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SUPERFÍCIES ESTENDIDAS O que é uma Superfície Estendida? O conceito de Superfície Estendida é aplicado quando necessitamos de um aumento da taxa de transferência de calor, onde esse aumento pode ser realizado de duas formas: 1) Aumentar o coeficiente de transferência de calor “h”. 2) Aumentar a área onde ocorre a troca térmica “As”. Como funciona a opção 1? Se aumentamos h, por consequência a velocidade de escoamento do fluido também aumenta na troca térmica, com a necessidade de se usar equipamentos como bombas e ventiladores. Com essa situação podemos ter um aumento de potência e consumo de energia, elevando os custos. Como funciona a opção 2? O aumento de As se mostra útil uma vez que quando adicionamos uma superfície estendida na superfície já existente, aumentamos a superfície de troca térmica. Essas superfícies adicionais são chamadas de aletas, sendo constituídas de materiais bons condutores.Fonte: F. de tranferência de calor e massa Incropera 6º Ed. Tipos de Aletas Dependendo de fatores como por exemplo espaço, peso e custo, é decidido qual tipo de aleta será usada. Planas: Estas são fixadas em paredes planas e podem ter seção transversal uniforme (retangular). A área é dada pelo produto : W(largura) x t(espessura). http://professor.unisinos.br/mhmac/Transcal/Aletas.pdf Tipos de Aletas Anulares: São anexadas circunferencialmente a cilindros, onde sua seção transversal varia com o raio da parede do cilindro. Sua área é dada por 2πrt. Piniformes(ou pinos): Seção transversal uniforme circular, podendo ser uniforme. Variação de temperatura na Aleta - Há variação de temperatura desde a base da aleta (Ts) até a extremidade(T∞). -Busca-se manter o mínimo de variação de temperatura ao longo da aleta. -Uso de materiais com alta condutividade para permanecer próximo da situação ideal onde toda a superfície está na mesma temperatura da base e a condutividade é infinita. -Exemplos de materiais: Cobre, alumínio, etc. Aplicações de Aletas -Dispostivos de resfriamento de cabeçotes de motores e compressores. -Trocadores de calor em geral. -Resfriamento de transformadores elétricos. -Dissipadores de calor. Uma análise geral da condução Na engenharia o foco está em como se pode usar o conceito de superfícies estendidas ou agrupamento de aletas para obter uma melhor eficiência na transferência de calor de uma superfície para o fluido presente. O primeiro passo para obter a taxa de transferência de calor associada a uma aleta é determinar a distribuição de temperaturas no decorrer da aleta e as hipóteses simplificadoras. Hipóteses simplificadoras -Regime permanente. -Sem geração de calor na aleta. -Condução unidimensional da direção x. -A temperatura é uniforme na espessura da aleta. -A condutividade térmica do material da aleta é constante. -O h é uniforme ao longo da aleta. -Os efeitos da radiação na superfície da aleta são desprezíveis. Distribuição de temperatura na aleta Tomando um elemento diferencial como mostrado abaixo, é feito um balanço de energia: http://professor.unisinos.br/mhmac/Transcal/Aletas.pdf Distribuição de temperatura na aleta Onde qcond,x é a taxa de condução em x, qcond,x+Δx é a taxa de condução em x+Δx e dqconv é a Taxa de convecção de calor do elemento. Sabemos pela Lei de Fourier que : Onde A é a área da seção transversal da Aleta, podendo variar com x. Distribuição de temperatura na aleta Apresentamos a taxa de condução de calor em x+∆x como: Substituindo 2 em 3: Tendo K como constante: Distribuição de temperatura na aleta A taxa de transferência de calor por convecção é: Substituindo 2, 4 e 5 em 1: Distribuição de temperatura na aleta Reorganizando 6 temos: Dividindo 7 por -K e derivando: Distribuição de temperatura na aleta Por fim, dividindo 8 por A: Forma geral da equação da energia para superfície estendida. Aplicando as devidas condições de contorno encontramos a distribuição de temperaturas. Usando com a equação 2 pode-se calcular a taxa de condução para qualquer x. Aletas com Área de Seção Transversal Uniforme Como uma aleta tem como objetivo aumentar a taxa de transferência calor,podemos fazer a seguinte pergunta: • Em quanto aumentamos essa taxa de transferência de calor? Aletas com Área de Seção Transversal Uniforme Para responder esta pergunta precisamos calcular essa taxa quando a aleta está presente. Pela Lei de Fourier : Se quisermos calcular a taxa de transferência de calor, precisamos conhecer o gradiente de temperatura da aleta na sua base. Aletas com Área de Seção Transversal Uniforme Conseguimos determinar o gradiente de temperatura pelo o balanço de energia. Que pode ser simplificado,sabendo que : Atr: constante dAtr/dx=0 As= P.x dAs/dx =P P:Perímetro Aletas com Área de Seção Transversal Uniforme Assim,temos: (10) Para facilitar a resolução da EDO, fazemos o uso da definição do excesso de temperatura : (11) Excesso de temperatura : A diferença da temperatura em qualquer ponto no interior da aleta entre a temperatura do fluido,no qual a aleta está trocando calor. Aletas com Área de Seção Transversal Uniforme Substituindo a equação (11) na (10), temos: • m² = h.P/ k .Atr • d²ϴ / d²x = d²T / d²x Aletas com Área de Seção Transversal Uniforme O uso da temperatura de excesso gera uma EDO, de 2° ordem linear homogênea, que tem uma solução geral bem conhecida: Mas precisamos de uma solução particular sem estas constantes de integração. para isso estabelecemos duas condições de contorno: 1°- Pode ser especificada em termos da temperatura da base da linha: • x=0 • T(0) = Tb Aletas com Área de Seção Transversal Uniforme 2°- Pode ser especificada na extremidade da aleta, x=L. Que pode corresponder a quatro situações diferentes: Caso A: Transferência de calor convectiva Caso B : Extremidade adiabática Caso C : Temperatura especificada Caso D : Aleta infinita Aletas com Área de Seção Transversal Uniforme Caso A: Transferência de calor convectiva: Aplicando balanço de energia em uma superfície de controle ,obtemos: • h. Atr [T(L)- T∞]= -k .Atr .dT/dx|x=0 • h ϴ(L)= - K dϴ/dx|x=0 OBS: A taxa na qual a energia é transferida para o fluido por convecção na extremidade da aleta deve ser igual à taxa na qual a energia atinge a extremidade por condução. Aletas com Área de Seção Transversal Uniforme Caso A: Transferência de calor convectiva: Substituindo em, e Temos: ϴb = C1 + C2 ; h.ϴ(L)= - K dϴ/dx|x=0 Aletas com Área de Seção Transversal Uniforme • Substituindo na equação: chegamos que : Aletas com Área de Seção Transversal Uniforme Caso B: Extremidade adiabática A transferência de calor da aleta é proporcional à área da superfície e a área da extremidade da aleta é uma fração desprezível em relação á área total da aleta. Então a ponta da aleta pode ser considerada adiabática. A segunda condição do caso B : • Substituindo e dividindo por m,temos: Aletas com Área de Seção Transversal Uniforme Caso B: Extremidade adiabática • Usando ,ϴb = C1 + C2 para determinar C1 e C2 e substituindo na equação . temos: Utilizando esta distribuição de temperatura em qa=-k Atr dϴ/dx|x=0 então: Aletas com Área de Seção Transversal Uniforme Caso C : Temperatura especificada Da mesma maneira podemos obter a distribuição de temperatura no caso C,no qual a temperatura da extremidade da aleta é especificada. 2° condição de contorno é: • E as expressões resultantes têm forma: assim: Aletascom Área de Seção Transversal Uniforme Caso D : Aleta infinita Em particular, em L ∞, ϴL 0 e facilmente verifica-se: Desempenho de Aletas Definição de aletas: Superfícies estendidas usadas para aumentar a transferência de calor em uma superfície através do aumento da área superficial efetiva. ● As aletas representa uma resistência condutiva à transferência de calor na superfície original ● Para garantir que a taxa de transferência de será aumentada com o uso de aletas é necessário a determinação da efetividade da aleta, 𝛆ₐ. Desempenho de Aletas Sendo, ● 𝛆ₐ - Efetividade da aleta ● 𝒒ₐ - Taxa de transferência de calor da aleta ● 𝒒convec= hAtr,bΘb - Taxa de transferência de calor por convecção sem aleta, através da área correspondente a área da base da aleta Na prática só é justificável o seu uso se 𝛆ₐ ≥ 2. Desempenho de Aletas Para qualquer uma das quatro condições na extremidade que foram consideradas, a efetividade de uma aleta (𝛆ₐ) pode ser obtida dividindo - se a expressão apropriada para 𝒒ₐ por hAtr,bΘb Desempenho de Aletas ● Para a condição em que a aleta possui um comprimento infinito (caso D) 𝛆ₐ = 𝛆ₐ = Desempenho de Aletas ● O desempenho de aletas podem também ser quantificados em termos de uma resistência térmica Da definição de resistência térmica, temos que para uma aleta Rt,a = 𝛉b/𝒒ₐ Dividindo a expressão da resistência térmica de convecção na base exposta (Rt,b=1/hAtr,b) pela resistência térmica da aleta obteremos Desempenho de Aletas Uma outra medida de desempenho térmico é fornecida pela eficiência da aleta 𝛈ₐ Definição: É a relação entre o calor trocado por uma aleta real e uma outra hipotética onde a temperatura é uniforme e igual à da base. Onde ● Aa = P*L é a área superficial da aleta. ● 𝒒ₐ - Taxa de transferência de calor da aleta ● hAa Θb - Taxa de transferência de calor máxima se toda a superficie da aleta estivesse na temperatura da base. Desempenho de Aletas Para uma aleta plana com seção transversal uniforme e extremidade adiabática temos A eficiência 𝛈ₐ se aproxima de valores máximo e mínimo, 1 e 0, a medida em que L se aproxima de 0 e ∞ Desempenho de Aletas ● Comprimento corrigido Utilizado para se trabalhar com aletas que apresentam convecção na extremidade como se esta fosse de ponta adiabatica. ➢ Lc = L + (t/2) - para uma aleta retangular ➢ Lc = L + (D/4) -para uma aleta piniforme Desempenho de Aletas Assim em vez calcular-se a taxa de t.c. para uma aleta plana retangular com uma extremidade ativa a taxa de t.c. na aleta e sua eficiência podem ser aproximadas por e Desempenho de Aletas Para os casos em que a largura da aleta é muito maior que sua espessura (w ⫸ t), o perímetro pode ser aproximado por P=2w e Se multiplicarmos o numerador e o denominador por Lc^(½) e introduzirmos uma área corrigida do perfil da aleta Ap= Lct Desempenho de Aletas Desempenho de Aletas ALETAS COM ÁREA DE SEÇÃO TRANSVERSAL NÃO UNIFORMES EQUAÇÃO DE ENERGIA PARA SUPERFÍCIES ESTENDIDAS: Análise do comportamento térmico de uma aleta anular EQUAÇÃO DE BESSEL MODIFICADA DE ORDEM ZERO A SOLUÇÃO DA EQUAÇÃO ACIMA É: PARA ENCONTRARMOS AS CONSTANTES C1 E C2,DIZEMOS QUE Ø(R1)= Øb E QUE A SUPERFÍCIE EXTERNA É ADIABÁTICA, OU SEJA, dØ/dr|r1=o Encontra-se que: C1=k1(mr2) C2=i1(mr2) PARA ACHARMOS A TAXA DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR DA ALETA APLICA-SE A LEI DE FOURIER E SERÁ OBTIDO A SEGUINTE EXPRESSÃO: „A PARTIR DA EQUAÇÃO DA TAXA DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR OBTÉM-SE A EFICIÊNCIA DA ALETA OBS:ESTE RESULTADO PODE SER UTILIZADO PARA UMA EXTREMIDADE ATIVA(COM CONVECÇÃO) DESDE QUE R2 SEJA SUBSTITUIDO POR UM RAIO CORRIGIDO R2C. QUANDO SE TEM CONHECIMENTO DA EFICIENCIA DA ALETA PODE-SE ANALISAR SUA RESISTÊNCIA CONCLUSÃO: O PROJETO DE ALETAS É FREQUENTEMENTE, MOTIVADO POR UM DESEJO DE MINIMIZAR O MATERIAL DA ALETA E/OU OS CUSTOS NECESSÁRIOS RELACIONADOS A SUA FABRICAÇÃO PARA ATINGIR UMA EFETIVIDADE DE RESFRIAMENTO ESPECIFICADA. EFICIÊNCIA DE PERFIS DE ALETAS COMUNS QUESTÃO Eficiência Global da Superfície Essa eficiência caracteriza o desempenho de um conjunto de aletas e a superfície base na qual esse conjunto está fixado. Eficiência Global da Superfície Onde At é a área superficial associada à área das aletas e a fração exposta da base. Sendo, ● N - Número de aletas; ● Aa - Área de uma aleta; ● Ab - Área da superfície exposta da base; Eficiência Global da Superfície A taxa total de transferência de calor do sistema é: Taxa de transferência de calor pelas aletas Taxa de transferência de calor através da base sem aletas Eficiência Global da Superfície A taxa total de transferência de calor do sistema é: Eficiência Global da Superfície A eficiência global da aleta será: Eficiência Global da Superfície Eficiência Global da Superfície Sabendo que a resistência da aleta e a resistência térmica por convecção da base exposta são respectivamente: qa e qb serão: Eficiência Global da Superfície Se substituirmos os valores de qa e qb na equação da eficiência teremos: Onde Rt,o = NRt,a + Rt,b , ou seja, é a resistência efetiva que leva em conta as trajetórias do calor parelas por condução/conveção nas aletas e por convecção na superfície exposta da base. Eficiência Global da Superfície Questão Questão - Continuação
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