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Aula 10 Participações Permanentes Professor : Wer k Rodr igues 1 CONTABILIDADE SOCIETÁRIA I ESTRUTURA DE CONTEÚDOS 2 Participações Permanentes 5.1. Definição de participações permanentes 5.2. Diferenças entre participações temporários e permanentes 5.3. Critérios de avaliação das participações permanentes 5.4. Método de equivalência patrimonial 5.4.1. Definição 5.4.2. Reconhecimento inicial 5.4.3. Mais ou menos-valia 5.4.4. Goodwill 5.5. Contabilização pelo Método de Custo e pelo Método de Equivalência Patrimonial Participações Permanentes e Temporárias 3 Uma empresa pode possuir participações em outras empresas por meio de participações de ações ou cotas. Definição de Participações Permanentes Dependendo da finalidade, uma participação societária pode ser classificada como: · Participação Permanente; · Participação Temporária. Participações Permanentes e Temporárias 4 São consideradas Participações Permanentes as participações que não tenham finalidade temporária ou fins especulativos. Em contrapartida, as Participações Temporárias são aquelas participações adquiridas com a finalidade meramente temporária ou especulativa. Diferenças entre Participações Temporárias e Permanentes 5 ➢ As Participações Temporárias devem ser classificadas no Ativo Circulante ou Ativo não Circulante (Realizável a Longo Prazo). Essas Participações Temporárias são consideradas como instrumentos financeiros e devem obedecer ao CPC 38 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração. ➢ De acordo com o CPC 39 - Instrumentos Financeiros: Apresentação, o instrumento financeiro é qualquer contrato que dê origem a um ativo financeiro para a entidade e a um passivo financeiro ou instrumento patrimonial para outra entidade. Diferenças entre Participações Temporárias e Permanentes 6 Em regra, as Participações Permanentes são classificadas no ATIVO NÃO CIRCULANTE, no subgrupo INVESTIMENTOS. A partir da adoção no Brasil das normas internacionais de contabilidade, uma participação só será permanente se de fato não for mantida de forma temporária ou para fins especulativos. Santos, Schmidt e Fernandes (2015) comentam que as participações permanentes são relevantes no processo decisório, sendo até imprescindíveis para os interesses de uma entidade controladora. Logo, essas participações permanentes são um ativo de grande relevância no contexto de algumas companhias. Diferenças entre Participações Temporárias e Permanentes 7 Basicamente, são consideradas Participações Permanentes e, portanto, estão classificadas no Ativo Não Circulante/Investimentos: 1. Participações em coligadas; 2. Participações em controladas; 3. Participações em empreendimentos controlados em conjunto ; 4. Outras participações que não sejam temporárias ou especulativas. Critérios de avaliação das Participações Permanentes 8 Com base na Lei das S/A, os investimentos na forma de participações permanentes no capital de outras sociedades, tais como ações de coligadas, controladas e empreendimentos controlados em conjunto, podem ser avaliadas pelo: 1. Método de Equivalência Patrimonial - MEP; 2. Método do Custo de Aquisição. Critérios de avaliação das Participações Permanentes 9 Todavia, os pronunciamentos contábeis técnicos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e as normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) fixam as seguintes formas de avaliação: 1. Método de Equivalência Patrimonial; 2. Valor Justo; 3. Método do Custo de Aquisição. Critérios de avaliação das Participações Permanentes 10 ▪ No método do Custo, os investimentos são avaliados ao preço de custo (valor que foi despendido na transação), deduzido de ajustes para perdas permanentes. São considerados todos os gastos necessários para colocar o ativo em funcionamento, a exemplo de comissões, legalização e serviços de avaliação. ▪ Ressalta-se que o valor justo pode ser utilizado para Participações Permanentes quando o investimento em coligada e em controlada, ou em empreendimento controlado em conjunto, for mantido direta ou indiretamente por uma entidade que seja uma organização de capital de risco. ▪ Logo, a entidade pode mensurar esses investimentos pelo valor justo por meio do resultado, em consonância com o CPC 38 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração. Critérios de avaliação das Participações Permanentes 11 ▪Nos termos da Lei n 6.404/76, o Método de Equivalência Patrimonial tem preferência sobre o custo de aquisição. ▪Portanto, se a Participação Permanente no capital de outra sociedade estiver incluída nas regras para avaliação pelo Método de Equivalência Patrimonial, ou seja, se a participação tiver influência significativa, controle ou controle conjunto, utiliza-se o Método de Equivalência Patrimonial. ➢Caso o investimento não tenha influência significativa, controle ou controle conjunto, deve ser adotado o Custo de Aquisição. Relembrando 12 Coligada é uma entidade sobre o qual o investidor tem influência significativa e que não se configura como controlada ou participação em empreendimento sob controle conjunto (joint venture). Influência significativa é o poder de participar das decisões sobre políticas operacionais e financeiras, sem controlar de forma individual ou conjunta. Controle é o poder de governar as políticas financeiras e operacionais da entidade de forma obter benefícios de suas atividades. Controle conjunto é o compartilhamento de controle, contratualmente estabelecido sobre uma atividade econômica (As decisões são tomadas em consentimento entre as partes). Exemplo 13 Uma empresa obteve as seguintes participações nas investidas A, B e C, sendo que existiam apenas ações ordinárias. ✓ Nessa situação, os investimentos nas Sociedades A e C devem ser avaliados pelo Método de Avaliação Patrimonial, pois as empresas são consideradas controlada e coligada, respectivamente. ✓ O investimento na Sociedade B deve ser avaliado pelo Método de Custo, porque a investidora não tem nem influência significativa e nem controle. 14 Exercício 01. Julgue a afirmativa a seguir: ( ) Quando uma investidora possui investimentos com finalidade especulativa, esse investimento deve ser avaliado pelo método de equivalência patrimonial. Exercício 02. Julgue a afirmativa a seguir: ( ) A diferença existente entre investimentos permanentes e temporários reside no fato de que o primeiro não tem finalidade especulativa e nem temporária, enquanto que o segundo tem ou finalidade temporária ou especulativa. Em contrapartida, tanto os investimentos permanentes quanto temporários podem estar evidenciados tanto no Ativo Circulante como no Ativo Não Circulante. Anexo Obs. Sobre Ativos e Passivos Financeiros 15 Ativo financeiro é qualquer ativo que seja: (a) caixa; (b) instrumento patrimonial de outra entidade; (c) direito contratual: (i) de receber caixa ou outro ativo financeiro de outra entidade; ou (ii) de troca de ativos financeiros ou passivos financeiros com outra entidade sob condições potencialmente favoráveis para a entidade; Anexo Obs. Sobre Ativos e Passivos Financeiros 16 Ativo financeiro é qualquer ativo que seja: (d) um contrato que seja ou possa vir a ser liquidado por instrumentos patrimoniais da própria entidade, e que: (i) não é um derivativo no qual a entidade é ou pode ser obrigada a receber um número variável de instrumentos patrimoniais da própria entidade; ou (ii) um derivativo que será ou poderá ser liquidado de outra forma que não pela troca de um montante fixo de caixa ou outro ativo financeiro, por número fixo de instrumentos patrimoniais da própria entidade. Anexo Obs. Sobre Ativos e Passivos Financeiros17 Passivo financeiro é qualquer passivo que seja: (a) uma obrigação contratual de: (i) entregar caixa ou outro ativo financeiro a uma entidade; ou (ii) trocar ativos financeiros ou passivos financeiros com outra entidade sob condições que são potencialmente desfavoráveis para a entidade; ou (b) contrato que será ou poderá ser liquidado por instrumentos patrimoniais da própria entidade, e seja: (i) um não derivativo no qual a entidade é ou pode ser obrigada a entregar um número variável de instrumentos patrimoniais da entidade; ou Anexo Obs. Sobre Ativos e Passivos Financeiros 18 (ii) um derivativo que será ou poderá ser liquidado de outra forma que não pela troca de um montante fixo em caixa, ou outro ativo financeiro, por um número fixo de instrumentos patrimoniais da própria entidade. Para esse propósito, os instrumentos patrimoniais da entidade não incluem instrumentos financeiros com opção de venda que são classificados como instrumentos patrimoniais, instrumentos que imponham à entidade a obrigação de entregar à outra parte um pro rata de parte dos ativos líquidos da entidade apenas na liquidação e são classificados como instrumentos patrimoniais, ou instrumentos que são contratos para futuro recebimento ou entrega de instrumentos patrimoniais da própria entidade.
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