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CONCEITO DE DIREITO JUBJETIVO

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INTRODUÇÃO 
CONCEITO DE DIREITO JUBJETIVO 
Os dicionários jurídicos insistem em afirmar que o direito subjetivo seria a faculdade que a ordem jurídica assegura a toda pessoa de querer e realizar, ou de agir e reagir, até onde o seu direito não atinja o de outrem. Revelar-se-ia, portanto, no poder fundado no dever, inerente a qualquer um dos sujeitos da relação jurídica. Mais adiante veremos que essa ideia está equivocada, uma vez que faculdade (facultas agendi) não é sinônimo de direito subjetivo.
Em outras palavras, é a capacidade que o homem tem de agir em defesa de seus interesses, invocando o cumprimento de normas jurídicas existentes na sociedade onde vive, todas as vezes que, de alguma forma, essas regras jurídicas venham ao encontro de seus objetivos e possam protegê-lo.
O direito subjetivo pode ser definido como "a faculdade ou possibilidade que tem uma pessoa de fazer prevalecer em juízo a sua vontade, consubstanciada num interesse." (José Cretella Júnior). Ou, "o interesse protegido pela lei, mediante o recolhimento da vontade individual." (Jhering).
Pode-se dizer que o Direito Subjetivo é a prerrogativa colocada pelo Direito Objetivo ,á disposição do sujeito do Direito .
Essa prerrogativa há de ser entendida como a possibilidade de uso e exercício efetivo do Direito ,posto á disposição do sujeito.
Ex:.,O Direito Objetivo como Lei do inquilinato ,que regula o despejo do inquilino por falta de pagamento ,faz nascer para o proprietário –locador o Direito de Subjetivo de pleitear o despejo do inquilino .
A pratica efetiva do Direito Subjetivo faz com que surgissem teorias que levantem dois problemas .
O primeiro relacionado á ameaça feita pelo sujeito do Direito ;e o segundo problema diz respeito ao exercício efetivo do Direito Subjetivo e á possibilidade de não abusar desse exercício.
 
O DIREITO SUBJETIVO PODE SER IDENTIFICADO POR TRÊS ELEMENTOS :
 a) Um direito subjetivo sempre corresponde a um dever jurídico; 
b) Esse direito é passível de violação mediante o não cumprimento do dever jurídico pelo sujeito passivo da relação;
c) O titular do direito pode exigir a prestação jurisdicional do Estado, porque ele tem a iniciativa da coerção. Por outro lado, não se pode confundir o direito subjetivo com a mera faculdade jurídica, porquanto a esta se encaixa o princípio da autonomia da vontade. A faculdade jurídica não se opõe correlatamente um dever jurídico da outra parte, o que caracteriza, como vimos, a existência de um direito subjetivo. 
Com efeito, a faculdade é mera permissibilidade legal, como é o caso de contrair matrimônio, emancipar o filho menor. Já em relação ao trabalhador, o direito que ele tem de receber salário se trata de direito subjetivo, porque a ele corresponde o dever jurídico da empresa empregadora e, sendo violado esse direito, poderá ele valer-se das vias judiciais, exercendo a sua pretensão.
NATUREZA JURÍDICA DO DIREITO SUBJETIVO
Para determinar a natureza jurídica dos direitos subjetivos, é preciso analisar algumas das principais teorias acerca destes direitos: A teoria da vontade (Windscheid. 1817–1892), a Teoria do Interesse (Jhering. 1818–1892) e a Teoria Eclética (Jellinek. 1851-1911).
A TEORIA DA VONTADE : afirma que o direito subjetivo depende da vontade de seu titular. É a vontade do sujeito reconhecida pelo ordenamento jurídico. Esta teoria foi criticada por nem sempre depender da vontade de seu titular, como no caso dos incapazes, que mesmo não possuindo vontade, possuem direitos subjetivos exercidos através de seus representantes legais. 
Liderada por Windscheid (1817-1892), considera o direito subjetivo como sendo “o poder ou senhorio da vontade reconhecido pela ordem jurídica”. Referida ideologia foi demasiadamente refutada por Kelsen, para quem a existência de direito subjetivo nem sempre depende da vontade de seu titular, como é o caso dos menores e incapazes que, embora não possuam vontade, têm direito subjetivo reconhecido pela norma, o qual é exercido através de representantes. 
Del Vecchio seguiu a mesma linha de raciocínio, porque também incluiu o elemento vontade na sua definição. Contudo, a considera mera potencialidade e não algo em concreto como admitia Windscheid. Assim, para Del Vecchio, direito subjetivo é a “faculdade de querer e de pretender, atribuída a um sujeito, à qual corresponde uma obrigação por parte dos outros”. Crítica: a existência do direito nem sempre depende da vontade. (nascituro e absolutamente incapazes).
A TEORIA DO INTERESSE: assevera que os direitos objetivos são os interesses juridicamente protegidos. O interesse aqui mencionado é analisado no sentido objetivo, ou seja, não se inclui na vontade. Este é tido como interesse de alguém, mas sim em relação aos valores genéricos da coletividade. Tendo como idealizador o ilustre jurista Jhering (1818-1892), este considerou o direito subjetivo como “um interesse juridicamente protegido”. Incide tal teoria no mesmo erro da anterior, pois que, achando-se o interesse incluso na vontade, os incapazes, novamente, conquanto não possuam interesse, não estão privados de gozarem determinados direitos subjetivos. Tomava Jhering a palavra “interesse”no sentido mais lato possível ,indicando tanto o interesse para as coisas concretas e materiais ,como para as de natureza ideal ou intelectual ,como seria ,por exemplo ,o interesse por obra de arte .O Direito Subjetivo ,segundo Jhering ,é esse interesse enquanto protegido ;daí a definição sucinta dada por Jhering, “O DIREITO SUBJETIVO É O INTERESSE JURUDICAMENTE PROTEJIDO”.
.A TEORIA ECLÉTICA : se caracteriza por uma fusão das teorias supracitadas. A completude da natureza dos direitos subjetivos de dá pela união de vontade e interesse jurídico. Jellinek achou que havia um antagonismo aparente entre a teoria da vontade e a do interesse ,porque ,na realidade ,uma abrange a outra .
Nem o interesse só, tampouco apenas a vontade ,nos dão o critério para o entendimento ou que seja Direito Subjetivo . A teoria do Direito EClética indiscutivelmente é engenhosa e estava fadada a alcançar grande sucesso ,como tudo aquilo que aparece apaziguando contraste e conflitos .
Aquela que mais se encontra elogiada e aceita nos tratados gerais do Direito ,inclusive por seu cunho pragmático ,tão do gosto dos juristas práticos . O eclético é sempre uma soma de problemas ,sem soluções para as dificuldades que continuam nas raízes das respostas ,pretensamente superadas .
TEORIA DE DUGUIT:
Culminou por negar a existência de direitos subjetivos, substituindo-os pela função social, posto que, de acordo com Duguit (1859-1928), o ordenamento jurídico se fundamenta não na proteção dos direitos individuais, mas na necessidade de manter a estrutura social, cabendo a cada um cumprir uma função social nesse sentido. Tal filósofo foi demasiadamente influenciado por Comte. 
TEORIA DE KELSEN :
Segundo Kelsen, a função primordial das normas jurídicas é impor o dever e, secundariamente, o poder de agir. O direito subjetivo, portanto, não se distancia do Objetivo, mas consiste no próprio direito objetivo, porque, quando se dirige contra um sujeito concreto, impõe um dever, e quando se coloca à disposição do mesmo, concede uma faculdade. Com efeito, o direito subjetivo seria uma decorrência lógica da norma, do direito objetivo
CLASSIFICAÇÃO DO DIREITO SUBJETIVO
Públicos: Nesta categoria, ocorre uma primazia dos interesses que afetam todo o grupo social; 
Privados: se houver predominância de interesses particulares; Principais, se forem autônomos, independentes;
Acessórios: se dependerem do direito principal;
Disponíveis: se por vontade própria, seu titular puder dispor do direito;
Indisponíveis: quando não há possibilidade de se dispor dele;
Reais: quando se trata de um direito sobre uma coisa;
Pessoais: quando se trata de uma posição jurídica que possibilita a cobrança de uma prestação.
SITUAÇÕES SUBJETIVAS 
Legitimidade da parte (interesse legítimo): Refere-se a titularidade do direito; ao qual se liga uma pretensãofundada naqueles interesses .
Em tais casos ,o “legitimo interesse”é equiparado a um Direito subjetivo ,em caráter provisório ,dependente da decisão final da demanda ,mas para o fim especial de assegurar ao sujeito que o invoca ,com razoabilidade de motivos ,a possibilidades de pretender a prestação jurisdicional do Estado .
Interesse de agir (Faculdade Jurídica): O interessado evidencia para o juiz a relevância do objeto questionado para si; 
Possibilidade jurídica do pedido (Poder): É a situação subjetiva que retrata a condição da pessoa que está obrigada por força de lei a fazer algo em benefício de outrem. 
.
DIREITO SUBJETIVO COMO NORMA E COMO FATO .
Segundo o mestre da TEORIA PURA DO DIREITO, o Direito Subjetivo não é senão uma expressão do dever jurídico,ou, por outras palavras ,um reflexo daquilo que é devido por alguém em virtude da regra de Direito .direito objetivo e subjetivo no pensamento Kelseniano ,são apenas posições distintas do Direito ,que é um único sistema lógico- gradativo de normas .
A essa luz o Direito Subjetivo não é mais que uma subjetivação do Direito objetivo ,ou ,nas palavras do próprio Kelsen , “ o poder jurídico outorga para o adimplemento de um dever jurídico” .
É preciso dizer, ainda que alguns direitos subjetivos não precisam do exercício ou de constatação de sua potencialidade para existirem embora para se garantirem ,por vezes ,precisem da utilização de outros Direitos Subjetivos .
É o caso do Direitos Subjetivos inerentes á pessoa ,tais como o Direito a vida ,á honra ,á imagem, etc. são eles subjetivos ,independentemente de exercício de prerrogativa .
São Direitos subjetivos plenos ,de fato ,bastando para tanto a existência de pessoa do Direito .
Outras vezes ,o Direito subjetivo existe contra a vontade do agente .Um exemplo típico os senhores terrão domínio no Direito do trabalho .O Direito ás férias,é um Direito subjetivo inerente ao trabalho .A renuncia a um emprego ,garantido por estabilidade ,só produzirá efeitos válidos ,se obedecidas certas formalidades ,tendentes a impedir abusos .Eis aí casos em que o Direito subjetivo existe ou subsiste a despeito da vontade de seu titular .
Direito subjetivo ,no sentido específico e próprio deste termo ,só existe quando a situação subjetiva implica em possibilidade de uma pretensão ,unida á exigibilidade de uma prestação ou de um ato de outrem .O núcleo do conceito de Direito subjetivo é a pretensão (Anspruch),a qual pressupõe que sejam correspectivos aquilo que é pretendido por um sujeito e aquilo que é devido pelo outro (tal como se dá nos contratos )ou que pelo menos entre a pretensão do titular do Direito subjetivo eo comportamento exigido de outrem haja certa proporcionalidade compatível com a regra de Direito aplicável á espécie 
CONCLUSÃO 
A doutrina não faz com clareza a distinção entre Direito e dever subjetivos ,e nem as classificações que explicitam o Direito objetivo falam no surgimento de um Direito e de um dever subjetivos .
Juntando-se o que já se viu sobre a noção de Direito subjetivo com essa noção de obrigação ou dever de cumprir certa conduta ,percebe-se que ,se, de um lado ,tem-se o Direito subjetivo ,isto,é ,potencialidade ou exercício de um Direito ,de ,tem-se um dever subjetivo ,colocado em posição oposta .
Se o Direito subjetivo pode ser exercido ,mas não de forma ilimitado ou injustificada ,sob pena de ser taxado de abusivo ,então ,o que existe junto desse Direito subjetivo é ,no exato momento em que surge o limite ,um dever .
Ou ,em outras palavras ,o exercício desse direito esta limitado por um dever subjetivo .
Bibliografia 
NUNES, RIZZATO ,MANUAL DE INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO :8ª EDIÇÃO –SÃO PAULO;SARAIVA 2008.
REALE,MIGUEL LIÇÕES PRELIMINARES DO DIREITO 25ª EDIÇÃO ,2001.
NADER ,PAULO,INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 1ª EDIÇÃO 1980
33ªEDIÇÃO EM 2001-EDITORA FORENSE LTDA.RIO DE JANEIRO .

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