONTRATOS INTERNACIONAIS
Os contratos internacionais são o resultado do intercâmbio e das relações internacionais entre diferentes pessoas e Estados distintos, cujas características e mecanismos jurídicos utilizados diferem de uma fronteira para outra e assim sucessivamente.
Um contrato pode conter diversos elementos. Eles são evidentes quanto à sua nacionalidade, localização do seu estabelecimento e objeto do contrato. Os contratos internacionais possuem como elementos formadores as partes capazes, o consentimento, o objeto lícito, a forma prescrita ou não em lei, além do componente internacional.
Os contratos internacionais são responsáveis por movimentar as relações internacionais e o comércio internacional. Eles também conferem juridicidade às operações e permitem a formalização das promessas realizadas entre as partes, sendo a garantia de que os direitos de cada parte poderão ser plenamente efetuados.
Os contratos internacionais integram a parte especial do Direito Internacional Privado, e nesse campo em especial apresenta-se o princípio da autonomia da vontade como um dos tópicos mais importantes com relação à determinação do direito aplicável. Segundo esse princípio, as partes podem negociar e estabelecer cláusulas de acordo com suas necessidades e interesses. 
PRINCÍPIOS DO UNIDROIT
Os Princípios da UNIDROIT relativos aos contratos internacionais do comércio tiveram como função originária reduzir a imprevisibilidade relativa ao direito aplicável e foram criados para tratar especificamente das relações do comércio internacional.
O ciclo que envolve os contratos ocorre mediante três fases fundamentais: a formação, a conclusão e a execução.
A formação dos contratos internacionais é considerada a mais importante durante o processo de ajuste de vontades, pelas consequências jurídicas que gera e pela eficácia vinculativa dos entendimentos.
A concretização do princípio da autonomia de vontade é muito importante durante a formação do contrato internacional. É por meio dele que se formam as espécies preliminares que darão origem aos vínculos obrigacionais e subordinações.
Os contratos internacionais, pela sua natureza, não ficam subordinados a um único sistema jurídico 
Admite-se atualmente que as partes de um contrato designem expressamente a lei que os rege. Entretanto, existem contratos que não possuem essa escolha e acabam se sujeitando a regras do direito estrangeiro ou local. A Ordem Pública desempenha fundamental papel na escolha da lei aplicável. Ela se distingue em interna e externa ou internacional. A ordem pública interna refere-se aos princípios de base, éticos e morais, estabelecidos e respeitados num sistema jurídico particular. A externa ou internacional está atrelada a normas imperativas, isto é, que não podem ser evitadas nem excluídas pelo acordo das partes. 
Os Princípios contêm 185 artigos, divididos em dez capítulos, e precedidos de um “Preâmbulo” indicativo do propósito de suas normas. Tais capítulos trazem “Disposições gerais” sobre os contratos internacionais (Cap. 1), e disciplinam, sucessivamente, a “Formação do contrato e o Poder de representação” (Cap. 2), sua “Validade” (Cap. 3) e “Interpretação” (Cap. 4).
Capítulo 02 - Os Princípios regulam a formação do contrato levando em conta o critério tradicional da convergência de duas declarações de vontade: a oferta e a aceitação.
Capítulo 03 - Nesse capítulo, destaca-se o art. 3.2 (validade do mero acordo), que estabelece ser suficiente o simples acordo das partes para validar a conclusão, modificação ou extinção de um contrato.
Capítulo 04 - O contrato se interpreta segundo a intenção comum das partes. Se tal intenção não puder ser estabelecida, o contrato deverá ser interpretado conforme o significado que lhe dariam, nas mesmas circunstâncias, pessoas razoáveis da mesma qualidade, situadas na mesma posição das partes.
BIBLIOGRAFIA
<http://www.gddc.pt/cooperacao/materia-civil-comercial/unidroit.html>
<http://www.oas.org/dil/esp/95-142%20Gama.pdf>

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