Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
* Assistência de Enfermagem na Ventilação Mecânica Ensino Clinico Teórico 4 Profa. Thamy Braga * Equipe Ana Carolina de Oliveira Silva Ana Emelly dos Santos Soares Bruna Géssica Fernanda Claudia Amâncio Leyla Lima de Sousa * Anatomia Traqueia Pulmão Brôquios Alvéolos Costelas Intercostais Diafragma * História da VM 124 - 156 a.C. Asklepíades praticou respiração boca a boca em um indivíduo que, por já ser tido como morto, seria incinerado, devolvendo-lhe assim a vida. 1530 → Paracelso → Fole manual. 1887 → Dwyer → 1° intubação orotraqueal. * * História da VM 1928 → Drinker → pulmão de aço. (epidemias de poliomielite). Década de 50 → Brasil → início da VM. * * * * * Ventilação Mecânica Principais recursos de suporte à vida utilizados na UTI. Substitui total ou parcialmente a atividade ventilatória do paciente. * Objetivos da VM Reverter a hipoxemia. Tratar acidose respiratória. Tratar atelectasias. Permitir sedação/anestesia. Aliviar desconforto respiratório. Reverter a fadiga dos músculos respiratórios. * Etiologia da VM - Cérebro: TCE, AVC, TU e Infecções - Medula: TRM, Infecções - Sistema Neuromuscular: Guillain-Barré - Caixa torácica: Trauma torácico - Pulmão: SDRA, Pneumonia, DPOC - Vias aéreas: Asma, DPOC - Tecidos e Células: Redução da Hb e Intoxicação Exógena - Sistema Cardiovascular: Choque de qualquer etiologia. * Formas de Ventilação • Forma Não Invasiva: por meio de máscaras faciais, (CPAP, BIPAP). • Forma Invasiva: após intubação traqueal. * VM Não Invasiva - CPAP: (continuous positive airway pressure), pressão positiva contínua em vias aéreas. Mais util pac. IRA. - BIPAP: (bilivel positive airway pressure), ventilação não invasiva com dois níveis de pressão: IPAP - Pressão inspiratória positiva constante. EPAP - Pressão expiratória positiva constante. * Ventilação Não Invasiva Tratamento de escolha antes da intubação. Após extubação, diminuindo chance de reintubação. Menor permanência na UTI. Aumenta os volumes pulmonares e a oxigenação. Diminui a incidência de pneumonia . Não precisa de sedação intensa. * * * Cuidados na VNI Explicar o procedimento ao paciente. Manter cabeceira à 45°. Escolha da interface. Proteger a face nas áreas de maior pressão. Ajustar a máscara (vazamento). Regular válvula de PEEP. * Interfaces * * * * Complicações na VNI Necrose da pele em áreas de contato. Distensão abdominal (aerofagia). Ressecamento nasal, oral e de conjuntivas. Aspiração de conteúdo gástrico. * * Falência da VNI Queda pH e/ou aumento PaCO2 Aumento da frequênia respiratória ou persistência acima de 35 mpm. Diminuição do nível de consciência ou agitação. Instabilidade hemodinâmica. Necessidade de FIO2 maior 60%. Distensão abdominal severa. Intolerância à máscara. * Ventilação Invasiva Feito através da introdução de prótese, na via aérea do paciente (tubos orotraqueais ou traqueostomia) e ventiladores mecânicos, para fornecer pressão positiva ao sistema respiratório. É um recurso dos mais utilizados em terapia intensiva * Complicações da VI Barotrauma: aplicação de pressão positiva, levando a ruptura alveolar; Pneumonia: decorrente da perda das barreiras naturais de defesa; Atelectasia: geralmente provocada por acumulo de secreções ou intubação seletiva; Alterações hemodinâmicas. * Pneumotórax (dreno) * Tipos de Respiradores Utilizados: Ciclados a volume de ar. Ciclados a pressão de ar. Ciclados a tempo. * * * * * Devemos Determinar no Respirador: O volume de gás insuflado. A freqüência de insuflação. A velocidade e forma de insuflação deste gás. A mistura de O2 fornecida. O volume de ar residual nos pulmões no final da expiração. * Termos Usados em Ventilação Mecânica Volume Corrente (Tidal Volume): quantidade de ar inspirado em cada ciclo respiratório (VC=6 ml/kg). * Termos Usados em Ventilação Mecânica Freqüência Respiratória: (Breath Rate), número de movimentos resp./min. Ajustada após o controle da PaCO2. * Termos Usados em Ventilação Mecânica Fluxo: (Main Flow), velocidade com que o volume de ar é injetado na inspiração, (5 à 6 vezes o vol./min.). Geralmente abaixo de 40 l/min. * Termos Usados em Ventilação Mecânica FiO2: fração inspirada de O2 ou % de oxigênio no ar injetado. * Termos Usados em Ventilação Mecânica PEEP: (positive end expiratory pressure), pressão positiva no final da expiração: representa a presença de volume de ar residual ao final do ciclo respiratório. * Termos Usados em Ventilação Mecânica Mode: modalidades de ventilação. * Termos Usados em Ventilação Mecânica Platô: valor de estabilização da pressão traqueal no final da inspiração ( 30 à 35 cm H2O). * Termos Usados em Ventilação Mecânica Sensibilidade: valor que determina quando o aparelho detecta a respiração espontânea e inicia ou permite uma inspiração. * Termos Usados em Ventilação Mecânica Umidificador / Aquecedor: equipamento que umidifica e aquece o gás injetado na inspiração. * Termos Usados em Ventilação Mecânica Forma de Onda: - Quadrada = constante. Fluxo inspiratório é igual ao fluxo expiratório. - Desacelerada = fluxo constante na fase inspiratória e depois desacelera para 50% (fluxo expiratório). * Termos Usados em Ventilação Mecânica Volume Minuto: quantidade de ar inspirado em cada minuto (VM=VCxFR). Ex: VM=500ml x 12 = 6 litros. Relação I:E: razão entre o tempo inspiratório e o tempo expiratório (I:E=1:2 à 1:4). * Termos Usados em Ventilação Mecânica Blender: misturador de ar Comprimido e O2. Drive Respiratório: estímulo neurológico de ventilação (deflagrar) a cargo do centro respiratório (bulbo). * Modalidades Ventilatórias São modos que determinam a maneira como o ventilador auxilia na respiração do paciente: - CMV controlada - A/C contr./assistida - SIMV contr./assist./espontânea * CMV- Control Mode Ventilation Ventilação Mecânica Controlada: - ciclos controlados - baseado na FR programada ▪ Indicações: pacientes com estímulos respiratórios abolidos: - fadiga da musc. resp: Asma, DPOC - disfunção neurológica: AVE, TCE, trauma medular - completamente sedados * CMV - Control Mode Ventilation ▪ Vantagens: - situação de maior gravidade - < gasto metabólico - controle total da função vent. (gasometria) ▪ Desvantagens: - atrofia por desuso da musculatura resp. * A/C – Assist Control Ventilação Assistida Controlada: - Na ausência do esforço resp. do paciente o aparelho mantém os ciclos controlados na freqüência programada. - O ventilador permite um mecanismo misto de disparo, funcionando este, como um sistema de segurança que é ativado apenas quando o ciclo assistido não ocorre. * A/C – Assist Control (cont) ▪ indicações: primeira escolha na fase inicial e de manutenção da VM na insuficiência resp. aguda de qualquer etiologia. ▪ vantagens: - permite ao paciente determinar sua própria FR. - garante FR mínima prefixada. * A/C – Assist Control (cont) ▪ desvantagens: - tendência a hiperventilação a pacientes submetidos a um estímulo. - casos severos podendo levar a alcalose resp. * SIMV – Synchoronized Intermitent Mandatory Ventilation Ventilação Mandatória Intermitente Sincronizada: - combina ciclos controlados, assistidos e espontâneos. - permite apenas um ciclo assistido por “janela”, atendendo aos demais esforços insp. c/ ciclos espontâneos. * Ventilação Mandatória Intermitente Sincronizada (cont) Um ciclo controlado só ocorre após uma “janela” de apnéia, ou após uma “janela” onde só ocorreu um ciclo controlado. * Ajustes Necessários para Modos de Ventilação CMV – Ventilação Mecânica Controlada: Ajuste necessários: - volume corrente - freqüência respiratória - fluxo - forma de onda Ajuste opcionais: - peep * Ajustes Necessários para Modos de Ventilação (cont). A/C - Assistida/Controlada: Ajustes necessários: - volume corrente - freqüência respiratória - fluxo - sensibilidade - forma de onda - intervalo de apnéia Ajustes opcionais: - peep * Ajustes Necessários para Modos de Ventilação (cont). SIMV – Ventilação Mandatória Intermitente Sincronizada: Ajuste necessários: - volume corrente - freqüência respiratória - fluxo - sensibilidade - intervalo de apnéia - forma de onda Ajustes opcionais: - pressão suporte - peep * Alarmes Low Peak Pressure: limite de pressão mínima, é ativado se a pressão não conseguir atingir o valor ajustado pelo alarme durante a fase inspiratória (5 cmH2O acima da PEEP). High Pressure Limit: limite de alta pressão, é ativado se a pressão ultrapassar o valor ajustado pelo alarme ( máx. 40 cmH2O). Apnéia: alarme sonoro que ativa sempre em que o intervalo respiratório exceder o valor regulado, (geralmente programado em 15 segundos). * * * Alarmes Low Peep Pressure: pressão mínima de peep, (10 cmH2O abaixo da peep). High Breath Rate: freqüência respiratória máxima, este alarme é ativado se a freqüência respiratória exceder o pré-ajustado. Alarme de rede: será acionado sempre que a pressão de gás cair na rede. * Cuidados de Enfermagem ao Instalar o Respirador Ligar os cabos na rede elétrica. Ligar os cabos na rede de gases, com devidas válvulas redutoras de ar comprimido e oxigênio. Ligar o respirador, testar alarmes. Verificar possíveis vazamentos no circuito. * * * Cuidados de Enfermagem ao Instalar o Respirador Programar o respirador de acordo com os parâmetros determinados pela equipe. Testar se o respirador está ciclando. Proteger a ponta do circuito com gaze estéril. Colocar água estéril no *umidificador. * Cuidados de Enfermagem ao Instalar o Respirador Testar se o aquecedor do umidificador está funcionando. Conectar o circuito na cânula endotraqueal ou traqueostomia. Observar o aumento e diminuição na fase de platô. * Cuidados de Enfermagem ao Instalar o Respirador Realizar coleta de gasometria (depende da instituição). Observar sincronismo entre o respirador e o paciente. Trocar circuito a cada 7 dias ou quando necessário. Usar circuito do vent. esterilizado ou submetido a desinfecção de alto nível. * Cuidados de Enfermagem Pacientes Sob Ventilação Mecânica Fixar a cânula adequadamente, com colocação de cadarço ou adesivo colante (Tensoplast ®). Mobilizar a posição da cânula orotraqueral. Realizar ausculta pulmonar antes e depois de aspirar. Verificar padrão respiratório, observando simetria da caixa torácica e expansão da mesma. * Cuidados de Enfermagem Pacientes Sob Ventilação Mecânica (cont.) Monitorizar adequadamente o paciente. Ficar atento quanto ao nível de água do *umidificador e a temperatura em torno de 30 a 32 C°. Desprezar a água de condensação dos circuitos, cuidado ao mobilizar o paciente. * Cuidados de Enfermagem Pacientes Sob Ventilação Mecânica (cont.) Atentar para uso do filtro higroscópico. Controlar e monitorar a pressão do cuff. Aspirar secreção traqueal quando necessário. Manter cabeça elevada a 30º, (atentar paciente neurológico). * * Cuidados de Enfermagem Pacientes Sob Ventilação Mecânica (cont.) Manter comunicação com o paciente. Desenvolver protocolo p/ verificação da rede de gases e parte elétrica. Protocolo manutenção trimestral do ventilador. * Desmame da Ventilação Mecânica (* 24h) Iniciado quando o paciente mantém estabilidade clínica, hemodinâmica, funcional respiratória e gasométrica: Observar nível de consciência e colaboração do paciente. Avaliar gasometria e padrão respiratório. * Técnicas de Desmame Extubação direta. Tubo T: conexão do tubo traqueal à fonte de O2. CPAP. PSV: ventilação por pressão de suporte, 7 cm de água. * Cuidados na Extubação Explicar o procedimento ao paciente. Suspender dieta enteral. Manter cabeceira à 45°. Aspirar (traqueo-naso-oral). Material adequado para oxigenoterapia. Verificar FR, FC e SaO2 15/15 min nas 2 primeiras horas. Gasometria. * Principais Diagnósticos de Enfermagem Risco para Aspiração. Risco para Resposta Disfuncional ao Desmame Ventilatório. Comunicação Verbal Prejudicada. Ansiedade. Mucosa Oral Alterada. * Fonte de O2 Cateter Nasal: Máscara Facial: * Fonte de O2 Máscara de Venture: * Fonte de O2 Gerador de fluxo: Fluxo – 100 l/min. FiO2 – 33 a 100% * Tamanho de Cânulas crianças menores de 8 anos * Tamanho de Cânulas crianças maiores de 9 anos e adultos * EQUIPAMENTOS DE ASSISTÊNCIA VENTILATÓRIA Embora a maior parte da assistência de enfermagem esteja centrada no cuidado direto ao paciente, vale ressaltar que também é de responsabilidade desta equipe o cuidado com os materiais utilizados nos circuitos respiratórios. * EQUIPAMENTOS DE ASSISTÊNCIA VENTILATÓRIA A) Proceder desmonte do circuito, de forma que a maioria dos seus componentes possam ser submersos em solução enzimática. B) Enxaguá-los com água corrente, secá-los com compressa limpa. * EQUIPAMENTOS DE ASSISTÊNCIA VENTILATÓRIA C) Encaminhá-los para processamento de desinfecção ou esterilização de acordo com as rotinas da instituição. * LIMPEZA DO VENTILADOR Em relação ao aparelho propriamente dito, este deve sofrer limpeza diária com água e sabão ou fricção com álcool a 70% por 30 segundos. * Referências Bibliográficas SCANLAN,C,L et al Fundamentos da Terapia Respiratória de Egan, São Paulo:Editora Manole, 2001. CARVALHO,C,R,R Ventilação Mecânica, vol II avançado, São Paulo: Atheneu, 2000. NET,A, et al Ventilação Mecânica, 3ªed, Rio de Janeiro: Editora Revinter, 2002. III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica, 2006. *
Compartilhar