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NP2- Aula 6 - Genética humana

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Aula 6 – Formação de gêmeos
Como será nascer com uma cópia idêntica a si mesmo, mesmo que aos poucos ela vá se modificando? Porque essas pessoas aparentemente iguais e fruto da mesma gestação reagem de forma diferente diante dos estímulos recebidos e desenvolvem personalidades distintas?
Duas formações para o nascimento de gêmeos:
1) Gêmeos idênticos, univitelinos ou monozigóticos
- Se originam de um único zigoto (célula-ovo), ou seja, um único óvulo fecundado por um único espermatozoide. A célula–ovo, por um processo ainda não muito esclarecido, se divide em duas partes iguais, as quais, cada uma originará um bebe.
- Do ponto de vista genético, esses gêmeos são idênticos e, obviamente, pertencem sempre ao mesmo sexo. Cerca de 25% dos gêmeos são monozigóticos. Gêmeos univitelinos têm o mesmo genoma, mas apresentam diferenças físicas e psíquicas adquiridas em processos distintos de desenvolvimento individual.
Diferenças na gravidez:
Quando a separação dos gêmeos humanos acontece dentro de 72 horas após a fertilização:
- Resultam dois embriões distintos, cada um com seu córion e âmnio. Isto acontece em certa de 30% das gestações monozigóticas
Córion: é o mais externo dos anexos embrionários; envolve não só o embrião, mas todos os outros anexos embrionários, ou seja: âmnio, saco vitelínico e alantoide. Ele também confere proteção mecânica, além de proteção térmica e contra a entrada de micro-organismos patogênicos.
Amnion: é uma membrana que envolve o embrião, contendo na sua cavidade o líquido amniótico, responsável pela proteção do indivíduo contra choques mecânicos, desidratação e patógenos. Ele, ainda, permite que o feto se movimente, auxiliando no desenvolvimento muscular; e também impede que este fique aderido ao âmnio.
Se a separação dos gêmeos humanos acontecer 4-8 dias após a fertilização:
- Haverá a formação de um só cório mas duas cavidades amnióticas. Esta variação ocorre em 2/3 das gestações monozigóticas.
Quando a separação dos gêmeos acontece 8-13 dias:
- Apenas um âmnio e cório se formam. Certa de 2% das gestações incluem essa variação.
O alantóide e o cordão umbilical formam-se separadamente, com cada embrião possuindo o seu.
Alantóide: é uma estrutura ligada ao intestino e ao sistema urinário do embrião que armazena excretas e permite trocas com a mãe
Cordão umbilical: é responsável pelo transporte de nutrientes, além de realizar as trocas gasosas entre a mãe e o feto.
Menos comuns são os gêmeos idênticos originados na fase de segmentação, onde precocemente os blastômeros (2-8) se separam. Neste caso, cada gêmeo possui seus próprios anexos embrionários, mas as placentas de ambos podem de fundir.
 
2) gêmeos fraternos, bivitelínicos ou bizigóticos
 - Resultado de fertilização de dois óvulos e dois espermatazoides. Eles compartilham até 50% de informação genética, podem ou não ser do mesmo sexo e ter ou não o mesmo fator sanguíneo. 
- Metade de todos os gêmeos fraternos são pares formados por menino e menina. Um quarto é composto de dois meninos e outro quarto de duas meninas. 
- Ficam em duas bolsas amnióticas e duas placentas separadas, mas há casos em que se alojam tão próximo um do outro que as placentas se fundem como se fossem uma só. 
- A maioria dos gêmeos fraternos desenvolvem-se de óvulos fecundados na mesma ocasião, mas as vezes, o segundo óvulo é fecundado após dois dias. Por isso, é possível gêmeos fraternos terem pais diferentes
- Os dois bebes nascem com um intervalo de alguns minutos. Um em cada milhão de gêmeos deste tipo, têm cores diferentes, mesmo sendo do mesmo pai. 
Diferenças de formação entre os gêmeos univitelínicos e bivitelínicos
 
Traços psicológicos normais e patológicos em gêmeos
Gêmeos criados pelos mesmos pais
51 a 69% dos gêmeos monozigóticos têm patologias psicológicas semelhantes – de 41 a 49% são influenciados pelo ambiente
13 a 20% dos gêmeos dizigóticos têm patologias psicológicas semelhantes – 80 a 87% são influenciados pelo ambiente
Gêmeos monozigóticos criados por pais diferentes:
67% dos gêmeos monozigóticos, criados por pais diferentes apresentavam o mesmo distúrbio psicológico
Conclusão: existe influência genética e ambiental nos distúrbios psicológicos

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