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Química Aplicada.
EMENTA
Abordagem dos processos de conservação de energia do 
âmbito da Química. 
II. OBJETIVOS GERAIS
Dar condições ao futuro engenheiro de interagir com os 
principais processos envolvidos nas suas atribuições 
no exercício da engenharia como a Lubrificação, a 
Corrosão e a Proteção Contra a Corrosão. 
• II. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Capacitar os estudantes de engenharia para a seleção, 
formas de uso e aplicação dos lubrificantes. 
• Alertar os mesmos quanto às causas da corrosão, seus 
tipos, e as formas de proteção.
•
• III. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
• Lubrificantes industriais. Classificação, origem, composição, 
principais características dos mais comuns. Critérios de 
seleção, características e propriedades.
• Viscosidade, Índice de viscosidade, Ponto de Gota das 
graxas. 
• Noções gerais sobre corrosão eletroquímica e sobre a 
proteção.
TASSINARI C.A. et al. Química tecnológica. 
Pioneira Learning Thomsom, 2003.
Lubrificação e lubrificantes.
• LUBRIFICAÇÃO
• “Utilização de substâncias especiais entre 
duas superfícies em contato, com a 
finalidade de reduzir o atrito entre elas.” 
Atrito
• O atrito é uma designação genérica da resistência que se 
opõe ao movimento. 
• Esta resistência é medida por uma força denominada 
força de atrito.
• Um corpo só desliza sobre outro se for vencida a força 
contrária imposta pela aspereza ou rugosidade das 
superfícies de contato dos corpos (força de atrito).
ESTÁTICO – Enquanto o corpo não se desloca.
DINÂMICO – A partir do início do movimento. É menor que o estático 
já que não atua mais a força de inércia.
Proporcional à força normal (N).
F = µN
µ= constante de proporcionalidade denominada coeficiente de atrito.
µestático > µdinâmico 
Atrito.
• Encontramos o atrito em qualquer tipo de movimento entre sólidos, líquidos
ou gases.
• ATRITO INTERNO (amortecimento da vibração em sólidos).
• ATRITO VISCOSO (diminuição da movimentação interna em líquido).
• ATRITO SUPERFICIAL (avião em movimento e o ar ao seu redor).
• ATRITO SÓLIDO (atrito entre dois corpos rígidos que apresentam um
movimento relativo um em relação ao outro, sem que haja elemento
algum entre eles).
• ATRITO FLUIDO (se houver um fluido entre os corpos).
Atrito.
• Embora não exista um consenso nas 
verdadeiras causas do fenômeno atrito, a 
maioria dos pesquisadores concorda que 
o atrito provém da coesão de moléculas 
situadas em uma ou outra superfície 
que se encontram em contato . 
Atrito sólido
• Exames acurados do contorno de superfícies
sólidas, feitas no microscópio eletrônico e por
outros métodos de precisão, mostraram que é
quase impossível, mesmo com os mais
modernos processos de espelhamento, produzir
uma superfície verdadeiramente lisa ou plana.
Ampliando-se uma pequena porção de uma superfície
aparentemente lisa, temos a idéia perfeita de uma cadeia de
montanhas. Supondo duas barras de aço com superfícies
aparentemente lisas, uma sobre a outra, tais superfícies estarão
em contato nos pontos salientes. Quanto maior for a carga,
maior será o número de pontos em contato.
Atrito sólido
• Ao movimentar-se uma barra de aço sobre a outra haverá um
desprendimento interno de calor nos pontos de contato.
Devido à ação da pressão e da temperatura, estes pontos se
soldam.
• Para que o movimento continue, é necessário fazer uma
força maior, a fim de romper estas pequeníssimas soldas
(microssoldas).
• Com o rompimento das microssoldas, temos o desgaste
metálico, pois algumas partículas de metal são arrastadas
das superfícies das peças.
• Quando os pontos de contato formam soldas mais profundas,
pode ocorrer a gripagem ou ruptura das peças.
Atrito – Pode ser bom?
• Caminhar
• Freios
• Esmeril
Atrito sólido.
• O atrito é responsável por perdas de energia em torno de
20% nos carros e desgaste das partes em contato.
• DESGASTE:
• PERDA DE MATERIAL DEVIDA AO MÚTUO CISALHAMENTO DAS
RUGOSIDADES E DESLOCAMENTO DE PARTÍCULAS , QUANDO SÃO
ROMPIDAS AS SOLDAS INFINITESIMAIS.
• EM CASOS EXTREMOS, ESSAS SOLDAS PODE VIR A CAUSAR O
TRAVAMENTO DAS ENGRENAGENS OU MANCAIS.
Tipos de atrito
• DESLIZAMENTO.
• Quando uma superfície desliza sobre a outra 
(não é necessário que as superfícies em contato 
sejam planas).
• ROLAMENTO.
• Um cilindro que rola sem deslizar sobre uma 
superfície horizontal para, porque atua sobre 
ele a força de atrito de rolamento.
Deslizamento. 
• 1ª Lei
• O atrito é diretamente proporcional à carga aplicada. Portanto,
o coeficiente de atrito se mantém constante e, aumentando-se
a carga, a força de atrito aumenta na mesma proporção.
Deslizamento.
• 2ª Lei
• O atrito, bem como o
coeficiente de atrito,
independem da área
de contato aparente
entre superfícies em
movimento.
Deslizamento.
• 3ª Lei 
• O atrito dinâmico (corpos em 
movimento) é menor do que o atrito 
estático (corpos sem movimento), 
devido ao coeficiente de atrito 
dinâmico ser inferior ao estático.
Rolamento.
• As leis do atrito de
rolamento são as seguintes: 
• 1ª Lei 
• A resistência ao
rolamento
é diretamente 
proporcional 
à carga aplicada.
• O atrito de rolamento 
é sempre menor que
o atrito de deslizamento 
para superfícies de
mesmo material e
sob as mesmas
condições.
Atrito fluido.
• Ocorrerá um deslizamento entre as moléculas 
do fluido, umas sobre as outras, e a 
resistência a esse deslizamento é denominada 
ATRITO FLUIDO.
• Ocorre no movimento de um corpo em um fluido 
ou entre duas superfícies em movimento relativo, 
separadas por uma fina película contínua de 
fluido.
• Atrito fluido – corresponde a uma porcentagem 
mínima do atrito sólido, que ocorre na ausência de 
um lubrificante. 
Atrito fluido.
O movimento relativo entre camadas vizinhas com velocidades 
diferentes faz surgir uma força de cisalhamento entre as mesmas.
Essa força tenta frear a camada mais rápida e acelerar a camada mais 
lenta e é chamada de resistência de cisalhamento. A soma de tais 
resistências constitui o atrito fluido. 
Lubrificação.
• Lubrificação é uma operação que consiste em introduzir 
uma substância apropriada (LUBRIFICANTE) entre 
superfícies sólidas que estejam em contato entre si e que 
executam movimentos relativos. 
• LUBRIFICANTE: qualquer material que, interposto entre
duas superfícies que realizam movimento entre si, reduza o
atrito.
• Além dessa redução do atrito, outros objetivos são
alcançados com a lubrificação, se a substância lubrificante for
selecionada corretamente.
Lubrificantes.
• FUNÇÕES DO LUBRIFICANTE, NAS SUAS DIVERSAS APLICAÇÕES:
• a. Controle do atrito.
• − transformando o atrito sólido em atrito fluido, evitando assim a perda de 
energia. 
• b. Controle do desgaste. 
• − reduzindo ao mínimo o contato entre as superfícies, origem do desgaste. 
• c. Controle da temperatura.
• − absorvendo o calor gerado pelo contato das superfícies (motores, 
operações de corte etc.).
•
• d. Controle da corrosão.
• − evitando que ação de ácidos destrua os metais.
•
Lubrificantes.
• FUNÇÕES DO LUBRIFICANTE, NAS SUAS DIVERSAS APLICAÇÕES:
• e. Transmissão de força. 
• −funcionando como meio hidráulico, transmitindo força com um mínimo de 
perda (sistemas hidráulicos, por exemplo). 
• f. Amortecimento de choques. 
• −transferindo energia mecânica para energia fluida (como nos 
amortecedores dos automóveis) e amortecendo o choque dos dentes de 
engrenagens. 
• g. Remoção de contaminantes. 
• − evitando a formação de borras, lacas e vernizes. 
• h. Vedação. 
• −impedindo a saída de lubrificantes e a entrada de partículas estranhas 
(função das graxas), e impedindo a entrada de outrosfluidos ou gases 
(função dos óleos nos cilindros de motores ou compressores). 
Lubrificantes.
• A falta de lubrificação causa uma série de problemas nas 
máquinas. Estes problemas podem ser enumerados, conforme a 
ocorrência, na seguinte sequência:
• Aumento do atrito � Aumento do 
desgaste � Aquecimento � Dilatação das 
peças �Desalinhamento � Ruídos �
Gripagem � Ruptura das peças.
Prejuízos.
• Sem lubrificação, ou com lubrificação deficiente, o tempo de vida útil 
das máquinas seria muito curto. Devido as desgaste excessivo, a 
máquina teria de ser retirada de serviço para reparos. Neste caso, 
além dos custos com peças e mão de obra, haveria um grande 
prejuízo devido ao tempo de parada da máquina. 
• Outro fator importante seria o aumento da energia gasta, já que as 
forças de atrito a serem vencidas se tornam elevadas
• Sem a aplicação de lubrificantes adequados, o ruído nas fábricas seria 
um grande problema para a saúde dos operadores.
Lubrificantes.
• Formação de película lubrificante → O FLUIDO DEVE APRESENTAR:
• ADESIVIDADE: para aderir às superfícies e ser arrastada por elas durante o 
movimento. 
• COESIVIDADE: para que não haja rompimento da película. 
• PROPRIEDADE DO FLUIDO: OLEOSIDADE
CLASSIFICAÇÃO DA LUBRIFICAÇÃO.
• LUBRIFICAÇÃO TOTAL:
• A película lubrificante separa totalmente as 
superfícies, não havendo contato metálico entre 
elas, isto é, a película possui espessura superior à 
soma das alturas das rugosidades das 
superfícies. Serão resultantes, assim, valores de 
atrito baixos e desgaste insignificantes. 
• A película contínua de lubrificante apresenta 
espessura variável entre 0,025 mm e 0,25 mm, e 
os valores do coeficiente de atrito são bastante 
baixos, da ordem de 0,001 à 0,03. 
Lubrificação limite ou restrita.
• A espessura da película é mínima, 
basicamente é a soma das espessuras da 
rugosidade de cada superfície, podendo ser 
“monomolecular” (~10 µm).
• A película possui espessura igual à soma das 
alturas das rugosidades das superfícies. 
• Muitas vezes requer o uso de aditivos 
específicos como agentes de oleosidade, 
antidesgaste e de extrema pressão. 
Lubrificação mista.
• Neste caso, podem ocorrer as duas situações 
anteriores. 
• Quando uma máquina está parada, as partes 
móveis estão apoiadas sobre as partes fixas, 
havendo uma película insuficiente. 
• Quando o movimento tem início a pressão 
hidrodinâmica que faz surgir a película que 
impede o contato. 
LUBRIFICAÇÃO DE MANCAIS – MAIS IMPORTANTE 
APLICAÇÃO DA LUBRIFICAÇÃO HIDRODINÂMICA.
• Os mancais são suportes que mantêm as peças (geralmente eixos) em 
posição ou entre limites, permitindo seu movimento relativo. 
• Os mancais de deslizamento possuem um espaço entre o eixo e o 
mancal denominado folga ou luz.
• As dimensões da folga são proporcionais ao diâmetro “d” do eixo 
(0,0006d a 0,001d) e suas funções são suportar a dilatação e a 
distorção das peças, bem como neutralizar possíveis erros mínimos 
de alinhamento. 
• Além disto, a folga é utilizada para introdução do lubrificante. 
• O óleo introduzido na folga adere às superfícies dos eixo e do mancal, 
cobrindo-as com uma película de lubrificante. 
• POSIÇÕES DO EIXO EM RELAÇÃO AO MANCAL:
• 1) Com a máquina parada, devido à folga, o eixo toma uma posição 
excêntrica em relação ao mancal, apoiando-se na parte inferior. 
• 2) Nesta posição a película lubrificante entre o eixo e o mancal é 
mínima, ou praticamente nenhuma. 
• 3) Na partida da máquina, o eixo começa a girar e o óleo, aderindo à 
sua superfície, é arrastado, formando-se a cunha lubrificante. 
• 4) Durante as primeiras rotações, o eixo sobe ligeiramente sobre a 
face do mancal, em direção contrária à da rotação, permanecendo um 
considerável atrito entre as partes metálicas (resistência de arranque), 
pois existe contato entre as superfícies (lubrificação limite).
• IMPORTÂNCIA NA ESCOLHA ADEQUADA DO LUBRIFICANTE → se o óleo não revestir 
rapidamente as superfícies, o atrito e o esforço de arranque serão grandes. 
• Entretanto, com um óleo com de viscosidade adequada essa resistência não acontece.
• RANHURAS NOS MANCAIS.
• Na lubrificação dos mancais, é de grande importância o local de introdução do
lubrificante.
•
• O ponto de aplicação do lubrificante deve ser escolhido em uma área de pressão
mínima, caso contrário a sua entrada seria impedida pela pressão do eixo sobre o
mancal, seriam necessárias bombas de alta potência.
Lubrificantes.
• CLASSIFICAÇÃO
a) Quanto ao estado físico:
1. GASOSOS;
2. LÍQUIDOS;
3. PASTOSOS;
4. SÓLIDOS.
b) Quanto à origem:
1. NATURAIS;
2. SINTÉTICOS.
Lubrificantes gasosos.
• São de uso restrito geralmente em locais de difícil 
penetração ou e em lugares onde não seja 
possível a aplicação dos lubrificantes líquidos 
convencionais. 
• Alguns dos lubrificantes gasosos utilizados são ar 
seco , nitrogênio e gases halogenados.
• Este tipo de lubrificação apresenta problemas 
devido às elevadas pressões requeridas para 
manter o lubrificante entre as superfícies além de 
problemas de vedação.
Lubrificantes líquidos.
• As substâncias líquidas são as preferidas como lubrificantes, 
porque podem penetrar facilmente nas partes móveis pela 
ação hidráulica, mantendo-as separadas e agindo ainda 
como fluidos resfriadores.
• Podem ser subdivididos em:
a) ÓLEOS MINERAIS.
b) ÓLEOS GRAXOS (VEGETAIS OU ANIMAIS).
c) ÓLEOS SINTÉTICOS.
• → Outra subdivisão: óleos minerais puros, óleos graxos, 
óleos compostos, óleos aditivados e óleos sintéticos. 
Óleos graxos.
• Os óleos graxos podem ser de origem animal ou vegetal.
• Primeiros lubrificantes a serem utilizados, sendo mais tarde substituídos pelos
óleos minerais.
• A substituição se deu devido à sua instabilidade química, principalmente em
altas temperaturas, o que provoca a formação de ácidos e vernizes.
• Apresentam pequena resistência a oxidação (tornam-se rançosos facilmente).
• São principalmente utilizados em misturas de óleos compostos. A
percentagem de óleo graxo é pequena (até 30%), variando de acordo com a
finalidade do óleo.
• Os óleos graxos conferem aos óleos minerais propriedades de emulsibilidade,
oleosidade e extrema pressão.
• Óleos vegetais:
• Óleo rícino (extraído da semente de mamona);
• Óleo de coco;
• Óleo de oliva;
• Óleo de dendê;
• Óleos animais:
• Óleo de baleia;
• Óleo de mocotó;
• Óleo de peixe;
• São pouco usados pois
oxidam facilmente.
Óleos minerais.
• Produzidos a partir do petróleo. 
• Os óleos lubrificantes são produzidos como alguns 
tipos de óleos básicos, que constituem a matéria 
prima para a fabricação da grande variedade de óleos 
lubrificantes existentes no mercado. 
• Óleos minerais aditivados são encontrados 
normalmente nos postos de serviço. 
• Com especificação correta, eles atendem às 
necessidades da grande maioria dos motores dos 
carros nacionais.
Petróleo
• Composição química do petróleo.
• É constituído quase inteiramente por carbono e hidrogênio em várias combinações 
químicas (hidrocarbonetos). 
• São encontrados também pequenas quantidades de vários outros elementos, como 
o enxofre, oxigênio, sódio, ferro, nitrogênio,entre outros (geralmente considerados 
como impurezas).
• Certas características físico-químicas do petróleo, como fluidez, cor e odor, podem 
variar em função de sua composição e do local extraído.
• Dependendo dos tipos de hidrocarbonetos predominantes em sua composição, o 
petróleo pode ser classificado em:
• BASE PARAFÍNICA
• BASE NAFTÊNICA
• BASE MISTA
PETRÓLEO DE BASE PARAFÍNICA.
• Constituído principalmente por hidrocarbonetos 
parafínicos: hidrocarbonetos saturados, desde o metano 
(CH4) até a parafina (C35H72).Este tipo de petróleo produz derivados com as 
seguintes propriedades:
• Gasolina de baixa octanagem.
• Querosene de alta qualidade.
• Óleo diesel com boas características de 
combustão.
• Óleos lubrificantes de alto índice de 
viscosidade, elevada estabilidade química e 
alto ponto de fluidez.
• Resíduos de refinação com elevada 
percentagem de parafina.
PETRÓLEO DE BASE NAFTÊNICA.
• Constituído principalmente por hidrocarbonetos cicloparafínicos ou 
naftênicos.
• Este tipo de petróleo produz derivados com as seguintes 
propriedades:
• • Gasolina de alta octanagem.
• • Óleos lubrificantes de baixo ponto de fluidez, baixo índice de 
viscosidade e baixo resíduo de carbono.
PETRÓLEO DE BASE MISTA.
• Quando possuem misturas de
hidrocarbonetos parafínicos, naftênicos e
aromáticos, com propriedades
intermediárias, de acordo com maior ou
menor percentagem de hidrocarbonetos
parafínicos e naftênicos.
Óleo sintético.
• Os óleos sintéticos são produzidos em laboratórios. São os melhores 
lubrificantes, mas são também os de custo mais elevado. Os mais 
empregados são os polímeros, os diésteres etc. Devido ao seu custo, seu 
uso limitado aos locais onde os óleos convencionais não podem ser 
utilizados.
• Mistura complexa de compostos e elementos químicos. São óleos que 
suportam altas condições de cargas e temperaturas, mantendo estáveis 
suas características.
• Os mais conhecidos são aqueles a base de “glicois polialcalicos” (ou 
polialquileno-glicois). 
• Usados em temperaturas que variam desde valores abaixo de zero grau 
centígrado até 400 ⁰C; não formam resinas e não afetam compostos de 
borracha natural ou sintética. 
• Podem ser solúveis em água ou insolúveis, dependendo do tipo e 
apresentam ampla variedade de viscosidade.
Óleo Sintético.
• Tendem a manter a viscosidade 
independentemente da temperatura de 
funcionamento do motor, o que evita a 
carbonização do motor.
• São produtos relativamente caros para uso 
geral.
• Óleos minerais com aditivação sintética 
atendem a motores sofisticados, como os 
importados.
Lubrificantes semi-sólidos ou graxas.
• 10% do lubrificante consumido.
• São dispersões estáveis de sabões (ésteres de 
ácidos graxos) em óleos minerais ou, menos 
usualmente em óleos sintéticos.
• Produto pastoso que pode ser aplicado como uma 
película lubrificante em pontos em que seria 
impraticável utilizar o óleo lubrificante, pois não 
ficaria retido devido a fluidez. 
Lubrificantes semi-sólidos ou graxas.
• Vantagens:
• 1� apresentam melhores propriedades de 
retenção no local de lubrificação.
• 2� é preferível o uso de graxas quando é 
impraticável um fornecimento contínuo de 
óleo.
• 3� Agem como elemento de vedação em 
atmosferas corrosivas e úmidas.
Lubrificantes semi-sólidos ou graxas.
• Fabricação:
• O sabão, já pronto, é dispersado a quente no 
óleo apropriado. (Sabões de alumínio ou lítio).
• O sabão é preparado a quente ou a frio, na 
presença do óleo lubrificante.
Lubrificantes semi-sólidos ou graxas.
• Usa-se:
• Óleo mineral �A escolha depende da aplicação 
que deverá ser dada à graxa (temperatura de 
trabalho, velocidade e cargas suportadas pela 
graxa).
• Óleos sintético � utilizado para obtenção de 
óleos especiais (graxas para temperaturas muito 
baixas (-30 a -60°C) ou temperaturas muito altas 
(120 a 150°C).
• Quanto à natureza do sabão metálico, as graxas classificam-se da 
seguinte forma:
• • Graxas à base de sabão de Cálcio Graxas à base de sabão de Cálcio Graxas à base de sabão de Cálcio Graxas à base de sabão de Cálcio – bastante aderentes, são 
indicadas para uso em peças que trabalham em contato com água. 
Não são indicadas para utilização em temperaturas superiores a 800C.
• • Graxas à base de sabão de Sódio Graxas à base de sabão de Sódio Graxas à base de sabão de Sódio Graxas à base de sabão de Sódio – recomendadas para mancais 
planos e rolamentos que trabalham a altas velocidades e temperaturas 
elevadas (até 1200C) e, ocasionalmente, em engrenagens. É 
desaconselhável o seu uso em presença de umidade, pois o sabão é 
solúvel em água.
• • Graxas à base de sabão de Alumínio Graxas à base de sabão de Alumínio Graxas à base de sabão de Alumínio Graxas à base de sabão de Alumínio – são indicadas para uso onde o 
principal requisito seja a característica de aderência da graxa, 
proporcionando boa proteção contra a ferrugem e resistência à 
lavagem por água. Não resiste a temperaturas elevadas.
• • Graxas à base de sabão de Lítio Graxas à base de sabão de Lítio Graxas à base de sabão de Lítio Graxas à base de sabão de Lítio – são bastante aderentes e 
relativamente insolúveis em água, substituindo, em aplicações 
convencionais, muito bem as graxas de Cálcio e Sódio, sendo, 
portanto, de aplicações múltiplas. Possuem grande estabilidade 
mecânica e alto ponto de gota, sendo de fácil aplicação por meio de 
pistolas e sistemas centralizados de lubrificação.
• • Graxas à base de sabão Complexo – sabão 
complexo é aquele, em que a fibra do sabão é 
formada pela cocristalização de um sabão normal 
(Cálcio, Sódio, Alumínio ou Lítio) e um agente 
complexo, como: ácido acético, lático, etc. Esse 
tipo de graxa apresenta como característica 
principal um elevado ponto de gota.
• Graxas espessadas sem sabão – são as que
utilizam espessantes químicos inorgânicos ou
orgânicos dispersos no óleo. Esses tipos de
espessantes não são feitos com álcali metálico
como os usados nas graxas espessadas com
sabão. Exemplos: poliuréia e argila orgânica.
Lubrificantes sólidos
Grafite.
• Grafite � sólido que apresenta estrutura
lamelar (lâminas minúsculas).
• C � anéis hexagonais.
• Pode ser aplicado:
• � pó seco
• � aerossol
• � pasta ou dispersão líquida
• � graxa.
• Em forma de pó ou dispersão – lubrificante de extremas pressões 
(lubrificação limite).
• Eficiente a altas temperaturas.
• ↑ Temperatura ↓Coeficiente de atrito
Lubrificantes sólidos
Bissulfeto de molibdênio (MoS2).
• Bissulfeto de molibdênio � estrutura lamelar – camada de átomos 
de molibdênio entre 2 camadas de átomos de enxofre (MoS2);
• Mais mole que o grafite.
• Pode ser aplicado: pó seco ou como dispersão em água ou óleo.
• Lubrificação limite.
• Nome comercial – Molikote.
• Menores coeficientes de atrito que os do grafite.
• Até 900°C – Decomposição do MoS2.
Lubrificantes sólidos
Teflon.
• Plástico – politetrafluoretileno;
• Apresenta baixo coeficiente de atrito;
• 300°C – estabilidade;
• Resiste a quase todos os agentes químicos e apresenta 
excelente resistência à oxidação;
• Pode ser incorporado em forma de pó.
Aditivos para lubrificantes.
• São produtos que se adicionam ao lubrificante 
com a finalidade de melhorar certas 
propriedades específicas.
Aditivos para lubrificantes.
• Classes:
• � Detergentes/Dispersantes;
Mantém em suspensão e disperso na massa de óleo o carbono 
formado durante a combustão. É eliminado pelo esvaziamento do 
cárter. Mantém as paredes internas dos motores limpas.
• Melhoram a limpeza das peças lubrificadas.
Aditivos para lubrificantes.
• � Antioxidantes;
• Evitam as reações de oxidação, pois apresentam afinidade maior com o 
oxigênio;
• Aumentam a vida útil do óleo e reduzem depósitos; 
Aditivos para lubrificantes.
• �Anticorrosivos;
• Existem 2 tipos:
• A) proteção de partes metálicas da corrosão por 
substâncias ácidas formadas no óleo.
• B) proteção contra corrosão atmosférica e contra umidade.
• Função – 2 fases:
• 1ª - prevenir o contato entre o agente corrosivo e o metal 
(o aditivo forma uma película impermeável sobre os 
metais);
• 2ª - remover do óleo os agentes de corrosão. (neutralização 
das substâncias ácidas).
Aditivos paralubrificantes.
• � Antiespumantes;
• Impedem a formação de espuma, desmanchando as bolhas de ar 
assim que elas atingem a superfície livre do óleo.
• Melhoram a resistência à formação de espuma.
Aditivos para lubrificantes.
• � Extrema pressão;
• Impede a soldagem e outros danos 
(arranhaduras e desgaste), sob
condições de cargas elevadas;
• Age somente na lubrificação limite;
• Geralmente compostos de enxofre, 
cloro e fósforo, ou combinações 
desses elementos.
• Reagem com o metal, formando 
películas finíssimas de sulfato, 
Cloretos e fosfetos, aderentes ao
metal.
• Melhoram a lubrificação sob
pressões extremas;
Aditivos para lubrificantes.
• � Aumentadores do índice de viscosidade;
• Polímeros de elevado peso molecular, longas cadeias 
moleculares e altas viscosidades;
• Quanto maior a temperatura, mais as moléculas do 
aditivo se distendem, aumentando a sua viscosidade e, 
dessa forma, compensando o afinamento do óleo 
básico.
• Melhoram as características de temperatura x 
viscosidade.
Aditivos para lubrificantes.
Aditivos para graxas.
• Obter determinadas características;
• Mais usuais;
• � inibidores de oxidação;
• � inibidores de corrosão;
• � agentes de oleosidade;
• � lubrificantes sólidos;
• � agentes modificadores de estrutura;
• � agentes de extrema pressão;
• � agentes de adesividade.
CARACTERÍSTICAS CARACTERÍSTICAS CARACTERÍSTICAS CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES E PROPRIEDADES E PROPRIEDADES E PROPRIEDADES 
DOS ÓLEOS DOS ÓLEOS DOS ÓLEOS DOS ÓLEOS LUBRIFICANTES.LUBRIFICANTES.LUBRIFICANTES.LUBRIFICANTES.
• Na refinação e produção de óleos lubrificantes, devem ser estabelecidos
limites de tolerância, cobrindo numerosas propriedades e características, a
fim de se obter o grau desejado de normalização dos produtos.
• Usam-se como limites básicos, várias propriedades físicas e químicas,
conhecidas como especificações para óleos lubrificantes.
• Estas especificações são usualmente determinadas e expressas baseadas
em testes padronizados, estabelecidos por órgãos normalizadores como a
ASTM (American Society for Testing and Materials), ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas), IBP (Instituto Brasileiro do Petróleo), API
(American Petroleum Institute), e outras.
Características físicas dos lubrificantes.
Densidade.
• Aplicação adequada – produto certo no lugar 
certo;
• Densidade absoluta – é o quociente de sua massa 
pelo seu volume. É necessário especificar a 
temperatura.
• Densidade relativa – é a relação entre a massa de 
um determinado volume de substância a uma 
temperatura t, pela massa de igual volume de 
água destilada a uma determinada temperatura.
• Utilidade – cálculos de conversão de volume 
(litros) para massa (kg) ou para fins de controle.
Características físicas dos lubrificantes. 
Densidade.
• Temperatura do lubrificantes – 20°C
• Temperatura da água – 4°C (1 cm^3 – 1000 g.)
• Densidade 20°C/4°C = Massa de um volume do produto a 20°C/ 
Massa de igual volume de água destilada a 4°C.
O método usual para 
determinação é 
mergulhar no óleo um 
densímetro, que fica 
em equilíbrio a uma 
certa profundidade. 
Nesta haste graduada 
lê-se, ao nível da 
superfície, a valor da 
densidade.
Características físicas dos lubrificantes.
Ponto de fulgor e ponto de inflamação.
• Ponto de fulgor – é a menor temperatura em que 
o óleo lubrificante deve ser aquecido, sob 
condições padrões, para produzir suficiente 
vapor, para formar com o ar uma mistura capaz 
de se inflamar momentaneamente pela presença 
de uma chama piloto.
• Ponto de inflamação – é a mínima temperatura 
em que o produto deve ser aquecido, nas 
mesmas condições padrões, para se inflamar de 
maneira contínua.
Características físicas dos lubrificantes.
Ponto de fulgor e ponto de inflamação.
• Segurança – ponto de fulgor – previsão da 
temperatura máxima a que o produto pode ser 
submetido quando estocado, transportado e 
manuseado. 
• Produtos com ponto de fulgor abaixo de 70°C –
manuseio perigoso.
• Utilizado no controle de uso de lubrificantes, para 
verificação da presença de contaminantes mais 
voláteis (gasolina, óleo diesel, etc.).
Características físicas dos lubrificantes.
Ponto de fulgor e ponto de inflamação.
• A tabela indica o ponto de fulgor de alguns derivados do 
petróleo, analisados pelo método Cleveland Vaso 
Aberto.
• Tabela - fonte: www.oilbrasil.com.br
• A amostra é contida em um recipiente aberto, sob o qual coloca-se uma
fonte de calor.
• Uma chama piloto é passada por sobre o recipiente a intervalos regulares
de tempo. Quando aparecer na porção da amostra vaporizada uma
inflamação temporária, registra-se a temperatura da amostra. Esta
temperatura é o ponto de fulgor do óleo.
• Continuando a operação, quando a chama produzida permanece por mais
de 5 segundos, o ponto de inflamação foi atingido.
• Este ponto encontra-se aproximadamente 25oC acima do ponto de fulgor.
Características físicas dos lubrificantes.
Ponto de névoa e ponto de fluidez.
• Ponto de névoa – é a temperatura em que a 
parafina ou outras substâncias semelhantes 
começam a separar-se formando minúsculos 
cristais, tornando o óleo turvo.
• Ponto de fluidez – é a menor temperatura na qual 
o óleo ainda pode escoar nas condições do teste.
• Está ligado à facilidade de iniciar a lubrificação 
quando uma máquina fria é posta em 
funcionamento. O óleo deve fluir livremente.
• O método para determinação do Ponto de Fluidez, consiste em resfriar
uma amostra num ritmo pré-determinado, observando-se a sua fluidez a
cada queda de temperatura de 3°C, até que virtualmente a superfície da
amostra permaneça imóvel (ponto de congelamento) por 5 segundos, ao
se colocar o tubo de ensaio com a amostra, na posição horizontal.
• A temperatura 3oC acima desta é o ponto de mínima fluidez.
• Por exemplo, se um óleo apresentar um ponto de congelamento de -20oC , 
seu ponto de mínima fluidez será de -17oC .
Características físicas dos lubrificantes.
Ponto de névoa e ponto de fluidez.
• O ponto de fluidez fornece uma ideia de até qual 
temperatura determinado óleo lubrificante pode ser 
resfriado sem perigo de deixar fluir. 
• O óleo lubrificante pode deixar de fluir por 2 razões:
• 1 – pode conter uma certa quantidade de parafina 
dissolvida no óleo a temperaturas maiores e quando o 
óleo é resfriado a parafina cristaliza-se.
• 2- Todos os óleos aumentam de viscosidade à medida 
que a temperatura abaixa, diminuindo naturalmente a 
sua fluidez.
Características físicas dos lubrificantes.
Resíduo de carbono.
• Óleos lubrificantes – hidrocarbonetos – C e H;
• Alguns óleos quando aquecidos em ambientes 
fechados podem deixar resíduos de carbono não 
volátil;
• Quanto maior a viscosidade, maior a quantidade de 
carbono;
• Óleos naftênicos – maior quantidade de resíduo de C 
que os óleos parafínicos.
• Quantidade de C – métodos e aparelhos (Conradson e 
Ramsbottom);
• Ensaios – óleos minerais puros – sem aditivos.
Características físicas dos lubrificantes.
Número de desemulsão e perdas por evaporação
• Desemulsibilidade – capacidade que possuem 
os óleos de se separarem da água.
• � Turbinas – óleo deve permanecer nos 
sistemas de circulação.
• Necessário que o óleo se separe da água ou 
que não forma emulsão.
• Perdas por evaporação – óleos tornam-se 
mais viscosos.
• MÉTODO DE DETERMINAÇÃO
• ASTM D 401. 
• Consiste em colocar iguais quantidades de água destilada e 
óleo em uma proveta graduada e agitar. O tempo requerido 
para a separação da emulsão formada é anotado. Se não 
houver separação completa após 1h, os volumes de óleo, 
água e emulsão são anotados.
Características físicas dos lubrificantes.
Extrema pressão.
• Extrema pressão – Quando o óleo possuia propriedade de evitar 
que as superfícies em movimento entrem em contato, mesmo 
quando as pressões são muito elevadas.
• O teste mais utilizado é o Four Balls ASTM D-2783.
• . Nele, 3 esferas são dispostas juntas horizontalmente, e uma 
quarta, presa a um eixo girando sobre elas a uma velocidade de 
1800 rpm. Quando as esferas se soldam é anotada a carga máxima 
suportada pelo lubrificante.
Características físicas dos lubrificantes.
Viscosidade.
• Viscosidade � Resistência oposta ao escoamento de óleo.
• Quanto mais espesso o óleo, mais viscoso e maior a 
resistência para escoar.
• Um líquido de viscosidade elevada, como por exemplo o 
mel, apresenta grande resistência em escoar. Já a água, que 
é um fluido de baixa viscosidade, escoa facilmente.
• A viscosidade varia inversamente com a temperatura e só 
podemos comparar valores de viscosidade medidas a 
mesma temperatura.
• Temperatura do óleo aumenta→ ele se torna menos viscoso.
• Temperatura do óleo diminui → o óleo torna-se mais espesso,
ou mais viscoso.
• Relacionada com a capacidade de suportar cargas.
Características físicas dos lubrificantes.
Viscosidade.
• Seleção de um óleo:
• Velocidade – Quanto maior a velocidade, menor a viscosidade –
formação de película mais fácil.
• Pressão – quanto maior a carga, maior a viscosidade para suportá-
la.
• Folgas – quanto menores forem as folgas, menor deve ser a 
viscosidade para que o óleo possa penetrar.
• Acabamento – Quanto melhor for o grau de acabamento superficial 
das peças em movimento, menor poderá ser a viscosidade.
Ensaios e características das graxas
• 3 grupos
• A) Ensaio de caráter geral;
• B) Ensaios especiais;
• C) Ensaios de desempenho;
Ensaios e características das graxas.
Consistência.
• Consistência de uma graxa é a resistência que esta se opõe à 
deformação sob a aplicação de uma força.
• Aparelho – penetrômetro;
• Cone, que sob a ação de uma carga padronizada, penetra uma 
dada profundidade (medida) na graxa durante 5s, a 25°C. A 
penetração é dada em décimos de milimetros.
• A consistência de uma graxa é medida pelo grau NLGI – Instituto 
Nacional de Graxas Lubrificantes.
Ensaios e características das graxas.
Consistência.
Grau NLGI Penetração trabalhada 
(ASTM) a 77°F.
NLGI 000 445/475
NLGI 00 400/430
NLGI 0 355/385
NLGI 1 310/340
NLGI 2 265/295
NLGI 3 220/255
NLGI 4 175/205
NLGI 5 130/160
NLGI 6 85/115
As graxas com consistências NLGI 0, 00 e 000 são consideradas 
semifluidas, e as maiores que 6 são chamadas graxas de bloco. As de 
consistência NLGI 2 e 3 são as mais empregadas.
Ensaios e características das graxas.
Ponto de gota (ou de derretimento).
• Indica a temperatura em que uma graxa do 
estado sólido ou semi-sólido passa para o 
estado líquido.
• Determina-se a temperatura em aparelho 
especial, em que se dá a queda da primeira 
gota de graxa liquefeita.
• Permite relacionar o ponto de gota com a 
temperatura de trabalho.
Ensaios e características das graxas.
Ponto de gota (ou de derretimento).
Graxas Ponto de gota (°F) Ponto de gota (°C)
De cálcio 150-220 66-104
De alumínio 82-110 82-110
De sódio e cálcio 250-380 121-193
De sódio 300-500 149-260
De lítio 350-425 177-218
De bário 350-475 177-246
Especiais de argila, sílica e
grafite
500 ou mais 260 ou mais
Ensaios e características das graxas.
Estabilidade ao trabalho.
• O ensaio é feito por meio do esmagamento da 
graxa no interior de um cilindro oco 
horizontal, dentro do qual gira um rolo de 
material pesado. Após 4 horas, verifica-se a 
variação de penetração sofrida pela graxa.
Ensaios e características das graxas.
Viscosidade aparente e Separação do 
óleo.
• Viscosidade aparente - É realizado para 
verificar se uma graxa escoa bem em longos 
condutos existentes em sistemas de 
lubrificação centralizada. 
• Separação do óleo – As graxas apresentam 
certa tendência à separação do óleo 
lubrificante quando armazenadas por longo 
tempo.
Ensaios e características das graxas.
Corrosão e Oxidação.
• Corrosão – A graxa não deve atacar uma 
lâmina de cobre sob condições padronizadas.
• Oxidação – Quando a temperatura de trabalho 
for elevada deve-se trocar frequentemente a 
graxa. 
• Aparelho padrão- verifica a quantidade de 
oxigênio absorvido por uma graxa sob 
determinadas condições.
Ensaios e características das graxas.
Prova de carga.
• Pressão máxima que uma graxa pode 
aguentar.
• Máquina – Timken;
Características físicas dos lubrificantes.
Viscosidade.
• Newton – comportamento dos líquidos em 
movimento;
• Duas placas planas e paralelas, havendo entre 
elas uma película de um líquido qualquer de 
espessura “h” ou um óleo.
• Placa superior de área “S”, velocidade 
constante “V”, por meio de uma força “F”.
Características físicas dos lubrificantes.
Viscosidade.
• “V” não muito grande, o óleo se move entre 2 
placas como se fosse formado de infinitas 
camadas, que deslizam umas sobre as outras 
sem se misturar e a velocidade de cada 
camada é proporcional à sua distância da 
placa fixa;
• Movimento ordenado em camadas paralelas –
Escoamento laminar ou viscoso.
Características físicas dos lubrificantes.
Viscosidade.
• “F” necessária para produzir o movimento das 
camadas de óleo umas sobre as outras, e “V” 
constante da placa superior é:
• A) proporcional à área “S”;
• B) proporcional ao gradiente de velocidade ou grau de 
cisalhamento;
• V/h=V1/h1=V2/h2=...Vn/hn
• Equação:
• F=ƞ.S.(V/h)
• Ƞ- constante de proporcionalidade ou coeficiente de 
viscosidade;
Características físicas dos lubrificantes.
Viscosidade.
• F=ƞ.S.(V/h)
• Ƞ= (F/S)/(V/h)
• F= força em dinas (g.cm/s^2)
• S= área em cm^2
• V= velocidade em cm/s
• h= distância entre as placas, em cm.
• Ƞ = g/(s.cm)
• A essa unidade foi dada a denominação de 
‘poise’.
Características físicas dos lubrificantes.
Escalas de Viscosidade.
• Para as medidas de viscosidade de óleos 
lubrificantes, utilizam-se geralmente as escalas de 
viscosidade:
• A) cinemática;
• B) Saybolt;
• C) Engler; e
• D) Redwood.
• Viscosidade cinemática é física e as demais 
empíricas.
Características físicas dos lubrificantes.
Escalas de Viscosidade.
• Visc. Cinemática = visc absoluta/massa específica
• =(g/s.cm)/(g/cm^3)
• =cm^2/s = stoke (s ou S)
• O viscosímetro cinemático funciona pelo 
escoamento do óleo através de um tubo capilar, 
sob o peso de uma coluna do mesmo óleo.
• Nos demais, a viscosidade é medida pelo tempo 
de escoamento em segundos, através de orifícios 
padronizados. 
Características físicas dos lubrificantes.
Índice de Viscosidade.
• A viscosidade é a propriedade mais 
importante de um óleo e a temperatura é o 
fator mais importante que afeta a 
viscosidade.
• Quanto a temperatura, a viscosidade.
• Muitas vezes, um óleo lubrificante deve 
trabalhar em uma larga faixa de temperatura 
e deve atender às características de 
viscosidade-temperatura.
Características físicas dos lubrificantes.
Índice de Viscosidade.
• O índice de viscosidade (IV) é um número 
empírico e apresenta o significado de que 
quanto maior o valor de IV, menor será a 
tendência do óleo ter a viscosidade 
modificada com a variação de temperatura.
• Óleos de base parafínica apresentam menor 
variação de viscosidade com a temperatura do 
que os óleos de base naftênica.
Características físicas dos lubrificantes.
Índice de Viscosidade.
• 1929 – conceito de IV;
• A) óleos naftênicos, provenientes do Golfo do 
México, apresentavam grande variação de 
viscosidade com a temperatura. IV=0.
• B) óleos parafínicos, oriundos do petróleo da 
Pensilvânia, apresentavam pequena variação 
de viscosidade com a temperatura.IV=100.
Características físicas dos lubrificantes.
Índice de Viscosidade.
• Todos os óleos estariam classificados entre 0 e 
100 e o que mostrasse o maior índice de 
viscosidade, indicaria uma variação de 
viscosidade relativamente pequena com uma 
grande variação de temperatura. 
• Atualmente, temos óleos que ultrapassam os 
índices de viscosidade iniciais de 0 a 100 e 
superam o I.V. de 250.
Características físicas dos lubrificantes.
Índice de Viscosidade.
• IV=[(L-U)/(L-H)]x100
• L- viscosidade a 37,8°C (100°F) do óleo de IV 
igual a zero, tendo a mesma viscosidade a 
98,9°C que a amostra de IV a calcular.
• H- viscosidade a 37,8°C do óleo de IV igual a 
cem, tendo a mesma viscosidade a 98,9°C que 
a amostra de IV a calcular.
• U- viscosidade a 37,8°C do óleo cujo IV se 
procura determinar.
Características físicas dos lubrificantes.
Índice de Viscosidade.
• Altas temperaturas – a viscosidade de um óleo pode 
diminuir a tal ponto que a película lubrificante pode ser 
rompida.
• Baixas temperaturas – o óleo pode tornar-se 
demasiadamente viscoso, dificultando a circulação, ou 
mesmo impedindo que o mecanismo funcione.
• Motor de automóvel – o óleo do cárter não deve ser 
tão viscoso a ponto de, na partida em tempo frio, 
impor carga excessiva para a movimentação do motor. 
Em tempo quente, o óleo deve fluir livremente para 
lubrificar as partes do motor.
Características físicas dos lubrificantes.
Índice de Viscosidade.
• Tabela fonte: Ipiranga.
Para uma mesma 
variação de 
temperatura, a 
viscosidade dos óleos 
para motores SAE 20, 
30, 40 3 50 variam 
muito mais do que a 
viscosidade do óleo 
SAE 20W 50. O óleo 
SAE 20W 50 possui 
um I.V. maior que os 
outros óleos.
Características físicas dos lubrificantes.
Índice de Viscosidade.
• O sistema de IV apresenta limitações:
• 1- sistema falho para óleos muito finos, 
viscosidade abaixo de 8 centistokes a 98,9°C.
• 2- o sistema de IV é baseado em padrões 
arbitrários não mais adequados atualmente.
• 3- Na faixa acima do IV=125, são possíveis 
resultados anômalos, pois 2 óleos com a mesma 
viscosidade a 37.8°C, mas com diferentes 
viscosidades a 98.9°C, podem ter o mesmo IV.
Características físicas dos lubrificantes.
Classificação SAE- óleos para cárter de 
motores.
• Constituem uma classificação de óleos lubrificantes de 
cárter, somente com base na viscosidade.
• Óleos mais finos – classificados a 0°F (-17,7°C), 
específicos para climas frios e o grau SAE acompanha a 
letra W (winter).
• Óleos mais viscosos – classificados a 210°F (98,9°C)
• Óleo SAE 10W-30 – SAE 10W a 0°F e SAE 30 a 210°F.
• Óleo SAE 10W-40 – SAE 10W a 0°F e SAE 40 a 210°F.
• Desenvolvido pela Society of Automotive Engineers
(S.A.E.)
Sistemas de classificação API para 
óleos de motor.
• API – Instituto Americano de Petróleo;
• SAE – Sociedade de Engenheiros Automotivos;
• ASTM – Sociedade Americana para Testes e 
Materiais;
• Estabeleceram um sistema de classificação 
para os óleos de motor que é baseado na 
descrição dos níveis de desempenho de cada 
tipo de óleo.
Sistemas de classificação API para 
óleos de motor.
• Série S – óleos comercializados em postos de serviço, 
revendedores de carros e garagens;
• Geralmente motores a gasolina;
• Série C – veículos comerciais, agrícolas e “fora de estrada”; 
• Motores a diesel;
• Óleos formulados para gasolina nem sempre são 
adequados para os motores a diesel e vice-versa.
• O atual sistema de classificação é muito mais preciso na 
definição do nível de qualidade do que o sistema anterior.
• Quando se diz que um óleo atende à mais alta classificação 
API , este óleo preenche a maioria dos níveis de 
desempenho inferiores.
Sistemas de classificação API para 
óleos de motor.
• Serviço SA – Óleo mineral puro. Não são apropriados aos motores atuais;
• Serviço SB – Possuem pequena aditivação – resistência à oxidação e 
antidesgaste;
• Serviço SC – 1964-1967 – carros de passeio;
• Serviço SD – 1968-1970 – carros de passeio;
• Serviço SE – 1972 – motores a gasolina;
• Serviço SF – 1980-1988 – motores a gasolina;
• Serviço SG – 1989 – motores a gasolina;
• Serviço SH – 07/1993 – motores a gasolina;
• Serviço SJ – 08/1997 – motores a gasolina. ;Recomendado para motores 
até 2001;
• Serviço SL – classificação mais recente- 07/2001; Melhor controle de 
depósitos sob altas temperaturas e proporcionam menor consumo;
Sistemas de classificação API para 
óleos de motor.
• Serviço CA – motores a diesel que operam em condições leves ou moderadas e 
com combustíveis de alta qualidade;
• Serviço CB – motores a diesel que operam em condições leves ou moderadas, 
porém com combustíveis de qualidade inferior;
• Serviço CC – motores a diesel levemente supercomprimidos, operando em 
condições moderadas e severas, e certos motores a gasolina para serviços 
pesados. Introduzido em 1961;
• Serviço CD – motores a diesel supercomprimidos que, operando a altas 
velocidades e com grande potência de saída;
• Serviço CE – motores turbinados em condições de serviço pesado;
• Serviço CF-4 – Criado em 1990, para serviço típico de veículos diesel ligeiro e 
caminhões em serviço extrapesado.
• Serviço CG-4 –Criado em 1994, adequado para veículos diesel ligeiro em 
aplicações dentro e fora da estrada.
• Serviço CH-4 – Criado em 1998, melhor controle de fuligem em motores aspirados 
ou turbinados, que utilizem diesel com alto teor de enxofre, em aplicações dentro 
e fora da estrada. 
Sistemas de classificação API para 
óleos de motor.
Exercício.
• O gráfico mostra a variação da 
viscosidade cinemática em 
centistokes com a temperatura em 
ºC de um óleo lubrificante. 
Determine o índice de viscosidade 
(IV) e a classificação SAE desse 
óleo.
• IV = L – U x 100 
L – H
L = 273 cS (tabela)
H = 139,6 cS (tabela)
U= 168 cS (gráfico – viscosidade a 40ºC)
• IV = 273 – 168 x 100 = 78,7
273 – 139,6
Classificação SAE
Viscosidade a 100ºC = 
14,3 cS
Tabela (entre 12,5 e 16,3) 
= óleo SAE 40
Classificação ISO VG
• Sistema de classificação de viscosidade para 
lubrificantes e outros fluidos industriais. Não 
implica em avaliação da qualidade, baseia-se 
apenas no valor da viscosidade na 
temperatura padrão de 40ºC (em 
centistokes).
• Exemplo: Um óleo de classificação ISO VG 
150 é um óleo que 40ºC apresenta um valor 
de viscosidade compreendido entre 135 e 
165 cS (tabela).
Grau 
de viscosidade 
ISO 
Viscosidade 
cinemática no ponto 
médio cS 
a 40 
0
C 
Limites de viscosidade 
cinemática 
cS a 40 
0
 
Min. Máx. 
ISO VG 2 2.2 1.98 2.42 
ISO VG 3 3.2 2.88 3.52 
ISO VG 5 4.6 4.14 5.06 
ISO VG 7 6.8 6.12 7.48 
ISO VG 10 10 9.00 11.00 
ISO VG 15 15 13.5 16.5 
ISO VG 22 22 19.8 24.2 
ISO VG 32 32 28.8 35.2 
ISO VG 46 46 41.4 50.6 
ISO VG 68 68 61.2 74.8 
ISO VG 100 100 90 110 
ISO VG 150 150 135 165 
ISO VG 220 220 198 242 
ISO VG 320 320 288 352 
ISO VG 460 460 414 506 
ISO VG 680 680 612 748 
ISO VG 1000 1000 90 1100 
ISO VG 1500 1500 1350 1650 
 
SSU(Segundos Saybolt universal)
1a situação escoamento do 
lubrificante A é de 1000 SSU e o 
lubrificante B de 750SSU a uma 
temperatura de 400C. 
2a situação após aumento da 
temperatura para 100 0C, o 
escoamento do lubrificante A
passou para 80 SSU e o 
lubrificante B de 80 SSU.
1000 SSU 750 SSU
80 SSU 80 SSU
216
162
15,7
Bibliografia
• TASSINARI C.A. et al. Química 
tecnológica. Pioneira Learning Thomsom, 
2003.
http://www.abraman.org.br/docs/apostilas/M
ecanica-Lubrificacao.pdf acesso em 
17/03/2014
• Apostila Química Aplicada Prof Dr. Fernando 
Cruz Barbieri.

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