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ANTIGONA - Defesa Creonte

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CESUCA – Faculdade INEDI
Direito Processual Civil I
DIREITO
SAULO PALHARES LAINI
ANTÍGONA – ELEMENTOS PARA DEFENDER CREONTE
Muito embora as decisões de Creonte quanto ao julgamento de Antígona tenham um ar de injustiça, o seu decreto que proibia a inumação do corpo de Poliníce é permitido e legal, haja vista sua posição de rei soberano de Tebas e, portanto, com legitimidade para legislar e cobrar o cumprimento de seus decretos.
As organizações humanas em sociedade necessitam de um complexo sistema político-jurídico para existirem em harmonia e ressonância com a vontade de todos. Uma importante maneira de organizar e controlar a sociedade de modo a se ter justiça, controle de abusos e plenitude e segurança para coexistirem em reciprocidade é a criação de um ordenamento jurídico que satisfaça a previsão de atos e fatos sociais e orquestre a sua conduta. Para reger essas relações sociais e organizar as regras, as leis, baseado nos costumes, na cultura e nas mais variadas fontes do direito, ocorre a abdicação, por parte do povo, de parte de sua liberdade em prol de um bem maior, qual seja, as relações sociais sob a administração do Estado que com o aval da população ganha legitimidade para organizar, legislar e julgar os atos que venham e infringir esse “contrato”.
Creonte, como sucessor legítimo do trono de Tebas, tem a legitimidade necessária para a administração da polis e uma vez promulgado determinado dispositivo legal, este tem a valoração exigida para impor, coercitivamente, a sua observância pelos cidadãos de Tebas.
Antígona, desobedeceu a uma ordem legal, direta, legítima e válida do rei, ao descumprir tal dispositivo, incorreu em crime previsto em lei anterior que o definia e, portanto, deve responder e cumprir a pena imposta.

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