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Fonoaudiologia Média Complexidade

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Acadêmicas: Bruna Müller, Evilyn Adrini, Fernanda Neves, Kerly Kessler Campos e Monik Moreira
Atuação em Fonoaudiologia na Média Complexidade do SUS
Aprofundando o conceito de atendimento de media complexidade.
Aspectos da assistência fonoaudiológica segundo a pesquisar por amostra de domicílios de Minas Gerais.
 
 1 INTRODUÇÃO    
A atual organização do sistema de saúde brasileiro teve seu início com a Constituição Federal de1988, na qual criou o Sistema Único de Saúde (SUS). Definindo também seus princípios sendo eles; a universalidade que é o direito de acesso a saúde em todos os níveis, a integralidade que é atendimento integral com prioridade as promoções de saúde e a equidade que é diminuir as desigualdades e investir mais onde a carência é maior.
Segundo CECILIO e MERHY (2003) os serviços do sistema de saúde brasileiro foram organizados em níveis de complexidade. Sendo que a entrada deve se dar pela atenção e atendimento básico.
Os serviços de média complexidade no atendimento tem o objetivo de atender os principais agravos de saúde da população, com procedimentos e atendimento especializados. São serviços como consultas hospitalares e ambulatoriais, exames e alguns procedimentos cirúrgicos. É constituída por procedimentos ambulatoriais e hospitalares situados entre a atenção básica e a alta complexidade.
Entre as décadas de 70 e 80, iniciou a inserção da fonoaudiologia no SUS, onde o acesso à assistência era difícil. Com o surgimento do Sistema Único de Saúde, houve mais contratações de fonoaudiólogos no setor público. Na atualidade a demanda por atendimento fonoaudiológico vem aumentado, entretanto, são poucos os profissionais nessa área. 
Na atenção secundária, o fonoaudiólogo trata pessoas que já possuem uma patologia instalada e, tem, portanto, o objetivo de curar ou estacionar o processo evolutivo da doença ou alteração, a fim de evitar complicações e sequelas, além de realizar o diagnóstico das alterações do indivíduo. Também participa dos serviços de média complexidade a partir do desenvolvimento de ações de promoção, proteção, diagnóstico e recuperação à saúde relacionadas ao perfil do serviço ou unidade onde trabalha, seja ele voltado a um determinado grupo populacional ou a algum tipo específico de atendimento, atuando na realização de exames especializados e atendimento terapêutico que necessitem de equipamentos, contribuindo para uma melhor avaliação e a um diagnóstico diferencial dos distúrbios da comunicação, sendo aqueles relacionados a alterações de motricidade oral, linguagem, voz, audição, atendimento a duplas de mães/recém-nascidos com dificuldades na amamentação, alteração neurológica, pacientes oncológicos, depois de uma traqueostomia, treino fonatório e de deglutição com uso de válvula de fala, avaliação funcional da deglutição, aspiração (nasal, oral e traqueal) para avaliação ou reabilitação do paciente disfágico, triagem auditiva neonatal (teste da orelhinha) entre outros.
2 APROFUNDANDO O CONCEITO DE ATENDIMENTO DE MÉDIA COMPLEXIDADE
O conceito de Redes de Atenção á Saúde surgiu em função da incoerência entre as necessidades da população e a forma como os sistemas de saúde se organizavam na tentativa de responde-las. A proposta de redes de atenção à saúde é secular, tendo em vista sua origem em 1920 no Relatório de Dawson, produzido no Reino Unido. Tal proposta só foi revista nos anos 1990 por causa da crise global dos sistemas de saúde.
Os processos históricos nas redes de atenção à saúde; o Sistema Único de Saúde(SUS) pode ser considerado como uma das maiores conquistas sócias consagradas na Constituição Federal.
Segundo Mendes(2010), são necessárias reformas sanitárias que resultam em mudanças substanciais que devem englobar desde o processo decisório até a intervenção, passando pelo escopo da gestão e do financiamento da atenção à saúde. Nesse contexto como forma de superação da fragmentação da assistência a saúde, o ministério da saúde publicou, em 2010 a Portaria 4.279/GM/MS, de 30 de dezembro de 2010 que trata de diretrizes para a estruturação de redes de atenção à saúde. 
Ela objetiva aperfeiçoar o funcionamento do SUS e assegurar ao usuário o conjunto de ações e serviços que necessita com efetividade e eficiência. A rede de atenção à saúde tem foco nas necessidades de saúde de uma população, pela responsabilização na atenção continua e integral, pelo cuidado multidisciplinar e interprofissional e pelo compromisso com resultados sanitários e econômicos.
Dentro da média complexidade os atendimentos são encaminhados por unidades que tem uma missão específica e deve garantir o retorno do usuário à unidade da atenção básica, para que possa possibilitar a continuidade do cuidado. Essas unidades são as Policlínicas, os Centros de Atenção Psicossocial, os Centros de Reabilitação, os Centros Especializados de Odontologia, o Centro de Doenças Infecciosas, as unidades nas quais são desenvolvidos cuidados especializados em saúde onde os atendimentos são encaminhados através do agendamento, no Sistema de Regulação, com apresentação do Cartão SUS. 
A inserção do fonoaudiólogo no processo de implantação, implementação, planejamento e gestão de redes de atenção é de suma importância a compromissos que devem ser compridos:
- trabalho em equipe para a promoção da saúde e da qualidade de vida de gestantes, nutrizes e de crianças de 0 a 24 meses;
- contribuição para o estabelecimento de dados epidemiológicos quanto ao desenvolvimento neuropsicomotor, com ênfase no desenvolvimento da linguagem e da audição de criança de 0 a 24 meses;
- construção do trabalho em equipe para a garantia do cuidado integral e qualidade de vida de pacientes atendidos pela rede urgência e emergência;
- construção de protocolos de atendimentos e balizadores terapêuticos para a intervenção fonoaudiologia e projetos terapêuticos singulares.
Quanto a gestão, em um pais com desigualdades sociais importantes e grandes diferenças regionais, torna-se difícil o papel de monitoramento de ações em todos os pontos de rede; logo é um dos desafios a serem enfrentados em diversas áreas, incluindo a gestão de saúde. As condições de vida, o desenvolvimento humano, a distribuição de recursos, serviços e ações de saúde em diversos municípios brasileiros, por vezes comprometem o acesso do usuário ao fonoaudiólogo. 
É necessário compreender amplamente todo o processo de trabalho em rede, em ambientes reais de trabalho no Sistema Único de Saúde e vivenciar em diferentes pontos de atenção.
2.1 ASPECTOS DA ASSISTÊNCIA FONOAUDIOLÓGICA SEGUNDO A PESQUISA POR AMOSTRA DE DOMICÍLIOS DE MINAS GERAIS
Santos et all (2009) analisou um estudo de caso de caráter observacional descritivo, uma pesquisa analítica de  indivíduos entrevistados pela PAD-MG (Pesquisa por Amostra de Domicílio de Minas Gerais) da Fundação João Pinheiro, que foram assistidos por fonoaudiólogos. 
A PAD/MG16 foi realizada nos mesmos moldes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, a PNAD do IBGE. Realizou-se um levantamento socioeconômico em 17 mil domicílios distribuídos por todo o estado de MG, em 1.200 setores censitários de áreas urbanas e rurais de 308 municípios. A pesquisa coletou informações sobre saúde, educação, trabalho, assistência social, renda e benefícios, gastos (coletivos, de alimentos e individuais) e juventude. 
A coleta de dados aconteceu no período de junho a novembro de 2009, utilizando-se o coletor eletrônico (Ultra Móbile Personal Computer – UMPC). O questionário foi dividido em 9 seções, a saber: características do domicílio, características dos moradores, educação, saúde, trabalho e trabalho infantil, rendimentos, gastos individuais e de domicílios e juventude. Dando ênfase para a análisede questões da seção “saúde” e suas variávies, de auto-percepção do estado de saúde, profissional que realizou o atendimento ao entrevistado, existência de pagamento pelo atendimento de saúde, natureza jurídica da fonte prestadora do serviço, escolaridade, renda, idade e gênero dos entrevistados. 
Foram realizadas perguntas para as quais as respostas podiam ser; sim e não, relacionando o atendimento às especialidades.
foram analisadas algumas variáveis considerando-se a análise das respostas dos indivíduos que foram atendidos por fonoaudiólogos no estado de Minas Gerais no ano de 2009. „ 
O resultado da pesquisa forneceram dados importantes para a análise do contexto de atuação do fonoaudiólogo. Da população mineira entrevistada 54.547, 12.123 precisaram e procuraram atendimento de saúde. Destes, 15 foram atendidos por fonoaudiólogos. As pessoas que receberam atendimento fonoaudiológico têm idade a media igual a 14 anos.
Amostra resulta que os distúrbios da comunicação atingem grandes parcelas da população. Nos casos analisados, a maioria dos atendimentos fonoaudiológicos foi realizada em indivíduos do gênero masculino (60%) o que está de acordo com a literatura recente, a qual também encontrou maior predomínio do sexo masculino nas ações de assistência fonoaudiológica. Provável explicação para isso, especialmente na população infantil, é o fato de que o cérebro dos meninos apresentam uma maturação mais lenta que o das meninas. E nos casos entrevistados pela PAD-MG 46,6% da população tem até 11 anos de idade. 
Uma possível explicação para que a maioria dos indivíduos com necessidade em saúde fonoaudiológica tenha declarado seu estado de saúde como bom e muito bom deve-se ao fato da maior parte dos entrevistados serem crianças ou adolescentes. Além disso, ressalta-se que os distúrbios da comunicação podem estar presentes em pessoas que se considerem 100% saudáveis do ponto de vista biológico. Quando considerado as áreas de atuação do fonoaudiólogo, são em menor número as intervenções fonoaudiológicas em indivíduos com risco de vida, atuação mais voltada para área hospitalar. 
3 CONCLUSÃO
A partir das analises de casos realizadas no PAD-MG foi possível traçar características dessa população, a maioria recebeu atendimento fonoaudiológico em maio de 2009. Alguns dos entrevistados são do sexo masculino e declararam possuir bom estado de saúde por serem a maioria adolescentes e crianças. Pela pouca idade os mesmos não sabiam distinguir sintomas, isso influenciou na resposta obtida. Percebeu-se uma necessidade de expansão das ações de assistência fonoaudiológica no território estadual de modo a atender todas as parcelas da população, buscando o alcance dos princípios doutrinários do SUS. Segundo a Revista CEFAC ( 2013) o profissional que atua no sistema único de saúde necessariamente deve ser generalista, devendo identificar as questões fonoaudiológicas de maior relevância, elaborando ações preventivas. 
Contudo o artigo nos faz refletir sobre os resultados que podem ser alcançados com o amplo acesso da população ao profissional de fonoaudiologia. Este profissional pode ser determinante em alguns aspectos para que a promoção da saúde em seu conceito mais amplo respeite os dispositivos legais e garanta o direito a saúde.
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2013/agosto/28/cartilha-entendendo-o-sus-2007.pdf, http://www.infoescola.com/saude/sus/, http://www.portalvr.com/sms/index.php/component/content/article/12-interno/19-rede-de-media-complexidade, http://www.pmf.sc.gov.br/entidades/semas/index.php?cms=protecao+social+de+media+complexidade, http://www.portalvr.com/sms/index.php/component/content/article/12-interno/19-rede-de-media-complexidade, http://www.fonoaudiologia.org.br/publicacoes/folder-atencaobasica.pdf,http://www.scielo.br/pdf/rcefac/v15n2/103-11.pdf,http://www.fonosp.org.br/publicar/publicacoes/atuacao_fonoaudiologica_2a_rev.pdf,livro tratado das especialidades em fonoaudiologia : pag 748, 750, 755,BRASIL. Ministério da Saúde. Lei federal número 8080 de 19 de setembro de 1990. Brasília, DF, 1990. 2. Lipay MS, Almeida EC. A fonoaudiologia e sua inserção na saúde pública. Rev. Ciênc. Méd. 2007;16(1):31-41. 3. Menicucci
TMG. O Sistema Único de Saúde, 20 anos: balanço e perspectivas. Cad. Saúde Pública. 2009;25(7):1620-5. 4. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Censo Demográfico 2004. Resultados do universo. [acesso em 10 Janeiro 2011]. Disponível em: http:// www.ibge.gov.br 5. Befi D. A inserção da fonoaudiologia na atenção primária à saúde. In: Befi D,organizador. Fonoaudiologia na atenção primária à saúde. São Paulo: Lovise; 1997. p.15-36. 6. Santos JN, Maciel FJ, Martins VO, Rodrigues ALV, Gonzaga AF, Silva LF. Inserção dos fonoaudiólogos no SUS/MG e sua distribuição no território do estado de Minas Gerais. Rev. CEFAC. No prelo 2011. 7. Peranich LM, Reynolds KB, O’Brien S, Bosch J, Cranfill T. The Roles of Occupational Therapy, Physical Therapy, and Speech/Language Pathology in Primary Care. The Journal for Nurse Practitioners – JNP. 2010;6(1):36-43. 8. Costa RG, Souza LBR. Perfil dos usuários e da demanda pelo serviço da clinica-escola de fonoaudiologia da UFBA. R. Ci. méd. biol. 2009;8(1):53-9.
Florianópolis, 26 de maio de 2015

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