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As fontes jornalisticas no webjornalismo

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As fontes jornalísticas no webjornalismo esportivo: o caso do Globoesporte.com (TO) 
 
Raimundo Ferreira RODRIGUES1 
 
 
Resumo 
 
A temática trata sobre as fontes jornalísticas no webjornalismo do Globo Esporte.com (TO), 
que configura-se como um dos sites de jornalismo esportivo com maior visibilidade na região. 
O principal objetivo desta pesquisa foi identificar as principais fontes no webjornalismo, 
especificamente no site do globoesporte.globo.com/to. As vozes no jornalismo esportivo 
dentro do contexto geral da atividade jornalística possibilitam valor de notícia à matéria. Os 
eventos esportivos encontram, nas fontes, a base para a divulgação. A pesquisa foi pautada na 
metodologia descritiva com análise de livros e artigos científicos referentes ao tema em 
questão e coleta de dados das reportagens no site divulgadas em junho de 2016, sobre eventos 
casuais, em dias sequentes, totalizando sete reportagens. Foi verificado que nem todas as 
matérias veiculadas no portal trouxeram fontes identificadas. 
 
Palavras-chave: Webjornalismo. Jornalismo Esportivo. Fontes Jornalísticas. 
 
 
Abstract 
 
The theme of this article deals with the journalistic sources in the web journalism of Globo 
Esporte.com (TO), which is one of the most popular sites about sports in the region. The main 
objective of this research is to indentify the main sources of web journalism, especially in the 
site of globoesporte.globo.com/to. The voices in the sport journalism in the general context of 
journalistic activity bring value of news to the report. The sporting events find in the sources 
the base for diffusion. The research is guided by descriptive methodology with the analyses of 
books and scientific papers referring to the theme and collecting information from the 
material of the site shown in june 2016, on casual events, on consecutive days, numbering 
seven stories. It was verified that not all the stories shown on the portal brought identified 
sources. 
 
Keywords: Web journalism. Sporting journalism. Journalistic sources. 
 
 
Introdução 
 
O tema trata sobre as fontes jornalísticas no webjornalismo esportivo, desenvolvido 
pelo globoesporte.com (TO). Esse assunto tem crescido em termos de espaço e conteúdo no 
webjornalismo, configurando-se como importante meio de comunicação. Atualmente, é 
comum acessar um site informativo que tenha uma editoria de Esporte. Esse crescimento foi 
 
1 Graduado de Pedagogia e Jornalismo (UFT). Especialista em Gestão Escolar (UFG), Formação Socioeconômica do Brasil 
(UNIVERSO), História e Cultura Afro-brasileira (FINOM), Docência do Ensino Superior (UCAM), Marketing e Gestão 
Estratégica (UCAM), Formação de Gestores Educacionais (UNYLEYA/Prefeitura de Palmas), Gestão Estratégica da 
Inovação e Política Científica e Tecnológica – PCT (UFT - Cursando). Professor do Município de Palmas-TO. E-mail: 
professoraimundo@yahoo.com.br. 
 
 
conquistado devido à sua função de informar e explicar sobre os principais acontecimentos 
esportivos, assunto que tem despertado, cada vez mais, o interesse do público. 
A pesquisa tem importância significativa por apontar as fontes utilizadas na mídia 
online denominada Globo Esporte.com, sendo relevante por assinalar caminhos percorridos 
por jornalistas na aquisição de fontes para as matérias. Desta forma, a pesquisa teve como 
principal objetivo identificar as principais fontes no webjornalismo do 
globoesporte.globo.com/to por ser um site de jornalismo esportivo com visibilidade 
significativa no cenário nacional e principalmente por se tratar de webjornalismo esportivo 
local considerado pelos desportistas e demais usuários deste meio como mídia de referencia. 
As especificidades do jornalismo esportivo dentro do contexto geral da atividade jornalística 
são apresentadas mediante os eventos esportivos, que encontram nas fontes, a base para 
investigação, acompanhamento, produção de sentido e divulgação. 
 Foram analisadas as fontes jornalísticas utilizadas em matérias no site Globo 
Esporte.com Tocantins, das Organizações Globo, divulgadas em junho de 2016, a fim de 
apresentar os tipos de fontes noticiosas utilizadas no jornalismo, conceituar o jornalismo 
esportivo e contextualizar o webjornalismo com as fontes de informação presentes no 
jornalismo esportivo. 
 Para direcionar a temática foi utilizada como metodologia a pesquisa descritiva, com o 
desenvolvimento de análise, registros e interpretação dos fatos ocorridos em detrimento da 
temática em questão. Diante do exposto, foram efetivados procedimentos de levantamento de 
dados em função das variáveis pertinentes ao tema para a construção de respostas sobre quais 
são as fontes utilizadas no webjornalismo desenvolvido pelo site Globo Esporte.com 
Tocantins, das Organizações Globo, divulgadas em junho de 2016, sobre eventos esportivos 
divulgados, totalizando sete reportagens. 
 Para a fundamentação teórica, foram utilizadas as obras de autores como Schmitz 
(2011), Palácios (2009), Barbeiro e Rangel (2006), Ferrari (2003), Abiahy (2000) dentre 
outros teóricos que discutem aspectos relevantes relacionados a pesquisa. 
 
Webjornalismo e esporte 
Com o surgimento de novas formas de comunicação, surgiram novas linguagens 
jornalísticas, forçando os meios convencionais a se adaptarem para se encaixarem nas novas 
características. O advento da internet potencializou os meios de comunicação, oferecendo 
formas de interação e multimídialidade, que são características próprias do webjornalismo. 
Segundo Correia (2003) Multimídia significa o uso de vários formatos voltados para a 
 
 
comunicação, que podem juntar meios de apresentação como fotos, vídeos, animações, entre 
outros, organizados e conectados. As facilidades mudam a forma de produção do jornalismo, 
quando comparamos com os meios tradicionais. Capparelli (2002) aponta que com a vinda do 
webjornalismo formam-se “novos contratos de leitura” através da interatividade. Pode-se 
inferir que o leitor tem contato direto com a notícia e pode fazer parte dela, por meio de seus 
comentários, que podem ser disponibilizados e facilitam até mesmo a complementação de 
fatos noticiados. 
As mídias têm se desenvolvido em um processo natural junto com o progresso da 
sociedade. As novas tecnologias influenciaram diretamente no desenvolvimento da 
comunicação. A web trouxe mais possibilidades para a ação do jornalista como nenhum meio 
de comunicação o fez anteriormente. Sobre este aspecto, Ferrari (2003) argumenta que “os 
jornalistas on-line precisam sempre pensar em elementos diferentes e em como eles podem 
ser complementados. Procurar palavras, recursos de áudio e vídeo para frases, dados que 
poderão virar recursos interativos, e assim por diante” (FERRARI, 2003, p. 48). 
Assim, os recursos de áudio, vídeo e texto, podem ser integrados ou não e se 
misturarem a uma outra gama de recursos, criando infinitas possibilidades, fortalecendo a 
multimidialidade. É possível afirmar ainda que a internet é a mais interativa de todas as 
mídias. Bardoel e Deuze (2001) dizem que a interatividade é uma característica venérea da 
internet, que promove a comunicação direta entre leitor e veículo. 
Em relação ao Jornalismo, a internet é um ambiente de extrema capacidade de 
produçãode conteúdo especializado, por possibilitar dinamismo para o internauta, no 
momento que busca por informações e notícias de seu interesse, possibilitando ao jornalista 
trabalhar com públicos direcionados, realizando um jornalismo segmentado, especializado, 
com possibilidade de poder personalizá-lo, fazendo com que o público não seja apenas 
receptor, mas tenha uma função através da interação, não tão somente com o conteúdo, mas 
tendo a liberdade em determinar o que deseja ver e a forma de acesso de tais informações 
(ABIAHY, 2000, p. 23). Entre as especializações, o jornalismo esportivo apresenta 
características peculiares, próprias desta editoria. 
Abiahy (2000) argumenta que o jornalismo especializado apresenta especificidades de 
cunho mais expressivo, com aspectos voltados para a segmentação, envolve-se com um 
público peculiar ao seu direcionamento. Estes aspectos, aliados ao uso da web, com ênfase na 
multimidialidade, possibilita diversas vantagens ao público. A autora reconhece que o 
jornalismo especializado colabora para noticiar diferentes pontos de vista referentes as 
diversas áreas do conhecimento, de atuação e de ocorrências existentes na sociedade. 
 
 
Trabalha com informações direcionadas a segmentos próprios, sua mensagem tem identidade, 
seu receptor se identifica. “Os jornalistas passam então a valorizar estes receptores como 
pessoas com expectativa e interpretação própria das informações, ao invés de elaborar uma 
mensagem para a massa, termo que com o tempo torna cada vez mais pejorativo” (ABIAHY, 
2000, p. 26). 
Sobre a função do jornalista especializado na web, e de sua necessidade de ter uma 
visão direcionada a cada público, é pertinente afirmar que “os jornalistas os têm óculos 
particulares através dos quais vêem certas coisas e não outras, e vêem de uma certa maneira as 
coisas que vêem. Operam uma seleção e uma construção do que é selecionado” (BOURDIEU 
apud TRAQUINA,2005, p.77). 
Outro aspecto abordado por Traquina (2005) trata da proximidade que pode ser social, 
cultural, e psicológica, fazendo com que os temas sejam pesquisados de acordo com a área de 
interesse, fazendo com que o jornalista e o próprio jornalismo se torne completamente 
especializado na web. 
Quando se trata de jornalismo especializado é necessário indagar: Quem deverá atuar 
com o jornalismo especializado, jornalistas ou profissionais específicos do tema abordado? 
Lage (2008) diz que o jornalista é o especialista responsável por ser o relator de tais notícias, 
sendo mais “produtivo e econômico” para o público. O jornalista especializado eleva o nível 
da notícia e dá embasamento naquilo que é noticiado. O espectador por si só é exigente e 
necessita de um entendimento detalhado. 
A web permite que as comunidades e redes sociais sejam espaço para comentários e 
discussões de notícias, e permite a difusão de uma comunicação personalizada. Hall (2001) 
define este novo tipo de audiência como “identidade cultural pós-moderna”. A pós-
modernidade trouxe consigo a multiplicidade na busca pela notícia, que se reflete no 
webjornalismo, onde cada público tem a liberdade de selecionar e buscar conteúdo 
especializado na web. 
O esporte teve uma forma de abordagem diferente dos outros tipos de notícias, com 
formas específicas de tratamento nas mídias existentes. Dinamismo, linguagem simples 
podem ser observados enquanto assistimos uma notícia esportiva. Alguns programas 
esportivos são regionais e trazem ao espectador um certo humor. Isso chama a atenção para 
uma questão pertinente para se indagar qual é o limite entre o jornalismo esportivo e o 
entretenimento, sendo necessário ressaltar que as notícias esportivas, também são notícias de 
cunho jornalístico como qualquer outra editoria (BARBEIRO e RANGEL, 2006). 
 
 
O jornalismo esportivo também deve obedecer aos mesmos critérios que os outros 
tipos de notícias, como: clareza, imparcialidade, concisão etc. Os jornalistas devem também 
ter a mesma atenção na origem e veracidade da notícia e apuração dos fatos. Assim, como 
todas as outras formas de jornalismo, o esportivo também tem sofrido transformações, 
procurando se adaptar ao webjornalismo. 
A cobertura esportiva tem sido influenciada diretamente pelos novos equipamentos e 
formas de mídia com cobertura por meio de vídeos, textos e fotos e transmissões dos mais 
variados esportes ao vivo. A evolução da tecnologia muda a maneira como a cobertura 
esportiva é realizada, quase sempre em um ritmo acelerado, modificando a forma de 
comunicação dia a dia e fazendo com que o espectador tenha que se adaptar às tais formas. 
Atualmente, o jornalista tem a liberdade de criar e vincular sua notícia a diversos links, 
aumentando a possibilidade de contextualização. Há também aqueles que comentam as 
notícias diárias em seus blogs pessoais, e participar das notícias enviando seus flagras, fotos e 
vídeos, integrando-se como agente da notícia. 
As redes sociais são bastante difundidas através do grande número de usuários em 
todo o mundo e o Snapchat é a mais nova mania entre os internautas. Antes, quem era apenas 
receptor de informação, atualmente é detentor de conteúdos originais, reforçando o conceito 
de mídia pós-massiva. “As redes - e a web em particular – inauguraram formas de 
comunicação pós-massivas, fazendo os atos de consumir e produzir informação pólos de 
alternância e não, necessariamente, de permanência” (PALACIOS, 2009, p. 7). 
O surgimento da banda larga de internet possibilitou a abertura de novos horizontes, 
facilitando o acesso aos usuários, e a visualização em sites de streaming (transmissão). A 
webcobertura realizada quase que em tempo real, realizada por textos, agora deu espaço à 
transmissão ao vivo de uma partida de futebol por meio de recursos audiovisual transmitidos 
pela Internet. Antes, ver uma foto era o costume, agora os vídeos on-line são ferramentas para 
quem quer ter informação. 
O jornalismo esportivo é um dos campos de trabalho da imprensa mais disputados e 
que se equilibra, muitas vezes, entre a informação e o entretenimento, atuar no esporte requer 
do profissional especialização na área. Teixeira e Coutinho (2015. p. 6) discorrem que o 
Jornalismo Esportivo “se constitui como uma área de atuação no jornalismo, contendo uma 
linguagem própria e com termos peculiares, possui espaço na mídia atual, tanto a comercial 
como a pública e no Brasil, obtém destaque devido a paixão do cidadão brasileiro pelo 
esporte”. Para manter vigorosa essa paixão o jornalista precisa se capacitar, estar atento as 
mudanças e contar com fontes seguras. 
 
 
Fontes jornalísticas no jornalismo esportivo 
As fontes jornalísticas são a base do jornalismo, pois é por meio delas que ocorrerá a 
reportagem. A fonte é o meio que trará a informação e pode ser qualquer pessoa, documento, 
livro, organização ou entidade que produz uma informação e a repassa ao jornalista para que 
seja feita ou para que seja aprimorada uma notícia. 
No momento em que o jornalista vai escrever uma reportagem, inicialmente, vai em 
busca das fontes para checar os dados, sendo que essas mesmas fontes são primordiais para a 
finalização do material produzido, pois sem informação não é possível escrever sobre o fato. 
De acordo com Schmitz (2011), o saber do Jornalismo também é construído pela 
fonte, embora não se preste a devida atenção à sua relação com a mídia. É preciso levar em 
consideração que as notícias resultam de processos complexos da interação, mas há limites na 
sua produção, por isso, cada vez mais as fontes fornecem conteúdos prontos para uso. As 
fontes no Jornalismo são necessárias e essenciais, pois “a atividade jornalística gera diferentes 
modos de conhecimento, extrapolando asimples técnica, sendo uma forma social de 
conhecimento da realidade” (SCHMITZ, 2011, p. 15). 
Na construção da notícia é importante ressaltar os argumentos de Ferrari (2010), que 
afirma ser sempre importante checar tudo que está na rede, pois, algumas pessoas divulgam 
boatos sem embasamento que podem atrapalhar a apuração e, consequentemente, a 
averiguação acerca do que foi publicado. Checar a informação é indispensável ao bom 
trabalho jornalístico. A autora ainda afirma que: 
 
Conhecer a dinâmica dos grupos, os códigos implícitos de comportamento e, 
obviamente, saber tirar o melhor de cada ferramenta ajuda desde a fase de 
planejamento do uso das mídias sociais no jornalismo até a execução e a 
análise dos resultados. Antes de ser um jornalista de mídias sociais, portanto, 
seja um forte usuário dessas redes (FERRARI, 2010, p.94). 
 
Nessa perspectiva, cabe às organizações jornalísticas, ou aos próprios jornalistas, 
agirem na moderação dos conteúdos, apurando e republicando o que seja relevante. “Talvez 
seja esse o novo papel que caiba ao jornalismo na era das mídias sociais: atuar como uma 
espécie de atestado de credibilidade ao primar não pelo furo da notícia, mas por sua 
validação” (FERRARI, 2010, p. 105). 
Torna-se necessário compreender a importância das fontes para o trabalho jornalístico, 
ou seja, não é possível um jornalista desenvolver uma excelente reportagem sem a 
colaboração e as informações trazidas por esse importante colaborador (pessoa, documento, 
empresa ou instituição). Nesse sentido, percebe-se que a fonte é algo primordial para a 
 
 
elaboração de uma reportagem, sendo necessária uma relação de ética, respeito, atenção do 
jornalista com sua fonte, pois como explicitado, é na fonte que está contida a informação na 
qual será gerada a pauta de todo trabalho jornalístico. O papel das fontes é de suma 
importância no trabalho jornalístico, pois oferecem as informações que serão utilizadas para a 
construção da pauta para a notícia. Essas fontes, ligadas ao jornalismo esportivo ocupam o 
mesmo valor de notícia, mesmo sabendo que o jornalismo esportivo sofre diversos 
preconceitos, pois para muitos jornalistas ele é considerado menos importante e, na maioria 
das vezes, recebe menos atenção dentro dos jornais. 
As fontes são consideradas subsídios fundamentais para a reportagem, ou seja, os 
jornalistas irão fazer a seleção se o trabalho será uma notícia ou não e a partir disso farão a 
escolha das fontes a serem utilizadas. Outro aspecto importante é que as fontes são utilizadas 
para dar veracidade ao trabalho, pois os jornalistas procuram as fontes para obter informações 
seguras. É relevante enfatizar que “as fontes usam estratégias para obter visibilidade na esfera 
pública, legitimar a identidade organizacional ou pessoal e formar uma imagem positiva 
associada à credibilidade e à boa reputação” (SCHMITZ, 2000, p. 14). 
Nesse contexto, é notório que boas fontes podem ser consideradas o “sangue da vida 
do jornalismo” 2, ou seja, se não existissem as fontes tudo ficaria complicado no jornalismo, 
pois não existe reportagem sem informação. De acordo com Aidan White (2015), se não 
existisse pessoas dispostas a falar com os jornalistas ou responder às perguntas, o jornalismo 
não iria sobreviver. Sendo assim o autor aborda que os jornalistas devem se orgulhar da 
eloquência com que contam uma história, porém até os melhores repórteres sabem que eles 
são apenas tão bons quanto suas fontes. 
 
Procedimentos Metodológicos 
A pesquisa foi pautada na metodologia descritiva que com a realização do estudo, 
foram feitos a análise, o registro e a interpretação dos fatos do mundo físico relacionados ao 
tema em questão. O método de pesquisa descritiva “expõe características de determinada 
população ou de determinado fenômeno. Pode também estabelecer correlações entre variáveis 
e definir sua natureza. Não tem compromisso em explicar os fenômenos que descreve, embora 
sirva de base para tal explicação” (VERGARA, 2004, p. 47). 
Nessa pesquisa não houve interferência do pesquisador, cabendo apenas o papel de 
descobrir a frequência com que o fenômeno aconteceu ou como se estrutura e funciona o 
 
2 Informação obtida em: <http://observatoriodaimprensa.com.br/privacidade/a-importancia-da-protecao-das-
fontes-de-informacao-jornalistica/>. 
 
 
sistema. A pesquisa realiza uma interpretação com qualificação dos resultados. O processo é o 
foco principal e a descrição dos conceitos, sujeitos, grupos, dentre outros relevantes à área do 
conhecimento em questão. 
O objetivo metodológico contemplou a pesquisa descritiva em que a abordagem visa à 
identificação, registro e análise das características, fatores ou variáveis que se relacionam com 
a temática. Configura-se como um estudo em que, após a coleta de dados, foi realizada uma 
análise das relações entre as variáveis para uma posterior determinação dos efeitos resultantes 
da pesquisa (PEROVANO, 2014), no webjornalismo e especificamente relacionado às 
notícias esportivas disponibilizadas no site do Globo Esporte Tocantins. 
O procedimento metodológico para fundamentar a temática pautou a análise de livros 
e artigos científicos referentes a este estudo, no intuito de filtrar os dados encontrados a 
respeito do tema em questão. Foi utilizada ainda a forma de análise crítica e interpretativa 
verificada nos textos científicos. O local metodológico do estudo infere em pesquisa no site de 
reportagens esportivas por se tratar de espaço da instituição foco desta pesquisa e por ser o 
campo de atuação de estudo no curso identificado para futura atuação. A pesquisa foi 
desenvolvida por meio de levantamento de dados em função das variáveis vinculadas ao tema 
para se definir uma atuação prática que respondam quais são as fontes utilizadas no 
webjornalismo desenvolvido pelo Globo Esporte.com/to. 
As amostras foram coletadas de forma inteiramente casualizadas baseadas no número 
de reportagens e tipos de fontes utilizadas pelo site na fundamentação das matérias. A 
pesquisa ocorreu a partir de coleta de dados das reportagens no site Globo Esporte.com 
Tocantins, das Organizações Globo, divulgadas em junho de 2016, sobre eventos casuais, em 
dias sequentes, totalizando sete reportagens. A escolha desse período ocorreu por se tratar de 
ocorrências de fim de campeonato, pela perspectiva de haver um número elevado de 
reportagens. Esses critérios visaram obter informações sobre as vozes do webjornalismo 
esportivo, gerando dados das informações pesquisadas para adquirir um resultado mais 
simples, mas que fornecesse elementos para fundamentar e justificar significativamente os 
resultados obtidos. 
A pesquisa para identificar as fontes no globoesporte.com/to foi feita nos dias e 
horários, constantes na tabela 1, com disposição dos dias e horários, para análise da 
quantidade de matérias que estavam disponíveis no site estabelecido para amostra. 
 
 
 
 
 
 
Tabela 1. Dias estabelecidos para amostra sobre as fontes citadas no site globoesporte.globo.com/to. 
Dias Quantidade de matérias 
15/06/2016 - quarta-feira 1 matéria 
16/06/2016 – quinta-feira 1 matéria 
17/06/2016 – sexta-feira 1 matéria 
18/06/2016 - sábado 1 matéria 
19/06/2016 - domingo 3 matérias 
Fonte: produção própria. 
 
A quantidade de matérias a ser analisada dependeu do número de postagens no site nos 
dias estabelecidos, tendo sido necessário delimitar a amostra para melhor atender a demanda 
da pesquisa, sabendo que foram analisadas somente as fontes que fundamentaram a notícia 
em cada dia estabelecido. Desta forma, foi necessário identificar as fontes separadamente pordia e horário. Durante os dias estabelecidos, foram consideradas todas as matérias postadas no 
site durante os períodos matutino, vespertino e noturno. 
As postagens foram evidenciadas por meio dos títulos das matérias, data e horários das 
postagens, dispostas conforme aparecem no site. Já para constatação dos tipos de fontes 
apresentadas, foi utilizada a tabela apresentada por Schmitz (2011), que classifica no grupo as 
fontes: oficial, empresarial, institucional, individual, notável, testemunhal, especializada e 
referencial. 
 
Sobre o objeto de pesquisa 
O veículo escolhido como objeto de estudo dessa pesquisa consiste no site de notícias 
do globoesporte.globo.com/to. O intuito foi analisar as fontes jornalísticas utilizadas em 
matérias no site Globo Esporte.com Tocantins, das Organizações Globo, divulgadas em junho 
de 2016, a fim de apresentar os tipos de fontes noticiosas utilizadas no webjornalismo 
esportivo regional. 
Para compreender melhor sobre o objeto de estudo é necessário tratar sobre alguns 
aspectos relevantes sobre o portal de notícias. Neste sentido, foi possível verificar, de acordo 
com correspondência eletrônica enviada pela empresa Jaime Camara que pontuaram alguns 
tópicos, tais como linha editorial, características do site, a quem pertence e responsáveis pelo 
site local, data de criação e algumas peculiaridades do portal. 
A criação do site globoesporte.globo.com/to, data de julho de 2013. Sua linha editorial 
segue o comando da organização nacional, responsável pelos sites. O comando é enfatizar 
sempre os aspectos factuais sobre o esporte, que de alguma maneira vai interessar o público 
regional, tais como inscrições de corridas, resultados de provas e matérias curtas com 
 
 
resultados de jogos. Na parte de jogos, inclusive, a pedida é sempre repercutir o assunto com 
os personagens (jogadores, treinador). 
O foco principal do globoesporte.com é trabalhar o futebol, pois é o público que mais 
dá audiência, trata também de forma esporádica dos demais esportes. O globoesporte.com 
cobre histórias, grandes reportagens sobre um personagem, time de futebol, ou qualquer outro 
esporte. 
O veículo informou que o hipertexto é um recurso bem utilizado e disponibilizado no 
“Saiba Mais”. Desta forma, quando uma notícia que informa a contratação de um jogador de 
futebol pelo time X é exibida, incluem sempre dois links sobre notícias recentes do time ou 
um link que apresente a tabela do campeonato. Foi informado também que nos últimos meses, 
devido a problemas ao fixar o link quando adicionam a aba “Saiba Mais”, alguns dos sites do 
globoesporte.com em outros Estados começaram a colocar os links no meio do texto, com 
isso, se tornou padrão para os sites desta organização. Quando se escolhe os links, fazem sua 
fixação no meio do texto e escrevem uma das palavras: Leia Mais, Saiba Mais, ou apenas fixa 
o link sem nenhuma das palavras. São utilizados também fotografias, vídeos, artes e algumas 
vezes gráficos. 
O assunto mais frequente no site é o futebol, mas como no Tocantins a força 
futebolística é tímida, no decorrer do ano, utilizam de reportagens com personagens de 
destaque no esporte ou algo curioso. Apontam como meta de produção de notícia a publicação 
de 4 a 5 matérias diárias. Entretanto, alegam que o número de publicações é baixo devido às 
dificuldades em encontrar pauta no Estado. O intervalo de publicação varia muito, sendo de 
uma a três horas para publicação de uma matéria. Há disposição para se noticiar tudo sobre 
esportes, entretanto, informaram que o único conteúdo diferenciado que a editoria Tocantins 
não publica é com relação ao esporte de tiro. Esse é um critério estabelecido pela editoria 
regional. 
O portal dispõe de enquetes nas quais o internauta pode votar em temas escolhidos 
pela Redação. O globoesporte.com/TO tem também um espaço para o internauta, o “VC no 
Esporte”, em que pode indicar pautas, mandar fotos e vídeos. No site trabalham apenas um 
jornalista, que também é o editor do site, além de um repórter do G1 que colabora na 
produção de texto ou correção de matérias e dois estagiários que atuam nos horários matutino 
e vespertino. 
Para os organizadores do portal, os conteúdos mais acessados em se tratando do 
estado, são o futebol, tabela de campeonatos e matérias curiosas. Mas, a busca maior é pelos 
conteúdos de produções que rendem divulgação em nível nacional, além das matérias 
 
 
peculiares que também rendem divulgação nacional. 
 
Identificação das fontes no globoesporte.com 
No dia 15 de junho de 2016, no período de 10h às 12h, foi disponibilizada no site 
apenas uma matéria, com o título “Confira arbitragem dos jogos que definem os finalistas do 
Tocantinense”. Foi possível identificar na reportagem publicada no dia 15 de junho a presença 
de apenas uma fonte no texto, sendo esta uma fonte oficial. 
No dia e período analisados, havia apenas uma notícia que tratava sobre a arbitragem 
que faria parte dos jogos finais do campeonato tocantinense de futebol. A fonte referenciada 
trata-se da Federação Tocantinense de Futebol (FTF). Na matéria, o repórter não cita frases de 
membros da instituição, tratando do assunto ligado à fonte apenas de forma indireta. 
No dia 16 de junho foi postada a matéria intitulada “Neto Costa quer time mais 
competitivo contra Santos-AP”. Trata-se de uma reportagem em que o time Tocantinópolis joga 
contra o Santos-AP pelo Campeonato Brasileiro, no Estádio Ribeirão. A matéria conta apenas 
com uma fonte, tratando-se do técnico do Tocantinópolis, configurada como fonte 
especializada. 
 Durante o dia 17 de junho, foi postada apenas uma atualização da matéria “Confira 
arbitragem dos jogos que definem os finalistas do Tocantinense”. Na atualização ocorrida às 
16h41, fizeram modificação no título para “Confira escala de árbitros para final 
Tocantinense; ingressos estão a venda”. Outra mudança ocorrida foi que nesta atualização a 
fonte citada foi a Diretoria do Rezendão, informando o início das vendas dos ingressos no 
estádio. 
A matéria divulgada no portal no dia 18 de junho, tendo sido a única matéria postada 
no dia, com o título “Tocantins arranca empate contra o Gurupi e fica perto do título 
inédito”. A matéria não apresentou nenhuma fonte, mas que pelo assunto abordado é possível 
perceber que se trata de informações via assessoria de imprensa. 
No dia 19 de junho, no período matutino, foi postada também apenas uma matéria 
intitulada “Ofensivos: Baré e Palmas duelam pela vitória na 2ª rodada da Série D, em RR”. A 
notícia tratava sobre a partida de futebol que seria no domingo, 19 de junho, às 18h30 (horário 
de Brasília), na Vila Olímpica Roberto Marinho, em Boa Vista-RR. A matéria tem como 
fontes os técnicos da equipe Palmas, Max Sandro, e o técnico do Baré, Fábio Luiz de 
Andrade. No período vespertino, não houve nenhuma postagem ou atualização de matérias no 
site. 
 
 
 Já no período noturno, foram postadas duas matérias, sendo uma às 19h04 intitulada 
“TEC domina o Santos-AP, vence por 2 a 0 e fica na vice-liderança do grupo” e outra às 20h 
34, com o título “Baré e Palmas terminam com empate e time tocantinense se mantém líder”. 
Nestas matérias, não foi utilizada nenhuma fonte, contendo apenas a narrativa do jornalista. 
Durante o período de observação e identificação das fontes utilizadas nas reportagens 
esportivas do site, compreendidas entre o dia 15 a 19 de junho, foram disponibilizadas no 
globoesporte.globo.com/to, sete reportagens. Entre as notícias foram identificadas duas fontes 
institucionais e três fontes especializadas, totalizando apenas cinco fontes presentes. Houve a 
ocorrência também de postagem de quatro matérias sem fontes.A interpretação dos dados 
“A maioria das informações jornalísticas é plural, emana de vários tipos de fontes, que 
o jornalista utiliza com o propósito de reforçar ou confirmar a verdade no relato dos fatos” 
(Schmitz, 2011, p. 6). As fontes apresentam variação em detrimento do tema tratado e, 
segundo Schmitz (2011, p. 25-27), são classificadas em nove tipos de fontes mais comuns. 
Para demonstrar esses tipos de fontes, o autor elaborou uma tabela em que conceitua cada 
uma delas. 
 
Quadro 1. Tipos de Fontes Jornalísticas de acordo com a categoria e seu respectivo conceito. 
CATEGORIZAÇÃO E CONCEITUAÇÃO DAS FONTES 
Categoria Conceito 
Oficial Representa os poderes constituídos, órgãos do Estado; 
Empresarial Representa corporação da indústria, comércio, serviços ou agronegócio; 
Institucional Representa organizações sem fins lucrativos ou grupos sociais; 
Popular Uma auto manifestação de uma pessoa comum geralmente contextualiza o 
cotidiano; 
Notável São pessoas que possuem algum destaque na sociedade, independente do seu 
vínculo com organizações, instituições ou poderes constituídos; 
Testemunhal Serve como álibi mediante os acontecimentos; 
Especializada Trata-se de pessoas com conhecimentos técnicos e que conseguem analisar as 
consequências de ações ou acontecimentos; 
Referencial Referências, biografias, documentos e base de dados que serve para fundamentar 
as narrativas 
Individual Representa a si mesma. Pode ser uma pessoa comum, uma personalidade 
política, cultural, artística ou um profissional liberal, desde que não fale por uma 
organização ou grupo social. 
Fonte: Schmitz (2011, p. 25-27). 
 
A análise dos dados sobre as fontes referenciadas no portal de notícias do 
globoesporte.globo.com/to, nos dias e horários estabelecidos para amostra, demonstraram que 
as fontes mais utilizadas foram as “especializadas”, mas que também foram usadas as fontes 
 
 
“oficial e institucional” (SCHMITZ, 2010) como se pode perceber na tabela 2. 
 
Tabela 2. Fontes analisadas no portal Globo Esporte Tocantins no período selecionado. 
Identificação das fontes 
Grupo 15/06 16/06 17/06 18/06 19/06 
Oficial 01 - - - - 
Empresarial - - - - - 
Institucional - - 01 - - 
Individual - - - - - 
Notável - - - - - 
Testemunhal - - - - - 
Especializada - 01 - - 02 
Referencial - - - - - 
Total 01 01 01 - 02 
 Fonte: Schmitz (2011) 
 
Ao trabalhar com a identificação das fontes foi possível tratar os dados para a 
interpretação e assim alcançar os resultados dessa pesquisa. Desta forma, foi necessário 
analisar cada reportagem separadamente e, assim, verificar de forma analítica as fontes que o 
webjornalismo utiliza para saber as notícias, tão importantes para o meio esportivo. 
Ao analisar as notícias constantes no portal de notícias globoesporte.globo.com/to, foi 
verificado que nem todas as matérias veiculadas no portal trouxeram fontes identificadas e 
que em algumas não referenciaram fontes. 
As evidências verificadas nas matérias postadas entre os dias 15 a 19 de junho, 
apontam que “os jornalistas esportivos também não costumam escutar muitas fontes” 
(BARROS3, 2012). Entre as sete reportagens, apenas três matérias utilizaram fontes, em que 
foram ouvidas apenas cinco delas, sendo três fontes especializadas, uma institucional e uma 
oficial. 
A ausência de fontes nas matérias pode ser em detrimento de vários motivos, entre 
eles o pouco contingente de profissionais envolvidos com apuração, preparação e publicação 
de notícias no portal. Como pode ser percebido na tabela dois, no dia 18 de junho, houve a 
completa ausência de fontes na matéria divulgada, além da falta de diversificação das fontes 
nas demais reportagens, configurando em pouco compromisso com a normativa da ação 
profissional para com a veracidade dos fatos, sabendo que as fontes jornalísticas assumem 
papel de significativa importância para o meio jornalístico. 
A identificação da fonte de informação é a regra, conforme estipula o ponto 6 do 
Código Deontológico do Jornalista. É um critério fundamental quer para a fonte e para o 
jornalista quer para os destinatários da informação (leitores, ouvintes e espectadores). A fonte 
 
3Disponível em: http://apublica.org/2012/10/jornalismo-esportivo-nem-mulheres-nem-fontes/ 
 
 
e o jornalista assumem a responsabilidade social pelo direito de expressão que exercem 
(FENAJ, 2007). 
Desta forma, a escassez de vozes no webjornalismo esportivo tocantinense deve ser 
pensada pelos repórteres e editores que querem conferir credibilidade às reportagens e ao 
veículo, sendo que os internautas enxergam o site globoesporte.globo.com/to um meio seguro 
de acesso à informação. 
 
Considerações Finais 
A pesquisa foi elaborada pela necessidade de se compreender a importância do 
trabalho de um profissional da área jornalística, especificamente sobre a utilização das fontes 
no webjornalismo. Ao longo do estudo foi apresentada a visão de vários teóricos que 
discorrem sobre as temáticas expostas. Como se sabe, com o passar dos anos, vão surgindo 
novas formas de comunicação e isso faz com que apareçam novidades no fazer jornalístico. 
O webjornalismo apresenta características que superam os outros meios tradicionais 
(rádio, televisão, jornal e revista), pois ele oferece particularidades, como a multimidialidade, 
a hipertextualidade e a interatividade, constituindo assim a webnotícia. A web também 
permite que as comunidades e redes sociais sejam espaço para comentários e discussões de 
notícias. Esse avanço tecnológico serve como auxílio para a qualidade do trabalho 
jornalístico. 
Nesse sentido, é possível afirmar que as fontes são de grande importância para o 
trabalho jornalístico, pois dificilmente um jornalista consegue desenvolver um bom trabalho 
sem as informações desse relevante instrumento. Percebe-se que a fonte é algo primordial 
para a elaboração de uma reportagem, sendo necessária uma relação de ética, respeito, 
atenção do jornalista para com sua fonte, pois a fonte é a que valida a informação, para 
geração da pauta do trabalho jornalístico. 
 É importante ressaltar que com o surgimento de novos meios tecnológicos, a 
informação pode ser retirada da própria internet, porém é necessário que o jornalista esteja 
sempre atento às informações, pois, muitas vezes, a web é palco de boatos enganosos, então 
se o jornalista não estiver atento poderá utilizar para sua pauta uma informação proveniente 
de fonte mal-intencionada. O dever do profissional é ir em busca das informações, 
independente de onde esteja, independente de ser um livro, uma pessoa, um documento ou as 
redes sociais, o olhar do profissional deve ser de investigador para legitimar e mostrar a 
credibilidade e o comprometimento com aquilo que será divulgado. 
 
 
No que diz respeito à análise, é possível afirmar que as fontes utilizadas no 
webjornalismo do globoesporte.com desenvolvido em nosso Estado apresentam 
características e singularidades. O que chama a atenção nessa pesquisa é que a amostra 
coletada durante cinco dias consecutivos no mês de junho de 2016 apresentou um total de sete 
reportagens, sendo detectada a presença de apenas cinco fontes jornalísticas. 
A partir desse fato é possível perceber que o site globoesporte.globo.com/to apresenta 
uma escassez de fontes jornalísticas no que tange ao número e à diversidade das vozes. Fato 
comprovado, visto que, das cinco fontes identificadas, uma tratava-se de oficial, uma 
institucional e três faziam referência a especialistas. É importante enfatizar também a ausência 
de fontes em uma das reportagens selecionadas. 
Assim, é possível verificarque o site pouco explora o potencial das fontes 
jornalísticas, cuja função é a de auxiliar na fundamentação das informações, gerando 
credibilidade às matérias publicadas. 
Portanto, a contribuição desse trabalho é o de instigar outros pesquisadores a verificar 
não somente a presença das fontes jornalísticas no webjornalismo esportivo praticado no 
Estado do Tocantins, mas também mostrar o tipo de discurso que é utilizado na produção das 
matérias ou então quais as potencialidades da internet são exploradas nesse segmento. 
 
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