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DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO DIP E TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL TPI

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DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO. (DIP) 
Sujeitos  Estados e Organizações internacionais 
 Atores (Ongs, Santa Sé e Pessoas físicas e Pessoas Jurídicas) 
 
Conceito  Cuida das relações jurídicas do homem, na sua dimensão 
internacional abrangendo temas como a nacionalidade, condição jurídica do 
estrangeiro, conflito de leis e conflito de jurisdição. 
 
Objetivo ou Objeto do DIP  Solução de conflitos entre normas e situações no 
espaço: teremos a solução de conflitos indireta que é a indicação da norma 
jurídica aplicável. 
 
Escola Francesa: Objeto de estudo 
a) Conflito de leis 
b) Conflito de jurisdição 
c) nacionalidade (art 12 da CF) 
d) condição jurídica do estrangeiro (Lei Nº 6.815/80.) 
 
Escola Anglo Americana: Objeto de estudo 
a) Conflito de Leis 
*** Adotada pelo Brasil 
 
NATUREZA DAS NORMAS DO DIP NO BRASIL 
 
a) Bilateral – Norma dispõem sobre a aplicação do Direito Nacional e estrangeiro. 
Art. 7º LINDB - “A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras 
sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de 
família.” 
 
b) Unilateral – Norma dispõem sobre a aplicação do Direito Nacional. 
Art. 7º , § 1º LINDB – “ Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei 
brasileira quanto aos impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração.” 
 
c) Indiretas – finalidade de apenas indicar qual dentre as situações conectadas 
(conflito) com dois ou mais ordenamentos jurídicos pode ser aplicada a 
determinada norma jurídica. 
 
d) Direta – Solucionam efetivamente a questão jurídica, sendo sobstância e 
determinantes para a situação concreta. 
(Art. 12 da CF – nacionalidade / Estatuto do Estrangeiro) 
 
e) Qualificadoras – normas que não são conflitais mais conceituais necessárias 
para a boa aplicação das normas indiretas, sendo delas acessórias. ( As regras que 
definem o domicílio) 
 
FONTES DO DIP 
 Legislações nacionais; 
 Código de Bustamante – feito em 1928, Brasil ratificou no mesmo ano, 
entrando em vigor em 1929. Decreto Lei 18.871/29. 
- Regras gerais; 
- Direito Civil Int. 
- Direito Comercial Int. 
- Direito Penal Int. 
- Direito Processual Int. 
 Antiga LICC, atual LINDB 
 Constituição Federal 
 Código de Processo Penal 
 
CONDIÇÃO JURÍDICA DO ESTRANGEIRO 
 
Estrangeiro é toda pessoa nacional de um 3º Estado que adentra ao território 
nacional e não adquire a sua nacionalidade. 
 
a) Estrangeiro Permanente  Imigração 
b) Estrangeiro Não Permanente  Turistas, qualquer pessoa que venha prestar 
serviço. 
 
ADMISSÂO DO ESTRANGEIRO (Art. 4º da CF) 
“Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais 
pelos seguintes princípios: 
I - independência nacional; 
II - prevalência dos direitos humanos; 
III - autodeterminação dos povos; 
IV - não-intervenção; 
V - igualdade entre os Estados; 
VI - defesa da paz; 
VII - solução pacífica dos conflitos; 
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; 
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; 
X - concessão de asilo político. 
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração 
econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à 
formação de uma comunidade latino-americana de nações.” 
 
 EMBAIXADA– É uma presença oficial de uma nação, instalada dentro do 
território de outra nação. É seu dever proteger os interesses do país que representa 
e de seus cidadãos. 
Funções da Embaixada: 
- Autorizar o visto de entrada; 
- Expedir Passaporte; 
- Procurações; 
- Testamentos; 
- Registros ( Nascimento, casamento, óbito) e; 
- Legalizar documentos nacionais para cidadãos do país que representa. 
 
 VISTO – Documento concedido pelas embaixadas e consulares brasileiros no 
exterior que autoriza o ingresso e a estada de estrangeiros no território nacional. 
Tipos de Vistos: (Art. 4º LEI Nº 6.815/80.) 
 I - de trânsito; destina-se aos estrangeiros que passarão pelo Brasil em viagem. 
(conexão) 
Período: 10 dias, improrrogável. 
 II - de turista; Destinados aqueles que visitam o Brasil com caráter de visita ou 
recreativo sem finalidade imigratória. 
Período: 90 dias + 90 dias. 
Válido até 5 anos (pode ser utilizado 180 dias por ano. 
competência para renovação – PF (departamento da policia Federal) 
* Não pode exercer função remunerada. 
 III - temporário; 
a) Viagem cultural ou missão de estudos – (p/ pesquisadores e conferencistas de 
assuntos e temas específicos. 
Período: 2 anos + 2 anos (desde que persista as condições) 
 
b) Viagem de negócios – para os profissionais a negócio. Período: 90 dias + 90 dias. 
 
c) Artistas e desportistas – concedidos sem vinculo empregatício no Brasil que 
venham participar de eventos. 
Período: 90 dias + 90 dias – Renovação PF. 
* A instituição responsável por trazerem estes estrangeiros, devem solicitar uma 
autorização prévia ao Ministério do Trabalho e emprego. 
 
d) Estudantes – concedido para estudantes de curso regular. (Ensino fundamental, 
médio, superior e pós graduação, mestrado, doutorado) 
Período: 1 ano, prorrogáveis por sucessivas vezes até durar o curso – Renovação PF. 
* O estrangeiro pode mudar de curso contudo deve informar a autoridade quando 
for renovar o visto. 
 
e) trabalho – destinado aqueles que venham ao brasil para exercer atividades 
laborais junto as empresas. 
Período: 2 anos + 2 
* Precisa da autorização do Ministério do Trabalho e Emprego. 
* Estes vistos podem ser transformados em permanente. 
 
f) missão religiosa – atribuições religiosas 
Período: 1 ano + 1 
 
g) Jornalistas – para correspondentes de jornais, revistas, rádios e etc. 
Período:4 anos + 4 
IV - permanente; tem finalidade imigratória, e é destinados à aquele que 
pretende se fixar no Brasil de modo definitivo 
 
V - de cortesia; São concedidos para os acompanhantes dos diplomatas, 
consulares e demais funcionários dos organismos internacionais. Podem ser para os 
empregados domésticos, conjugues ou prole, se for filho maior de 18 anos deve 
comprovar dependência financeira dos pais. 
Período: 90 dias + 90 dias 
 VI - oficial; Aos funcionários de organismos internacionais, embaixadas e 
consulados que estejam em missão oficial no Brasil. 
Período: 2 anos, ou até durar a missão. 
 
 VII - diplomático. destina-se aos diplomáticos e sua concessão é dada pelo 
ministério das relações exteriores. 
Período: Indeterminado. 
PRINCÍCIO DA RECIPROCIDADE 
Direitos dos Estrangeiros (Direitos e Deveres) 
Art. 5º da CF 
“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se 
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à 
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade" 
 
RETIRADA COMPULSÓRIA DO ESTRANGEIRO 
DEPORTAÇÃO  É a retirada compulsória de um estrangeiro do território nacional, 
que teve seu ingresso ou permanência de forma irregular. É uma decisão POLITICA 
ADMINISTRATIVA. 
 competência: Departamento da Policia Federal. 
* Este estrangeiro que foi deportado poderá retornar ao Estado pretendido pois 
esta medida não se trata de uma punição. 
Habeas corpus – Juiz de 1º G. 
EXPULSÃO  (Art. 65 do Est. Estrangeiro) É uma medida repressiva pelo qual o 
Estado retira do seu território aquele estrangeiro que de alguma forma ofendeu ou 
violou as leis locais, os costumes, a ordem pública, segurança nacional, moralidade 
pública, se tornando nocivo aos interesses nacionais. Este estrangeiro não poderá 
reingressar ao nosso território, e se fizer responderá pelo artigo338 do CP, 
cumprindo novamente. 
 Competência: Presidente da República. Não é um ato totalmente 
descricionário, e somente o PR poderá revogar a expulsão. 
EXTRADIÇÃO  é o ato pelo qual o Estado entrega a Justiça repressiva de outro 
Estado, a pedido desde para que o estrangeiro lá possa ser processado ou para 
que cumpra uma pena já imposta. 
Quanto a classificação: 
- Ativa : quando o Brasil pede a extradição de determinado Brasileiro, que praticou 
algum crime em nosso território. 
Ex. No brasil o ministério de justiça faz o pedido de extradição ao ministério das 
relações exteriores, e este remeterá o pedido ao Estado Estrangeiro por meio de 
missão diplomática. 
- Passiva: quando o Brasil recebe o pedido de extradição 
Ex. O pedido vem do país estrangeiro para o ministério das relações exteriores, 
para posteriormente encaminhado para o ministério da justiça que repassa para o 
STF. 
- Instrutória: quando um estrangeiro é extraditado para que em seu páis de origem 
responda a um processo penal. 
- Executória : quando um estrangeiro é extraditado, para que em seu país de 
origem cumpra a determinada pena imposta a ele. 
 
Obs: STF competência relator do processo. Se deizer não o processo acaba, se sim 
passa para o presidente (Ato discricionário) 
Se houver tratado o poder do presidente não é discricionário mas sim derivado, se 
não houver tratado faz promessa de reciprocidade. 
 
LIMITES DA EXTRADIÇÃO 
Não será extraditado que cometer ilícito político e de opnião 
 O STF não extradita estrangeiro que irá cumprir em seu país de origem pela de 
morte ou prisão perpetua. 
O STF extradita se o Estado estrangeito se comprometer a aplicar a nossa 
punição (máximo 30 anos). 
 Deve haver similitude de crime, ou seja, o crime tem que ser semelhante ao 
nosso ordenamento jurídico. 
NACIONALIDADE 
POVO  é um conjunto de pessoas que fazem parte de um Estado. É o seu 
elemento humano, o povo está unido pelo VINCULO JURÍDICO DA NACIONALIDADE. 
POPULAÇÃO é um conjunto de habitantes de um território de um país ou uma 
região, este conceito é o mais extenso do que o de povo, pois engloba os 
nacionais e estrangeiros. 
NAÇÃO  é um agrupamento humano, em geral numeroso, cujos membros 
fixados em um território são ligados por traços históricos, culturais, econômicos e 
linguísticos. 
NACIONALIDADE é um VINCULO JURÍDICO-POLÍTICO que une uma pessoa a 
determinado Estado do qual se origina ou pelo qual foi adotado, fazendo desde 
individuo, um componente do povo. 
NACIONALIDADE X CIDADANIA 
Nacional  é um individuo que faz parte do povo de um Estado, através do 
nascimento ou da naturalização. VÍNCULO MARCANTE JURÍDICO. 
Cidadão é um individuo que possui direitos políticos, ou seja, pode votar e ser 
votado. VÍNCULO MARCANTE POLÍTICO. 
“Todo cidadão tem nacionalidade, mas nem todo nacional é cidadão”. 
Polipátrida  Possui + de uma nacionalidade (Art. 12 CF) 
Apátrida  não possui nacionalidade. 
Nacionalidade Originária( Primária ou Atribuída ou involuntária) 
Territorial (Jus soli) nascer em solo brasileiro. 
Sanguíneo(Jus sanguinis) olha os ascendentes. 
I – Natos: a) critério Jus soli 
 b) critério Jus Sanguinis 
Nacionalidade Secundária (Derivada,adquirida ou voluntária) 
II Naturalizados. 
TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL 
O TPI é uma corte de natureza criminal, órgão jurisdicional permanente, subsidiário, 
complementar, que exerce sua jurisdição sobre pessoas que praticam crimes 
graves e de transcendência internacional, sempre atuando complementamente 
com a jurisdição interna. 
Foi criado em Roma 1998 
Entrou em vigor em 1º de julho de 2002 
Sua sede é Haia na Holanda 
No Brasil o tratado de Roma foi promulgado pelo decreto presidencial nº 4.388 
de 25 de setembro de 2002. 
O TPI é composto por 18 juízes (mandato é de 9 anos, não cabe reeleição.) 
 A Brasileira Silvia Steiner fez parte do TPI. 
O promotor/Procurado do TPI possui o mandato de 9 anos e tem a função de 
fiscalizar e investigar. 
COMPETENCIA PARA JULGAR DO TPI 
 Genocídio 
 Crimes contra a humanidade 
 Crimes de guerra 
Crimes de agressão 
FIGURA DO PROMOTOR 
É eleito em secreto por maioria absoluta dos votos pela assembleia dos Estados 
partes (participantes) para o mandato de 9 anos, vedada a reeleição. Cabe ao 
promotor recolher comunicações e qualquer outro tipo de informação, 
devidamente corroporada sobre crimes da competência do tribunal e cumprirá 
suas funções com toda a imparcialidade e liberdade de consciência assim como 
os juízes. 
 
CONFLITOS APARENTES 
a) O tratado de Roma não prevê pena de morte, mas a prisão perpetua está 
prevista, no nosso caso temos que saber que mesmo que a prisão 
perpetua não possa ser aplicada pelos nossos tribunais nacionais, nada 
impede que uma corte internacionao como o TPI aplique esta pena. 
b) Chama-se entrega quando um Estado envia o seu nacionao para ser 
julgado pelo TPI, ou seja, nao é extradição, pois a extradição é de Estado 
para Estado, já a entrega acontece de Estado para o Tribunal. 
PRINCÍPIOS DO TPI 
Legalidade: (previsão legal) Apenas as condutas elencadas no estatuto como 
crimes são julgadas pelo TPI. Consta no Estatuto de Roma. 
Anterioridade: Não há crime sem previsão normativa anterior que o defina, nem 
podem ser aplicadas penas não previstas no tratado. 
 Irretroatividade: (01 de julho de 2002) Ninguém pode ser punido pelos crimes 
elencados no Estatuto de Roma se os mesmo foram cometidos anteriormente à 
entrada em vigor do estatuto. 
 Complementaridade: (omissão, julgamento não foi justo) A corte funciona 
apenas quando um país não julga ou é omisso quando o indivíduo comete algum 
dos crimes que estejam elencados no Estatuto. Contudo, essa 
complementaridade, em certos casos acaba por invadir a coisa julgada, o que 
pode conflitar com os princípios e sistemas jurídicos de alguns estados. 
Responsabilidade penal individual: Somente pessoas físicas podem ser julgadas 
pelo tribunal, ficam excluídas de sua competência as pessoas jurídicas. 
 Não prevalência de cargo público: Assegura que todos são iguais perante a 
corte, ainda que o acusado seja titular de cargo público. 
Imprescritibilidade: os crimes julgados pelo TPI não prescrevem.

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