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Apostila Educacao Ambiental

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Oficina de Educação AmbientOficina de Educação AmbientOficina de Educação AmbientOficina de Educação AmbientOficina de Educação Ambiental pal pal pal pal para Gestãoara Gestãoara Gestãoara Gestãoara Gestão
Oficina de Educação AmbientOficina de Educação AmbientOficina de Educação AmbientOficina de Educação AmbientOficina de Educação Ambiental pal pal pal pal para Gestãoara Gestãoara Gestãoara Gestãoara Gestão
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A constituição do campo da Educação Ambiental
Histórico da Educação Ambiental
Considerando-se que educação ambiental é um processo em construção permanente e que, portanto,
torna-se um instrumento de aprendizagem em constante movimento, alguns fatos e acontecimentos
marcantes na história mundial têm sua importância para o estudo proposto neste texto, como os que
agora destacamos.
Em 1869, Ernest Haeckel propõe o vocábulo “ecologia” para os estudos das relações entre espécies
e seu ambiente. Três anos depois, é criado o primeiro Parque Nacional do mundo, o de Yellowstone, nos
Estados Unidos. Desde então, e principalmente após a 2ª Grande Guerra quando do crescimento
desenfreado da produção industrial e do conseqüente acirramento da degradação do meio ambiente,
começaram a surgir problemas de dimensões globais, que rompiam fronteiras e extrapolavam a regionalidade,
como a poluição de rios e mananciais internacionais, a chuva ácida, o buraco na camada de ozônio, o efeito
estufa, as ilhas de calor nos grandes centros urbanos, entre outros.
Nesse momento, percebeu-se a importância de uma reflexão mais profunda e a necessidade de um
trabalho conjunto entre as nações, concentrando recursos financeiros e tecnológicos para a solução dessas
questões e/ou para minimização dos impactos desses fenômenos no meio ambiente. Nesse sentido, diversas
atitudes passam a ser tomadas, principalmente nos países do hemisfério norte. Algumas delas são
emblemáticas, tais como a fundação em 1947, na Suíça, a UICN – União Internacional para a Conservação
da Natureza, a mais antiga instituição ambientalista de que se tem registro.
No entanto, ainda não se relaciona diretamente as alternativas de solução aos problemas ambientais
a mudança de comportamento e a questão educacional. Só em 1965, foi utilizada pela primeira vez, a
expressão “Educação Ambiental” (Environmental Education), durante a “Conferência de Educação”, da
Universidade de Keele, na Grã-Bretanha.
O Clube de Roma e o Crescimento Zero
Em 1968, é fundado o Clube de Roma pelo industrial italiano Aurélio Peccei e pelo químico inglês
Alexander King, que agregou 100 empresários, políticos, cientistas sociais, preocupados com as
conseqüências do modelo de desenvolvimento predatório adotado pelos países ricos do ocidente e que
rapidamente se espalhava por todo o globo terrestre. Em 1971, o Clube encomenda ao MIT – Instituto de
Tecnologia de Massachussets, Estados Unidos - um estudo sobre a situação do Planeta.
Como resultado é publicado no ano seguinte, um relatório que leva o nome de “Limites do
Crescimento”, que recomenda crescimento zero da atividade econômica e da população, como forma de
garantir a continuidade da existência da espécie humana do Planeta. Tal documento é duramente criticado,
principalmente porque congelava desigualdades e não previa mudanças nos padrões de produção e
consumo adotados pela sociedade, nem tampouco propunha uma redistribuição de riquezas entre os
países e as diferentes camadas da população.
De qualquer modo, foi a primeira vez que um sério instituto de pesquisa, financiado por poderosos
empresários do primeiro mundo, apontava a situação a que o Planeta estava exposto. Por fim, o mundo
tomava conhecimento, oficialmente, das limitações ambientais ao crescimento.
A Conferência de Estocolmo
No mesmo ano da publicação, 1972, e como sua conseqüência direta, aconteceu a Conferência das
Nações Unidas, em Estocolmo, debatendo o tema “Crescimento Econômico e Meio Ambiente”, com a presença
de 113 países.
Esta Conferência é considerada um marco político internacional para o surgimento de políticas de
gerenciamento ambiental. Ali foram propostos novos conceitos como o do Ecodesenvolvimento, uma nova
visão das relações entre o meio ambiente e o desenvolvimento; gerados e criados novos importantes
programas como o das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA); gerados documentos da relevância
da Declaração sobre o Ambiente Humano, uma afirmação de princípios de comportamento e responsabilidade
que deveriam governar as decisões relativas à área ambiental e o Plano de Ação Mundial, uma convocação
à cooperação internacional para a busca de soluções para os problemas ambientais.
A Conferência também constituiu o Dia Mundial do Meio Ambiente, a ser comemorado no dia 05 de
junho de cada ano.
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A partir dela, a atenção mundial foi direcionada para as questões ambientais, especialmente para
a degradação ambiental e a poluição interfronteiras, popularizando o conceito da dispersão, de grande
importância para evidenciar o fato de que a poluição não reconhece limites políticos ou geográficos e afeta
países, regiões e pessoas para muito além do ponto em que foi gerada.
A posição brasileira
O Brasil, a esta época em plena vigência do regime militar, havia adotado o chamado modelo
econômico “nacional-desenvolvimentista”, onde o crescimento a qualquer custo era visto como ferramenta
fundante para o progresso e para a melhoria da qualidade de vida da população e vinha acumulando
sucessivos índices positivos de crescimento do Produto Interno Bruto.
Era a década do “milagre brasileiro” e os investimentos governamentais em grandes obras eram
consideradas prioritários, a rodovia Transamazônica, a Ponte Rio - Niterói, a Usina de Energia Nuclear de
Angra, entre outros, ampliavam a infra-estrutura que, por sua vez, possibilitava o crescimento desenfreado
que exigia ainda mais infra-estruturas de base. Novas estradas, novos portos, novas fronteiras agrícolas,
imensos conjuntos habitacionais e assim consecutivamente. Não era de se estranhar, portanto que, diante
das discussões em Estocolmo, os representantes brasileiros não tenham reconhecido a gravidade dos
problemas ambientais.
Mesmo enfrentando discordâncias, a Conferência de Estocolmo representou um avanço nas
negociações mundiais e tornou-se o marco para o entendimento dos problemas planetários e para a
emergência de políticas ambientais em muitos países, adotando o slogan “Uma Única Terra” e propondo a
busca de uma nova forma de desenvolvimento para o mundo. No mesmo Plano de Ação, foi recomendado
o desenvolvimento de novos métodos e recursos instrucionais para a Educação Ambiental e a capacitação
de professores.
Congresso de Belgrado
Três anos mais tarde, o Congresso de Belgrado propõe a discussão de nova ética planetária para
promover a erradicação da pobreza, analfabetismo, fome, poluição, exploração e dominação humanas.
Censurava o desenvolvimento de uma nação à custa de outra e propõe a busca de um consenso
internacional. Sugeriu também a criação de um Programa Mundial em Educação Ambiental.
Como resultado, a UNESCO cria, então, o Programa Internacional de Educação Ambiental (PIEA),
que até os dias de hoje tem continuamente atuado na EA internacional e regionalmente. O PIEA mantém
uma base de dados com informações sobreinstituições de EA em todo o mundo, além de projetos e
eventos que envolvem estudantes, professores e administradores.
A Conferência de Tbilisi
A reunião internacional que de fato revolucionou a EA foi a Conferência Intergovernamental sobre
Educação Ambiental, promovida pela UNESCO e realizada em Tbilisi, na Geórgia em 1977. Embora o evento
fosse governamental, participantes não-oficiais se fizeram presentes, marcando posições e interferindo
nas discussões. Conseguiram grandes avanços e estratégias e pressupostos pedagógicos foram
adicionados aos seus documentos.
A declaração final de Tbilisi estabelece os princípios orientadores da EA e remarca seu caráter
interdisciplinar, crítico, ético e transformador. Anuncia que a EA deveria basear-se na ciência e na tecnologia
para a tomada de consciência e adequada compreensão dos problemas ambientais, fomentando uma
mudança de conduta quanto à utilização dos recursos ambientais.
Nosso Futuro Comum
Durante toda a década subseqüente, a humanidade buscou conhecimentos e acordos para propor
uma nova sociedade, de caráter local e global.
 Em 1983, por decisão da Assembléia Geral da ONU, foi criada a Comissão Mundial de Meio Ambiente
e Desenvolvimento – CMMAD. Presidida pela então primeira ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland,
tinha como objetivo analisar a interface entre a questão ambiental e o desenvolvimento e propor um plano
de ações.
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Essa Comissão, chamada de Comissão Brundtland, circulou o mundo e encerrou seus trabalhos em
1987, com um relatório chamado “Nosso Futuro Comum”. E é nesse relatório que se encontra a definição
de desenvolvimento sustentável mais aceita e difundida em todo o Planeta: “Desenvolvimento sustentável
é aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das gerações futuras
satisfazerem suas próprias necessidades”.
Segundo a Comissão, o desafio era trazer as considerações ambientais para o centro das tomadas
de decisões econômicas e para o centro do planejamento futuro nos diversos níveis: local, regional e
global.
Conferencia de Moscou
A conferência seguinte foi a de Moscou (capital da antiga União Soviética), que reuniu cerca de
trezentos educadores ambientais de cem países. Visou fazer uma avaliação sobre o desenvolvimento da
EA desde a Conferência de Tbilisi, em todos os países membros da UNESCO.
A EA, nessa conferência não-governamental, reforçou os conceitos consagrados pela de Tbilisi, a
saber, a Educação Ambiental deveria preocupar-se tanto com a promoção da conscientização e transmissão
de informações, como com o desenvolvimento de hábitos e habilidades, promoção de valores,
estabelecimento de critérios padrões e orientações para a resolução de problemas e tomada de decisões.
Portanto, objetivar modificações comportamentais nos campos cognitivo e afetivo.
Rio-92
A Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), oficialmente
denominada de “Conferência de Cúpula da Terra” e informalmente de Eco-92 ou Rio-92, foi realizada no
Rio de Janeiro entre 03 e 14 de junho de 1992, 20 anos após a Conferência de Estocolmo e teve grande
importância para reforçar e ampliar essa nova abordagem ambiental, que já vinha sendo discutida em
documentos anteriores.
Fez história ao chamar a atenção do mundo para uma questão nova na época: a compreensão de
que os problemas ambientais estão intimamente ligados às condições econômicas e à justiça social.
Reconheceu a necessidade de integração e equilíbrio entre as questões sociais e econômicas para
a sobrevivência da vida humana no Planeta. Reuniu 103 chefes de estado e um total de 182 países e
centenas de organizações da sociedade civil cuja ação teve relevante impacto ao demonstrar claramente
os limites da exploração dos recursos naturais. A Conferência aprovou cinco acordos oficiais internacionais:
a Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento; a Declaração de Florestas; a Convenção-
Quadro sobre Mudanças Climáticas; a Convenção sobre Diversidade Biológica e a Agenda 21, um documento
que propõe novos modelos políticos para o mundo em busca do desenvolvimento sustentável.
Paralelamente, as organizações não governamentais reunidas no Fórum Internacional das ONGS e
dos Movimentos Sociais, finalizaram e aprovaram o Tratado de Educação Ambiental para Sociedades
Sustentáveis e Responsabilidade Global.
Assim, no âmbito governamental e no da sociedade civil, o conceito de sustentabilidade ganha
força e esta nova visão implica na implantação de um modelo de desenvolvimento que garanta a manutenção
da Vida no Planeta sob todos os aspectos.
Carta Brasileira para a Educação Ambiental
Paralelamente à Rio-92, o governo brasileiro, através do Ministério da Educação e Desporto – MEC
organizou um workshop, no qual foi aprovado um documento denominado “Carta Brasileira para a Educação
Ambiental”, enfocando o papel do estado, estimulando, em particular, a instância educacional como as
unidades do MEC e o Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (CRUB) para a implementação
imediata da EA em todos os níveis.
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Quadro-síntese do histórico da Educação Ambiental no mundo
ANO ACONTECIMENTOS
SÉCULO XIX
1869 Ernst Haeckel propõe o vocábulo “ecologia” para os estudos
das relações entre as espécies e seu ambiente.
1872 Criação do primeiro parque nacional do mundo “Yellowstone”, USA
 SÉCULO XX
1947 Funda-se na Suíça a UICN- União Internacional para a Conservação
da Natureza
1952 Acidente de poluição do ar em Londres provoca a morte de
1600 pessoas
1962 Publicação da “Primavera Silenciosa” por Rachel Carlson
1965 Utilização da expressão “Educação Ambiental”
(Enviromental Education) na “Conferência de Educação”
da Universidade de Keele, Grã-Bretanha.
1966 Pacto Internacional sobre os Direitos Humanos - Assembléia Geral
da ONU
1968 Fundação do Clube de Roma
1972 Publicação do Relatório “Os Limites do Crescimento” - Clube de Roma
1972 Conferência de Estocolmo - Discussão do Desenvolvimento
e Ambiente, Conceito de Ecodesenvolvimento. Recomendação
96 Educação e Meio Ambiente
1973 Registro Mundial de Programas em Educação Ambiental - USA
1974 Seminário de Educação Ambiental em Jammi, Finlândia – Reconhece
a Educação Ambiental como educação integral e permanente.
1975 Congresso de Belgrado - Carta de Belgrado estabelece as metas
e princípios da Educação Ambiental
1975 Programa Internacional de Educação Ambiental - PIEA
1976 Reunião Sub-regional de EA para o ensino Secundário Chosica,
Peru. Questões ambientais na América Latina estão ligadas
às necessidades de sobrevivência e aos direitos humanos.
1976 Congresso de Educação Ambiental em Brasarville, África,
reconhece que a pobreza é o maior problema ambiental.
1977 Conferência de Tbilisi – Geórgia. Estabelece os princípios
orientadores da EA e remarca seu caráter interdisciplinar, critico,
ético e transformador.
1979 Encontro Regional de Educação Ambiental para América Latina em
San José, Costa Rica.
1980 Seminário Regional Europeu sobre EA , para Europa e América
do Norte. Assinala a importância do intercâmbio de informações e experiências.
1980 Seminário Regional sobre EA nos Estados Árabes, Manama, Bahrein. UNESCO -
PNUMA.
1980 Primeira Conferência Asiática sobre EA Nova Delhi, Índia
1983 Formação da Comissão Brundtland
1987 Divulgação do Relatório da Comissão Brundtland, Nosso Futuro Comum.
1987 Congresso Internacional da UNESCO - PNUMA sobre Educação
e FormaçãoAmbiental em Moscou, URSS. Realiza a avaliação
dos avanços desde Tbilisi, reafirma os princípios de
Educação Ambiental e assinala a importância e necessidade
da pesquisa, e da formação em Educação Ambiental .
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1988 Declaração de Caracas, Venezuela, sobre Gestão Ambiental
na América. Denuncia a necessidade de mudar o modelo
de desenvolvimento.
1989 Primeiro Seminário sobre materiais para a Educação Ambiental
em Santiago, Chile.
1989 Declaração de HAIA, preparatória da RIO 92, aponta a importância
da cooperação internacional nas questões ambientais.
1990 Conferência Mundial sobre Ensino para Todos, satisfação
das necessidades básicas de aprendizagem, Jomtien, Tailândia. Destaca o conceito
de Analfabetismo Ambiental
1990 ONU Declara o ano 1990 como Ano Internacional do Meio Ambiente.
1991 Reuniões preparatórias da Rio 92.
1992 Conferencia sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, UNCED, Rio/92 - Criação
da Agenda 21.
Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis.
1992 FORUM das ONG’s - compromissos da sociedade civil com
a Educação Ambiental e o Meio Ambiente.
1992 Carta Brasileira de Educação Ambiental. Aponta as necessidades
de capacitação na área. MEC.
1993 Congresso Sul-Americano - continuidade Eco/92 - Argentina
1993 Conferência dos Direitos Humanos. Viena.
1994 Conferência Mundial da População. Cairo
1994 I Congresso Ibero Americano de Educação Ambiental. Guadalajara, México.
1995 Conferência para o Desenvolvimento Social. Copenhague.
Criação de um ambiente econômico-político-social-cultural e jurídico que permita o
desenvolvimento social.
1995 Conferência Mundial da Mulher (Pequim, China)
1995 I Conferência Mundial do Clima (Berlim, Alemanha)
1996 Conferência Habitat II (Istambul, Turquia)
1996 II Conferência Mundial do Clima (Genebra, Suíça)
1997 II Congresso Ibero-americano de EA . Junho (Guadalajara, México)
1997 Conferência sobre Educação Ambiental (Nova Delhi, Índia)
1997 Conferência Internacional sobre Meio Ambiente e Sociedade: Educação e
Conscientização Pública para a Sustentabilidade, Thessaloniki, Grécia.
Rio + 5 Sessão especial da Assembléia Geral da ONU realizada en Nova York.
1997 III Conferencia das Partes (Quioto, Japão) onde foi proposto.
O PROTOCOLO DE QUIOTO, acordo para diminuição dos gases efeito estufa.
1999 Conferência Mundial do Clima (Bonn, Alemanha)
2000 Conferência Mundial do Clima (Haia, Holanda)
2001 I FÓRUM SOCIAL MUNDIAL (Porto Alegre, Brasil)
2002 Rio + 10 (Joanesburgo, África)
2002 II Fórum Social Mundial ( Porto Alegre, Brasil)
2002 VIII Conferência Mundial do Clima, adoção da Declaração de Déli sobre Mudanças
Climáticas e Desenvolvimento Sustentável ( Nova Déli, Índia)
2003 III Fórum Social Mundial (Porto Alegre, Brasil)
I Conferencia Brasileira de Meio Ambiente
2004 IV Fórum Social Mundial (Índia)
2004 V Fórum de Educação Ambiental ( Goiânia, Brasil)
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Conceitos de Educação Ambiental
Na Conferência de Tbilisi (1977), a Educação Ambiental foi definida como “uma dimensão dada ao
conteúdo e à prática da educação, orientada para a resolução dos problemas concretos do meio ambiente,
através de enfoques multidisciplinares e de uma participação ativa e responsável de cada indivíduo e da
coletividade”.
No entanto, os que convivem com a EA se depararam com uma surpreendente diversidade sob o
guarda-chuva dessa denominação. Atualmente, podemos encontrar uma gama imensa de conceitos,
práticas e metodológicas que, por sua vez, ora se subdividem, ora se antagonizam, ora se mesclam.
Não é, pois, tarefa fácil analisar, qualificar e adjetivar a educação ambiental. Suas práticas têm
sido categorizadas de muitas maneiras: Educação Ambiental popular, crítica, política, comunitária, formal,
não formal, para o desenvolvimento sustentável, para a sustentabilidade, conservacionista, socioambiental,
ao ar livre, entre tantas outras.
Vejamos algumas destas principais correntes do ambientalismo e como se dá a inserção da
educação ambiental, em cada uma delas:
Conservacionismo:
Com significativa presença nos países mais desenvolvidos, ganha grande impulso com a divulgação
dos impactos sobre a natureza causados pelos atuais modelos de desenvolvimento. Sua penetração no
Brasil se dá a partir da atuação de entidades conservacionistas como a UIPA e a FBCN, e da primeira
tradução para o português de um livro (Tanner, 1978) sobre educação ambiental.
A partir de então, esta corrente é mantida no país especialmente por ONGS de origem internacional
que se dedicam à proteção, conservação e preservação de espécies, ecossistemas e do Planeta como um
todo; à conservação da biodiversidade; às questões do aquecimento global e o efeito estufa; ao
enfrentamento da questão da rápida deterioração dos recursos hídricos; ao diagnóstico e análise dos
grandes fenômenos de degradação da natureza, incluindo a espécie humana como parte da natureza; ao
estudo e formulação de banco de dados que sirvam de base para a conservação e utilização dos recursos
naturais.
Na última década, no entanto, a atuação destas instituições no Brasil tem se alterado
substancialmente. Com freqüência, elas mantêm programas de Educação Ambiental, com as comunidades
do entorno de suas áreas de atuação, com caráter prioritário de disponibilizar informações sobre os
ecossistemas em estudo, mas também agregando projetos de inclusão social e emancipação política.
Socioambientalismo
Tem suas raízes mais profundas fincadas nos movimentos de resistência aos regimes autoritários
na América Latina. No Brasil, esses ideais foram constitutivos da educação popular que rompe com a visão
tecnicista, difusora e repassadora de conhecimentos. Paulo Freire teve papel preponderante na defesa
deste tipo de educação e inspirou centenas de educadores brasileiros e em todo mundo que romperam
com a visão tecnicista e reprodutora de conhecimentos para construir uma educação emancipatória,
transformadora, libertária.
Uma importante vertente da EA se inspira nos ideais democráticos e emancipatórios da Educação
Popular e lhe acrescenta a dimensão ambiental buscando compreender as relações sociedade e natureza
para intervir nos conflitos socioambientais.
Entre as principais expressões desta corrente estão o histórico seringalista Chico Mendes e sua
discípula Marina Silva, hoje Ministra do Meio Ambiente. Seus pressupostos apontam para o fomento de
uma cultura de procedimentos democráticos; de estímulo a processos participativos e horizontalizados;
de formação e aprimoramento de organizações, de diálogo na diversidade; de auto-gestão política; de
inclusão social e de uma organização social mais justa e eqüitativa.
Desenvolvimento Sustentável e/ou a Economia Ecológica
Vertente que surge na década de 70, inspirada no conceito de ecodesenvolvimento (Ignacy Sachs,
1986) e no “O negócio é ser pequeno” (Schumacher, 1981). Ganha grande impulso na segunda metade
da década de 80, quando governos e organismos internacionais começam a se preocupar com o futuro da
vida no Planeta e passam a publicar documentos como “Nosso futuro comum” , a propor mecanismos de
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regulação do uso dos recursos naturais, a criar novas legislações.
Se expressa hoje, sobretudo no chamado “Capitalismo Natural” (Lovins, 2002) eno Ecodesign,
entendido como planejamento das intervenções antrópicas no ambiente, utilizando tecnologias e materiais
desenhados ecologicamente.
De grande influência nos países do hemisfério norte, esta corrente representa um grande avanço
no uso racional dos recursos naturais, na redução do consumo de energia, na minimização de emissão de
gases poluentes, na redução e no tratamento dos resíduos, na ecoeficiência etc. Exerce grande influencia
nos bancos internacionais e nos organismos multilaterais e em especial em documentos do PNUMA, FAO,
UNESCO entre outros.
Seu sucesso está intimamente relacionado ao surgimento dos conceitos de “responsabilidade social
e desenvolvimento sustentável”, frutos de décadas de trabalho dos movimentos da sociedade civil,
especialmente o movimento feminista, de direitos humanos e o ambientalista que forjaram consumidores,
eleitores e investidores mais exigentes.
Surge um grande número de fundações, institutos e associações governamentais, privadas e mistas
que passam a trabalhar a educação ambiental sob a ótica da construção de um novo modelo de produção,
distribuição, consumo e descarte.
Algumas ONGs ambientalistas que tradicionalmente trabalham a questão da Educação Ambiental
se associam e/ou firmam parcerias com instituições de pesquisa nacionais e internacionais e passam a
atuar fortemente com tais conceitos e práticas.
Ecopedagogia
Tem como fundamento a concepção de Paulo Freire da educação como ato político que possibilita
ao educando perceber seu papel no mundo e sua inserção na história.
A ecopedagogia prega um olhar global a partir das práticas do cotidiano. Nela a noção de natureza
está embasada na Hipótese de Gaia, de James Lovelock e no pensamento de Fritjof Capra e Leonardo Boff
e está associada a elementos espirituais.
Assim, os referencias teóricos que fundamentam suas práticas são: o holismo, a complexidade e a
pedagogia freireana.
As duas últimas características, especialmente, dão o tom da abordagem metodológica desta
vertente que busca contribuir para a formação de novos valores para uma sociedade sustentável.
Compreende a educação a partir de uma concepção ”dinâmica criadora e racional onde a harmonia
ambiental supõe tolerância, respeito, igualdade social, cultural, de gênero e aceitação da biodiversidade”
(Gutierrez e Prado, 2000).
A ecopedagogia se afirma como movimento social em torno, principalmente, da formulação e
discussão da Carta da Terra.
Para saber mais, consulte: Carta da Ecopedagogia (em defesa da pedagogia da Terra):
www.paulofreire.terra.com.br
Educação para Sociedades Sustentáveis
Apresenta-se como uma possibilidade única de reconstruir nossa história, nossa relação com a
natureza, como o desejo de construir uma nova globalização, verdadeira, solidária capaz de gerar valores
que ofereçam novo sentido à existência humana no Planeta.
A falência do modelo de desenvolvimento adotado pelos humanos nos últimos dez mil anos, a
compreensão de que a dimensão social, econômica, ambiental, política e cultural de cada sociedade estão
absolutamente interconectadas, a percepção de que a sustentabilidade só pode ser construída
coletivamente através de um grande processo de mudança cultural aponta os caminhos para esta vertente
da EA no Brasil, que apresenta características bastante peculiares e inovadoras.
Tomando como referência contribuições que a ciência e a tecnologia, especialmente na década de
90, trazem à ecologia e aos movimentos ambientalistas, esta nova vertente acrescenta a eles a sensibilidade
social e a busca emancipatória advinda dos movimentos sociais.
Na prática, busca aplicar cientificidade aos projetos educacionais, incorporando a eles o arcabouço
científico da Teoria da Complexidade, da teoria dos Sistemas Vivos e do pensamento sistêmico sem, no
entanto, deixar de contemplar a dimensão social, cultural e pedagógica da sustentabilidade.
Um dos pontos principais deste pensamento fundamenta-se nos princípios do respeito à diversidade,
na inclusão, na horizontalidade e no trabalho em rede.
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É nesta corrente que está abrigada a pedagogia formulada pelo físico, ecologista e pensador
Fritjof Capra, a alfabetização ecológica, que parte do pressuposto que a sobrevivência da nossa espécie
no Planeta está diretamente vinculada à nossa capacidade de entender os princípios de organização que
os ecossistemas desenvolveram para sustentar a teia da vida e assim obter o conhecimento e o
comprometimento necessários para desenhar comunidades humanas sustentáveis.
No Brasil, esta corrente vem ganhando adeptos entre ONGS e órgãos públicos e tem sido aplicada
especialmente em escolas de ensino fundamental.
Para saber mais consulte: www.ecoliteracy.org
Dentre os chamados projetos de construção de sociedades sustentáveis, se apresentam os projetos
ecologicamente desenhados, rurais e urbanos. A agroecologia, os projetos de seqüestro de gases efeito
estufa, os de energia alternativa com geração de renda para as comunidades envolvidas, as ecovilas, os
projetos agroflorestais, nela se inserem, apresentando, diferentemente dos projetos de
ecodesenvolvimento, um forte viés de desenvolvimento local sustentável, inclusão social e fortalecimento
das comunidades.
As cinco correntes de educação ambiental citadas apresentam uma vasta diversificação de temas,
objetivos e estratégias, cada uma delas influenciando e se identificando com distintos projetos de educação
ambiental, em diversos locais do país.
Em comum, o desejo de contribuir para a conservação da biodiversidade, para a inclusão social;
para a participação na vida pública, para o aprimoramento individual e coletivo, para um modelo de
desenvolvimento mais justo e eqüitativo. Todas elas são uníssonas na compreensão da fundamentalidade
dos processos educativos para que este percurso se faça possível.
Os princípios básicos da educação ambiental:
É fundamental que a EA esteja calcada em princípios básicos, por isso, a seguir, uma seleção dos
mais relevantes:
♦ Considerar o meio ambiente em sua totalidade, ou seja, em seus aspectos naturais e nos criados
pelos seres humanos, tecnológicos e sociais (econômico, político, técnico, histórico-cultural, moral e estético);
♦ Constituir um processo educativo contínuo e permanente, começando pelos primeiros anos de vida
e continuando através de todas as fases do ensino formal e não-formal;
♦ Aplicar um enfoque interdisciplinar, aproveitando o conteúdo específico de cada disciplina, de modo
que se adquira uma perspectiva global e equilibrada;
♦ Examinar as principais questões ambientais, do ponto de vista local, regional, nacional e internacional,
de modo que os educandos se identifiquem com as condições ambientais de outras regiões geográficas;
♦ Trabalhar com o conhecimento contextual, com estudos do meio.
♦ Concentrar-se nas situações ambientais atuais, mas levando em conta, a perspectiva histórica,
resgatando os saberes e fazeres tradicionais;
♦ Insistir no valor e na necessidade de cooperação local, nacional e global para prevenir e resolver os
problemas ambientais;
♦ Considerar, de maneira explícita, os aspectos ambientais nos planos de desenvolvimento e de
crescimento;
♦ Ajudar a descobrir os sintomas e as causas reais dos problemas ambientais;
♦ Destacar a complexidade dos problemas ambientais e, em conseqüência, a necessidade de
desenvolver o senso crítico e as habilidades necessárias para resolver os problemas;
♦ Utilizar diversos ambientes educativos e uma ampla gama de métodos para comunicar-se e adquirir
conhecimentos sobre o meio ambiente, estimulando o indivíduo a analisar e participar na resolução dos
problemas ambientais da coletividade;
♦ Estimular uma visão global(abrangente/holística) e crítica das questões ambientais;
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 Educação Ambiental nas escolas:
Seria a Educação Ambiental “uma vocação da educação como prática social?” (Brandão, 1996).
Todas as vezes que são feitas reflexões sérias sobre os conceitos fundantes da Educação Ambiental,
detecta-se a necessidade de uma reavaliação profunda do processo de formação do próprio sistema de
educação de base em nosso país e em grande parte do Planeta.
No ensino formal, ainda se prioriza a disponibilização de uma enormidade de conteúdos e conceitos
aos alunos de diferentes graus e diversas realidades geográficas, sociais e ambientais, de forma
pasteurizada, segmentada e desintegrada do cotidiano e da realidade local dos educandos.
Mais do que meramente informativa ou uma imposição de regras de bom comportamento ecológico,
a educação ambiental deve permitir que cada pessoa explore o seu potencial, adquirindo habilidades
necessárias para determinar e buscar soluções para sua emancipação.
Vejamos agora como os que querem trabalhar com educação ambiental no Brasil, vêm enfrentando
este problema.
O Ministério da Educação e Cultura, MEC, lança em 1997, os Parâmetros Curriculares Nacionais
com o objetivo de reorganizar e modernizar o instrumento de orientação ao ensino de base do Brasil.
O novo PCN traz orientações para o ensino dos chamados “temas transversais na escola”, meio
ambiente e saúde, ética e cidadania, orientação sexual, pluralidade cultural, trabalho e consumo.
A transversalidade é uma estratégia de trabalho onde o educador se coloca de forma aberta, com
vontade de dialogar e integrar o seu trabalho criativo ao trabalho de equipe.
Desta forma, a temática ambiental não deve ser inserida como uma única disciplina, mas deve
fundamentar e enriquecer a prática pedagógica do educador, com a absorção da dimensão ambiental nos
conteúdos específicos das disciplinas.
A iniciativa do MEC esbarrou num problema sério: a falta de formação dos educadores em trabalhar,
de forma transversal, conteúdos ambientais, uma vez que advinham de práticas de ensino fragmentado e
o tema meio ambiente tradicionalmente era responsabilidade dos professores de Ciências.
Em um primeiro momento, não havia materiais de apoio sobre a temática, adequados àquele público.
Em 2001, o MEC, preocupado em suprir lacunas dos PCNs, lançou o documento “O PCN em Ação de Meio
Ambiente”, com o objetivo de demonstrar possibilidades de perpassar as atividades pedagógicas com a
temática ambiental, a partir de exemplos concretos vividos em situações cotidianas.
O documento disponibilizou aos educadores endereços onde encontrar maiores informações, textos
de apoio, sítios da Internet, indicação de materiais paradidáticos, além de exemplos de atividades de
educação ambiental para serem desenvolvidas com os alunos. O documento mostrou também os ganhos
que as diversas disciplinas têm ao trabalhar transversalmente o tema ambiental, como a possibilidade de
convívio harmonioso e enriquecedor entre o conhecimento científico e as disciplinas de base.
Os PCNs e o PCN em Ação de Meio Ambiente são instrumentos de apoio específicos para o educador
e destinado ao envolvimento direto com os educandos.
As exigências e princípios traçados para a Educação Ambiental e a orientação para que ela seja
adotada como eixo transversal, no contexto do projeto pedagógico de cada curso, possibilitam a discussão
e a análise do tema meio ambiente em diferentes áreas do conhecimento, demandando a adoção de uma
visão sistêmica e possibilitando discussões e práticas que congreguem diferentes saberes, transcendendo
as noções de disciplina, matéria e área.
Independentemente da exigência em nível das diretrizes curriculares, a questão ambiental deve,
por expressa previsão legal, obrigatoriamente integrar todos os níveis e modalidades do processo
educacional, no denominado eixo transversal. Essa obrigatoriedade atinge, portanto, de forma integral,
todos os níveis e modalidades da educação básica (educação infantil, ensino fundamental e médio) e da
educação superior (cursos seqüenciais, de graduação, de pós-graduação e de extensão), uma vez que a
degradação ambiental tem alcançado níveis jamais vistos e vivemos hoje uma crise ambiental sem
precedentes.
Nesse sentido, cabe à educação um papel de fundamental importância: formar cidadãos
comprometidos e capacitados para a preservação do meio ambiente, melhorar a qualidade de vida e
garantir a saúde de todos.
Para Reigota (1994), uma educação ambiental crítica, desta forma, apresenta-se impregnada da
utopia de mudar de forma radical as relações que hoje conhecemos, tanto entre a humanidade, como
entre esta e a natureza. Trata-se, portanto, de uma educação de natureza política, onde se enfatiza antes
a questão do “porque fazer” do que a questão do “como fazer”.
Para saber mais consulte: www.mec.gov.br
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A Atuação das ONGS
O marco do surgimento das ONGS ambientalistas no Brasil pode ser datado em 1971, com a criação,
no Rio Grande do Sul, da Agapan, Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural. A sociedade civil
aos poucos se organiza em torno das questões naturais e/ou socioambientais e passa a cumprir um papel
fundamental na defesa dos recursos naturais e na mobilização pela elaboração de novas leis ambientais,
na elaboração e financiamento de projetos que visem à conservação dos ecossistemas, na denúncia dos
abusos cometidos e na melhoria da qualidade de vida da população.
As organizações ambientalistas se colocam, desde sua formação, como instrumentos de resistência
democrática e de vanguarda conceitual. Agrupam intelectuais, acadêmicos, artistas, ativistas e aos poucos
se aproximam de lideranças populares, sindicalistas e populações tradicionais. Desta forma se fortalecem
a ponto de terem um alto grau de mobilização, passando a influenciar políticas públicas e a legislação
vigente.
Um importante momento para o fortalecimento das ONGs foi o ano de 1992, quando, paralelamente
à RIO 92, realizou-se o FÓRUM GLOBAL, um significativo evento onde a participação da sociedade civil foi
altamente expressiva, reunindo milhares de ativistas de todo o Planeta, em uma grande tenda armada na
cidade do Rio de Janeiro.
Este evento assinalou o avanço da sociedade civil organizada e sua preocupação com as questões
ambientais, sobretudo pela ampla participação de entidades de diferentes natureza, como universidades,
organizações sindicais, associações comunitárias, ongs, de todo o mundo, que ali defenderam conjuntamente
seu direito de ter voz nas decisões governamentais cujas implicações interferem no cotidiano de cada um
dos humanos e na construção do futuro da humanidade.
Imbuídas do desejo de contribuir para uma mudança de paradigma em nosso processo civilizatório,
diversas instituições ambientalistas, fundadoras da Rede Brasileira de Educação Ambiental – a REBEA –
vinham elaborando o “Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade
Global”, e durante a Rio-92, a centenas de mãos, finalizaram sua redação e o aprovaram em assembléia.
Este documento passou a inspirar e orientar as ações da sociedade civil organizada nos anos
seguintes e até hoje, ao lado da Agenda 21 e da Carta da Terra, é considerado um dos documentos mais
fundamentais para educadores, formais e não formais, de todo o Planeta.
Apesar dos esforços realizados pelas ONGS para divulgar estes documentos e difundir seus princípios
pode-se avaliar que ainda muito pouco se cumpriu daspropostas traçadas no Fórum Global. Este fato não
invalida os princípios ali estabelecidos, que continuam em plena vigência e atuam como orientadores gerais
de grande parte das ações ambientalistas.
A construção da Agenda 21 local, por exemplo, apesar de não ter se transformado em política
pública de âmbito nacional, vem sendo realizados por diversas ongs brasileiras, em consórcio com governos
municipais, fóruns intersetoriais etc.
Recentemente, o Ministério do Meio Ambiente, por meio do FNMA, influenciado pela proficuidade e
legitimidade destas ações, criou uma linha especial de financiamento para a construção das agendas.
Há que se destacar, como importante atuação das ONGS no Brasil, os Fóruns Nacionais de Educação
Ambiental que a REBEA vem realizando desde 1989, com os objetivos de possibilitar a formação de um
campo de diálogo, disponibilizar informações, debater o papel da Educação Ambiental frente ao atual
modelo de desenvolvimento, entre outros.
Estes importantes espaços de locução ocorreram nos anos de 1989, 1992, 1994 em São Paulo/SP,
em 1997 em Guarapari/ES e em 2004 em Goiânia/GO.
Nestes sucessivos encontros percebe-se claramente o poder diverso da EA nos trabalhos
apresentados e o número cada vez maior de participantes (4 500 em Goiânia).
O interesse cada vez maior de educadores, ativistas, estudantes, funcionários públicos entre outros
pelo tema e uma forte atuação articuladora da Rede Brasileira de Educação Ambiental – REBEA fomentou
e/ou fortaleceu o surgimento de 18 redes estaduais de educadores ambientais como a Rede Paulista -
REPEA e a Rede Mato-Grossense - REMTEA entre tantas outras.
Inúmeros encontros de EA, além dos Fóruns Nacionais têm acontecido em todo o país, mas é
preciso destacar a Conferencia Nacional de Meio Ambiente realizada em Brasília em 2003 que congregou 5
660 000 pessoas em todo o país e em especial, a Conferencia Infanto-Juvenil que contou com a participação
de jovens de 15 452 de escolas, em uma iniciativa dos Ministérios do Meio Ambiente e da Educação.
Pode-se afirmar também, que no grande e diverso universo das organizações não governamentais,
de caráter ambientalista, a EA ocupa lugar de grande destaque, perpassando as diversas áreas de atuação.
Em algumas delas, é fio condutor e missão, em outras é instrumento de promoção de melhoria de qualidade
de vida do público-foco do projeto, em muitas é vista como estratégia para garantir os resultados dos
trabalhos implementados, também como instrumento para conservação da biodiversidade e assim por
diante.
Pode-se dizer que elas têm sido pioneiras nos processos de formulação e aplicação da Educação
Ambiental não-formal e têm colaborado fortemente na procura de alternativas metodológicas e realização
de experiências inovadoras na EA formal e na capacitação dos professores.
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Os projetos de Educação Ambiental no Brasil
A educação ambiental no Brasil tem sido adotada por escolas e por ongs como já vimos, mas
também por órgãos governamentais - como o IBAMA, que assumiu as ações educativas voltadas aos
diferentes segmentos sociais no processo de gestão ambiental em Unidades de Conservação e Projetos
de Manejo de Fauna por meio de seus Núcleos de Educação Ambiental - e por empresas do setor público e
privado.
Em alguns casos, os chamados projetos de EA se restringem à coleta seletiva e reciclagem de
resíduos sólidos, em outros a campanhas informativas de cuidados com o uso dos recursos naturais não
renováveis.
Ainda há poucos casos de projetos inovadores e de transformação social que sejam reconhecidos
como de educação ambiental. Normalmente são considerados projetos de desenvolvimento local sustentável,
recuperação de áreas degradadas etc. No entanto, em uma análise mais profunda percebe-se o quanto
de EA existe em cada um deles.
Vamos então dar uma olhada no cenário que se apresenta:
A respeito da natureza jurídica das organizações executoras de projetos de Educação Ambiental
no Brasil pode-se verificar que estes são desenvolvidos proporcionalmente tanto pelas instituições não-
governamentais como governamentais.
Um dado interessante apontado numa pesquisa realizada em 1997, por ocasião da I Conferencia
Nacional de Educação Ambiental, foi de que o eixo principal dos projetos, em sua maioria (58,3%), era a
Educação Ambiental, entretanto, um número quase tão expressivo (41,7%) era de projetos que tinham na
Educação Ambiental uma atividade relevante para o seu desenvolvimento, mas centravam-se em atividades
de desenvolvimento sustentável, preservação de ecossistemas específicos, problemas da realidade local
e questões referentes ao lixo, reciclagem, contaminação de cursos de água, entre outras.
Tomando os projetos, que têm como eixo principal a Educação Ambiental, observa-se que a maioria
destes, 38,8%, trata da sensibilização da comunidade, 32,8% da educação não-formal e 27% da educação
formal.
Neste aspecto, em particular, embora não haja dados sistematizados, percebem-se alguns avanços
relevantes que possivelmente tenham modificado este panorama:
A adoção do Meio Ambiente como tema transversal nos PCNs, a partir de 1997, e a introdução da
temática ambiental no ensino formal.
A aprovação da Lei 9795/99, Lei da Política Nacional de Educação Ambiental, que orientou a
implantação da Educação Ambiental nos diferentes âmbitos do ensino, formal ou não-formal.
A ampliação das ações de Educação Ambiental, fomentadas pela Diretoria de Educação Ambiental
do Ministério do Meio Ambiente.
O financiamento, pelo Fundo Nacional do Meio Ambiente, da construção de Agendas 21 locais, da
Gestão de Resíduos Sólidos, da criação e fortalecimento de Fóruns e Redes de Educação Ambiental, entre
outros.
É importante frisar que em todas as áreas contempladas nos editais e nas ações da política de
meio ambiente no país, a educação ambiental é vista como pressuposto básico para a elaboração dos
projetos, sejam eles de conservação, de geração de renda, de fomento florestal, agroecologia, e outros,
assim como para o atendimento aos Termos de Ajuste de Conduta, faz parte dos processos de licenciamento
ambiental e dos processos de certificação das ISO da série 14 000.
Dentre as atividades tradicionalmente tidas como de pura EA está a produção de materiais didáticos
e paradidáticos.
Em 1996 foi lançado pelo Instituto Ecoar para Cidadania, com o apoio do Fundo Nacional do Meio
Ambiente, uma publicação intitulada “Avaliando a Educação Ambiental no Brasil” onde um grupo de estudiosos
analisou os materiais impressos de EA produzidos no país por organizações governamentais e não
governamentais. Esta publicação mostrou a extraordinária diversidade de formas, conteúdos e linguagens
nos materiais de EA, assim como chamou a atenção para a quantidade de autores e publicações de material
educativo nesta área.
Em 2001, reconhecida a proliferação dos meios audiovisuais, a democratização dos equipamentos
como televisores, vídeos e computadores nas escolas e nas comunidades, uma nova publicação foi elaborada,
desta feita avaliando a produção dos materiais áudio visuais de EA.
A pesquisa apontou a existência de inovações na linguagem dos materiais e nas formas pelas
quais os educadores os utilizavam, mostrando que vídeos, CD-ROM e internet têm potencialidades didáticas
que podem ser exploradas como aliadas do educador e da educadora ambiental.
O livro publicado mostra a preocupação com o desenvolvimento de novos processos de ensino-
aprendizagem criativos, uma vez que a EA se propõe a formar jovens que conheçam, entendam e respeitem
o meio ambiente para intervir com qualidade nos caminhos da sociedade.
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No sistema de educação formal, a grande ênfase está nos Ensinos Fundamental e Médio, onde o
Plano Nacional de Educação faz referência explícita à Educação Ambiental.
Os profissionais da área de Biologia lideram os trabalhos de Educação Ambiental, seguidos pelos
Pedagogos e Geógrafos. No entanto, educadores com formação em outras áreas têm participado cada vez
mais dos trabalhos e projetos de EA nas escolas. Esta diversidade de formação permite inferir, somada às
orientações dos PCNS e àquelas emanadas da Lei 9795/99, a consolidação futura da interdisciplinaridade,
essencial para a efetivação dos trabalhos de Educação Ambiental.
Para capacitá-los, o Ministério do Meio Ambiente preparou, durante o período de 1999/2000, um
Curso Básico de Educação Ambiental à Distância, lançado inicialmente para 23 municípios dos Estados da
Bahia e Espírito Santo.
O modo de fazer Educação Ambiental nas escolas e fora delas, vem, gradativamente, mudando em
nosso país, ampliando sua esfera de atuação para além da dimensão ambiental, uma vez que a Lei 9795/
99, em consonância com documentos internacionais, aponta para a inserção de valores sociais, éticos,
econômicos, políticos, psicológicos, científicos e culturais aos ecológicos nos objetivos que perpassam as
atividades ambientais.
Além disso, dentre os princípios básicos expressos nesta Lei, temos o enfoque humanista, holístico,
democrático e participativo; a concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a
interdependência entre o meio natural, o sócio-econômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade;
o pluralismo de idéias e concepções pedagógicas; a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as
práticas sociais; a abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais e globais; o
reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e cultural.
Desse modo, a EA terá um caráter muito mais plural, inserindo no seu escopo uma abordagem
socioambiental, como a que está expressa no Programa de Educação Ambiental do Ministério do Meio
Ambiente.
A Gestão Ambiental
O artigo 225 da Constituição Federal estabelece o “meio ambiente ecologicamente equilibrado”
como direito dos cidadãos deste país, definindo-o como “bem de uso comum e essencial à sadia qualidade
de vida”. Atribui ainda, ao “Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as
presentes e futuras gerações”.
No entanto, o processo de uso e gestão dos recursos ambientais é, em sua essência, conturbado,
dado os interesses em jogo e os conflitos que podem existir entre atores sociais que atuam sobre o
mesmo meio ambiente, físico/ natural ou construído. Os que objetivam a posse e o controle do recurso
natural brigam entre si e com os grupos que defendem o ambiente como patrimônio da humanidade.
A tensão entre a necessidade de assegurar às populações o direito ao meio ambiente saudável e
equilibrado, como bem público, e a definição de como, por quem e para que devem ser usados os recursos
naturais na sociedade, tem sido uma constante ao longo da história de nosso modelo civilizatório.
Com a rápida degradação e até mesmo extinção de muitos destes recursos naturais, cada vez
mais a humanidade tende a deflagrar conflitos pelos que restaram. O escasseamento da água doce potável
é, por exemplo, questão potencialmente geradora de grandes disputas entre as comunidades e as nações.
Fica claro, portanto a importância da educação no processo de Gestão Ambiental. Só o entendimento
contextual mais amplo pode fazer com que os atores envolvidos, os protagonistas e os que sempre ficaram
com o ônus histórico da degradação ambiental, possam compartilhadamente pensar alternativas de solução
harmônicas e apropriadas para o bem de todos.
Ao se falar em Educação no processo de Gestão Ambiental, está se falando de uma concepção de
educação ambiental que tem como foco a organização e a capacitação das partes interessadas para a
interlocução qualificada e para a gestão conjunta do ambiente comum.
No Brasil, o IBAMA é o órgão executor da política ambiental no âmbito federal e, desde sua criação,
tem trabalhado a educação ambiental numa perspectiva de gestão ambiental. Deste modo, com a criação
formal do espaço da Educação Ambiental na sua estrutura organizacional (1989) e dos NEAS (1992), nas
27 Representações Estaduais, alguns passos foram fundamentais para o processo de institucionalização
desta temática.
O primeiro foi a realização, ainda em 1992, de dois cursos intensivos (80 horas) de capacitação
para cerca de 70 técnicos, que queriam trabalhar com Educação Ambiental, ou já vinham atuando na área
em algumas representações, antes da criação dos NEAS.
Este curso, cujo foco foi a Conferência de Tbilisi, proporcionou as condições iniciais para que todos
os envolvidos pudessem ter um mínimo de entendimento comum sobre um campo ao qual se atribui tantos
significados como o da EA.
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O passo seguinte foi a elaboração em 1994, pela Equipe de Educação Ambiental do IBAMA, de uma
proposta de Programa Nacional de Educação Ambiental. Em seu trabalho, a equipe propunha que o Programa
tivesse três linhas de ação: Capacitação (de educadores, gestores ambientais, grupos sociais que usam
diretamente recursos ambientais em suas atividades econômicas, tomadores de decisão, formadores de
opinião etc.), Desenvolvimento de instrumentos e metodologias (para prática da EA) e Ações Educativas
(na educação formal e na gestão ambiental).
Esta proposta, acordada com o Ministério da Educação, serviu de base para o Programa Nacional
de Educação Ambiental – PRONEA, aprovado pelo Presidente da República, em 1994.
Com o PRONEA aprovado (que não incorporou integralmente a proposta apresentada, mas grande
parte dela), a equipe da Coordenação Nacional, após consultas aos NEAS, elaborou em 1995, as Diretrizes
para Operacionalização do PRONEA pelo IBAMA. O documento consolidava e oficializava a proposta de EA,
estruturada a partir da problemática da Gestão Ambiental, que vinha sendo construída desde 1992.
O terceiro passo foi a instituição de uma prática de EA, nacional e descentralizada, inspirada nos
princípios e orientações de Tbilisi. Com esta perspectiva iniciou-se o processo de elaboração do Plano de
Trabalho para 1995, tendo como base os temas indicados como prioritários pelas Diretorias do IBAMA
(Ordenamento Pesqueiro, Unidades de Conservação, Prevenção de Queimadas e Incêndios Florestais,
Proteção à Fauna etc.).
Com base nesta temática, cada NEA, em conjunto com setores internos da Representação do
IBAMA, escolhe o tema prioritário no Estado para elaborar e desenvolver os Projetos de EA, com possíveis
parceiros externos (órgãos estadual e municipal de educação e de meio ambiente, Universidades, entidades
da sociedade civil etc.). Era o passo inicial para estruturação das ações educativas, com jovens e adultos,
a partir das atividades de gestão ambiental promovidas pelo IBAMA.
O quarto passo fundamental foi o esforço para estruturar um processo de formação de educadores
voltado explicitamente para atuação na Gestão Ambiental. Em 1995, com o acúmulo de conhecimentos e
reflexões sobre as práticas dos NEAS, a equipe do PEA (Coordenação e NEAS), sentiu-se madura para
debater em um seminário o problema da formação de educadores para atuarem nas atividades de gestão
de meio ambiente. Deste seminário saiu a proposta de um Curso de Especialização voltado especificamente
para a Gestão do Meio Ambiente. Adotando-se a modalidade de curso à Distância, esperava-se atender,
além das necessidades do IBAMA, aos órgãos estaduais e municipaisde Meio Ambiente, e entidades da
sociedade civil envolvidas com a gestão ambiental. Este curso não se realizou.
A equipe do IBAMA iniciou então, em 1997, o Curso de Introdução à Educação no Processo de
Gestão Ambiental, com uma etapa de imersão total de 88 horas (duas semanas) e outra de 40 horas, à
distância, para elaboração do projeto final.
Os núcleos das Representações Estaduais são responsáveis pela coordenação e execução das
ações de Educação Ambiental desenvolvidas nas atividades de Gestão do Meio Ambiente de competência
do IBAMA. São ações educativas executadas em Unidades de Conservação e no seu entorno, no
ordenamento do uso dos recursos pesqueiros e florestais, no Licenciamento Ambiental, na prevenção de
desmatamentos e incêndios florestais, na proteção da fauna e outras atividades de gestão ambiental de
responsabilidade do IBAMA.
Na configuração atual o MMA atua como órgão central do Sisnama, o IBAMA como entidade executiva
das atividades da competência da União, as Secretarias de Estado do Meio Ambiente e os órgãos estaduais
como órgãos seccionais e os municípios como órgãos locais do Sisnama.
No âmbito estadual as Secretarias de Meio Ambiente são as responsáveis pela política ambiental
de cada unidade da federação. No entanto, nem todos os estados têm tais secretarias. Alguns mantêm
diretorias, coordenadorias ou gerências de meio ambiente ligadas a outras Secretarias, tais como Turismo
e até mesmo Indústria e Comércio.
Na esfera municipal, a situação é dramática. Atualmente, segundo o MMA, dos 5.561 municípios
apenas 648 contem órgãos ambientais, e estes estão concentrados principalmente na região sudeste.
Ao longo da história, tem sido constituídos fóruns de discussão e de interlocução entre as entidades
da sociedade civil e as entidades públicas como, por exemplo, o Fórum Nacional de ONGs e dos Movimentos
Sociais – FBOMS - , o GTA – Grupo de Trabalho Amazônico, a Rede Mata Atlântica, a REBEA, a ABONG -
Associação Brasileira de ONGs entre outras muitas disseminadas em todo o país.
As ONGS têm reconhecido o seu papel de representantes da sociedade civil organizada, participando
da Comissão de Julgamento e Aprovação de Projetos a serem financiados pelo Fundo Nacional do Meio
Ambiente – FNMA-, do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA – e do órgão Gestor da Educação
Ambiental, juntamente com o MMA e o MEC.
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A Legislação Ambiental
O marco zero da legislação ambiental no Brasil aconteceu em 1981 com o advento da Lei federal
6.938 que estabeleceu a Política Nacional do Meio Ambiente e introduziu pela primeira vez no Brasil,
mecanismos de gestão colegiada e participativa através da criação do Conselho Nacional do Meio Ambiente,
o CONAMA, colegiado de natureza deliberativa, em cuja composição já àquela época, assegurou-se a
participação da sociedade civil.
Esta lei representa também a primeira iniciativa do poder Executivo Federal de organizar
nacionalmente a gestão ambiental ao instituir o SISNAMA, composto de órgãos e entidades ambientais da
União, estados e municípios.
A Constituição de 1988 traz um outro grande evento para a questão ambiental brasileira ao
proclamar em seu artigo 225 a necessidade de estudo de impacto ambiental para toda atividade
potencialmente causadora de danos e a publicação de um relatório sobre os impactos. A obrigatoriedade
de tornar público este relatório, modificou a relação entre a sociedade e o meio ambiente no Brasil, permitindo
que as ONGs, associações de moradores, sindicatos e técnicos pudessem participar de audiências públicas
sobre a realização dos grandes projetos de intervenção urbana e rural.
Outras importantes leis de proteção e regulamentação do uso dos recursos naturais foram sendo
promulgadas no Brasil, como a Lei Federal de Crimes Ambientais 9.605 de 12 de fevereiro de 1999 e a Lei
Federal 9.985 de 18 de julho de 2000 que cria o SNUC, Sistema Nacional de Unidades de Conservação
instituído para estabelecer critérios e normas para a criação, implantação e gestão de Unidades de
Conservação, regulamentado pelo Decreto 4 340 de agosto de 2002.
O SNUC classifica as Unidades de Conservação em duas categorias: Unidades de Proteção Integral,
Estações Ecológicas, Parques Nacionais, Monumentos Naturais e Refúgios da Vida Silvestre) e Unidades
de Uso Sustentável (Áreas de Proteção ambiental, Áreas de Relevante Interesse Ecológico, Florestas
Nacionais, Reservas Extrativistas, Reservas da Fauna, Reservas de Desenvolvimento Sustentável e Reservas
Particulares do Patrimônio Natural).
Não se pode falar em Gestão Ambiental no Brasil sem citar a Lei Federal 9.433/97, a Lei das Águas,
que instituiu o Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hídricos (SNGRH), consolidou os conceitos
de gestão participativa em colegiado criando os Conselhos Nacional e os Estaduais de Recursos Hídricos
como instâncias máximas de deliberação sobre as políticas, normas e padrões de gestão das águas nas
respectivas esferas de poder.
Foram criados os Comitês de Bacias, lócus das decisões sobre a aprovação do plano diretor de
recursos hídricos da bacia, a definição das normas e procedimentos sobre a concessão da outorga de
direito do uso da água, a decisão sobre a cobrança pelo uso das águas, prioridades e planos de
investimentos. Cada comitê conta com uma agencia paraestatal executiva e representa um novo mecanismo
de cooperação multilateral entre os entes federativos.
No Estado de SP, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente tem investido reiteradamente na
capacitação da sociedade civil para a participação qualificada nos comitês e subcomitês de bacias. Um
vasto trabalho de educação ambiental e de educação para a gestão vem sendo realizado junto aos diversos
subcomitês. Assim, a política das águas no estado de SP ganha cores e formas mais democráticas e
pluralistas.
Dada a premência e relevância do tema, em 2001 foi criada a Agencia Nacional das Águas (ANA)
para regular nacionalmente, as questões ligadas aos recursos hídricos no Brasil.
Lei da Política Nacional de Educação Ambiental - Lei 9795/99
Em 1993, o Deputado Fábio Feldmann propôs, na Câmara dos Deputados, o projeto de lei 3792/
93, que instituía a Política Nacional de Educação Ambiental. Este projeto de lei, durante a sua tramitação,
foi submetido à análise por vários setores da população (MEC, IBAMA, MMA, organizações não-
governamentais, universidades, dentre outros) que fizeram várias sugestões ao documento. Com o intuito
de atender às sugestões apresentadas, o então presidente da Comissão de Meio Ambiente, Deputado
José Sarney Filho, apresentou o substitutivo ao Projeto de Lei que, em 1999, foi aprovado pelo Congresso
Nacional.
Alguns pontos desta Lei valem ser ressaltados por serem considerados grandes avanços.
A definição de EA (artigo primeiro) foge dos antigos padrões meramente biológico-ecológicos e
preservacionistas, inserindo o homem como agente das transformações e responsável pela qualidade e
sustentabilidade da vida no Planeta.
Desta forma, a inclusão da EA como componente da educação nacional (artigo 2º) em todos os
processos educativos garante um espaço privilegiado de ação, inserindo-se no âmbito da educação formal
e dos processos educativos não-formais.
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Do mesmo modo, (artigo 3º) a definição das políticas públicas, por parte do poder público, com a
incorporação da dimensão ambiental, além de fortalecer a educação ambiental no espaço escolar propicia
o engajamento da sociedade nos processos de gestão ambiental.
Os princípiosda EA ali apontados incorporam o enfoque humanista, ampliam a concepção de meio
ambiente, incorporam aspectos sócio-ambientais e culturais.
Além disso, a Lei imprime às abordagens da EA, o caráter participativo, democrático e amplo, abrindo
espaço para a participação efetiva da comunidade na construção dos marcos referenciais, e das sínteses
inovadoras entre os novos conhecimentos e o saber comunitário tradicional.
Garantir a democratização de informações, estimular a participação individual e coletiva na solução
dos problemas ambientais, estimular a cooperação entre regiões, entre ciência e tecnologia e o fortalecimento
da cidadania, são também objetivos desta Lei, mostrando e valorizando a participação nos processo da EA
e no desenvolvimento sustentável do país.
No artigo 6º é instituída a Política Nacional de Educação Ambiental. Isto significa dizer que a EA não
é mais pano de fundo das políticas públicas, mas é elemento determinante dessas políticas, estruturada
em princípios e objetivos claramente definidos.
Outro aspecto interessante que se nota neste instrumento legal é a preocupação com relação à
sua aplicabilidade, uma vez que consta como linhas de atuação, assim expressas no artigo 8º, a preocupação
com a capacitação, com a pesquisa e com a produção de material educativo.
O parágrafo 3, que trata da formação e atualização de pessoal, remarca a busca das alternativas
curriculares e metodológicas para a capacitação de recursos humanos, abrindo um novo campo de pesquisa
e experimentação em EA. Além disso, apóia as iniciativas e experiências locais e regionais na produção do
material didático e estimula a montagem de banco de dados da EA.
De modo a operacionalizar a inserção da EA no ensino formal de maneira interdisciplinar, a lei é
bastante clara ao tirar o aspecto disciplinar deste tema, incentivando a abordagem integrada e contínua
em todos os níveis e modalidades do ensino formal.
A exceção se faz para os cursos de pós-graduação e extensão universitários, onde, quando
necessário se fizer, pode ser criada disciplina de Educação Ambiental, com a finalidade de avançar na
capacitação de recursos humanos.
Destaca também o papel dos meios de comunicação de massa na divulgação dos temas ambientais,
dos princípios, objetivos e ações de EA. A lei estabelece a responsabilidade destes meios com a sensibilização
das pessoas e o acesso à informação sobre os problemas ambientais, a situação ambiental do país, a
divulgação de alternativas de soluções. Ao mesmo tempo atribui à imprensa, como formadora de opinião
pública, o papel de difundir valores e gerar, a partir de exemplos, atitudes coerentes com a defesa do meio
e a consolidação da qualidade de vida das pessoas, minimizando a exacerbação do consumo supérfluo,
dando dicas sobre a importância da construção de uma sociedade sustentável e de um meio social saudável,
onde a participação democrática e a cooperação e solidariedade sejam entendidos como valores básicos.
No âmbito da educação não-formal é destacado o papel das empresas, públicas e privadas, na
busca das alternativas tecnológicas, juntamente com as universidades e outros setores da sociedade,
reforçado pelas certificações de qualidade ambiental: a ISO 14000.
A sensibilização da comunidade para o uso dos espaços de preservação e áreas protegidas, papel
que historicamente tem sido desempenhado pelo IBAMA, passa a ter destaque especial nesta lei.
As Empresas de Extensão Rural e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA têm
tido destacado papel no que se refere a sensibilização dos agricultores para os aspectos ambientais, do
mesmo modo que esta tem sido a preocupação da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores sem
Terra (MST). Estas ações, até então isoladas, aí encontram seu respaldo legal.
De modo a garantir a exeqüibilidade desta lei, ficou definida no seu escopo a figura de um órgão
gestor. Este órgão gestor foi definido na Câmara Técnica de Educação Ambiental do Conselho Nacional de
Meio Ambiente (CONAMA), sendo formado pelos Ministérios do Meio Ambiente e da Educação.
Para executar a Política Nacional de Educação Ambiental de modo descentralizado, o artigo 16 leva
para a competência dos estados e do Distrito Federal a competência de elaborar as diretrizes a partir de
diagnóstico local. Para tanto foi feito um trabalho de sensibilização nos estados, no sentido de se constituir
as comissões interestaduais de educação ambiental.
Para conhecer a Lei na íntegra consulte: www.mma.gov.br
O ProNEA
O Programa Nacional de Educação Ambiental é coordenado pelo órgão gestor da Política Nacional
de Educação Ambiental. Suas ações objetivam assegurar, no âmbito educativo, a integração equilibrada
das múltiplas dimensões da sustentabilidade - ambiental, social, ética, cultural, econômica, espacial e
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política - ao desenvolvimento do país, resultando em melhor qualidade de vida para toda a população
brasileira, por intermédio do envolvimento e participação social na proteção e conservação ambiental e da
manutenção dessas condições ao longo prazo.
O ProNEA propõe-se a ser o grande articulador da criação de espaços de locução entre os diversos
órgãos do governo federal, em um constante exercício de transversalidade.
Parte do princípio que é necessário internalizar a educação ambiental na esfera governamental,
para que os princípios da sustentabilidade influenciem as decisões dos investimentos e das grandes obras
federais e para que se possa monitorar e avaliar, sob o ponto de vista da sustentabilidade, os impactos
socioambientais negativos e positivos de tais políticas.
A utopia, de acordo com o Pronea, é expandir esta prática a outros níveis de governo e para a
sociedade como um todo.
A versão do Programa Nacional de Educação Ambiental de 2004 revela os avanços obtidos em
relação à primeira versão aprovada em 1994, uma vez que contemplou uma ampla discussão entre os
Ministério da Educação e do Meio ambiente, e destes com universidades e organizações da sociedade civil.
Conheça os princípios fundantes do ProNEA:
 ♦ Respeito à liberdade e apreço à tolerância;
♦ Vinculação entre ética, estética, educação, trabalho e práticas sociais;
♦ Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar cultura, o pensamento, a arte e o saber;
♦ Compromisso com a cidadania ambiental ativa, transversalidade construída a partir de uma
perspectiva inter e transdisciplinar.
♦ Reconhecimento de que a definição dos sujeitos no processo educativo passa pela identificação
dos grupos sociais em condições de vulnerabilidade ambiental, decorrentes dos riscos a que estão
submetidos em função de preconceitos e/ou desigualdade econômica na sociedade.
Com a regulamentação da Política Nacional de Educação Ambiental, o ProNEA compartilha a missão
de Fortalecimento do Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA), por intermédio do qual a PNEA deve
ser executada, em sinergia com as demais políticas federais, estaduais e municipais de governo.
Dentro das estruturas institucionais do MMA e do MEC, o ProNEA compartilha da descentralização de
suas diretrizes para a implementação da PNEA, no sentido de consolidar a sua ação no SISNAMA.
 Considerando-se a Educação Ambiental como um dos elementos fundamentais da gestão ambiental,
o ProNEA desempenha um importante papel na orientação de agentes públicos e privados para a reflexão
e construção de alternativas que almejem a Sustentabilidade. Assim propicia-se a oportunidade de se
ressaltar o bom exemplo das práticas e experiências exitosas.
Para conhecer a versão do ProNEA 2004, na íntegra, acesse o site do Ministério do Meio Ambiente:
www.mma.gov.br
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Texto: Miriam Duailibi
Luciano Araujo

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